Qualificações e Defesas

Candidato(a): Natália Bortoletto D'Abreu Orientador(a): Joana Froes Braganca Bastos
Mestrado em Ensino e Saúde
Apresentação de Qualificação Data: 23/04/2025, 14:00 hrs. Local: Sala Verde - Pós Graduação
Banca avaliadora
Titulares
Cassio Cardoso Filho - Presidente
Rubens Bedrikow
Roberta Vacari De Alcantara
Suplentes
Edison Bueno

TRABALHO EM SAÚDE NA APS: GESTÃO, SOFRIMENTO E SENTIDO

Candidato(a): Gabriel Mendes Corrêa da Silva Orientador(a): Ricardo Sparapan Pena
Mestrado Profissional em Saúde Coletiva: Políticas e Gestão em Saúde
Apresentação de Defesa Data: 24/04/2025, 09:00 hrs. Local: FCM - UNICAMP
Banca avaliadora
Titulares
Ricardo Sparapan Pena - Presidente
Universidade Federal Fluminense- Universidade Federal Fluminense
Henrique Sater De Andrade
Silvio Yasui- UNESP - Universidade Estadual Paulista - Campus de Assis
Suplentes
Cathana Freitas de Oliveira - Faculdade de Ciências Médicas - Universidade Estadual de Campinas
Juliana Maria Padovan Aleixo - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP

Resumo


A presente dissertação investiga a relação entre a organização do trabalho em saúde na Atenção Básica (AB) e as experiências de sofrimento dos trabalhadores, com foco em um município do interior do Rio de Janeiro. Escolheu-se a pesquisa qualitativa através de narrativas baseadas em dois momentos de coleta de dados - entrevistas semiestruturadas e grupos focais - para explorar as dinâmicas entre trabalhadores e as formas de operação da gestão, destacando como a racionalidade gerencial hegemônica impacta a saúde mental e a satisfação no trabalho. Para referencial metodológico propõe-se o uso do Método Paideia como ferramenta para análise de espaços coletivos e gestão compartilhada. Os resultados apontam que o sofrimento, intimamente ligado à alienação dos trabalhadores, decorre de práticas de gestão que priorizam metas e procedimentos em detrimento do diálogo e da singularização do cuidado. Apesar disto, identifica-se resistências nas práticas cotidianas dos trabalhadores, como o desejo por espaços de escuta e a valorização de interações entre sujeitos da rede. Conclui-se que a relação sofrimento gestão perpassa os processos de alienação do trabalho, de não reconhecimento pela gestão central das demandas dos trabalhadores, da distância entre diferentes categorias de trabalhadores e da busca por atender usuários de forma procedimento-centrada, enquanto as resistências à gestão apontam de forma paralela à proposta do Método da Roda de cogestão como um caminho para a mitigação do sofrimento, resgate do sentido do trabalho e humanização da Atenção Básica no SUS.



Candidato(a): Ana Cláudia Cândido de Oliveira Orientador(a): Ana Carolina Coan
Mestrado em Ciências Médicas
Apresentação de Qualificação Data: 24/04/2025, 09:00 hrs. Local: Anfiteatro da Pós Graduação FCM
Banca avaliadora
Titulares
Claudia Vianna Maurer Morelli - Presidente
Rebecca Christina Kathleen Maunsell
Laura Silveira Moriyama
Suplentes
Marcio Luiz Figueredo Balthazar
Danilo Dos Santos Silva

Candidato(a): Júlia Moraes Queiroz Orientador(a): Maria Francisca Colella Dos Santos
Mestrado em Saúde da Criança e do Adolescente
Apresentação de Qualificação Data: 24/04/2025, 09:30 hrs. Local: Sala 05 CIPED
Banca avaliadora
Titulares
Maria Francisca Colella Dos Santos - Presidente
Maria Madalena Canina Pinheiro- Universidade Federal de Santa Catarina
Maria Isabel Ramos Do Amaral
Suplentes
Paula Maria Martins Duarte

Expressão gênica endometrial e sangramento vaginal em usuárias de implante contraceptivo liberador de etonogestrel e de dispositivo intrauterino com levonorgestrel

Candidato(a): Flávia Rocha Torelli Orientador(a): Cassia Raquel Teatin Juliato
Doutorado em Tocoginecologia
Apresentação de Defesa Data: 24/04/2025, 13:30 hrs. Local: Anfiteatro Kazue Panetta (CAISM)
Banca avaliadora
Titulares
Cassia Raquel Teatin Juliato - Presidente
Eduardo Leme Alves da Motta
Cristina Laguna Benetti Pinto
Edmund Chada Baracat
Luiz Francisco Cintra Baccaro
Suplentes
Jose Maria Soares Junior
Isabel Cristina Esposito Sorpreso
Luiz Gustavo Oliveira Brito
Daniela Angerame Yela Gomes

Resumo


Introdução: O sangramento vaginal desfavorável é a principal razão de descontinuação em mulheres usuárias de dispositivo intrauterino com levonorgestrel (DIU-LNG) e implantes contraceptivos liberador de etonogestrel (implante-ENG). Objetivo: Associar o perfil de expressão gênica endometrial de mulheres usuárias de DIU-LNG com a presença de sangramento vaginal e implante-ENG com a presença de sangramento vaginal desfavorável. Métodos: Foram incluídas 200 mulheres entre 18 e 45 anos que escolherem como método contraceptivo DIU- 52 mg de LNG (Mirena®) ou implante-ENG (Implanon®) no ambulatório de Planejamento Familiar do Departamento de Tocoginecologia da Unicamp e que estavam sem uso de método hormonal há 3 meses. Estas mulheres foram submetidas a biópsia de endométrio imediatamente antes da inserção dos métodos e foram acompanhadas por 1 ano, com padrão de sangramento. Foram avaliadas a expressão de genes relacionados à inflamação, resposta imune, angiogênese e metaloproteinases (BCL6, BMP6, C3, CCL2, CCL3, CCL4, CCR1, CD40, CXCL1, CXCL9, CXCL10, CXCL12, IL15, IL17A, MMP2, MMP19, SYK, TIMP1, TIMP2, TNFRSF1) e associadas ao padrão de sangramento reportado pelas mulheres. Para analisar a presença de sangramento em uso do DIU- 52 mg de LNG e sangramento desfavorável em uso do implante-ENG, foram realizadas análises de regressão logística simples e múltipla, incluindo os genes analisados. Resultados: Das 100 mulheres que optaram pelo uso do DIU-LNG, 96 completaram 12 meses de acompanhamento. Mulheres com expressão de CXCL9 ≥ 1,5 apresentaram um risco 8,15 vezes de apresentar sangramento vaginal aos 3 meses de uso do DIU-LNG (OR 8,15, IC 95 2,24–29,61, P = 0,001). Aos 12 meses, mulheres com expressão de TIMP1 ≥ 0,943 tiveram 2,74 vezes mais chances de apresentar sangramento (OR 2,74, IC 95 1,08–6,95, P = 0,033). Das 100 mulheres que optaram pelo uso de implantes contraceptivos ENG, 96 e 92 completaram 3 e 12 meses de seguimento respectivamente. Mulheres com menor expressão de CXCL1 < 0,0675 tiveram um risco aumentado em 6,8 vezes de sangramento vaginal desfavorável aos 3 meses (OR 6,8, IC 95 2,21-20,79, p < 0,001), enquanto aquelas com maior expressão de BCL6 > 0,65 (OR 6,0, IC 95 1,53-23,64, p = 0,01) e BMP6 > 3,4 (OR 5,1, IC 95 1,61-15,83, p = 0,006) tiveram riscos aumentados em 6,0 e 5,1 vezes, respectivamente. No acompanhamento de 12 meses, mulheres com expressão de CXCL1 < 0,158 tiveram um risco aumentado em 5,37 vezes de sangramento vaginal desfavorável (OR 5,37, IC 95 1,63 - 17,73, p=0,006). Conclusão: Usuárias do DIU-LNG 52 mg com expressão relativa elevada de CXCL9 tiveram risco aumentado de sangramento vaginal aos 3 meses e as com expressão elevada de TIMP1 tiveram maior probabilidade de sangramento vaginal aos 12 meses. Além disso, usuárias de implantes contraceptivos ENG com expressão elevada de BCL6 e BMP6 apresentaram um risco maior de sangramento vaginal aos 3 meses. A redução na expressão de CXCL1 foi associada a um risco elevado de sangramento nos acompanhamentos de 3 e 12 meses.

Palavras-chaves: dispositivos intrauterinos hormonais, implantes contraceptivos liberadores de etonogestrel, sangramento vaginal, expressão gênica, endométrio.