Qualificações e Defesas

AVALIAÇÃO CLÍNICOPATOLÓGICA DA ALTERAÇÃO DE INSTABILIDADE DE MICROSSATÉLITES EM PACIENTES COM CARCINOMA EPIDERMOIDE ORAL

Candidato(a): Francisco Augusto Gomes Santos Orientador(a): Fernanda Viviane Mariano Brum Correa
Mestrado em Fisiopatologia Médica
Apresentação de Defesa Data: 05/12/2024, 09:00 hrs. Local: Sala Verde do Prédio da CPG
Banca avaliadora
Titulares
Fernanda Viviane Mariano Brum Correa - Presidente
Rogério de Oliveira Gondak- Universidade Federal de Santa Catarina
Larissa Bastos Eloy Da Costa
Suplentes
Erika Said Abu Egal - The University of Utah
Carmen Silvia Passos Lima

Resumo


INTRODUÇÃO: O câncer é caracterizado pelo crescimento celular desordenado, resultante de mutações genéticas espontâneas ou induzidas. A alta exposição aos fatores de risco contribui para o aumento das taxas de incidência e mortalidade, tornando-o um problema de saúde pública global. O carcinoma de células escamosas oral ou carcinoma epidermoide oral (CECO), originário do epitélio escamoso da cavidade oral, corresponde a cerca de 90 dos cânceres orais. Este câncer afeta diversas áreas da cavidade oral e sua etiologia é multifatorial, envolvendo fatores genéticos e ambientais, como o consumo de tabaco e álcool e a infecção pelo HPV. O CECO é mais prevalente em homens entre a 5° e 7° décadas de vida, apresentando uma ampla gama de manifestações clínicas, entretanto grupos epidemiológicos emergentes vêm ganhando espaço. A instabilidade de microssatélites (MSI) é caracterizada por alterações em sequências repetitivas de DNA e está associada a várias doenças hereditárias e tipos de câncer. A MSI pode influenciar o prognóstico de pacientes com CECO e a carcinogênese do tumor. Deficiências genéticas na família de genes de mismatch repair (MMR) estão associadas a estágios tumorais mais avançados e pior prognóstico. A MSI pode ser um marcador emergente para o CECO pois pacientes dos grupos epidemiológicos emergentes, podem apresentar uma maior instabilidade de microssatélite, se comparados com o perfil epidemiológico mais frequente de ocorrência. OBJETIVOS: Fazer um levantamento clínico-patológico dos grupos emergentes de pacientes com CECO e avaliar em um segundo momento as características imuno-histoquímicas de marcadores de instabilidade dos microssatélites nestes diferentes grupos (MLH1, MSH2, MSH6 e PMS2). RESULTADOS: Este estudo incluiu 61 casos de carcinoma espinocelular (CECO), divididos em quatro grupos emergentes (grupos 1-4) e um grupo de predileção (grupo 5), com base em suas características clínico-patológicas. No grupo 1, a maioria dos casos era de CECOs moderadamente diferenciados, queratinizantes, ulcerados e em estágios avançados que afetavam a laringofaringe. No grupo 2, predominaram casos semelhantes, porém afetando a orofaringe. Os casos do grupo 3 eram principalmente moderadamente diferenciados, queratinizantes e ulcerados na língua, sem prevalência específica de estágio clínico. Já no grupo 4, observou-se predominância de casos moderadamente diferenciados e queratinizantes, principalmente na laringofaringe e em estágios iniciais. Em contraste, os casos do grupo 5 eram predominantemente moderadamente diferenciados, queratinizantes, ulcerados e em estágios avançados afetando a laringofaringe. Adicionalmente, o grupo 5 apresentou proporções significativamente maiores de preditores de pior prognóstico, como recidiva e metástase, quando comparado aos grupos emergentes. CONCLUSÃO: Com base nos resultados deste estudo sobre carcinoma espinocelular (CECO), foi possível identificar cinco grupos distintos de pacientes com características clínico-patológicas variadas. Os grupos emergentes (grupos 1-4) e o grupo de predileção (grupo 5) exibiram padrões específicos em relação à diferenciação celular, localização e estágio da doença. Notavelmente, o grupo 5, que apresentou maior frequência de casos avançados na laringofaringe e com preditores de pior prognóstico como recidiva e metástase, destaca-se como um subgrupo de particular preocupação clínica. Esses resultados destacam a heterogeneidade da doença e a importância da identificação precoce de fatores prognósticos para um manejo clínico mais eficaz.



Vacinação em crianças com até 24 meses de idade: dados da Pesquisa Nacional de Saúde, 2019.

Candidato(a): Lorena Goulart de Andrade Orientador(a): Priscila Maria Stolses Bergamo Francisco
Mestrado em Saúde Coletiva
Apresentação de Defesa Data: 05/12/2024, 14:00 hrs. Local: Anfiteatro do Prédio CPG
Banca avaliadora
Titulares
Priscila Maria Stolses Bergamo Francisco - Presidente
Ana Paula Sayuri Sato- Faculdade de Saúde Pública da USP
Maria Rita Donalisio Cordeiro
Suplentes
Luciana Bertoldi Nucci
Carlos Roberto Silveira Correa

Resumo


A vacinação enquanto medida de prevenção específica constitui uma relevante intervenção em saúde pública, com benefícios inquestionáveis em relação às mortes evitáveis por doenças imunopreveníveis ao longo dos anos, especialmente em crianças. Estudos revelam uma crescente preocupação com as coberturas vacinais no Brasil, que vêm apresentando comportamento de queda, sobretudo para algumas vacinas, e isso impacta no risco para o ressurgimento e/ou descontrole de doenças imunopreveníveis. O presente trabalho tem como objetivo estimar a cobertura vacinal contra a poliomielite, vacinas pentavalente, pneumocócica e tríplice viral em crianças com até 24 meses e a relação com fatores sociodemográficos e de utilização dos serviços de saúde. Trata-se de um estudo transversal, realizado com dados de domínio público da Pesquisa Nacional de Saúde 2019, relacionados as crianças com até 24 meses de idade (n=4.457). Foram realizadas análises descritivas das características sociodemográficas e de utilização dos serviços de saúde, de acordo com a informação obtida em caderneta de vacinação, e estimadas as coberturas vacinais com o esquema básico do calendário de imunização do Ministério da Saúde, com respectivos intervalos de confiança de 95 (IC95 ). Também foi estimada a completude do esquema básico considerando-se o 1º e 2º ano de vida das crianças, com os IC95 . As associações entre as coberturas de vacinação e as características sociodemográficas e de utilização dos serviços de saúde foram verificadas por meio do teste Qui-quadrado de Pearson e os fatores independentemente associados às coberturas, pelas razões de prevalência ajustadas pelo modelo de regressão múltipla de Poisson com variância robusta. Os resultados evidenciaram maior cobertura para a vacina pneumocócica (82,6 ; IC95 : 80,2-84,9), seguida das vacinas pentavalente (72,0 ; IC95 : 69,3-74,5) e contra a poliomielite (70,9 ; IC95 : 68,2-73,5); para a vacina tríplice viral, observou-se a menor cobertura (43,1 ; IC95 : 40,0-46,2). Foi verificada maior proporção de crianças que completaram o esquema da vacina pneumocócica no 1º ano de vida (58,6 ), enquanto menos da metade completaram os esquemas das vacinas pentavalente e contra a poliomielite no mesmo período (34,7 e 40,9 , respectivamente). Os fatores independentemente associados à cobertura vacinal contra a poliomielite foram área de residência e região, para a vacina pentavalente foram região, raça/cor, posse de plano de saúde e visita do ACS ou membro da ESF no último ano; a cobertura pneumocócica esteve associada ao número de moradores no domicílio, frequência da criança em escola/creche e cadastro do domicílio na USF, enquanto a cobertura tríplice viral associou-se à região, posse de plano de saúde e cadastro do domicílio na USF. Tais resultados mostraram que todas as coberturas vacinais estiveram abaixo da meta preconizada pelo Ministério da Saúde, revelando disparidades regionais, socioeconômicas, étnico/raciais e de acesso aos serviços de saúde para a completude dos esquemas básicos de vacinação das crianças. Estratégias devem ser elaboradas para suprir as iniquidades em saúde evidenciadas e combater fatores que influenciam a não adesão à vacinação, principalmente no 1º ano de vida, de modo a elevar as coberturas vacinais e fortalecer os princípios do SUS e do PNI brasileiro.



Candidato(a): Fabrício Castro de Borba Orientador(a): Marcondes Cavalcante Franca Junior
Doutorado em Fisiopatologia Médica
Apresentação de Qualificação Data: 06/12/2024, 08:30 hrs. Local: Sala Amarela FCM - Pós-Graduação
Banca avaliadora
Titulares
Marcio Luiz Figueredo Balthazar - Presidente
Anamarli Nucci
Alfredo Damasceno- Faculdade de Ciências Médicas - Universidade Estadual de Campinas
Suplentes
Melina Pazian Martins - Faculdade de Ciências Médicas - Universidade Estadual de Campinas

Padrões de uso de álcool por universitários: fatores associados e mudanças em uma década

Candidato(a): Marjourie Dragoni Bíscaro Pastore Orientador(a): Renata Cruz Soares De Azevedo
Doutorado em Ciências Médicas Coorientador(a): Amilton Dos Santos Junior
Apresentação de Defesa Data: 06/12/2024, 09:00 hrs. Local: Anfiteatro da Pós-Graduação/FCM
Banca avaliadora
Titulares
Renata Cruz Soares De Azevedo - Presidente
Tânia Maron Vichi Freire de Mello- Universidade Estadual de Campinas
Thiago Marques Fidalgo- Universidade Federal de São Paulo
José Manoel Bertolote- Faculdade de Medicina - UNESP - Campus de Botucatu
Claudio Eduardo Muller Banzato
Suplentes
Eduardo Henrique Teixeira - PUCCAMP
Alessandra Elena Diehl Branco dos Reis - UNIFESP
Karina Diniz Oliveira

Resumo


Objetivos: Realizar o mapeamento de padrões de consumo de bebidas alcoólicas (uso de álcool de baixo risco, de risco, de alto risco e de provável dependência) na população de estudantes de graduação da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP); apresentar os fatores associados aos padrões de gravidade e comparar os resultados com os dados obtidos em pesquisa realizada nesta mesma Universidade nos anos de 2005/2006. Métodos: Este estudo insere-se num projeto amplo que envolveu uma caracterização pormenorizada da população de estudantes de graduação da UNICAMP, realizado entre 2017 e 2018. Os dados quantitativos e qualitativos foram coletados por meio de questionário individual, preenchido anonimamente por cada participante. A amostra consistiu em 6906 alunos de graduação da UNICAMP. O questionário contempla informações sociodemográficas; situação estudantil; etnia; religião; saúde física e mental, uso de substâncias psicoativas (SPA), comportamentos de risco, uso de internet e sexualidade. Para análise dos padrões de uso de álcool foi utilizado o Alcohol Use Disorders Identification Test (AUDIT). As respostas foram analisadas a partir da criação de um banco de dados utilizando o programa estatístico R/RStudio; após, realizou-se análise bivariada com nível de significância de 1 e regressão logística múltipla e ordinal, com nível de significância de 5 . Resultados: Entre os 6906 estudantes avaliados, 65,5 eram abstêmios ou bebiam em padrão de baixo risco; 1 em cada 4 estudantes estão na faixa considerada de risco; 4,8 bebiam em padrão de alto risco e 3 possuíam uma provável dependência. Os fatores que aumentaram a chance de agravamento do padrão do beber foram: ser solteiro; pertencer à classe social A; antecedente familiar de transtorno por uso de SPA/transtornos mentais; não desenvolver pesquisa; pouca religiosidade; ter alguém na universidade como rede de apoio; dificuldade para dormir; fazer uso de cigarro, maconha, solventes e/ou ecstasy; sintomas leves a moderados de dependência à internet e seu uso para fazer amizades, fins eróticos e usar ao dirigir. Em relação a fatores associados a progressões específicas de gravidade: no corte > 8, ter estudado em escola particular, relacionamento ruim com professores e dirigir sob efeito de SPA; no corte > 16, associação com o sexo masculino, falta às aulas e Transtornos Mentais autorreferidos e no grupo de maior gravidade (corte > 20), associação com uso de cocaína e pensamentos suicidas. Houve aumento significativo do consumo de risco, de alto risco e provável dependência particularmente entre as mulheres. Houve frequência cinco vezes maior de relação sexual quando embriagada ou sob efeito de outra droga, entre as alunas em comparação com as estudantes do levantamento anterior. Conclusões: Para a maior parte dos universitários, o uso de álcool não ocorre de forma problemática, todavia, as taxas de uso de risco e alto risco de bebidas alcoólicas, particularmente o aumento entre mulheres, e sua associação com problemas acadêmicos e de saúde mental, indicam a necessidade de programas dirigidos em ambiente universitário. Dentre os que fazem consumo desta substância, existe um subgrupo com maior gravidade, que necessita de abordagens mais dirigidas para que o beber não comprometa o futuro do estudante.



Candidato(a): Marcelo Rigon Orientador(a):
Doutorado em Ciências da Cirurgia
Apresentação de Qualificação Data: 06/12/2024, 09:00 hrs. Local: Iou
Banca avaliadora
Titulares
Almiro José Machado Júnior - Presidente
Faculdade de Ciências Médicas UNICAMP- Faculdade de Ciências Médicas UNICAMP
Mônica Fernandes Gomes- Faculdade de Odontologia da UNESP - São José dos Campos
José Benedito Oliveira Amorim- Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - Campus São José dos Campos
Suplentes
Carlos Takahiro Chone
Ana Célia Faria - Faculdade de Ciências Médicas