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Candidato(a): Ítalo Karmann Aventurato |
Orientador(a): Clarissa Lin Yasuda | Doutorado em Ciências Médicas |
| Apresentação de Qualificação |
Data: 10/12/2024, 13:00 hrs. |
Local: Laboratório de Neuroimagem (HC UNICAMP) |
Banca avaliadora
| Titulares Laura Silveira Moriyama - Presidente Alberto Rolim Muro Martinez Luciana Ramalho Pimentel da Silva- FCM-UNICAMP
| Suplentes Andre Luiz Ferreira Costa - UNICID Amilton Dos Santos Junior
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MÚSICA COMO METODOLOGIA ATIVA PARA PROMOVER O DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL EM ESTUDANTES DE MEDICINA
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Candidato(a): Marcelo Bueno da Silva Rivas |
Orientador(a): Marco Antonio de Carvalho Filho | Doutorado em Clínica Médica |
| Apresentação de Defesa |
Data: 10/12/2024, 13:30 hrs. |
Local: anfiteatro da PGCM - pós graduação em clínica médica |
Banca avaliadora
| Titulares Angelica Maria Bicudo - Presidente Silvia Maria Riceto Ronchim Passeri- Faculdade de Ciências Médicas / UNICAMP Rosa Malena Delbone- Universidade Federal de Minas Gerais Wilson Nadruz Junior Anna Tereza Miranda Soares de Moura- Universidade do Estado do Rio de Janeiro
| Suplentes Mario Fritsch Toros Neves Andrea De Melo Alexandre Fraga Renata Nunes Aranha
| Resumo
RESUMO
Introdução: a formação dos estudantes de medicina é repleta de emoções. Ao acompanhar o processo de adoecimento e cura dos pacientes, os estudantes entram em contato com o medo, a dor, a gratidão e a felicidade, entre outras emoções. Esse processo ocorre simultaneamente ao desenvolvimento pessoal e profissional do estudante, que busca mecanismos para se adaptar a essa realidade emocional complexa. Entretanto, os currículos de medicina dedicam pouco espaço para abordar o papel das emoções na prática médica. Além disso, muitas vezes o currículo oculto reforça um distanciamento emocional que afeta a saúde mental dos estudantes e prejudica a relação médico-paciente. Nós acreditamos que uma pedagogia baseada em música e regulação emocional (RegE) pode contribuir para o desenvolvimento emocional dos futuros médicos.
Objetivo: primeiro estudo: desenvolver uma atividade pedagógica baseada em música e avaliar seu impacto sobre o desenvolvimento emocional de estudantes de medicina. Segundo estudo: explorar como uma atividade pedagógica baseada nos conceitos de RegE e música influencia o desenvolvimento emocional de estudantes de medicina.
Método: desenvolvemos uma atividade pedagógica baseada em música para estudantes do terceiro e quarto ano de três universidades públicas brasileiras. A atividade foi composta por 4 encontros para explorar: percepção das emoções; expressão das emoções; regulação das emoções; e o papel das emoções na prática médica. Durante os encontros, os autores utilizaram audições musicais para evocar emoções e promoveram discussões sobre a importância dessas emoções na prática médica. A inteligência emocional foi avaliada antes e depois do workshop utilizando uma escala psicométrica validada, a Schutte Self-Report Emotional Intelligence Test (SSEIT). No segundo estudo, exploramos como uma atividade pedagógica baseada em música influencia o desenvolvimento emocional dos estudantes de medicina, realizando um estudo qualitativo de seguimento, utilizando a análise temática reflexiva e indutiva para explorar 25 entrevistas semiestruturadas com os estudantes e os professores participantes da atividade.
Resultados: primeiro estudo: a atividade pedagógica baseada em música promoveu o desenvolvimento emocional dos estudantes de medicina. A pontuação média total da escala de inteligência emocional SSEIT no pré-teste foi de 110 (DP = 14,2) e aumentou para 116,8 (DP = 16,1) no pós-teste (P < .001) e este aumento também ocorreu nas 4 dimensões isoladas da escala SSEIT. Segundo estudo: a análise qualitativa identificou 4 temas relacionados ao desenvolvimento emocional dos alunos: Criação de um ambiente seguro e agradável; Facilitação das conexões emocionais; Gestão das emoções em medicina; e Naturalização das emoções em medicina. Esta pedagogia baseada em música e RegE promoveu uma reconexão dos estudantes com seu propósito original de serem médicos.
Conclusões: a música pode ser uma ferramenta ativa para explorar o papel das emoções na prática médica. Uma pedagogia baseada em música e RegE fornece um arcabouço teórico importante para conectar os alunos às emoções. Esta abordagem, contraria a cultura de distanciamento emocional reforçada pelo currículo oculto.
Palavras-chave: Música; Desenvolvimento Emocional; Educação Médica; Regulação Emocional
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PREVALÊNCIA DE PROBLEMAS DE SAÚDE MENTAL EM CRIANÇAS E ADOLESCENTE EM UM MUNICÍPIO DA REGIÃO NORDESTE DO BRASIL PÓS PANDEMIA DA COVID 19
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Candidato(a): Jane Cristina Medeiros Araújo |
Orientador(a): Eloisa Helena Rubello Valler Celeri | Doutorado em Saúde da Criança e do Adolescente |
Coorientador(a): Eudes Euler de Souza Lucena | Apresentação de Defesa |
Data: 11/12/2024, 08:30 hrs. |
Local: Sala Verde CPG |
Banca avaliadora
| Titulares Eloisa Helena Rubello Valler Celeri - Presidente Marcelo Viana da Costa- Universidade Federal do Rio Grande do Norte George Dantas de Azevedo- Universidade Federal do Rio Grande do Norte Amilton Dos Santos Junior Karina Diniz Oliveira
| Suplentes Mércio Gabriel de Araújo - Universidade Federal do Rio Grande do Norte Maria Angela Reis De Goes M Antonio Eudes Euler de Souza Lucena - Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
| Resumo
Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar o risco de transtornos mentais avaliados por escores anormais do Questionário de Capacidades e Dificuldades (SDQ - Strengths and Difficulties Questionnaire) em crianças e adolescentes no município de Caicó (RN) pós pandemia da Covid 19. Métodos: Este é um estudo descritivo, transversal, em uma amostra por conveniência, realizado com 157 crianças. Foram utilizadas versões validadas no Brasil do SDQ, do Inventário de Ansiedade de Beck e do Inventário de Depressão de Beck. Resultados: A ocorrência de escore anormal do SDQ foi 33 maior nas crianças que tiveram reforço escolar e nas crianças menores que 7 anos, 44 maior nas crianças cujos cuidadores apresentaram o BAI com resultado leve, moderado ou grave e 58 maior naqueles cujos cuidadores apresentaram o BDI com resultado alterado. Conclusão: Os dados avaliados mostraram que as crianças apresentaram um risco maior de desenvolvimento de transtornos mentais avaliados por escores anormais do SDQ quando os seus cuidadores primários apresentaram sintomas de ansiedade e depressão. Houve também uma associação de maior risco de escores anormais do SDQ em crianças com idade menor que 7 anos e que receberam reforço escolar no período da pandemia
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GRAVIDEZES ECTÓPICAS E MOLARES EM 17 PAÍSES DA ÁFRICA, AMÉRICA LATINA E CARIBE: UMA ANÁLISE SECUNDÁRIA DO WHO MULTI-COUNTRY SURVEY ON ABORTION
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Candidato(a): Camila Ayume Amano Cavalari |
Orientador(a): Luiz Francisco Cintra Baccaro | Mestrado em Tocoginecologia |
| Apresentação de Defesa |
Data: 11/12/2024, 09:00 hrs. |
Local: Anfiteatro Kazue Panetta CAISM |
Banca avaliadora
| Titulares Luiz Francisco Cintra Baccaro - Presidente Daniela Angerame Yela Gomes Ricardo Porto Tedesco- Faculdade de Medicina de Jundiaí
| Suplentes Armando Antunes Júnior - Faculdade de Medicina de Jundiaí Gabriela Pravatta Rezende Antoniassi - Hospital da Mulher Prof. Dr. José Aristodemo Pinotti - CAISM/UNICAMP
| Resumo
Introdução: A gravidez ectópica (GE) e a gravidez molar (GM) são causas de morbidade e mortalidade materna frequentemente negligenciadas em intervenções baseadas em evidências. Existem dados globais limitados sobre ambas as condições, o que torna importante entender sua epidemiologia e manejo em diferentes regiões. Nosso estudo tem como objetivo descrever a prevalência dessas condições entre as mulheres tratadas por perdas precoces da gravidez, a gravidade das complicações e as opções de tratamento entre as mulheres em unidades de saúde selecionadas em 17 países da África e da América Latina e Caribe (ALC). Métodos: Esta é uma análise secundária da WHO Multi-Country Survey on Abortion (WHOMCS-A). Foram coletados dados de 280 estabelecimentos de saúde em 11 países da África e 6 da América Latina e do Caribe. As informações sociodemográficas, os sinais e sintomas, o tratamento e os resultados clínicos foram extraídos dos registros médicos. Também foram coletados dados em nível de estabelecimento sobre as capacidades de atendimento pós-aborto, e os estabelecimentos foram classificados de acordo. Os testes de qui-quadrado ou exato de Fisher foram usados para comparar dados categóricos. Resultados: De um total de 24.424 mulheres, 1.904 casos foram de GE e 511 de GM. A GE apresentou maior gravidade de complicações do que a GM. Na admissão, 49,8 dos casos de GE tinham sinais de irritação peritoneal. O tratamento cirúrgico mais comum para o GE foi a laparotomia (87,2 ) e para a GM, o esvaziamento uterino (89,8 ). As instalações com pontuações mais altas em infraestrutura e capacidade de oferecer atendimento pós-aborto forneceram com mais frequência tratamento minimamente invasivo usando metotrexato (34,9 ) e laparoscopia (5,1 ). Conclusões: A GE e a GM contribuem para a morbidade e a mortalidade maternas. Pesquisas futuras são necessárias para entender a melhor forma de responder e gerenciar essas complicações.
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PESQUISA DO ANTICORPO ANTI-RECEPTOR DE FOSFOLIPASE A2 SÉRICO E DO RECEPTOR DE FOSFOLIPASE A2 GLOMERULAR E SUAS APLICAÇÕES CLÍNICAS NA NEFROPATIA MEMBRANOSA
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Candidato(a): Giovana Mariani |
Orientador(a): Ricardo De Lima Zollner | Doutorado em Clínica Médica |
Coorientador(a): Maria Almerinda Vieira Fernandes R Alves | Apresentação de Defesa |
Data: 11/12/2024, 09:00 hrs. |
Local: Anfiteatro do Departamento de Clínica Médica |
Banca avaliadora
| Titulares Ricardo De Lima Zollner - Presidente Athanase Billis Luis Yu Vera Maria Santoro Belangero Márcio Dantas
| Suplentes Soraia Rambalducci Marchi da Rocha Jose Antonio Rocha Gontijo Ricardo Augusto de Miranda Cadaval
| Resumo
Introdução: A nefropatia membranosa (NM) é uma das principais causas de síndrome nefrótica no mundo, caracterizada pela formação de depósitos imunes na base dos podócitos e espessamento da membrana basal glomerular (MBG). Em sua forma primária (NMP), é considerada doença autoimune desde a descrição do receptor de fosfolipase A2 (PLA2R), antígeno podocitário presente em 70 dos casos e contra o qual é formada uma imunoglobulina G (IgG), predominantemente da subclasse IgG4. Nas formas secundárias, outros antígenos costumam estar presentes.
Objetivo Principal: Pesquisar a presença do antígeno PLA2R em tecido renal e o anticorpo anti-PLA2R em soro de pacientes com NM.
Objetivo Secundário: Avaliar expressão de PLA2R em tecido renal e presença do anticorpo anti-PLA2R no soro de pacientes acometidos e controles e correlacionar com dados clínicos como creatinina sérica, albumina sérica e proteinúria.
Materiais e Métodos: Retrospectivamente, foram avaliados dados clínicos e tecido renal para pesquisa do PLA2R por meio de imunohistoquímica (IH) em pacientes com NM, diagnosticados entre janeiro de 2006 e dezembro de 2020. Prospectivamente, foi realizada coleta de soro seriada trimestralmente durante 12 meses de subgrupo de pacientes em seguimento atual no serviço, entre janeiro de 2020 e dezembro de 2021, para pesquisa do anti-PLA2R circulante por meio da técnica de ELISA (Enzyme Linked ImmunoSorbent Assay). Grupo controle incluiu pacientes com NM secundária ao lúpus eritematoso sistêmico (LES), com outras glomerulopatias proteinúricas e pacientes hígidos. Neste subgrupo, foi pesquisada reatividade de IgG4 sérica contra antígenos podocitários utilizando linhagem de podócitos CIHP1 (Conditionally immortalized human podocytes-1) por meio de IH.
Resultados: Foi avaliada expressão do PLA2R por IH em tecido renal de 50 pacientes, presente em 80 dos casos com NMP. Não houve diferenças nos dados clínicos entre pacientes com PLA2R presente ou ausente. Não houve expressão do PLA2R em pacientes com NM secundária ou com outras glomerulopatias. Subgrupo de oito pacientes com NMP tiveram análise seriada do anti-PLA2R por ELISA, sendo que os títulos do anticorpo se correlacionaram negativamente com albumina sérica e positivamente com proteinúria, tanto na análise global (ambos com p < 0,0001), quanto na subanálise com indivíduos anti-PLA2R presente versus ausente (p < 0,0001 e p = 0,0003, respectivamente). Não houve diferença com relação à função renal. A pesquisa de IgG4 sérica contra antígenos podocitários teve resultados divergentes da pesquisa de IgG total pelo ELISA, com possivelmente reatividade contra outros antígenos, visto que não foi identificada expressão do PLA2R nos podócitos in vitro.
Discussão e conclusão: Neste estudo, foi corroborada a elevada sensibilidade e especificidade do PLA2R na NMP e a correlação dos títulos do anticorpo com dados clínicos, como albumina sérica e proteinúria. Não foi possível estabelecer associações entre anticorpo e tratamento nesse grupo, por se tratar de pacientes tratados. Entretanto, já está bem estabelecido que a pesquisa da expressão do antígeno PLA2R em tecido renal e a quantificação de anticorpo circulante anti-PLA2R são imprescindíveis no diagnóstico, avaliação prognóstica e condução terapêutica de pacientes com NM. A pesquisa de IgG4 sérica contra antígenos podocitários não foi uma técnica válida para pacientes com NMP.
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