Qualificações e Defesas

PROTOCOLO INSTITUCIONAL DE SEDAÇÃO E ANALGESIA PARA PROCEDIMENTOS ORTOPÉDICOS EM ADULTOS NA UNIDADE DE EMERGÊNCIA REFERENCIADA DO HOSPITAL DE CLÍNICAS DA UNICAMP

Candidato(a): Hugo Maia Rodrigues Orientador(a): Rodrigo Goncalves Pagnano
Mestrado Profissional em Ciência Aplicada à Qualificação Médica
Apresentação de Defesa Data: 09/12/2024, 14:00 hrs. Local: Sala Verde do Prédio da Pós-Graduação/FCM UNICAMP
Banca avaliadora
Titulares
Rodrigo Goncalves Pagnano - Presidente
Vanessa Henriques Carvalho
Juan Carlos Yugar Toledo
Suplentes
Guilherme Grisi Mouraria
Flávio Luís Garcia

Resumo


Introdução: O atendimento em unidade de emergência de pacientes com enfermidades ortopédicas requer, com frequência, a realização de procedimentos terapêuticos dolorosos e que geram ansiedade e desconforto ao paciente. O uso de técnicas de sedação e analgesia para procedimentos (SAP) no pronto-socorro está associada a redução de desconforto e apreensão, além de evitar memórias traumáticas e facilitar a execução dos procedimentos.

Objetivo: Propor um protocolo assistencial multidisciplinar uniformizado para sedação e analgesia de pacientes ortopédicos adultos submetidos a procedimentos na sala de emergência.

Método: Discussão em reuniões multidisciplinares mensais para a elaboração de um fluxograma de cuidados relacionado a sedação e analgesia em unidade de emergência. Foram realizados quatro encontros envolvendo equipe da diretoria médica, ortopedia, medicina de emergência, farmácia, enfermagem e núcleo de qualidade e segurança em saúde. O estudo foi desenvolvido em quatro etapas principais: definição do conteúdo do protocolo, estruturação e pesquisa, elaboração do protocolo clínico e validação do protocolo pelos profissionais.

Resultados: Elaboração do protocolo através de recomendações e fluxograma de cuidados baseado em levantamento bibliográfico.

Conclusão: A utilização do protocolo de sedação e analgesia em procedimentos ortopédicos deve orientar a equipe de emergência no direcionamento do paciente, na escolha da medicação, nos cuidados adequados e na avaliação dos critérios de alta.



FUNCIONALIDADE E INCAPACIDADE EM ADULTOS AUTISTAS PELO WHODAS 2.O E AS REPERCUSSÕES NA VIDA EM SUA PRÓPRIA PERCEPÇÃO

Candidato(a): Fernanda Caroline Pinto da Silva Orientador(a): Regina Yu Shon Chun
Doutorado em Saúde, Interdisciplinaridade e Reabilitação
Apresentação de Defesa Data: 10/12/2024, 09:00 hrs. Local: Anfiteatro da Pós-Graduação/FCM
Banca avaliadora
Titulares
Regina Yu Shon Chun - Presidente
Amanda Brait Zerbeto
Shamyr Sulyvan de Castro- Universidade Federal do Ceará
Helenice Yemi Nakamura
Elenir Fedosse- Universidade Federal de São Paulo
Suplentes
Maria Cristina Pedro Biz - Universidade Federal de São Paulo
Luiz Fernando Longuim Pegoraro - Universidade Estadual de Campinas
Regina Zanella Penteado - Universidade Estadual Paulista - Campus de Rio Claro

Resumo


Introdução: O Transtorno do Espectro Autista é uma condição do neurodesenvolvimento, com alterações sociocomunicativas e comportamentais, e prejuízos na funcionalidade ao longo da vida. Há vasta literatura sobre o autismo em crianças e adolescentes, mas a funcionalidade, incapacidade e suas repercussões na vida adulta, foco deste estudo, ainda carecem ser melhor investigadas. Objetivo Geral: Investigar os níveis de saúde e de deficiência de pessoas autistas adultas por meio do World Health Disability Assessment Schedule - WHODAS 2.0. Método: Pesquisa aprovada pelo CEP sob n.4.541.106. Estudo observacional descritivo transversal, com 60 pessoas adultas autistas, de 18 a 65 anos, níveis 1 e 2 de apoio. Os participantes responderam a um questionário semiestruturado, contendo dados clínicos-sociodemográficos e ao World Health Disability Assessment Schedule 2.0, versão autoadministrada, de 36 itens. Realizou-se estatística descritiva e análise de regressão linear dos dados quantitativos, tomando dados sociodemográficos e clínicos como variáveis independentes e escores da escala como variável dependente, e Análise de Conteúdo dos dados qualitativos, tomando-se a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde - CIF como base conceitual para as categorias e subcategorias. Resultados: Apresentados no modo alternativo de tese por 2 artigos. Amostra predominantemente feminina, com alto nível de escolaridade, com predomínio de diagnóstico tardio de autismo, após os 30 anos, e classificada como nível 1 de apoio. Houve discrepância entre níveis de apoio e o autorrelato de suporte familiar. As dificuldades de comunicação social foram as mais referidas (96,67 ), seguidas das sensoriais (90 ), cognitivas (81,67 ), seletividade alimentar (70 ), e comportamentais (45 ), assim como alta frequência de comorbidade (86,67 ), principalmente de ansiedade e depressão, e uso de medicação (80 ). Os escores gerais de funcionalidade indicam maior prejuízo nos domínios de relações interpessoais (66,9), atividades de vida (63,7), participação (56,4) e cognição (48,7), e menor impacto nos domínios de autocuidado (27,2) e mobilidade (33,1). Na análise qualitativa, as dificuldades do autismo impactaram os seis domínios de vida da CIF, com maior prejuízo em cognição, relações interpessoais, atividades de vida e participação, corroborando os resultados do WHODAS 2.0. Dificuldades sensoriais-alimentares e cognitivo-comportamentais tiveram ampla interferência, inclusive nos domínios de autocuidado e mobilidade. Houve prejuízo em atividades e participação nos contextos sociais, educacionais e de trabalho, com barreiras físicas - estímulos sensoriais, sociais - acesso a serviços de saúde e atitudinais - incompreensão e estigmas. Conclusão: Resultados quantitativos e qualitativos estão em consonância e evidenciam a importância da avaliação da funcionalidade baseada na abordagem biopsicossocial, que considera as deficiências como resultado da interação entre a pessoa autista e o ambiente, dá voz às pessoas adultas autistas, tornando-as ativas e coparticipativas no processo de compreensão da sua condição de saúde e de suas necessidades. A discrepância entre os níveis de apoio e de suporte familiar demonstram divergências entre a análise dos profissionais e a autopercepção dos participantes quanto ao nível de funcionalidade. O diagnóstico tardio e a falta de suporte acarretam impactos na vida e interfere no nível de funcionalidade das pessoas.



AVALIAÇÃO DO USO DOS DISPOSITIVOS INTRAUTERINOS SOBRE O RISCO DE RESULTADOS CITOPATOLÓGICOS ALTERADOS DO COLO DO ÚTERO

Candidato(a): Christine Miranda Corrêa Orientador(a): Luis Guillermo Bahamondes
Doutorado em Tocoginecologia Coorientador(a): Luiz Carlos Zeferino
Apresentação de Defesa Data: 10/12/2024, 09:00 hrs. Local: Anfiteatro Kazue Panetta (CAISM)
Banca avaliadora
Titulares
Luis Guillermo Bahamondes - Presidente
Hospital da Mulher Prof. Dr. José Aristodemo Pinotti - CAISM/UNICAMP- Hospital da Mulher Prof. Dr. José Aristodemo Pinotti - CAISM/UNICAMP
Jose Maria Soares Junior- Universidade de São Paulo
Julio Cesar Teixeira
Edmund Chada Baracat- Universidade de São Paulo
Ilza Maria Urbano Monteiro
Suplentes
Gustavo Arantes Rosa Maciel - Universidade de São Paulo
Luiz Francisco Cintra Baccaro
Isabel Cristina Esposito Sorpreso - Universidade de São Paulo

Resumo


Introdução: Alguns estudos sugeriram a influência dos dispositivos intrauterinos no risco das neoplasias epiteliais do colo do útero. Objetivo: Verificar a associação entre o uso de DIU e o risco para resultado de exame citopatológico alterado do colo do útero. Material e Métodos: Foram realizados uma revisão narrativa da literatura e um estudo de coorte retrospectiva na Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, Brasil. Os dados para estudo de coorte retrospectiva foram coletados de prontuários de 2.963 mulheres que realizaram pelo menos um exame citopatológico do colo do útero entre 1990 e 2017. As mulheres incluídas foram classificadas em dois grupos: usuárias de DIU (2.305) e usuárias de outros métodos contraceptivos (658). A variável dependente foi a classificação dos resultados citopatológicos com base no sistema de Bethesda. O tempo de uso de DIU foi uma das principais variáveis independentes e o acompanhamento terminou quando as participantes deixaram de usar o DIU ou na sua última consulta no ambulatório de planejamento familiar. Foi considerado para o estudo o resultado com maior alteração citopatológica de cada mulher e quando todos os seus resultados foram normais foi considerado o último registrado. Os fatores de risco associados ao exame citopatológico alterado do colo do útero foram investigados usando a análise de regressão de Poisson bivariada e múltipla e descrita a razão de risco estimada (RR) e o intervalo de confiança (IC) de 95 . O nível de significância foi p< 0,05. Resultados: A revisão narrativa da literatura de 16 artigos sobre a associação de lesões precursoras e câncer do colo do útero e uso de DIU apontou 8 artigos mostrando baixo risco associado ao uso de DIU. No estudo de coorte retrospectiva, as usuárias de DIU foram submetidas a um número significativamente maior de avaliações colpocitológicas (34,8 ) do que as não usuárias de DIU (16,4 ). Os resultados alterados foram mais comuns em mulheres que tiveram mais de uma avaliação colpocitológica (p<0,001) e naquelas com elevado número de anos desde a sua primeira relação sexual (p<0,001). O uso dos DIUs foi associado a baixo risco de resultado citopatológico alterado do colo do útero (risco de prevalência [RP] = 0,74; IC 95 : 0,62–0,89; p = 0,001) após ajustado pelo número de citologias realizadas por cada participante. Conclusão: As usuárias de DIU apresentaram baixo risco de resultado citopatológico alterado do colo do útero. Mulheres podem ser orientadas sobre este benefício não contraceptivo do uso do DIU quando os profissionais de saúde oferecerem orientação às atuais e futuras usuárias do DIU.



IMPLANTAÇÃO DE UM PROGRAMA ASSISTENCIAL DE SEGUIMENTO DE HIPERBILIRRUBINEMIA EM RECÉM-NASCIDOS DE IDADE GESTACIONAL MAIOR OU IGUAL A 35 SEMANAS

Candidato(a): Ana Luiza Yaekashi Grillo Orientador(a): Jamil Pedro De Siqueira Caldas
Mestrado em Saúde da Criança e do Adolescente
Apresentação de Defesa Data: 10/12/2024, 09:00 hrs. Local: sala de informática CAISM
Banca avaliadora
Titulares
Jamil Pedro De Siqueira Caldas - Presidente
Monica Aparecida Pessoto
Maria Fernanda Branco de Almeida- Escola Paulista de Medicina - Universidade Federal de São Paulo
Suplentes
Marina Carvalho de Moraes Barros - Escola Paulista de Medicina - Universidade Federal de São Paulo
Daniela Anderson

Resumo


Introdução: Hiperbilirrubinemia neonataL grave ocorre em uma parcela importante dos recém-nascidos (RNs) na primeira semana de vida e pode ser associada à encefalopatia bilirrubínica. Modelos sistematizados de acompanhamento de recém-nascidos ictéricos são importantes na detecção da hiperbilirrubinemia e prevenção de danos neurológicos permanentes. Objetivo: Implantar e avaliar um programa sistematizado de acompanhamento da hiperbilirrubinemia na primeira semana de vida de RNs com idade gestacional ≥35 semanas nascidos na Santa Casa de Rio Claro, Rio Claro - São Paulo. Métodos: Estudo de intervenção, com estimativa de tamanho amostral de 432 RNs. Foram elegíveis todos os RNs com idade gestacional ≥ 35 semanas admitidos no alojamento conjunto do hospital. As crianças foram avaliadas com dosagem transcutânea (BTc) e/ou bilirrubina total sérica (BT) durante a internação e aquelas com BT acima do percentil 75 para a idade em horas, conforme a classificação em nomograma de Bhutani et al (2021), foram acompanhadas após a alta. Foram avaliados taxa de utilização do ambulatório de seguimento, a incidência de BT ≥15 mg/dl à alta, taxa de reinternação para fototerapia e a taxa de exsanguineotransfusão. Resultados: De um total de 432 RNs, 53 (12,3 ) foram encaminhados para acompanhamento, dos quais 44 (83 ) retornaram. Doze RNs retornados foram reinternados para fototerapia, correspondente a 27,2 dos retornados e 2,7 do total da amostra. Dos 53 encaminhados para retorno, 2 (3,8 ) tinham bilirrubinemia ≥ 15 mg/dL na alta e nenhum foi reinternado para tratamento. Do total de reinternados, dois recém-nascidos apresentaram nível ≥ 25 mg/dL e nenhum ≥ 30 mg/dL. Todos responderam rapidamente à fototerapia intensiva, e não houve necessidade de utilizar exsanguinotransfusão. Houve uma diminuição das internações para fototerapia de 10 para 3 com a implantação do protocolo assistencial de seguimento de hiperbilirrubinemia. Conclusão: O programa ambulatorial de acompanhamento de icterícia mostrou-se com nível de aderência elevado e seguro e reduziu o número de internação para fototerapia em três vezes.



Candidato(a): Glaucia Coghetto Cassemiro Orientador(a): Jose Dirceu Ribeiro
Mestrado em Saúde da Criança e do Adolescente
Apresentação de Qualificação Data: 10/12/2024, 10:00 hrs. Local: Sala 03 CIPED
Banca avaliadora
Titulares
Jose Dirceu Ribeiro - Presidente
Aline Cristina Gonçalves- Faculdade de Ciências Médicas - Universidade Estadual de Campinas
Maria de Fátima Corrêa Pimenta Servidoni- Universidade Estadual de Campinas
Suplentes
Elizete Aparecida Lomazi