Qualificações e Defesas

SEGURANÇA ONCOLÓGICA E CIRÚRGICA DA PACIENTE COM CÂNCER DE MAMA METASTÁTICO SUBMETIDA A RECONSTRUÇÃO MAMÁRIA PARCIAL OU TOTAL

Candidato(a): Alicia Marina Cardoso Orientador(a): Luiz Carlos Zeferino
Mestrado em Tocoginecologia
Apresentação de Defesa Data: 16/12/2024, 09:00 hrs. Local: Sala informática de teleconferência do CAISM
Banca avaliadora
Titulares
Luiz Carlos Zeferino - Presidente
Vilmar Marques de Oliveira- Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo
Sophie Francoise Mauricette Derchain
Suplentes
Luis Otavio Zanatta Sarian
João Bosco Ramos Borges - Faculdade de Medicina de Jundiaí

Resumo


RESUMO: Nos últimos anos houve um aumento do número de casos de câncer de mama metastático em mulheres jovens, somado a uma sobrevida câncer específica crescente. Estudos demonstram que cerca de 35 a 60 de pacientes em estadio IV são submetidas a cirurgia, apesar de não haver evidência que isso impacte no prognóstico. OBJETIVO: O objetivo do estudo foi avaliar as taxas de complicações das cirurgias de reconstrução mamária em mulheres com doença metastática comparando com pacientes sem doença metastática. Além disso, foi avaliado sobrevida global deste grupo de pacientes com aquelas metastáticas operadas não reconstruídas. MÉTODO: Foram avaliados os prontuários de pacientes submetidas a cirurgia mamária com ou sem reconstrução na vigência de diagnóstico de metástase a distância entre os anos de 2010 e 2022 no Hospital da Mulher Prof. Dr. José Aristodemo Pinotti. Foram excluídas todas as pacientes que apresentavam doença em progressão na indicação cirúrgica. Além disso, foi criado um grupo controle de pacientes não metastáticas e reconstruídas no mesmo período. A análise estatística foi realizada mediante os teste de Dunn, Kruskal-Wallis, Qui-quadrado e Fisher para as variáveis analisadas e para análise de sobrevida global, foi utilizada curva de Kaplan-Meier e teste de comparação entre as curvas Log-Rank. RESULTADOS: Foram 208 pacientes analisadas, das quais 37 haviam realizado cirurgia de reconstrução mamária (grupo 1) e 97 sem reconstrução mamária (grupo 2). No grupo de controle (grupo 3), haviam 74 mulheres não metastáticas submetidas a reconstrução mamária. As taxas de complicação entre os grupos 1 e 3 não foram diferentes (32,4 versus 39,2 com o=0.4869). Na análise de sobrevida global, não houve diferença entre os grupos metastáticos reconstruídos ou não reconstruídos (p=0.0660). CONCLUSÃO: A reconstrução mamária em pacientes com doença metastática controlada ou em remissão, em tratamento sistêmico pré operatório ótimo, de idade jovem, com poucas comorbidades e baixo risco cirúrgico é segura, apresentando taxas de complicações semelhantes quando comparado a pacientes não metastáticas. A reconstrução mamária não causou impacto na sobrevida global desse grupo de mulheres quando comparados a pacientes metastáticas não reconstruídas.



Candidato(a): Marina Silva Folguieri Orientador(a): Jose Antonio Rocha Gontijo
Doutorado em Fisiopatologia Médica
Apresentação de Qualificação Data: 16/12/2024, 14:00 hrs. Local: Sala Amarela/pós-graduação
Banca avaliadora
Titulares
Roger Frigerio Castilho - Presidente
Heloisa Balan Assalin- Faculdade de Ciências Médicas / UNICAMP
Marilda Mazzali
Suplentes
Leonardo Oliveira Reis - Universidade Estadual de Campinas

Candidato(a): Claudia de Souza Ozores Caldas Orientador(a): Irani Rodrigues Maldonade
Doutorado em Saúde, Interdisciplinaridade e Reabilitação
Apresentação de Qualificação Data: 16/12/2024, 14:00 hrs. Local: Salas Lego ou Pós Graduação
Banca avaliadora
Titulares
Irani Rodrigues Maldonade - Presidente
Carla Salles Chamouton- Faculdade de Ciências Médicas / UNICAMP
Mirian Hideko Nagae Espinosa
Suplentes
Ivani Rodrigues Silva

EVOLUÇÃO EM LONGO PRAZO DA OBSTRUÇÃO DA VEIA PORTA EXTRA-HEPÁTICA COM INÍCIO NA FAIXA ETÁRIA PEDIÁTRICA

Candidato(a): Thaís Noronha e Noronha Orientador(a): Gabriel Hessel
Mestrado em Saúde da Criança e do Adolescente Coorientador(a): Roberta Vacari De Alcantara
Apresentação de Defesa Data: 17/12/2024, 14:00 hrs. Local: anfiteatro do prédio da pós graduação
Banca avaliadora
Titulares
Gabriel Hessel - Presidente
Antonio Fernando Ribeiro
Natascha Silva Sandy
Suplentes
Roberto Jose Negrao Nogueira
Irene Kazue Miura

Resumo


Objetivo: Descrever a evolução em longo prazo da obstrução da veia porta extra-hepática (OVPEH) diagnosticada na faixa etária pediátrica.

Métodos: Estudo observacional, analítico e retrospectivo com inclusão de pacientes do ambulatório de hepatologia pediátrica do Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas com diagnóstico de OVPEH. Participaram do estudo 55 pacientes que preencheram os critérios de inclusão e exclusão. A idade média de admissão foi de 4,49 anos com mediana de 4,25 anos, 35 pacientes eram do sexo masculino (63,6 ). Foram avaliadas as seguintes variáveis: peso ao nascimento, prematuridade, antecedente de cateterismo umbilical, idade ao diagnóstico da OVPEH, forma de apresentação clínica e idade da primeira hemorragia digestiva alta. Foram avaliados peso e altura na 1ª. e na última consulta para diagnostico de déficit de crescimento e informações de resultados de exames para diagnóstico de hiperesplenismo grave, colangiopatia do cavernoma portal sintomática e síndrome hepatopulmonar. Também foram avaliados o percentual de necessidade de cirurgia de derivação, necessidade de transplante hepático e evolução para óbito. Após isso, os pacientes foram divididos em 2 grupos, com e sem necessidade de tratamento cirúrgico e as variáveis acima comparadas entres esses. Os testes estatísticos empregados foram os de Mann- Whitney e o qui-quadrado e, quando necessário, o teste exato de Fisher. A análise de regressão logística univariada e múltipla foi aplicada para identificar fatores associados ao desfecho de necessitar ou não de procedimento cirúrgico. O nível de significância adotado foi de 5 .

Resultados: Dentre os 55 pacientes incluídos, 19 (34,5 ) necessitaram de realização de cirurgia de shunt. Os resultados da prevalência das seguintes variáveis foram: baixo peso de nascimento = 36,5 , prematuridade = 49,0 , cateterismo umbilical = 63,6 , hemorragia digestiva alta = 69,0 , déficit de crescimento = 14,9 , hiperesplenismo grave (Plaquetas < 75.000/mm3) = 50 , síndrome hepatopulmonar = 9,0 , colangiopatia do cavernoma portal sintomático = 6,9 , evolução para transplantge hepático = 1 caso = 1,8 , evolução para óbito = 1 caso = 1,8 . Quando realizada a regressão logística univariada e múltipla dessas variáveis, obteve-se diferença significativa apenas com o hiperesplenismo como preditora da necessidade de realização de cirurgia.

Conclusão: Foi alto o percentual de algumas complicações em pacientes com OVPEH. A presença de hiperesplenismo grave foi um bom indicador preditivo da necessidade de cirurgia. Contudo, não encontramos argumento para realizar a cirurgia em todas as crianças com OVPEH com hipertensão portal.



Avaliação da Qualidade de Vida em Mulheres na Menopausa com Dispareunia

Candidato(a): Vitoria Rosa dos Santos Orientador(a): Luiz Claudio Martins
Mestrado em Gerontologia
Apresentação de Defesa Data: 17/12/2024, 14:00 hrs. Local: Anfiteatro do Departamento de Clínica Médica
Banca avaliadora
Titulares
Luiz Claudio Martins - Presidente
Ana Maria Moser- Pontifícia Universidade Católica do Paraná
Maria José D'Elboux
Suplentes
Maria Aparecida Barone Teixeira - São Leopoldo Mandic - SLMandic
Andre Fattori

Resumo


A sexualidade passa por uma transformação influenciada por fatores históricos, culturais, religiosos e éticos, sendo uma expressão afetiva do indivíduo. Com a chegada do climatério, a redução dos níveis de estrogênio e progesterona causa mudanças que impactam a vivência plena da sexualidade nas mulheres, incluindo a dispareunia. A dispareunia, que é a dor durante a relação sexual, é um sintoma comum na menopausa e pode comprometer significativamente a qualidade de vida das mulheres. A saúde sexual é essencial para a qualidade de vida, refletindo-se na satisfação nos relacionamentos íntimos. A qualidade de vida é um conceito multidimensional que abrange bem-estar físico, social, psicológico e espiritual. Com o envelhecimento da população e o aumento da expectativa de vida, é crucial realizar estudos focados em melhorar o bem-estar dos idosos. O climáterio, que em média começa aos 48 anos, significa que muitas mulheres viverão quase metade de suas vidas com sintomas persistentes, como a dispareunia, afetando sua saúde sexual. Portanto, estudos são necessários para identificar variáveis que promovam um envelhecimento satisfatório e feliz. Esta dissertação teve como objetivo avaliar a qualidade de vida e a função sexual de mulheres menopausadas com dispareunia. Para isso, foi realizado um estudo quantitativo, descritivo e transversal, utilizando um questionário online divulgado nas redes sociais dos pesquisadores (Facebook, Instagram, Google e LinkedIn). O questionário incluía um perfil sociodemográfico, a Escala de Dor (EVA), o World Health Organization Quality of Life-Bref (WHOQOL-BREF), o World Health Organization Quality of Life-Old (WHOQOL-OLD) e o Female Sexual Function Index (FSFI). Participaram da pesquisa 21 mulheres, na faixa etária entre 56 e e 72 anos de idade, que haviam tido a última menstruação há pelo menos 12 meses e mantido relações sexuais no último mês (30 dias). A maioria das participantes era casada, tinha ensino superior e era branca. Os resultados indicaram que a maioria (76,2 ) das participantes não tinham dispareunia, enquanto a minoria (23,8 ) relataram dor variando de moderada a muito intensa. Os resultados do FSFI variaram entre 16,3 e 32, significando que a resposta sexual desta amostra se encontra dentro da média, no que tange a lubrificação, desejo, excitação, orgasmo, satisfação e dor. No geral, as participantes demonstraram uma boa qualidade de vida, com altos escores (75 pontos ou mais) em autonomia, participação social e habilidades sensoriais. Os resultados confirmam pressupostos do envelhecimento ao longo do ciclo vital, destacando que fatores socioeconômicos influenciam a percepção e vivência do climatério. Salienta-se que essa amostra provavelmente, constitui-se de mulheres que conseguiram transpassar os estereótipos atrelados ao envelhecimento e ao climatério. Recomenda-se o uso de questionários mais curtos em futuras pesquisas para aumentar a participação e a coleta de dados presenciais para incluir mulheres com dificuldades tecnológicas, além de um estudo qualitativo para coletar as variáveis não normativas dessa população.