Qualificações e Defesas

Candidato(a): Deltharma Frantzia Dorcely Orientador(a): Jose Paulo De Siqueira Guida
Mestrado em Tocoginecologia
Apresentação de Qualificação Data: 03/12/2024, 09:00 hrs. Local: Sala de Reuniões do DTG
Banca avaliadora
Titulares
Jose Paulo De Siqueira Guida - Presidente
Giuliane Jesus Lajos
Joao Renato Bennini Junior
Suplentes
Patricia Moretti Rehder

A influência de variantes genéticas sobre as reações adversas e sobrevida de pacientes com câncer de pulmão não pequenas células em uso de gefitinibe.

Candidato(a): Mariana Vieira Morau Orientador(a): Patricia Moriel
Doutorado em Farmacologia
Apresentação de Defesa Data: 03/12/2024, 14:00 hrs. Local: Anfiteatro da Pós-Gradução FCM
Banca avaliadora
Titulares
Patricia Moriel - Presidente
Magnun Nueldo Nunes Dos Santos
Paulo Caleb Júnior de Lima Santos
José Claudio Casali da Rocha
Carolina Martins do Prado
Suplentes
Marcelo Lancellotti
Marcela Forgerini
Fabiola Taufic Monica Iglesias
Patricia Melo Aguiar

Resumo


Introdução: O câncer de pulmão é o câncer com a maior mortalidade dentre os 36 tipos de câncer. O uso de inibidores de tirosina quinase (TKI), ganhou destaque na última década, sendo indicado como primeira linha de tratamento para pacientes com câncer de pulmão de não pequenas células (CPNPC) avançado e metastático, associado a mutação no gene de EGRF (receptor do fator de crescimento epidérmico) nos éxon 19 - 20 e 21. As reações adversas (RAMs) cutâneas, como rash-cutâneo e hiperpigmentação são comumente associados ao uso de gefitinibe, seguida de diarreia e disfunções hepáticas. Gefitinibe é um medicamento que sofre metabolização pelas enzima da família do citocromo P450 (CYP), além de ser substrato para os transportadores de efluxo ABCB1 (ATP Binding Cassette Subfamily B Member 1) e ABCG2 (proteína de resistência ao câncer de mama). Variantes de nucleotídeo único (SNVs) nesses genes de transporte e sinalização podem estar associado à presença e à gravidade de RAMS além da sobrevida desses pacientes. Objetivos: 1) Identificar quais SNVs dos transportadores de ABC podem estar envolvidas nas RAMS induzidas por gefitinibe, através de uma revisão sistemática e meta-análise; e 2) Identificar demograficamente e clinicamente a população do estudo em uso de gefitinibe, identificar e caracterizar as reações adversas de gefitinibe (dermatológicas, gastrointestinais e hepáticas), avaliar a ocorrência das variantes genéticas nos genes EGFR (rs2227983 e rs2293347), ABCB1 (rs1128503, rs1045642 e rs2032582) e ABCG2 (2231142) na população do estudo, determinar a sobrevida global e associar as SNVs com as RAMs induzidas por gefitinibe e com a sobrevida global. Metodologia: 1) A revisão sistemática e meta-análise foram realizadas de acordo com as diretrizes de PRISMA e incluíram a formulação de uma estratégia de busca, seleção dos estudos, a extração e análise dos dados, além de avaliações de qualidade e estatísticas; e 2) O estudo recebeu aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa da Unicamp. Amostras de sangue foram coletadas de pacientes com CPNPC que estavam em tratamento com gefitinibe (250 mg/dia). Todos os pacientes consentiram em participar da pesquisa e foram submetidos a avaliações de RAMs, conduzidas por uma farmacêutica. A genotipagem das variantes genéticas foi realizada utilizando real-time-PCR com sondas da marca TaqMan®. As RAMs foram analisadas e classificadas segundo o grau de severidade, utilizando a versão 5 do instrumento Common Terminology Criteria for Adverse Events (CTCAE). Resultados: 1) Foram incluídos cinco estudos nesta revisão, dos quais quatro passaram por meta-análise. As variantes genéticas nos genes ABCB1(rs1045642 e rs1128503) e ABCG2 (rs2231142) foram identificadas como clinicamente relevantes nas RAMs associadas ao uso de gefitinibe; e 2) Um total de 40 pacientes foram inseridos no estudo e 33 foram genotipadas. 80 dos indivíduos apresentaram algum tipo de RAM. As RAMs de hiperpigmentação, rash-cutâneos, diarreia e o aumento das enzimas FALC (fosfatase alcalina) e GGT (gama glutamiltransferase), tiveram destaque nesta população. Há maioria dos genes estavam dentro do equilíbrio de Hardy-Weinberg. Indivíduos com genótipo não-CC no gene trialélico ABCB1 rs2032582 exibiram uma maior chance para o desenvolvimento de diarreia (p = 0.0344; OR = 7.579) quando comparados aos indivíduos com genótipo CC. E indivíduos com genótipo AA no gene ABCB1 (rs2032582), ostentaram um maior risco de morte (p = 0.0048; HR = 32.498), quando comparados aos indivíduos CC/CA/CT/TT. Conclusões: 1) Genes de transporte da família ABC podem gerar impactos clínicos sobre as RAMs induzidas por gefitinibe; e 2) O estudo identificou uma variação no gene ABCB1, SNV c.2677G>T/A, com impacto significativo sobre as RAMs induzidas pelo gefitinibe, como a diarreia, e que pode influenciar a sobrevida dos pacientes em tratamento. Isso demostra a importância dos estudos em farmacogenética e como eles podem auxiliar no manejo das RAMs, impactando na qualidade de vida dos pacientes. Incentivamos mais estudos na área para confirmar nossos achados.



Candidato(a): Thalita Francielli Lopes Ferreira Orientador(a): Sylvia Maria Ciasca
Mestrado em Ciências Médicas
Apresentação de Qualificação Data: 03/12/2024, 14:00 hrs. Local: Sala amarela Pós-Graduação/FCM
Banca avaliadora
Titulares
Egberto Ribeiro Turato - Presidente
Faculdade de Ciências Médicas / UNICAMP- Faculdade de Ciências Médicas / UNICAMP
Benito Pereira Damasceno
Rudimar dos Santos Riesgo- Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Suplentes
Amilton Dos Santos Junior
Erasmo Barbante Casella - Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

Candidato(a): Milena Antonelli Orientador(a): Adyleia Aparecida Dalbo Contrera Toro
Doutorado em Saúde da Criança e do Adolescente
Apresentação de Qualificação Data: 04/12/2024, 09:00 hrs. Local: Sala 03 CIPED
Banca avaliadora
Titulares
Adyleia Aparecida Dalbo Contrera Toro - Presidente
Celize Cruz Bresciani Almeida- Universidade Estadual de Campinas
Tiago Henrique de Souza- Faculdade de Ciências Médicas - Universidade Estadual de Campinas
Suplentes
Milena Baptistella Grotta Silva - Universidade Estadual de Campinas

COMPARAÇÃO DE CEPAS DE BACILO CALMETTE-GUERIN (BCG) E IMPACTO DA REATIVIDADE DÉRMICA EM PACIENTES CONVALESCENTES DE COVID-19 – BATTLE TRIAL

Candidato(a): Cristiane Giacomelli da Costa Orientador(a): Leonardo Oliveira Reis
Doutorado em Fisiopatologia Médica
Apresentação de Defesa Data: 04/12/2024, 09:00 hrs. Local: ANFITEATRO PÓS GRADUAÇÃO FCM
Banca avaliadora
Titulares
Leonardo Oliveira Reis - Presidente
Universidade Estadual de Campinas- Universidade Estadual de Campinas
João Luiz Amaro- Faculdade de Medicina - UNESP - Campus de Botucatu
Luis Alberto Magna
Andréa Nazaré Monteiro Rangel da Silva- Universidade Federal do Pará
Vanessa Henriques Carvalho
Suplentes
Guilherme Zweig Rocha - Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais - Laboratório Nacional de Biociências
Andrey dos Santos - Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp
Heloisa Balan Assalin - Faculdade de Ciências Médicas / UNICAMP

Resumo


A vacina BCG, usada para prevenção da Tuberculose pulmonar, é considerada como potencial adjuvante ao COVID 19. Por promover imunidade celular treinada, robusta, confere efeitos fora do alvo, como a proteção pulmonar heteróloga. Neste estudo de fase III, dentre outros fatores, comparamos 2 cepas diferentes de BCG (russa e brasileira) aplicadas em pessoas convalescentes de COVID 19, avaliamos sua segurança e procuramos identificar a progressão dos sintomas pós-covid. Um total de 2.808 pacientes foram abordados, dos quais 381 preencheram os critérios de inclusão e concordaram em participar; três pacientes foram excluídos devido a comorbidades (estado imunocomprometido) e, finalmente, 378 foram randomizados. Os pacientes foram randomizados em média 13 dias após o início dos sintomas da COVID-19. A idade média foi 40,9 ± 12,7 e 8,6 deles eram assintomáticos no momento da injeção, enquanto o restante apresentava sintomas leves. A maioria dos pacientes (94,2 ) tinha cicatrizes de BCG na infância. Detalhes demográficos e comorbidades são fornecidos na Tabela 1. Um total de 93 pacientes receberam BCG-Brasil, 98 receberam BCG-Rússia e 198 receberam placebo. Não houve diferenças estatisticamente significativas em dados demográficos, comorbidades e sintomas iniciais de COVID-19 entre os receptores de BCG-Brasil e BCG-Rússia.