Qualificações e Defesas

PREVALÊNCIA DE VARIANTES GERMINATIVAS PATOGÊNICAS OU PROVAVELMENTE PATOGÊNICAS EM MULHERES BRASILEIRAS COM CÂNCER DE MAMA HEREDITÁRIO SEGUNDO SUBTIPOS MOLECULARES TUMORAIS E EXPRESSÃO DO HER2 LOW.

Candidato(a): Ana Elisa Ribeiro da Silva Cabello Orientador(a): Luiz Carlos Zeferino
Doutorado em Tocoginecologia
Apresentação de Defesa Data: 06/12/2024, 13:30 hrs. Local: Anfiteatro da Comissão de Pós-graduação da Faculdade de Ciências Médicas
Banca avaliadora
Titulares
Luiz Carlos Zeferino - Presidente
Afonso Celso Pinto Nazario
Luis Otavio Zanatta Sarian
Daniel Guimarães Tiezzi- Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP
Cassio Cardoso Filho
Suplentes
Júlio César Narciso Gomes - Pontifícia Universidade Católica de Campinas.
Vanessa Monteiro Sanvido - Universidade Federal de São Paulo
Diama Bhadra Andrade Peixoto Do Vale

Resumo


Resumo: O câncer de mama é o mais frequente entre as mulheres do mundo, excluindo-se os cânceres de pele não melanoma. Ao mesmo tempo, é a maior causa absoluta de morte feminina por câncer. Cerca de vinte por cento dos casos novos de câncer de mama são comprovadamente hereditários por detectarem-se variantes patogênicas e ou provavelmente patogênicas em genes associados a câncer de mama. Objetivos: Avaliar os subtipos moleculares tumorais e presença de HER2 Low segundo a detecção de variantes patogênicas em pacientes com alto risco para câncer de mama hereditário. Método: Foi realizado um estudo analítico de corte transversal de 184 mulheres com antecedente pessoal de câncer de mama, dentro das seguintes categorias de elegibilidade: subtipos tumorais Luminais A ou B, Luminal HER2 ou HER2 puro com idade <45 anos e pelo menos 1 parente de 1ª (PAI, MÃE, FILHOS) ou 2ª grau (AVÓS, IRMÃOS, NETOS), com neoplasia de mama, ovário e/ou próstata; Mulheres COM câncer de mama subtipo tumoral Triplo negativo com <60 anos e pelo menos 1 parente de 1ª (PAI, MÃE, FILHOS) ou 2ª grau (AVÓS, IRMÃOS, NETOS) com neoplasia de mama, ovário e/ou próstata, paciente COM CÂNCER DE MAMA com critério NCCN de alto risco. (versão 3. 2021) tratadas para câncer de mama hereditário atendidas no ambulatório de alto risco do Hospital da Mulher Professor José Aristodemo Pinotti- CAISM/UNICAMP. Foi utilizado um painel germinativo multigênico associados a cânceres hereditários. Foram estudadas as associações entre o teste genético, variáveis epidemiológicas e biomoleculares, os subtipos moleculares e a presença de HER2 Low, nas pacientes testadas. Resultados: Foram estudadas 184 pacientes e 198 mamas. Foram detectadas VP/VPP em 36 (67/184) das pacientes. Cerca de 28 (51/184) tinham menos que 40 anos de idade, 30 (74/184) eram não caucasóides, e 49 (90/184) estavam na pré-menopausa. Na análise univariada, os subtipos moleculares mais associados a VP/VPP foram; Luminal B Her2 negativo “like (OR=11.76; IC 4.19- 33.01) “, e os triplo negativos (OR= 8.4; IC 3.45-20.43). os resultados se mantiveram mesmo quando os genes analisados foram apenas BRCA1 e BRCA; (OR= 9.33; IC 2.00-29.99) (OR=9.03; IC 3.37-24.20) ou os genes não BRCA; (OR= 7.75; IC 4.2.96-29.44) (OR=3.48; IC 1.32-9.20) para os Luminais B-HER2 negativos “like” e os triplos negativos. Na análise univariada, usando como referência o HER2 +3, as outras expressões do HER2 estiveram associadas às VP/VPP da seguinte forma; 0 (OR=5.58; IC 2.29-13-58) “, +1 (OR= 5.76; IC 2.0-16-59), +2 (ISH-), (OR= 4.31; IC 1.11-16.59), +2(ISH +) (OR= 4.77; IC 1.75-12.95). Quando se avaliou apenas os genes BRCA1 e BRCA2, apenas o subtipo HER2 +2 (ISH -) não esteve associado às VP/VPP; 0 (OR=6.61; IC 2.70-16-19) “, +1 (OR= 5.01; IC 1.68- 14.94), +2 (ISH +) (OR= 3.63; IC 1.35-9.82). Para os genes não BRCA, tanto a HER2 0 como HER2 + (ISH -) não se associaram às VP/VPP “, +1 (OR= 4.71; IC 1.25-17.67), +2(ISH +) (OR= 4.74; IC 1.32-17.01). A presença do HER2 Low não se associou a presença das VP/VPP nos genes estudados. Conclusões: Dois subtipos moleculares estiveram associados a presença de variantes patogênicas e ou provavelmente em genes associados ao câncer de mama hereditário; Luminais B – Her2 negativos e os triplo negativos. As variantes patogênicas ou provavelmente patogênicas em genes associados ao câncer de mama hereditário, estão associadas às diferentes apresentações da expressão do Her2, porém não se associam especificamente ao subtipo HER2 Low.



Candidato(a): Pamella de Paula Bellini Orientador(a): Zoraida Sachetto
Mestrado em Clínica Médica
Apresentação de Qualificação Data: 06/12/2024, 14:00 hrs. Local: Sala azul pos graduação
Banca avaliadora
Titulares
Ibsen Bellini Coimbra - Presidente
Monica Corso Pereira
Ana Paula Toledo Del Rio- Universidade Estadual de Campinas
Suplentes
Manoel Barros Bertolo

Candidato(a): Breno Di Gregorio Orientador(a): Jose Paulo Cabral De Vasconcellos
Mestrado Profissional em Ciência Aplicada à Qualificação Médica
Apresentação de Qualificação Data: 08/12/2024, hrs. Local:
Banca avaliadora
Titulares
Jose Paulo Cabral De Vasconcellos - Presidente
Suplentes

EFEITO DA APLICAÇÃO DA RADIOFREQUÊNCIA MICROABLATIVA ISOLADA OU ASSOCIADA AO TREINAMENTO DOS MÚSCULOS DO ASSOALHO PÉLVICO NOS SINTOMAS URINÁRIOS E VAGINAIS EM MULHERES CLIMATÉRICAS: ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO

Candidato(a): Anna Lygia Barbosa Lunardi Orientador(a): Cássio Luís Zanettini Riccetto
Doutorado em Ciências da Cirurgia
Apresentação de Defesa Data: 08/12/2024, 08:30 hrs. Local: Integralmente à Distância
Banca avaliadora
Titulares
Cássio Luís Zanettini Riccetto - Presidente
Hospital das Clínicas da UNICAMP- Hospital das Clínicas da UNICAMP
Ana Carolina Sartorato Beleza- Universidade Federal de São Carlos
Elizabeth Alves Gonçalves Ferreira
Néville Ferreira Fachini de Oliveira- Universidade Federal do Espírito Santo
Ana Carolina Rodarti Pitangui de Araújo- Universidade de Pernambuco
Suplentes
Anita Bellotto Leme Nagib - Centro das Faculdades Associadas de Ensino
Natalia Miguel Martinho Fogaça - Centro Universitário das Faculdades Associadas de Ensino
Marcela Ponzio Pinto e Silva - Universidade Estadual de Campinas

Resumo


Introdução: A radiofrequência microablativa fracionada (FMRF) tem sido utilizada como alternativa aos tratamentos conservadores, como o treinamento da musculatura do assoalho pélvico (TMAP). No entanto, faltam evidências que apoiem sua eficácia em comparação ao TMAP ou isolada. Objetivo: Comparar os efeitos da FMRF, TMAP e sua combinação nos sintomas urinários, vaginais, sexuais e função do assoalho pélvico em mulheres climatéricas incontinentes após 6 meses de tratamento. Métodos: Ensaio clínico randomizado, cego, prospectivo e controlado, incluiu mulheres entre 45 e 65 anos com incontinência urinária de esforço, divididas em 3 grupos de tratamento: TMAP, FMRF e TMAP + FMRF. A avaliação dos foi realizada por questionários validados, teste de absorvente de uma hora, avaliação funcional do assoalho pélvico, saúde de vaginal, Indice de maturação das células vaginais e a espessura da parede vaginal foi obtida por ultrassonografia transabdominal. Análise estatística foi realizada através do teste ANOVA para comparação entre avaliaçãoes e verificar a interação entre gruposxavaliações. Resultados: O estudo incluiu 117 mulheres (39 por grupo) com características clínicas e sociodemográficas semelhantes. A IUE, avaliada pelo ICIQ-SF UI, mostrou melhora significativa em todos os grupos após o tratamento e no seguimento (p < 0,001), com maior variação no grupo PFMT+RF (p = 0,002). No Pad test de 1 hora, observou-se redução significativa da perda em gramas nos grupos PFMT (p < 0,001) e FMRF+PFMT (p < 0,001) aos 6 meses. A função muscular mostrou aumento semelhante nos três grupos (p < 0,001). A resistência melhorou no pós-tratamento no grupo PFMT, com um leve declínio aos 6 meses (p = 0,027), enquanto o grupo FMRF+PFMT manteve a melhora (p < 0,001). A repetição aumentou nos grupos PFMT (p < 0,001) e FMRF+PFMT (p = 0,001). As contrações rápidas aumentaram nos três grupos, com interação significativa grupo x tempo (p = 0,002). Apenas o grupo PFMT apresentou melhora na perineometria. Após 6 meses, 22,61 (n = 19) das mulheres relataram estar muito satisfeitas com o tratamento e 46,42 (n = 39) satisfeitas; ao todo, 79,76 (n = 67) relataram melhora nos sintomas. A qualidade de vida e os sintomas vaginais, avaliados pelo ICIQ-VS, apresentaram melhoras significativas sem diferenças entre os grupos no escore total (p < 0,0001), dor abdominal (p < 0,001), dor vaginal (p < 0,0001), redução da sensibilidade (p = 0,0004), flacidez vaginal (p < 0,0001), secura vaginal (p < 0,0001), preocupações com a vida sexual (p < 0,0001) e comprometimento da vida sexual (p = 0,0005). O escore total do ICIQ-VS manteve-se elevado após 6 meses em todos os tratamentos. A queixa de secura vaginal (p = 0,0002) e dispareunia (p < 0,0001) melhorou nos três grupos, conforme a escala visual analógica. A Função Sexual Feminina (FSFI) apresentou melhora após o tratamento, mas sem manutenção aos 6 meses, sem diferenças significativas entre os grupos para o escore total (p = 0,0102), desejo (p = 0,0134), lubrificação (p = 0,0093), satisfação (p = 0,0239) e dor (p = 0,0430). No Índice de Saúde Vaginal (VHI), houve melhora dependente do tratamento, sem efeito no grupo PFMT, mas com melhora nos grupos FMRF e FMRF+PFMT após 6 meses no escore total (p = 0,0028), umidade (p < 0,0001) e volume de líquidos (p = 0,0004). O pH (p < 0,0001) e a integridade epitelial (p < 0,0001) melhoraram de forma semelhante nos três grupos aos 6 meses. A elasticidade apresentou melhora inicial (p = 0,0001), mas sem manutenção. Não houve diferenças nas porcentagens de células superficiais, intermediárias e parabasais. A ultrassonografia abdominal mostrou aumento progressivo na espessura da parede vaginal em todos os grupos (p < 0,0001) Conclusão: A combinação de técnicas apresentou resultados superiores para o tratamento da incontinência de esforço em mulheres no climatério após 6 meses de tratamento, promovendo melhora dos sintomas urinários e da função do assoalho pélvico em comparação aos tratamentos isolados. Em relação aos sintomas vaginais e sexuais, não foi observada diferença entre as técnicas, reforçando a importância do treinamento da musculatura do assoalho pélvico como estratégia terapêutica. O treinamento da musculatura do assoalho pélvico, a radiofrequência microablativa e sua combinação resultaram em melhorias comparáveis nas queixas vaginais, função sexual e qualidade de vida entre mulheres incontinentes na fase climatérica em um acompanhamento de médio prazo.



Candidato(a): Pedro Henrique Silva Carvalho Orientador(a): Rita De Cassia Ietto Montilha
Doutorado em Saúde, Interdisciplinaridade e Reabilitação Coorientador(a): Maria Fernanda Bagarollo
Apresentação de Qualificação Data: 09/12/2024, 09:00 hrs. Local: Sala Amarela da Pós-graduação
Banca avaliadora
Titulares
Rita De Cassia Ietto Montilha - Presidente
Amanda Brait Zerbeto
Maria Elisabete Rodrigues F Gasparetto
Suplentes
Zelia Zilda Lourenco De C Bittencourt
Irani Rodrigues Maldonade