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Candidato(a): Fernanda Rodrigues da Cunha |
Orientador(a): Jose Dirceu Ribeiro | Mestrado em Saúde da Criança e do Adolescente |
Coorientador(a): Eulalia Sakano | Apresentação de Qualificação |
Data: 11/12/2024, 10:00 hrs. |
Local: Sala 09 CIPED |
Banca avaliadora
| Titulares Jose Dirceu Ribeiro - Presidente Aline Cristina Gonçalves- Faculdade de Ciências Médicas - Universidade Estadual de Campinas Maria de Fátima Corrêa Pimenta Servidoni- Universidade Estadual de Campinas
| Suplentes Elizete Aparecida Lomazi
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GOSTO OU DESGOSTO? (IN)SATISFAÇÃO CORPORAL DOS ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS DA UNICAMP: FATORES ASSOCIADOS E PERFIS DE RISCO
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Candidato(a): Danielle Lilian Ribeiro Argolo Osorio |
Orientador(a): Amilton Dos Santos Junior | Mestrado em Ciências Médicas |
Coorientador(a): Paulo Dalgalarrondo | Apresentação de Defesa |
Data: 11/12/2024, 13:30 hrs. |
Local: Sala verde da Pós-Graduação/FCM |
Banca avaliadora
| Titulares Amilton Dos Santos Junior - Presidente Celso Garcia Junior- São Leopoldo Mandic Renata Cruz Soares De Azevedo
| Suplentes Luiz Fernando Longuim Pegoraro - Universidade Estadual de Campinas Giuliano Generoso - Centro de Pesquisa Clínica e Epidemiológica
| Resumo
Avaliar a própria aparência física e dar uma nota para si mesmo aparentemente pode significar uma tarefa simples, porém neste ato, podem estar implícitos conceitos amplos e de um constructo mais complexo, que remete à definição de imagem corporal. A passagem entre ensino médio e faculdade e a vivência dessa fase de transição corporal e relacional pode influenciar nos comportamentos, na saúde e até nas vivências corporais, podendo gerar mudanças nas impressões sobre os corpos, bem como no seu grau de afeição ou insatisfação. Este estudo se propõe a verificar a associação do grau de satisfação da aparência física com dados sociodemográficos, de saúde física, mental, de identidade e qualidade de vida de estudantes de graduação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Para a coleta de dados, foi aplicado em 6.906 alunos de graduação de todos os períodos e campi da Unicamp, entre os anos de 2017 e 2018, um questionário amplo com a presença de diversas escalas validadas e testadas na população brasileira. A satisfação com a aparência física foi medida por meio de uma escala visual analógica numérica de 10 pontos, no qual zero significaria muito insatisfeito e 10 muito satisfeito. Foram utilizados testes de testes de Kruskall-Wallis para variáveis numéricas ou Qui-quadrado para variáveis categóricas e foram construídos modelos de regressão logística ordinal múltipla com critério de seleção de variáveis stepwise para encontrar o conjunto de fatores que melhor explicariam a satisfação com o corpo. Para todos os testes e modelos, o nível de significância estatística considerado nas análises foi de 5 . Dos 6.906 graduandos, 6.779 responderam à pergunta sobre satisfação com a aparência física. Destes, 3.172 (46,8 ) foram classificados como insatisfeitos, 2.899 (42,8 ) como neutros e apenas 708 (10,4 ) como satisfeitos. Pertencer ao gênero masculino e ter orientação heterossexual, ter uma condição socioeconômica mais alta, ter uma melhor qualidade de vida, ter menores pontuações nas escalas SRQ-20, IAT, não ter antecedente de transtorno mental, não usar psicotrópicos, não apresentar comportamentos auto lesivos e suicidas, não apresentar doença física, praticar atividade física, pertencer a um grupo étnico e ter orgulho deste pertencimento, ter menores níveis de discriminação, não ser uma minoria sexual e de gênero e estar confortável com a própria orientação sexual e identidade de gênero se associaram com satisfação com a aparência física. As associações descritas nos resultados apontam para a necessidade de estudos futuros nesta população que é jovem, está em fase de transição tanto corporal quanto relacional e que apresenta possivelmente repercussões mentais, físicas, de qualidade de vida para além da satisfação com a aparência física. Apesar disso, promover uma melhor relação com o próprio corpo pode ser uma estratégia potente de intervenção nesta população a despeito da presença da insatisfação corporal.
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Comparação entre Neovascularização e Hipermetabolismo Celular no Mieloma Múltiplo Utilizando Imagens de PET/CT [68Ga]Ga-PSMA-11 e PET/CT [18F]FDG.
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Candidato(a): Fernanda de Cássia Frasson Carvalho |
Orientador(a): Celso Dario Ramos | Doutorado em Clínica Médica |
| Apresentação de Defesa |
Data: 11/12/2024, 13:30 hrs. |
Local: Sala Azul |
Banca avaliadora
| Titulares Celso Dario Ramos - Presidente Cristina Eunice Okuyama Costa- Universidade Estadual de Campinas Denise Engelbrecht Zantut Wittmann George Barberio Coura Filho- Instituto do Câncer do Estado de São Paulo - Octávio Frias de Oliveira Daniel Massaro Onusic- Centro de Engenharia Biomédica - Unicamp
| Suplentes Claudio Tinoco Mesquita - Universidade Federal Fluminense Edna Marina de Souza - Centro de Engenharia Biomédica - Unicamp Alessandra Winter Spagnol - Universidade Estadual de Campinas
| Resumo
Objetivo: Mieloma múltiplo (MM) é um câncer hematológico que se caracteriza pela proliferação clonal de plasmócitos malignos no microambiente da medula óssea (MO). O PET/CT com ([18F]FDG) tem sido usado no manejo de pacientes com mieloma múltiplo no estadiamento, re-estadiamento e avaliação de resposta à terapia. No entanto, ocorrem resultados falso-negativos principalmente nos casos de infiltração difusa da medula óssea ou de lesões com baixa atividade metabólica glicolítica. O antígeno de membrana específico da próstata (subtipo 11) radiomarcado com gálio-68 ([68Ga]Ga-PSMA-11) tem se destacado um excelente marcador de neoangiogênese, acumulando-se em diversas neoplasias além do câncer de próstata. Como resultado, ocorreram relatos de casos de achado incidental de intensa captação de [68Ga]Ga-PSMA-11 em lesões por MM. Não há na literatura séries retrospectivas ou prospectivas que avaliem a capacidade do PET/CT com [68Ga]Ga-PSMA-11 para detectação de lesões ativas de MM. O objetivo deste trabalho foi comparar neovascularização e hipermetabolismo celular no mieloma múltiplo utilizando imagens de PET/CT [68Ga]Ga-PSMA-11 e PET/CT [18F]FDG.
Materiais e métodos: Vinte pacientes consecutivos com MM sintomático comprovado por biópsia foram submetidos a PET/CT de corpo inteiro com [18F] FDG e [68Ga]Ga-PSMA-11 com intervalo de tempo de 1 a 8 dias entre os procedimentos. Todas as lesões foram contadas e tiveram seu SUV máximo (SUVmax) medido. A correlação intraclasse (ICC) foi usada para avaliar a concordância entre os resultados de [18F]FDG e os e achados de PET/CT [68Ga] Ga-PSMA-11.
Resultados: O PET/CT com [18F]FDG identificou 84 das 266 lesões de MM em 17 pacientes, enquanto o PET/CT com [68Ga]Ga-PSMA-11 detectou 71 das lesões em 19 pacientes. Quarenta e três (16 ) lesões foram detectadas apenas com [68Ga]Ga-PSMA-11 e 76 (29 ) apenas com [18F]FDG. Ambos os traçadores identificaram 147 (55 ) lesões. Houve diferenças na distribuição intralesional dos dois radiofármacos (mismatch intralesional) em 25 dessas 147 lesões, encontradas em 8 pacientes diferentes. Lesões diferentes com captação apenas de [18F]FDG ou [68Ga] Ga-PSMA-11 no mesmo paciente foram encontradas em 4 pacientes. O valor padronizado de captação máximo (SUVmax) mais alto de [18F]FDG e de [68Ga]Ga-PSMA-11 teve uma mediana (mín-máx) de 6,5 (2,0–37,8) e 5,5 (1,7–51,3), respectivamente. As imagens de [18F]FDG e [ 68Ga] Ga-PSMA-11 identificaram respectivamente 18 e 19 lesões em tecidos moles. Os achados considerados falso-positivos com [18F]FDG (processos inflamatórios ou infecciosos) tiveram captação mínima ou nenhuma captação de [68Ga]Ga-PSMA-11. A análise comparativa dos dois radiofármacos mostrou consistência (ICC≥0,75) para número de lesões, número de lesões de tecidos moles e maior SUVmax em cada paciente.
Conclusão: Os exames PET/CT com [18F]FDG e com [68Ga]Ga-PSMA-11 isoladamente detectam a maior parte das lesões do MM. Quase metade das lesões captaram somente [18F]FDG (indicando elevada atividade glicolítica e baixa neoangiogênese) ou apenas [68Ga]Ga-PSMA-11 (indicando o oposto). Assim, os dois traçadores parecem ser complementares na detecção de lesões de MM. A intensa captação de [68Ga]Ga-PSMA-11 em alguns pacientes com MM sugere uma possível abordagem teranóstica em casos selecionados, que poderiam ter a opção de tratamento com [177Lu]PSMA ou [225Ac]PSMA.
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A RELAÇÃO DOS FATORES SOCIODEMOGRÁFICOS, CLÍNICOS E DESFECHOS EM SAÚDE COM SARCOPENIA, OBESIDADE SARCOPÊNICA E OSTEOSSARCOPENIA EM PESSOAS IDOSAS: ABORDAGEM EM ANÁLISE DE REDES
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Candidato(a): Maura Fernandes Franco |
Orientador(a): Arlete Maria Valente Coimbra | Doutorado em Gerontologia |
Coorientador(a): Ibsen Bellini Coimbra | Apresentação de Defesa |
Data: 11/12/2024, 13:30 hrs. |
Local: Anfiteatro |
Banca avaliadora
| Titulares Arlete Maria Valente Coimbra - Presidente Faculdade de Ciências Médicas - Universidade Estadual de Campinas- Faculdade de Ciências Médicas - Universidade Estadual de Campinas Vera Lucia Szejnfeld- Universidade Federal de São Paulo Zoraida Sachetto Karla Helena Coelho Vilaça e Silva- Universidade Católica de Brasília Flávia Silva Arbex Borim- Faculdade de Ciências Médicas UNICAMP
| Suplentes José Roberto Provenza Juliana Martins Pinto - Universidade Federal do Triângulo Mineiro Alisson Aliel Vigano Pugliesi - FCM/Depto Clínica Médica
| Resumo
Introdução: O envelhecimento populacional, especialmente nas regiões em desenvolvimento, é um fenômeno complexo que traz desafios sociais e de saúde, refletindo a coexistência de condições como sarcopenia, obesidade e osteoporose. Essas condições são multifatoriais e estão interligadas por mecanismos fisiopatológicos comuns, como a redistribuição da gordura corporal e a inflamação crônica. A análise de redes é uma técnica estatística gráfica que permite observar as relações entre essas variáveis, ajudando a entender como elas impactam a qualidade de vida dos idosos e a sobrecarga dos sistemas de saúde. Objetivos: 1) Comparar visualmente os modelos de redes de sarcopenia, obesidade sarcopênica e osteossarcopenia. 2) Estimar as razões de chances para os desfechos quedas, fraturas e incapacidade funcional nos modelos de redes. 3) Verificar a estabilidade dos modelos de redes de sarcopenia, obesidade sarcopênica e osteossarcopenia. 4) Verificar e comparar os valores de predição de todas as variáveis inseridas nos modelos de sarcopenia, obesidade sarcopênica e osteossarcopenia. Métodos: Esta tese compreendeu um estudo sobre prevalência e fatores associados a sarcopenia e outro sobre as relações de sarcopenia, obesidade sarcopênica e osteossarcopenia com fatores sociofemográficos, clínicos e desfechos em saúde, como quedas, fraturas e capacidade funcional. Os dois estudos transversais foram realizados com dados secundários de um estudo piloto (2013-2014), com uma população idosa brasileira residente na comunidade. A sarcopenia foi definida segundo o European Working Group on Sarcopenia in Older People (EWGSOP2). A composição corporal foi avaliada por meio da absorciometria de raios-X de dupla energia (DXA). A obesidade e a osteopenia/osteoporose foram classificadas de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Foram utilizados modelos de redes para verificar a correlação entre os múltiplos fatores simultaneamente e comparar visualmente as associações em cada modelo. Resultados: Os resultados foram apresentados em dois artigos científicos. O primeiro artigo demonstrou associações da sarcopenia com idade, raça, nível de escolaridade, renda familiar, massa óssea, sintomas depressivos, doenças cardiovasculares, diabetes, colesterol total e reumatismo. O segundo artigo demonstrou que as variáveis sexo, raça, incontinência urinária, sintomas depressivos e níveis de hemoglobina estiveram relacionados com sarcopenia, obesidade sarcopênica e osteossarcopenia. A sarcopenia foi prevista em mais de 60 no primeiro estudo e mais de 70 no segundo; a obesidade sarcopênica e a osteossarcopenia foram previstas em mais de 50 e 60 , respectivamente, e todos os desfechos de saúde foram previstos em mais de 70 . Conclusão: Há uma forte associação entre sarcopenia, obesidade sarcopênica e osteossarcopenia com fatores sociodemográficos e clínicos em pessoas idosas brasileiras. A análise de redes revelou as complexas inter-relações entre essas condições, destacando a necessidade de rastreamento precoce e intervenções direcionadas, especialmente para subgrupos vulneráveis e a importância de futuros estudos longitudinais para aprofundar a compreensão das interações e seus impactos na saúde da população idosa.
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RELAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL MEDIDA NA PANTURRILHA COM A PRESSÃO ARTERIAL MEDIDA NO BRAÇO E A RIGIDEZ ARTERIAL: UM ESTUDO DE POPULAÇÃO GERAL
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Candidato(a): Edmilson Rocha Marques |
Orientador(a): Wilson Nadruz Junior | Doutorado em Clínica Médica |
| Apresentação de Defesa |
Data: 11/12/2024, 14:00 hrs. |
Local: Sala Laranja |
Banca avaliadora
| Titulares Wilson Nadruz Junior - Presidente Rodrigo Bezerra- Universidade de Pernambuco Bruno Augusto Goulart Campos Annelise Machado Gomes de Paiva- CESMAC Centro Universitário Audes Diógenes de Magalhães Feitosa- Universidade Federal de Pernambuco
| Suplentes Marcos Ferreira Minicucci Leonardo Antonio Mamede Zornoff - UNESP BOTUCATU Denise Engelbrecht Zantut Wittmann
| Resumo
Objetivo: A medida da pressão arterial (PA) na perna é utilizada na impossibilidade de se proceder à medida de pressão arterial no braço (PAB). Além disso, a PA medida na panturrilha (PAP), pode ter uma maior associação com remodelamento cardiovascular do que a PAB especialmente quando feita em posição ortostática. Por outro lado, a relação entre PAP e marcadores de rigidez arterial é, até o momento, pouco conhecida. Neste estudo, investigamos a relação entre PAP e PAB e procuramos avaliar se a PAP seria superior na predição de rigidez arterial elevada [velocidade da onda de pulso (VOP)>10m/s].
Métodos: Foram avaliadas características clínicas e laboratoriais, medidas de PA e VOP em 1.397 indivíduos residentes em Baependi, Brasil, entre 2017-2019. As medidas de PAB e PAP foram igualmente avaliadas em posição supina, enquanto a PAB também foi medida em posição sentada e a PAP medida em pé. Utilizou-se para o estudo esfigmomanômetros oscilométricos A VOP carotídeo-femoral foi medida usando um mecanotransdutor não invasivo.
Resultados: A amostra foi composta por 62,7 de mulheres e tinha idade média de 48,1±15,4 anos e 8,4 de indivíduos com VOP>10m/s. Após análise de regressão linear, observou-se que valores de PAP supina de 164/81 mmHg e 166/78 mmHg e de PAP em pé de 217/137 mmHg e 221/137 mmHg, foram equivalentes aos valores de PAB de 140/90 mmHg em decúbito dorsal e em posição sentada, respectivamente. As diferenças entre PAB-PAP foram associadas com idade, taxa de filtração glomerular, índice de massa corporal, tabagismo, colesterol-LDL, diabetes e altura. Além disso, a análise de regressão logística revelou que a PAB sistólica medida em posição supina, mas não a medida da PAP, foi independentemente associada ao aumento da rigidez arterial.
Conclusão: Quando apenas as medidas de PAP em posições supina e ortostática estiverem disponíveis, os valores de »165/80mmHg e »220/135mmHg têm potencial para serem utilizados para o diagnóstico de hipertensão. Por outro lado, a PAP não foi superior à PAB na predição de aumento da rigidez arterial.
Descritores: Pressão arterial; hipertensão; velocidade de onda de pulso; panturrilha; braço.
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