O Boletim da FCM tem a pretensão de contar um pouco da história da saúde e da medicina e, também, da própria faculdade. A ideia dessa temática surgiu em meados de 2018, quando o Centro de Memória e Arquivo completou dez anos. Localizado numa área de 600 m2, logo entrada do prédio-sede, se destina ao estudo, preservação e pesquisa da história pessoal e oral da faculdade.
Para algumas pessoas, falar de história dentro de uma escola médica pode parecer algo saudosista sem nenhuma relação com o ensino. Ao lerem a entrevista concedida pelo professor e sociólogo da saúde Everardo Duarte Nunes, vislumbrarão o alcance que a história tem para a boa formação médica. Usando as próprias palavras de Everardo,
a história é importante não somente para a formação médica, mas para toda formação, desde os cursos básicos à formação universitária.
Cristina Brandt Friedrich Gurgel, Rodrigo Nogueira Angerami e Maria Rita Donalísio Cordeiro são os articulistas convidados para colaborar com o tema central dessa edição. Eles se empenharam em resgatar fatos históricos relacionados a epidemias passadas e presentes, dentre elas a tuberculose e a gripe espanhola. O historiador Ivan Franco do Amaral, o ex-supervisor do setor de Suporte Didático e Divulgação Técnico-Científica da FCM, Emilton Barbosa Oliveira, e eu escrevemos sobre o Centro de Memória e o Grupo de Estudos de História das Ciências da Saúde e a preservação da memória institucional.
Duas alunas do curso de Medicina da FCM, Patrícia Zarpelon, do quinto ano, e Julian Furtado, do sexto ano, trazem uma crônica e uma foto para fechar a edição. Este Boletim presta homenagem a todos aqueles que, no cotidiano de suas atividades, escrevem, há mais de meio século, a história da Faculdade de Ciências Médica da Unicamp.
Rubens Bedrikow é professor e coordenador da área de Saúde da Família do Departamento de Saúde Coletiva e membro do Grupo de Estudos de História das Ciências da Saúde da FCM
Foto de capa: Mario Moreira