Qualificações e Defesas

Resultados obtidos

Candidato(a): Jéssica Dellalibera dos Santos Orientador(a): Meire Cachioni
Doutorado em Gerontologia
Apresentação de Qualificação Data: 28/11/2024, 09:00 hrs. Local: À distância. Link: https://meet.google.com/cve-pprf-mjd
Banca(s) avaliadora(s)
Apresentação de Qualificação
Titulares
Meire Cachioni - Presidente
Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo- Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo
Samila Sathler Tavares Batistoni- Lifelong Psicologia e Educacao para a Longevidade
Johannes Doll- Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Suplentes
Ruth Caldeira de Melo - Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo


Candidato(a): Vanessa Alonso Orientador(a): Meire Cachioni
Doutorado em Gerontologia
Apresentação de Qualificação Data: 28/11/2024, 14:00 hrs. Local: Integralmente a distância
Banca(s) avaliadora(s)
Apresentação de Qualificação
Titulares
Meire Cachioni - Presidente
Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo- Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo
Flávia Silva Arbex Borim- Faculdade de Ciências Médicas UNICAMP
Anita Liberalesso Neri
Suplentes
Lucia Figueiredo Mourao


Candidato(a): Giselle Layse Andrade Buarque Santos Orientador(a): Ruth Caldeira de Melo
Doutorado em Gerontologia
Apresentação de Qualificação Data: 03/12/2024, 09:00 hrs. Local: Integralmente à distância
Banca(s) avaliadora(s)
Apresentação de Qualificação
Titulares
Ruth Caldeira de Melo - Presidente
Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo- Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo
Francisco Luciano Pontes Junior- Universidade de São Paulo
Flávia Silva Arbex Borim- Faculdade de Ciências Médicas UNICAMP
Suplentes
Samila Sathler Tavares Batistoni - Lifelong Psicologia e Educacao para a Longevidade


A RELAÇÃO DOS FATORES SOCIODEMOGRÁFICOS, CLÍNICOS E DESFECHOS EM SAÚDE COM SARCOPENIA, OBESIDADE SARCOPÊNICA E OSTEOSSARCOPENIA EM PESSOAS IDOSAS: ABORDAGEM EM ANÁLISE DE REDES

Candidato(a): Maura Fernandes Franco Orientador(a): Arlete Maria Valente Coimbra
Doutorado em Gerontologia Coorientador(a): Ibsen Bellini Coimbra
Apresentação de Defesa Data: 11/12/2024, 13:30 hrs. Local: Anfiteatro
Apresentação de Qualificação Data: 28/05/2024, 13:30 hrs. Local: Sala Azul da Pós-graduação/FCM
Banca(s) avaliadora(s)
Apresentação de Defesa
Titulares
Arlete Maria Valente Coimbra - Presidente
Faculdade de Ciências Médicas - Universidade Estadual de Campinas- Faculdade de Ciências Médicas - Universidade Estadual de Campinas
Flávia Silva Arbex Borim- Faculdade de Ciências Médicas UNICAMP
Vera Lucia Szejnfeld- Universidade Federal de São Paulo
Zoraida Sachetto
Karla Helena Coelho Vilaça e Silva- Universidade Católica de Brasília
Suplentes
Alisson Aliel Vigano Pugliesi - FCM/Depto Clínica Médica
José Roberto Provenza
Juliana Martins Pinto - Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Apresentação de Qualificação
Titulares
Arlete Maria Valente Coimbra - Presidente
Faculdade de Ciências Médicas - Universidade Estadual de Campinas- Faculdade de Ciências Médicas - Universidade Estadual de Campinas
Zoraida Sachetto
Flávia Silva Arbex Borim- Faculdade de Ciências Médicas UNICAMP
Suplentes
Claudia Regina Cavaglieri

Resumo


Introdução: O envelhecimento populacional, especialmente nas regiões em desenvolvimento, é um fenômeno complexo que traz desafios sociais e de saúde, refletindo a coexistência de condições como sarcopenia, obesidade e osteoporose. Essas condições são multifatoriais e estão interligadas por mecanismos fisiopatológicos comuns, como a redistribuição da gordura corporal e a inflamação crônica. A análise de redes é uma técnica estatística gráfica que permite observar as relações entre essas variáveis, ajudando a entender como elas impactam a qualidade de vida dos idosos e a sobrecarga dos sistemas de saúde. Objetivos: 1) Comparar visualmente os modelos de redes de sarcopenia, obesidade sarcopênica e osteossarcopenia. 2) Estimar as razões de chances para os desfechos quedas, fraturas e incapacidade funcional nos modelos de redes. 3) Verificar a estabilidade dos modelos de redes de sarcopenia, obesidade sarcopênica e osteossarcopenia. 4) Verificar e comparar os valores de predição de todas as variáveis inseridas nos modelos de sarcopenia, obesidade sarcopênica e osteossarcopenia. Métodos: Esta tese compreendeu um estudo sobre prevalência e fatores associados a sarcopenia e outro sobre as relações de sarcopenia, obesidade sarcopênica e osteossarcopenia com fatores sociofemográficos, clínicos e desfechos em saúde, como quedas, fraturas e capacidade funcional. Os dois estudos transversais foram realizados com dados secundários de um estudo piloto (2013-2014), com uma população idosa brasileira residente na comunidade. A sarcopenia foi definida segundo o European Working Group on Sarcopenia in Older People (EWGSOP2). A composição corporal foi avaliada por meio da absorciometria de raios-X de dupla energia (DXA). A obesidade e a osteopenia/osteoporose foram classificadas de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Foram utilizados modelos de redes para verificar a correlação entre os múltiplos fatores simultaneamente e comparar visualmente as associações em cada modelo. Resultados: Os resultados foram apresentados em dois artigos científicos. O primeiro artigo demonstrou associações da sarcopenia com idade, raça, nível de escolaridade, renda familiar, massa óssea, sintomas depressivos, doenças cardiovasculares, diabetes, colesterol total e reumatismo. O segundo artigo demonstrou que as variáveis sexo, raça, incontinência urinária, sintomas depressivos e níveis de hemoglobina estiveram relacionados com sarcopenia, obesidade sarcopênica e osteossarcopenia. A sarcopenia foi prevista em mais de 60 no primeiro estudo e mais de 70 no segundo; a obesidade sarcopênica e a osteossarcopenia foram previstas em mais de 50 e 60 , respectivamente, e todos os desfechos de saúde foram previstos em mais de 70 . Conclusão: Há uma forte associação entre sarcopenia, obesidade sarcopênica e osteossarcopenia com fatores sociodemográficos e clínicos em pessoas idosas brasileiras. A análise de redes revelou as complexas inter-relações entre essas condições, destacando a necessidade de rastreamento precoce e intervenções direcionadas, especialmente para subgrupos vulneráveis e a importância de futuros estudos longitudinais para aprofundar a compreensão das interações e seus impactos na saúde da população idosa.



Correlação de índices preditivos de mortalidade hospitalar em pacientes críticos crônicos de um Hospital Universitário de Campinas.

Candidato(a): Paula Braga Orientador(a): Luciana Castilho de Figueiredo
Mestrado em Gerontologia
Apresentação de Defesa Data: 12/12/2024, 08:30 hrs. Local: Sala Verde da Pós-graduação/FCM
Apresentação de Qualificação Data: 27/04/2023, 08:30 hrs. Local: Anfiteatro da Pós-Graduação/FCM
Banca(s) avaliadora(s)
Apresentação de Defesa
Titulares
Luciana Castilho de Figueiredo - Presidente
Universidade Estadual de Campinas- Universidade Estadual de Campinas
Lígia dos Santos Roceto Ratti- Hospital das Clínicas da UNICAMP
Rodrigo Marques Tonella- Universidade Federal de Minas Geraiss
Suplentes
Ana Paula Devite Cardoso Gasparotto - Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas
Cristina Aparecida Veloso Guedes - Centro Universitário Hermínio Ometto - UNIARARAS
Apresentação de Qualificação
Titulares
Luciana Castilho de Figueiredo - Presidente
Universidade Estadual de Campinas- Universidade Estadual de Campinas
Lígia dos Santos Roceto Ratti- Hospital das Clínicas da UNICAMP
Ana Paula Devite Cardoso Gasparotto- Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas
Suplentes
Marileise Roberta Antoneli Fonseca - Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas

Resumo


Introdução: A ventilação mecânica (VM) prolongada é frequentemente associada a desfechos negativos, como aumento da mortalidade, complicações e falência orgânica. Escores prognósticos, como o APACHE II, SOFA e SAPS 3, são usados para predizer mortalidade em pacientes críticos, porém sua acurácia pode variar dependendo da faixa etária e da duração da ventilação mecânica. Objetivo: Este estudo teve como objetivo avaliar e comparar o poder preditivo dos escores APACHE II, SOFA e SAPS 3 para predizer a mortalidade intra-hospitalar em pacientes críticos crônicos internados em terapia intensiva com ventilação mecânica prolongada. Método: Trata-se de um estudo retrospectivo, aprovado pelo comitê de ética da Faculdade de Ciências Médicas (FCM), CAAE: 00778818.4.0000.5404, com análise de 166 pacientes admitidos em unidades de terapia intensiva (UTI) em 2017. Os pacientes foram divididos em grupos por idade (< 59 anos e ≥ 60 anos) e por tempo de ventilação mecânica (< 14 dias, ≥ 14 dias, e ≥ 21 dias). As curvas ROC (Receiver Operating Characteristic) foram utilizadas para avaliar a acurácia dos escores na predição de mortalidade. Resultados: Nos pacientes com idade inferior a 60 anos, os escores APACHE II e SAPS 3 apresentaram áreas sob a curva (AUC) de 0,692 e 0,773, respectivamente. Já nos pacientes com idade igual ou superior a 60 anos, houve redução da acurácia dos escores, com AUC de 0,605 para APACHE II e 0,549 para SAPS 3. Nos pacientes com VM superior a 21 dias, a acurácia dos escores foi ainda menor, com AUC inferior a 0,6 para ambos os escores. Discussão: Os resultados sugerem que a acurácia dos escores prognósticos diminui com o aumento da idade e com a duração da ventilação mecânica, particularmente em pacientes com VM prolongada (> 21 dias). A análise confirma que os escores APACHE II e SAPS 3 são mais precisos para pacientes mais jovens e com menor tempo de VM. Por outro lado, pacientes mais idosos ou com ventilação prolongada podem exigir ferramentas prognósticas mais específicas. Conclusão: Os escores APACHE II e SAPS 3 apresentaram boa acurácia preditiva em pacientes jovens e com menor tempo de ventilação mecânica, enquanto a acurácia foi reduzida em pacientes mais velhos e com ventilação prolongada. Esses achados reforçam a importância de adaptar estratégias prognósticas para grupos específicos de pacientes críticos crônicos.



Avaliação da Qualidade de Vida em Mulheres na Menopausa com Dispareunia

Candidato(a): Vitoria Rosa dos Santos Orientador(a): Luiz Claudio Martins
Mestrado em Gerontologia
Apresentação de Defesa Data: 17/12/2024, 14:00 hrs. Local: Anfiteatro do Departamento de Clínica Médica
Apresentação de Qualificação Data: 06/09/2023, 14:00 hrs. Local: Sala Azul da Pós-graduação/FCM
Banca(s) avaliadora(s)
Apresentação de Defesa
Titulares
Luiz Claudio Martins - Presidente
Ana Maria Moser- Pontifícia Universidade Católica do Paraná
Maria José D'Elboux
Suplentes
Maria Aparecida Barone Teixeira - São Leopoldo Mandic - SLMandic
Andre Fattori
Apresentação de Qualificação
Titulares
Luiz Claudio Martins - Presidente
Maria Jose D Elboux
Ana Maria Moser- Pontifícia Universidade Católica do Paraná
Suplentes
Cloves Antonio de Amissis Amorim - Pontifícia Universidade Católica do Paraná

Resumo


A sexualidade passa por uma transformação influenciada por fatores históricos, culturais, religiosos e éticos, sendo uma expressão afetiva do indivíduo. Com a chegada do climatério, a redução dos níveis de estrogênio e progesterona causa mudanças que impactam a vivência plena da sexualidade nas mulheres, incluindo a dispareunia. A dispareunia, que é a dor durante a relação sexual, é um sintoma comum na menopausa e pode comprometer significativamente a qualidade de vida das mulheres. A saúde sexual é essencial para a qualidade de vida, refletindo-se na satisfação nos relacionamentos íntimos. A qualidade de vida é um conceito multidimensional que abrange bem-estar físico, social, psicológico e espiritual. Com o envelhecimento da população e o aumento da expectativa de vida, é crucial realizar estudos focados em melhorar o bem-estar dos idosos. O climáterio, que em média começa aos 48 anos, significa que muitas mulheres viverão quase metade de suas vidas com sintomas persistentes, como a dispareunia, afetando sua saúde sexual. Portanto, estudos são necessários para identificar variáveis que promovam um envelhecimento satisfatório e feliz. Esta dissertação teve como objetivo avaliar a qualidade de vida e a função sexual de mulheres menopausadas com dispareunia. Para isso, foi realizado um estudo quantitativo, descritivo e transversal, utilizando um questionário online divulgado nas redes sociais dos pesquisadores (Facebook, Instagram, Google e LinkedIn). O questionário incluía um perfil sociodemográfico, a Escala de Dor (EVA), o World Health Organization Quality of Life-Bref (WHOQOL-BREF), o World Health Organization Quality of Life-Old (WHOQOL-OLD) e o Female Sexual Function Index (FSFI). Participaram da pesquisa 21 mulheres, na faixa etária entre 56 e e 72 anos de idade, que haviam tido a última menstruação há pelo menos 12 meses e mantido relações sexuais no último mês (30 dias). A maioria das participantes era casada, tinha ensino superior e era branca. Os resultados indicaram que a maioria (76,2 ) das participantes não tinham dispareunia, enquanto a minoria (23,8 ) relataram dor variando de moderada a muito intensa. Os resultados do FSFI variaram entre 16,3 e 32, significando que a resposta sexual desta amostra se encontra dentro da média, no que tange a lubrificação, desejo, excitação, orgasmo, satisfação e dor. No geral, as participantes demonstraram uma boa qualidade de vida, com altos escores (75 pontos ou mais) em autonomia, participação social e habilidades sensoriais. Os resultados confirmam pressupostos do envelhecimento ao longo do ciclo vital, destacando que fatores socioeconômicos influenciam a percepção e vivência do climatério. Salienta-se que essa amostra provavelmente, constitui-se de mulheres que conseguiram transpassar os estereótipos atrelados ao envelhecimento e ao climatério. Recomenda-se o uso de questionários mais curtos em futuras pesquisas para aumentar a participação e a coleta de dados presenciais para incluir mulheres com dificuldades tecnológicas, além de um estudo qualitativo para coletar as variáveis não normativas dessa população.



USO DO TRATAMENTO MANIPULATIVO OSTEOPÁTICO EM LACTENTES SUBMETIDOS A VENTILAÇÃO MECÂNICA E FALHA DE EXTUBAÇÃO

Candidato(a): Amanda Adorno da Cunha Orientador(a): Marcelo Barciela Brandão
Mestrado em Saúde da Criança e do Adolescente
Apresentação de Defesa Data: 04/12/2024, 14:00 hrs. Local: Sala 03 CIPED
Banca avaliadora
Titulares
Marcelo Barciela Brandão - Presidente
Faculdade de Ciências Médicas UNICAMP- Faculdade de Ciências Médicas UNICAMP
Joelma Gonçalves Martin- Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho
Rebecca Christina Kathleen Maunsell
Suplentes
Mariana Tresoldi das Neves Romaneli - Faculdade de Ciências Médicas - Universidade Estadual de Campinas
Regina Grigolli Cesar

Resumo


Introdução: A falha de extubação por edema da laringe é um dos efeitos adversos em crianças com necessidade de ventilação mecânica, que aumenta morbimortalidade e tempo de internação em unidade de terapia intensiva pediátrica (UTIP). Os métodos preventivos para o edema laríngeo têm mostrado eficácia, porém ainda são controversos por trazem risco e por se saber ao certo a dose ideal para cada idade. O tratamento manipulativo osteopático (OMT) é uma terapia manual que mostrou reduzir tempo de internação em prematuros. Objetivos: Avaliar a evolução da falha de extubação, tempo de internação e tempo em ventilação mecânica em pacientes que realizaram OMT. Métodos: estudo controlado, randomizado, duplo cego. Os participantes foram divididos em dois grupos: grupo intervenção (G1) que recebeu OMT e grupo controle (G2) que recebeu placebo. As intervenções foram realizadas duas vezes na semana até alta. Resultados: A amostra foi composta por 80 lactentes, G1=41 e G2=39. O grupo que realizou OMT apresentou diminuição nos índices de falha de extubação com significância estatística (G1=3; G2=17; p=0,001). Os dias de ventilação mecânica G1= 9(6-13); G2= 9(6-12); p=0.996 e dias de internação G1= 14(10-20); G2=13(10-18); p=0.242, não apresentaram diferenças significativa. Conclusão: Os resultados desse estudo sugerem que o OMT pode contribuir para redução da falha de extubação em lactentes internados em UTIP com necessidade de ventilação mecânica.



REAÇÕES ADVERSAS A MEDICAMENTOS EM PACIENTES ADULTOS INTERNADOS EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: ESTUDO RETROSPECTIVO UTILIZANDO A FERRAMENTA GLOBAL TRIGGER TOOL

Candidato(a): Rafael Nogueira de Souza Orientador(a): Patricia Moriel
Mestrado em Ciências Médicas Coorientador(a): Marília Berlofa Visacri
Apresentação de Defesa Data: 04/12/2024, 14:00 hrs. Local: Sala laranja da Pós-Graduação/FCM
Banca avaliadora
Titulares
Patricia Moriel - Presidente
Patrícia de Carvalho Mastroianni- Faculdade de Ciências Farmacêuticas - UNESP - Campus de Araraquara
Carolina Dagli Hernandez- Faculdade de Ciências Farmacêuticas - Unicamp
Suplentes
Fabiana Rossi Varallo - Faculdade de Ciências Famacêuticas da Universidade de São Paulo
Elisdete Maria Santos De Jesus

Resumo


Introdução: A farmacovigilância desempenha um papel fundamental na garantia da segurança e eficácia dos medicamentos após sua comercialização. O método ativo de investigação é eficaz na detecção de sinais, ou seja, são capazes de levantar hipóteses de que uma reação adversa a medicamento (RAM) acometeu um indivíduo. Pacientes críticos internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) estão mais suscetíveis as RAMs por diversas razões, como polifarmácia e condições não-fisiológicas, gerando estado de estresse que pode alterar a resposta do organismo aos medicamentos. Objetivo: Comparar a prevalência de RAM em pacientes adultos internados em uma UTI adulto geral (UTIA) e uma UTI adulto Covid19 (UTIC19) do Hospital Estadual Sumaré (HES) utilizando uma adaptação da metodologia Global Trigger Tool (GTT). Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo que consistiu na aplicação de rastreadores adaptados da ferramenta GTT para identificar RAMs através da análise dos prontuários físicos, eletrônicos, prescrições médicas e resultados de exames laboratoriais de pacientes adultos internados na UTIA e UTIC19 do HES, de janeiro de 2020 a dezembro de 2020. Os pacientes foram caracterizados de acordo com sexo, idade, unidade e tempo de internação, desfecho clínico (alta ou óbito) e valores de score SOFA. Os rastreadores foram caracterizados de acordo com sua presença/ausência e eficácia na detecção de RAMs. As RAMs foram caracterizadas em gravidade, mecanismo e causalidade. Resultados: No estudo foram avaliados 135 pacientes, 76 (56 ) da UTIA e 59 (44 ) da UTIC19. Houve predominância do sexo masculino (55 ), com idade média de 61,0 ± 15,1 e tempo médio de internação de 13,0 ± 11,0 dias. Dos 135 pacientes do estudo, 94 (70 ) foram à óbito durante a internação nas UTIs, com média de score SOFA de 9,9 ± 3,7. Dos 135 pacientes internados, 55 (41 ) apresentaram pelo menos uma RAM, sendo 31 (56 ) na UTIC19. O total de RAM identificadas foi 85, sendo 65 (76 ) através de rastreadores. A RAM mais presente foi hipoglicemia (23 vezes). As RAMs foram majoritariamente detectadas no 2º e 3º quartil do tempo de internação de cada paciente. Os rastreadores mais prevalentes foram: Sonolência/Hipotensão (Pressão arterial média, PAM <70) (112,6/100 prontuários) e Sódio <135 (mEq/L) (105,9/100 prontuários). Os rastreadores que mais identificaram uma RAM foram: Interrupção abrupta de medicamento (22,2/100 prontuários) e Glicemia < 50mg/dL (17,0/100 prontuários). Os rastreadores com melhor desempenho na detecção de RAM, com Valor Preditivo Positivo (VPP) de 100 , foram ‘TTPA > 50’, ‘Rash cutâneo’ e ‘Protamina’. Conclusão: A utilização de rastreadores para se investigar RAMs se mostrou um método eficaz que contribuiu efetivamente com as ações de farmacovigilância da instituição. A identificação de 85 RAM por meio de busca ativa, se mostrou superior quando comparadas com as 5 RAM detectadas via notificação espontânea no mesmo período.



Avaliação de preditores clínicos e de neuroimagem do prognóstico cirúrgico em epilepsias farmacoresistentes da infância e adolescência.

Candidato(a): Ludmila Aragão Feitosa Orientador(a): Ana Carolina Coan
Mestrado em Ciências Médicas
Apresentação de Defesa Data: 05/12/2024, 08:30 hrs. Local: Sala azul da Pós-Graduação/FCM
Banca avaliadora
Titulares
Ana Carolina Coan - Presidente
Marina Koutsodontis Machado Alvim- FCM-UNICAMP
Ana Paula Andrade Hamad- Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP
Suplentes
Andrei Fernandes Joaquim
Ursula Thome Costa - Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo

Resumo


Epilepsia é a doença neurológica crônica mais comum da infância e caracteriza-se pela predisposição persistente do cérebro gerar crises epilépticas espontâneas. Cerca de 20 a 30 das epilepsias não respondem ao tratamento medicamentoso e são consideradas farmacorresistentes.

Para estes, a cirurgia de epilepsia, quando indicada, é a melhor opção terapêutica. A longo prazo, cerca de 50 dos pacientes estarão livres de crise após o tratamento cirúrgico. O presente estudo tem o objetivo de avaliar preditores clínicos e de neuroimagem do prognóstico cirúrgico em epilepsias farmacoresistentes da infância e adolescência. Serão avaliados retrospectivamente dados clínicos e de neuroimagem de pacientes de até 18 anos submetidos à cirurgia de epilepsia, no Hospital das Clínicas da UNICAMP. O estudo foi realizado através da análise de prontuários e de exames de ressonância magnética já adquiridos. A partir de dados clínicos específcos, foram avaliados a concordância com um normograma já publicado e validado para adultos com o prognóstico cirúrgico através do cálculo do c-index. Padrões de dano de substâncias branca e cinzenta foram avaliados através da técnica de morfometria baseada em voxels. O programa SPSS 24.0 foi utilizado para a análise estatística de acordo com a distribuição dos dados. Como resultados, observamos i) o normograma aplicado para determinação individual de cirurgia de epilepsia não é um bom preditor para a faixa etária pediátrica; ii) Necessidade de preditores mais específicos para a população pediátrica; iii) há padrões distintos de atrofia de substância branca (SB) e substância cinzenta (SC) a depender da topografia da epilepsia; iv) indivíduos Engel não I apresentaram mais atrofia de SB difusa em relação aos indivíduos Engel I; v) atrofia de SC parece não influenciar o outcome cirúrgico.



AVALIAÇÃO CLÍNICOPATOLÓGICA DA ALTERAÇÃO DE INSTABILIDADE DE MICROSSATÉLITES EM PACIENTES COM CARCINOMA EPIDERMOIDE ORAL

Candidato(a): Francisco Augusto Gomes Santos Orientador(a): Fernanda Viviane Mariano Brum Correa
Mestrado em Fisiopatologia Médica
Apresentação de Defesa Data: 05/12/2024, 09:00 hrs. Local: Sala Verde do Prédio da CPG
Banca avaliadora
Titulares
Fernanda Viviane Mariano Brum Correa - Presidente
Larissa Bastos Eloy Da Costa
Rogério de Oliveira Gondak- Universidade Federal de Santa Catarina
Suplentes
Erika Said Abu Egal - The University of Utah
Carmen Silvia Passos Lima

Resumo


INTRODUÇÃO: O câncer é caracterizado pelo crescimento celular desordenado, resultante de mutações genéticas espontâneas ou induzidas. A alta exposição aos fatores de risco contribui para o aumento das taxas de incidência e mortalidade, tornando-o um problema de saúde pública global. O carcinoma de células escamosas oral ou carcinoma epidermoide oral (CECO), originário do epitélio escamoso da cavidade oral, corresponde a cerca de 90 dos cânceres orais. Este câncer afeta diversas áreas da cavidade oral e sua etiologia é multifatorial, envolvendo fatores genéticos e ambientais, como o consumo de tabaco e álcool e a infecção pelo HPV. O CECO é mais prevalente em homens entre a 5° e 7° décadas de vida, apresentando uma ampla gama de manifestações clínicas, entretanto grupos epidemiológicos emergentes vêm ganhando espaço. A instabilidade de microssatélites (MSI) é caracterizada por alterações em sequências repetitivas de DNA e está associada a várias doenças hereditárias e tipos de câncer. A MSI pode influenciar o prognóstico de pacientes com CECO e a carcinogênese do tumor. Deficiências genéticas na família de genes de mismatch repair (MMR) estão associadas a estágios tumorais mais avançados e pior prognóstico. A MSI pode ser um marcador emergente para o CECO pois pacientes dos grupos epidemiológicos emergentes, podem apresentar uma maior instabilidade de microssatélite, se comparados com o perfil epidemiológico mais frequente de ocorrência. OBJETIVOS: Fazer um levantamento clínico-patológico dos grupos emergentes de pacientes com CECO e avaliar em um segundo momento as características imuno-histoquímicas de marcadores de instabilidade dos microssatélites nestes diferentes grupos (MLH1, MSH2, MSH6 e PMS2). RESULTADOS: Este estudo incluiu 61 casos de carcinoma espinocelular (CECO), divididos em quatro grupos emergentes (grupos 1-4) e um grupo de predileção (grupo 5), com base em suas características clínico-patológicas. No grupo 1, a maioria dos casos era de CECOs moderadamente diferenciados, queratinizantes, ulcerados e em estágios avançados que afetavam a laringofaringe. No grupo 2, predominaram casos semelhantes, porém afetando a orofaringe. Os casos do grupo 3 eram principalmente moderadamente diferenciados, queratinizantes e ulcerados na língua, sem prevalência específica de estágio clínico. Já no grupo 4, observou-se predominância de casos moderadamente diferenciados e queratinizantes, principalmente na laringofaringe e em estágios iniciais. Em contraste, os casos do grupo 5 eram predominantemente moderadamente diferenciados, queratinizantes, ulcerados e em estágios avançados afetando a laringofaringe. Adicionalmente, o grupo 5 apresentou proporções significativamente maiores de preditores de pior prognóstico, como recidiva e metástase, quando comparado aos grupos emergentes. CONCLUSÃO: Com base nos resultados deste estudo sobre carcinoma espinocelular (CECO), foi possível identificar cinco grupos distintos de pacientes com características clínico-patológicas variadas. Os grupos emergentes (grupos 1-4) e o grupo de predileção (grupo 5) exibiram padrões específicos em relação à diferenciação celular, localização e estágio da doença. Notavelmente, o grupo 5, que apresentou maior frequência de casos avançados na laringofaringe e com preditores de pior prognóstico como recidiva e metástase, destaca-se como um subgrupo de particular preocupação clínica. Esses resultados destacam a heterogeneidade da doença e a importância da identificação precoce de fatores prognósticos para um manejo clínico mais eficaz.



Vacinação em crianças com até 24 meses de idade: dados da Pesquisa Nacional de Saúde, 2019.

Candidato(a): Lorena Goulart de Andrade Orientador(a): Priscila Maria Stolses Bergamo Francisco
Mestrado em Saúde Coletiva
Apresentação de Defesa Data: 05/12/2024, 14:00 hrs. Local: Anfiteatro do Prédio CPG
Banca avaliadora
Titulares
Priscila Maria Stolses Bergamo Francisco - Presidente
Ana Paula Sayuri Sato- Faculdade de Saúde Pública da USP
Maria Rita Donalisio Cordeiro
Suplentes
Luciana Bertoldi Nucci
Carlos Roberto Silveira Correa

Resumo


A vacinação enquanto medida de prevenção específica constitui uma relevante intervenção em saúde pública, com benefícios inquestionáveis em relação às mortes evitáveis por doenças imunopreveníveis ao longo dos anos, especialmente em crianças. Estudos revelam uma crescente preocupação com as coberturas vacinais no Brasil, que vêm apresentando comportamento de queda, sobretudo para algumas vacinas, e isso impacta no risco para o ressurgimento e/ou descontrole de doenças imunopreveníveis. O presente trabalho tem como objetivo estimar a cobertura vacinal contra a poliomielite, vacinas pentavalente, pneumocócica e tríplice viral em crianças com até 24 meses e a relação com fatores sociodemográficos e de utilização dos serviços de saúde. Trata-se de um estudo transversal, realizado com dados de domínio público da Pesquisa Nacional de Saúde 2019, relacionados as crianças com até 24 meses de idade (n=4.457). Foram realizadas análises descritivas das características sociodemográficas e de utilização dos serviços de saúde, de acordo com a informação obtida em caderneta de vacinação, e estimadas as coberturas vacinais com o esquema básico do calendário de imunização do Ministério da Saúde, com respectivos intervalos de confiança de 95 (IC95 ). Também foi estimada a completude do esquema básico considerando-se o 1º e 2º ano de vida das crianças, com os IC95 . As associações entre as coberturas de vacinação e as características sociodemográficas e de utilização dos serviços de saúde foram verificadas por meio do teste Qui-quadrado de Pearson e os fatores independentemente associados às coberturas, pelas razões de prevalência ajustadas pelo modelo de regressão múltipla de Poisson com variância robusta. Os resultados evidenciaram maior cobertura para a vacina pneumocócica (82,6 ; IC95 : 80,2-84,9), seguida das vacinas pentavalente (72,0 ; IC95 : 69,3-74,5) e contra a poliomielite (70,9 ; IC95 : 68,2-73,5); para a vacina tríplice viral, observou-se a menor cobertura (43,1 ; IC95 : 40,0-46,2). Foi verificada maior proporção de crianças que completaram o esquema da vacina pneumocócica no 1º ano de vida (58,6 ), enquanto menos da metade completaram os esquemas das vacinas pentavalente e contra a poliomielite no mesmo período (34,7 e 40,9 , respectivamente). Os fatores independentemente associados à cobertura vacinal contra a poliomielite foram área de residência e região, para a vacina pentavalente foram região, raça/cor, posse de plano de saúde e visita do ACS ou membro da ESF no último ano; a cobertura pneumocócica esteve associada ao número de moradores no domicílio, frequência da criança em escola/creche e cadastro do domicílio na USF, enquanto a cobertura tríplice viral associou-se à região, posse de plano de saúde e cadastro do domicílio na USF. Tais resultados mostraram que todas as coberturas vacinais estiveram abaixo da meta preconizada pelo Ministério da Saúde, revelando disparidades regionais, socioeconômicas, étnico/raciais e de acesso aos serviços de saúde para a completude dos esquemas básicos de vacinação das crianças. Estratégias devem ser elaboradas para suprir as iniquidades em saúde evidenciadas e combater fatores que influenciam a não adesão à vacinação, principalmente no 1º ano de vida, de modo a elevar as coberturas vacinais e fortalecer os princípios do SUS e do PNI brasileiro.