USO DO TRATAMENTO MANIPULATIVO OSTEOPÁTICO EM LACTENTES SUBMETIDOS A VENTILAÇÃO MECÂNICA E FALHA DE EXTUBAÇÃO
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Candidato(a): Amanda Adorno da Cunha |
Orientador(a): Marcelo Barciela Brandão | Mestrado em Saúde da Criança e do Adolescente |
| Apresentação de Defesa |
Data: 04/12/2024, 14:00 hrs. |
Local: Sala 03 CIPED |
Banca avaliadora
| Titulares Marcelo Barciela Brandão - Presidente Faculdade de Ciências Médicas UNICAMP- Faculdade de Ciências Médicas UNICAMP Joelma Gonçalves Martin- Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho Rebecca Christina Kathleen Maunsell
| Suplentes Mariana Tresoldi das Neves Romaneli - Faculdade de Ciências Médicas - Universidade Estadual de Campinas Regina Grigolli Cesar
| Resumo
Introdução: A falha de extubação por edema da laringe é um dos efeitos adversos em crianças com necessidade de ventilação mecânica, que aumenta morbimortalidade e tempo de internação em unidade de terapia intensiva pediátrica (UTIP). Os métodos preventivos para o edema laríngeo têm mostrado eficácia, porém ainda são controversos por trazem risco e por se saber ao certo a dose ideal para cada idade. O tratamento manipulativo osteopático (OMT) é uma terapia manual que mostrou reduzir tempo de internação em prematuros. Objetivos: Avaliar a evolução da falha de extubação, tempo de internação e tempo em ventilação mecânica em pacientes que realizaram OMT. Métodos: estudo controlado, randomizado, duplo cego. Os participantes foram divididos em dois grupos: grupo intervenção (G1) que recebeu OMT e grupo controle (G2) que recebeu placebo. As intervenções foram realizadas duas vezes na semana até alta. Resultados: A amostra foi composta por 80 lactentes, G1=41 e G2=39. O grupo que realizou OMT apresentou diminuição nos índices de falha de extubação com significância estatística (G1=3; G2=17; p=0,001). Os dias de ventilação mecânica G1= 9(6-13); G2= 9(6-12); p=0.996 e dias de internação G1= 14(10-20); G2=13(10-18); p=0.242, não apresentaram diferenças significativa. Conclusão: Os resultados desse estudo sugerem que o OMT pode contribuir para redução da falha de extubação em lactentes internados em UTIP com necessidade de ventilação mecânica.
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REAÇÕES ADVERSAS A MEDICAMENTOS EM PACIENTES ADULTOS INTERNADOS EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: ESTUDO RETROSPECTIVO UTILIZANDO A FERRAMENTA GLOBAL TRIGGER TOOL
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Candidato(a): Rafael Nogueira de Souza |
Orientador(a): Patricia Moriel | Mestrado em Ciências Médicas |
Coorientador(a): Marília Berlofa Visacri | Apresentação de Defesa |
Data: 04/12/2024, 14:00 hrs. |
Local: Sala laranja da Pós-Graduação/FCM |
Banca avaliadora
| Titulares Patricia Moriel - Presidente Patrícia de Carvalho Mastroianni- Faculdade de Ciências Farmacêuticas - UNESP - Campus de Araraquara Carolina Dagli Hernandez- Faculdade de Ciências Farmacêuticas - Unicamp
| Suplentes Fabiana Rossi Varallo - Faculdade de Ciências Famacêuticas da Universidade de São Paulo Elisdete Maria Santos De Jesus
| Resumo
Introdução: A farmacovigilância desempenha um papel fundamental na garantia da segurança e eficácia dos medicamentos após sua comercialização. O método ativo de investigação é eficaz na detecção de sinais, ou seja, são capazes de levantar hipóteses de que uma reação adversa a medicamento (RAM) acometeu um indivíduo. Pacientes críticos internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) estão mais suscetíveis as RAMs por diversas razões, como polifarmácia e condições não-fisiológicas, gerando estado de estresse que pode alterar a resposta do organismo aos medicamentos. Objetivo: Comparar a prevalência de RAM em pacientes adultos internados em uma UTI adulto geral (UTIA) e uma UTI adulto Covid19 (UTIC19) do Hospital Estadual Sumaré (HES) utilizando uma adaptação da metodologia Global Trigger Tool (GTT). Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo que consistiu na aplicação de rastreadores adaptados da ferramenta GTT para identificar RAMs através da análise dos prontuários físicos, eletrônicos, prescrições médicas e resultados de exames laboratoriais de pacientes adultos internados na UTIA e UTIC19 do HES, de janeiro de 2020 a dezembro de 2020. Os pacientes foram caracterizados de acordo com sexo, idade, unidade e tempo de internação, desfecho clínico (alta ou óbito) e valores de score SOFA. Os rastreadores foram caracterizados de acordo com sua presença/ausência e eficácia na detecção de RAMs. As RAMs foram caracterizadas em gravidade, mecanismo e causalidade. Resultados: No estudo foram avaliados 135 pacientes, 76 (56 ) da UTIA e 59 (44 ) da UTIC19. Houve predominância do sexo masculino (55 ), com idade média de 61,0 ± 15,1 e tempo médio de internação de 13,0 ± 11,0 dias. Dos 135 pacientes do estudo, 94 (70 ) foram à óbito durante a internação nas UTIs, com média de score SOFA de 9,9 ± 3,7. Dos 135 pacientes internados, 55 (41 ) apresentaram pelo menos uma RAM, sendo 31 (56 ) na UTIC19. O total de RAM identificadas foi 85, sendo 65 (76 ) através de rastreadores. A RAM mais presente foi hipoglicemia (23 vezes). As RAMs foram majoritariamente detectadas no 2º e 3º quartil do tempo de internação de cada paciente. Os rastreadores mais prevalentes foram: Sonolência/Hipotensão (Pressão arterial média, PAM <70) (112,6/100 prontuários) e Sódio <135 (mEq/L) (105,9/100 prontuários). Os rastreadores que mais identificaram uma RAM foram: Interrupção abrupta de medicamento (22,2/100 prontuários) e Glicemia < 50mg/dL (17,0/100 prontuários). Os rastreadores com melhor desempenho na detecção de RAM, com Valor Preditivo Positivo (VPP) de 100 , foram ‘TTPA > 50’, ‘Rash cutâneo’ e ‘Protamina’. Conclusão: A utilização de rastreadores para se investigar RAMs se mostrou um método eficaz que contribuiu efetivamente com as ações de farmacovigilância da instituição. A identificação de 85 RAM por meio de busca ativa, se mostrou superior quando comparadas com as 5 RAM detectadas via notificação espontânea no mesmo período.
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Avaliação de preditores clínicos e de neuroimagem do prognóstico cirúrgico em epilepsias farmacoresistentes da infância e adolescência.
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Candidato(a): Ludmila Aragão Feitosa |
Orientador(a): Ana Carolina Coan | Mestrado em Ciências Médicas |
| Apresentação de Defesa |
Data: 05/12/2024, 08:30 hrs. |
Local: Sala azul da Pós-Graduação/FCM |
Banca avaliadora
| Titulares Ana Carolina Coan - Presidente Marina Koutsodontis Machado Alvim- FCM-UNICAMP Ana Paula Andrade Hamad- Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP
| Suplentes Andrei Fernandes Joaquim Ursula Thome Costa - Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo
| Resumo
Epilepsia é a doença neurológica crônica mais comum da infância e caracteriza-se pela predisposição persistente do cérebro gerar crises epilépticas espontâneas. Cerca de 20 a 30 das epilepsias não respondem ao tratamento medicamentoso e são consideradas farmacorresistentes.
Para estes, a cirurgia de epilepsia, quando indicada, é a melhor opção terapêutica. A longo prazo, cerca de 50 dos pacientes estarão livres de crise após o tratamento cirúrgico. O presente estudo tem o objetivo de avaliar preditores clínicos e de neuroimagem do prognóstico cirúrgico em epilepsias farmacoresistentes da infância e adolescência. Serão avaliados retrospectivamente dados clínicos e de neuroimagem de pacientes de até 18 anos submetidos à cirurgia de epilepsia, no Hospital das Clínicas da UNICAMP. O estudo foi realizado através da análise de prontuários e de exames de ressonância magnética já adquiridos. A partir de dados clínicos específcos, foram avaliados a concordância com um normograma já publicado e validado para adultos com o prognóstico cirúrgico através do cálculo do c-index. Padrões de dano de substâncias branca e cinzenta foram avaliados através da técnica de morfometria baseada em voxels. O programa SPSS 24.0 foi utilizado para a análise estatística de acordo com a distribuição dos dados. Como resultados, observamos i) o normograma aplicado para determinação individual de cirurgia de epilepsia não é um bom preditor para a faixa etária pediátrica; ii) Necessidade de preditores mais específicos para a população pediátrica; iii) há padrões distintos de atrofia de substância branca (SB) e substância cinzenta (SC) a depender da topografia da epilepsia; iv) indivíduos Engel não I apresentaram mais atrofia de SB difusa em relação aos indivíduos Engel I; v) atrofia de SC parece não influenciar o outcome cirúrgico.
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AVALIAÇÃO CLÍNICOPATOLÓGICA DA ALTERAÇÃO DE INSTABILIDADE DE MICROSSATÉLITES EM PACIENTES COM CARCINOMA EPIDERMOIDE ORAL
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Candidato(a): Francisco Augusto Gomes Santos |
Orientador(a): Fernanda Viviane Mariano Brum Correa | Mestrado em Fisiopatologia Médica |
| Apresentação de Defesa |
Data: 05/12/2024, 09:00 hrs. |
Local: Sala Verde do Prédio da CPG |
Banca avaliadora
| Titulares Fernanda Viviane Mariano Brum Correa - Presidente Larissa Bastos Eloy Da Costa Rogério de Oliveira Gondak- Universidade Federal de Santa Catarina
| Suplentes Erika Said Abu Egal - The University of Utah Carmen Silvia Passos Lima
| Resumo
INTRODUÇÃO: O câncer é caracterizado pelo crescimento celular desordenado, resultante de mutações genéticas espontâneas ou induzidas. A alta exposição aos fatores de risco contribui para o aumento das taxas de incidência e mortalidade, tornando-o um problema de saúde pública global. O carcinoma de células escamosas oral ou carcinoma epidermoide oral (CECO), originário do epitélio escamoso da cavidade oral, corresponde a cerca de 90 dos cânceres orais. Este câncer afeta diversas áreas da cavidade oral e sua etiologia é multifatorial, envolvendo fatores genéticos e ambientais, como o consumo de tabaco e álcool e a infecção pelo HPV. O CECO é mais prevalente em homens entre a 5° e 7° décadas de vida, apresentando uma ampla gama de manifestações clínicas, entretanto grupos epidemiológicos emergentes vêm ganhando espaço. A instabilidade de microssatélites (MSI) é caracterizada por alterações em sequências repetitivas de DNA e está associada a várias doenças hereditárias e tipos de câncer. A MSI pode influenciar o prognóstico de pacientes com CECO e a carcinogênese do tumor. Deficiências genéticas na família de genes de mismatch repair (MMR) estão associadas a estágios tumorais mais avançados e pior prognóstico. A MSI pode ser um marcador emergente para o CECO pois pacientes dos grupos epidemiológicos emergentes, podem apresentar uma maior instabilidade de microssatélite, se comparados com o perfil epidemiológico mais frequente de ocorrência. OBJETIVOS: Fazer um levantamento clínico-patológico dos grupos emergentes de pacientes com CECO e avaliar em um segundo momento as características imuno-histoquímicas de marcadores de instabilidade dos microssatélites nestes diferentes grupos (MLH1, MSH2, MSH6 e PMS2). RESULTADOS: Este estudo incluiu 61 casos de carcinoma espinocelular (CECO), divididos em quatro grupos emergentes (grupos 1-4) e um grupo de predileção (grupo 5), com base em suas características clínico-patológicas. No grupo 1, a maioria dos casos era de CECOs moderadamente diferenciados, queratinizantes, ulcerados e em estágios avançados que afetavam a laringofaringe. No grupo 2, predominaram casos semelhantes, porém afetando a orofaringe. Os casos do grupo 3 eram principalmente moderadamente diferenciados, queratinizantes e ulcerados na língua, sem prevalência específica de estágio clínico. Já no grupo 4, observou-se predominância de casos moderadamente diferenciados e queratinizantes, principalmente na laringofaringe e em estágios iniciais. Em contraste, os casos do grupo 5 eram predominantemente moderadamente diferenciados, queratinizantes, ulcerados e em estágios avançados afetando a laringofaringe. Adicionalmente, o grupo 5 apresentou proporções significativamente maiores de preditores de pior prognóstico, como recidiva e metástase, quando comparado aos grupos emergentes. CONCLUSÃO: Com base nos resultados deste estudo sobre carcinoma espinocelular (CECO), foi possível identificar cinco grupos distintos de pacientes com características clínico-patológicas variadas. Os grupos emergentes (grupos 1-4) e o grupo de predileção (grupo 5) exibiram padrões específicos em relação à diferenciação celular, localização e estágio da doença. Notavelmente, o grupo 5, que apresentou maior frequência de casos avançados na laringofaringe e com preditores de pior prognóstico como recidiva e metástase, destaca-se como um subgrupo de particular preocupação clínica. Esses resultados destacam a heterogeneidade da doença e a importância da identificação precoce de fatores prognósticos para um manejo clínico mais eficaz.
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Vacinação em crianças com até 24 meses de idade: dados da Pesquisa Nacional de Saúde, 2019.
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Candidato(a): Lorena Goulart de Andrade |
Orientador(a): Priscila Maria Stolses Bergamo Francisco | Mestrado em Saúde Coletiva |
| Apresentação de Defesa |
Data: 05/12/2024, 14:00 hrs. |
Local: Anfiteatro do Prédio CPG |
Banca avaliadora
| Titulares Priscila Maria Stolses Bergamo Francisco - Presidente Ana Paula Sayuri Sato- Faculdade de Saúde Pública da USP Maria Rita Donalisio Cordeiro
| Suplentes Luciana Bertoldi Nucci Carlos Roberto Silveira Correa
| Resumo
A vacinação enquanto medida de prevenção específica constitui uma relevante intervenção em saúde pública, com benefícios inquestionáveis em relação às mortes evitáveis por doenças imunopreveníveis ao longo dos anos, especialmente em crianças. Estudos revelam uma crescente preocupação com as coberturas vacinais no Brasil, que vêm apresentando comportamento de queda, sobretudo para algumas vacinas, e isso impacta no risco para o ressurgimento e/ou descontrole de doenças imunopreveníveis. O presente trabalho tem como objetivo estimar a cobertura vacinal contra a poliomielite, vacinas pentavalente, pneumocócica e tríplice viral em crianças com até 24 meses e a relação com fatores sociodemográficos e de utilização dos serviços de saúde. Trata-se de um estudo transversal, realizado com dados de domínio público da Pesquisa Nacional de Saúde 2019, relacionados as crianças com até 24 meses de idade (n=4.457). Foram realizadas análises descritivas das características sociodemográficas e de utilização dos serviços de saúde, de acordo com a informação obtida em caderneta de vacinação, e estimadas as coberturas vacinais com o esquema básico do calendário de imunização do Ministério da Saúde, com respectivos intervalos de confiança de 95 (IC95 ). Também foi estimada a completude do esquema básico considerando-se o 1º e 2º ano de vida das crianças, com os IC95 . As associações entre as coberturas de vacinação e as características sociodemográficas e de utilização dos serviços de saúde foram verificadas por meio do teste Qui-quadrado de Pearson e os fatores independentemente associados às coberturas, pelas razões de prevalência ajustadas pelo modelo de regressão múltipla de Poisson com variância robusta. Os resultados evidenciaram maior cobertura para a vacina pneumocócica (82,6 ; IC95 : 80,2-84,9), seguida das vacinas pentavalente (72,0 ; IC95 : 69,3-74,5) e contra a poliomielite (70,9 ; IC95 : 68,2-73,5); para a vacina tríplice viral, observou-se a menor cobertura (43,1 ; IC95 : 40,0-46,2). Foi verificada maior proporção de crianças que completaram o esquema da vacina pneumocócica no 1º ano de vida (58,6 ), enquanto menos da metade completaram os esquemas das vacinas pentavalente e contra a poliomielite no mesmo período (34,7 e 40,9 , respectivamente). Os fatores independentemente associados à cobertura vacinal contra a poliomielite foram área de residência e região, para a vacina pentavalente foram região, raça/cor, posse de plano de saúde e visita do ACS ou membro da ESF no último ano; a cobertura pneumocócica esteve associada ao número de moradores no domicílio, frequência da criança em escola/creche e cadastro do domicílio na USF, enquanto a cobertura tríplice viral associou-se à região, posse de plano de saúde e cadastro do domicílio na USF. Tais resultados mostraram que todas as coberturas vacinais estiveram abaixo da meta preconizada pelo Ministério da Saúde, revelando disparidades regionais, socioeconômicas, étnico/raciais e de acesso aos serviços de saúde para a completude dos esquemas básicos de vacinação das crianças. Estratégias devem ser elaboradas para suprir as iniquidades em saúde evidenciadas e combater fatores que influenciam a não adesão à vacinação, principalmente no 1º ano de vida, de modo a elevar as coberturas vacinais e fortalecer os princípios do SUS e do PNI brasileiro.
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