Qualificações e Defesas

Resultados obtidos

Candidato(a): Jéssica Dellalibera dos Santos Orientador(a): Meire Cachioni
Doutorado em Gerontologia
Apresentação de Qualificação Data: 28/11/2024, 09:00 hrs. Local: À distância. Link: https://meet.google.com/cve-pprf-mjd
Banca(s) avaliadora(s)
Apresentação de Qualificação
Titulares
Meire Cachioni - Presidente
Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo- Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo
Johannes Doll- Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Samila Sathler Tavares Batistoni- Lifelong Psicologia e Educacao para a Longevidade
Suplentes
Ruth Caldeira de Melo - Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo


Candidato(a): Vanessa Alonso Orientador(a): Meire Cachioni
Doutorado em Gerontologia
Apresentação de Qualificação Data: 28/11/2024, 14:00 hrs. Local: Integralmente a distância
Banca(s) avaliadora(s)
Apresentação de Qualificação
Titulares
Meire Cachioni - Presidente
Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo- Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo
Anita Liberalesso Neri
Flávia Silva Arbex Borim- Faculdade de Ciências Médicas UNICAMP
Suplentes
Lucia Figueiredo Mourao


Candidato(a): Giselle Layse Andrade Buarque Santos Orientador(a): Ruth Caldeira de Melo
Doutorado em Gerontologia
Apresentação de Qualificação Data: 03/12/2024, 09:00 hrs. Local: Integralmente à distância
Banca(s) avaliadora(s)
Apresentação de Qualificação
Titulares
Ruth Caldeira de Melo - Presidente
Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo- Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo
Francisco Luciano Pontes Junior- Universidade de São Paulo
Flávia Silva Arbex Borim- Faculdade de Ciências Médicas UNICAMP
Suplentes
Samila Sathler Tavares Batistoni - Lifelong Psicologia e Educacao para a Longevidade


A RELAÇÃO DOS FATORES SOCIODEMOGRÁFICOS, CLÍNICOS E DESFECHOS EM SAÚDE COM SARCOPENIA, OBESIDADE SARCOPÊNICA E OSTEOSSARCOPENIA EM PESSOAS IDOSAS: ABORDAGEM EM ANÁLISE DE REDES

Candidato(a): Maura Fernandes Franco Orientador(a): Arlete Maria Valente Coimbra
Doutorado em Gerontologia Coorientador(a): Ibsen Bellini Coimbra
Apresentação de Defesa Data: 11/12/2024, 13:30 hrs. Local: Anfiteatro
Apresentação de Qualificação Data: 28/05/2024, 13:30 hrs. Local: Sala Azul da Pós-graduação/FCM
Banca(s) avaliadora(s)
Apresentação de Defesa
Titulares
Arlete Maria Valente Coimbra - Presidente
Faculdade de Ciências Médicas - Universidade Estadual de Campinas- Faculdade de Ciências Médicas - Universidade Estadual de Campinas
Vera Lucia Szejnfeld- Universidade Federal de São Paulo
Zoraida Sachetto
Karla Helena Coelho Vilaça e Silva- Universidade Católica de Brasília
Flávia Silva Arbex Borim- Faculdade de Ciências Médicas UNICAMP
Suplentes
José Roberto Provenza
Juliana Martins Pinto - Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Alisson Aliel Vigano Pugliesi - FCM/Depto Clínica Médica
Apresentação de Qualificação
Titulares
Arlete Maria Valente Coimbra - Presidente
Faculdade de Ciências Médicas - Universidade Estadual de Campinas- Faculdade de Ciências Médicas - Universidade Estadual de Campinas
Flávia Silva Arbex Borim- Faculdade de Ciências Médicas UNICAMP
Zoraida Sachetto
Suplentes
Claudia Regina Cavaglieri

Resumo


Introdução: O envelhecimento populacional, especialmente nas regiões em desenvolvimento, é um fenômeno complexo que traz desafios sociais e de saúde, refletindo a coexistência de condições como sarcopenia, obesidade e osteoporose. Essas condições são multifatoriais e estão interligadas por mecanismos fisiopatológicos comuns, como a redistribuição da gordura corporal e a inflamação crônica. A análise de redes é uma técnica estatística gráfica que permite observar as relações entre essas variáveis, ajudando a entender como elas impactam a qualidade de vida dos idosos e a sobrecarga dos sistemas de saúde. Objetivos: 1) Comparar visualmente os modelos de redes de sarcopenia, obesidade sarcopênica e osteossarcopenia. 2) Estimar as razões de chances para os desfechos quedas, fraturas e incapacidade funcional nos modelos de redes. 3) Verificar a estabilidade dos modelos de redes de sarcopenia, obesidade sarcopênica e osteossarcopenia. 4) Verificar e comparar os valores de predição de todas as variáveis inseridas nos modelos de sarcopenia, obesidade sarcopênica e osteossarcopenia. Métodos: Esta tese compreendeu um estudo sobre prevalência e fatores associados a sarcopenia e outro sobre as relações de sarcopenia, obesidade sarcopênica e osteossarcopenia com fatores sociofemográficos, clínicos e desfechos em saúde, como quedas, fraturas e capacidade funcional. Os dois estudos transversais foram realizados com dados secundários de um estudo piloto (2013-2014), com uma população idosa brasileira residente na comunidade. A sarcopenia foi definida segundo o European Working Group on Sarcopenia in Older People (EWGSOP2). A composição corporal foi avaliada por meio da absorciometria de raios-X de dupla energia (DXA). A obesidade e a osteopenia/osteoporose foram classificadas de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Foram utilizados modelos de redes para verificar a correlação entre os múltiplos fatores simultaneamente e comparar visualmente as associações em cada modelo. Resultados: Os resultados foram apresentados em dois artigos científicos. O primeiro artigo demonstrou associações da sarcopenia com idade, raça, nível de escolaridade, renda familiar, massa óssea, sintomas depressivos, doenças cardiovasculares, diabetes, colesterol total e reumatismo. O segundo artigo demonstrou que as variáveis sexo, raça, incontinência urinária, sintomas depressivos e níveis de hemoglobina estiveram relacionados com sarcopenia, obesidade sarcopênica e osteossarcopenia. A sarcopenia foi prevista em mais de 60 no primeiro estudo e mais de 70 no segundo; a obesidade sarcopênica e a osteossarcopenia foram previstas em mais de 50 e 60 , respectivamente, e todos os desfechos de saúde foram previstos em mais de 70 . Conclusão: Há uma forte associação entre sarcopenia, obesidade sarcopênica e osteossarcopenia com fatores sociodemográficos e clínicos em pessoas idosas brasileiras. A análise de redes revelou as complexas inter-relações entre essas condições, destacando a necessidade de rastreamento precoce e intervenções direcionadas, especialmente para subgrupos vulneráveis e a importância de futuros estudos longitudinais para aprofundar a compreensão das interações e seus impactos na saúde da população idosa.



Correlação de índices preditivos de mortalidade hospitalar em pacientes críticos crônicos de um Hospital Universitário de Campinas.

Candidato(a): Paula Braga Orientador(a): Luciana Castilho de Figueiredo
Mestrado em Gerontologia
Apresentação de Defesa Data: 12/12/2024, 08:30 hrs. Local: Sala Verde da Pós-graduação/FCM
Apresentação de Qualificação Data: 27/04/2023, 08:30 hrs. Local: Anfiteatro da Pós-Graduação/FCM
Banca(s) avaliadora(s)
Apresentação de Defesa
Titulares
Luciana Castilho de Figueiredo - Presidente
Universidade Estadual de Campinas- Universidade Estadual de Campinas
Lígia dos Santos Roceto Ratti- Hospital das Clínicas da UNICAMP
Rodrigo Marques Tonella- Universidade Federal de Minas Geraiss
Suplentes
Ana Paula Devite Cardoso Gasparotto - Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas
Cristina Aparecida Veloso Guedes - Centro Universitário Hermínio Ometto - UNIARARAS
Apresentação de Qualificação
Titulares
Luciana Castilho de Figueiredo - Presidente
Universidade Estadual de Campinas- Universidade Estadual de Campinas
Lígia dos Santos Roceto Ratti- Hospital das Clínicas da UNICAMP
Ana Paula Devite Cardoso Gasparotto- Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas
Suplentes
Marileise Roberta Antoneli Fonseca - Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas

Resumo


Introdução: A ventilação mecânica (VM) prolongada é frequentemente associada a desfechos negativos, como aumento da mortalidade, complicações e falência orgânica. Escores prognósticos, como o APACHE II, SOFA e SAPS 3, são usados para predizer mortalidade em pacientes críticos, porém sua acurácia pode variar dependendo da faixa etária e da duração da ventilação mecânica. Objetivo: Este estudo teve como objetivo avaliar e comparar o poder preditivo dos escores APACHE II, SOFA e SAPS 3 para predizer a mortalidade intra-hospitalar em pacientes críticos crônicos internados em terapia intensiva com ventilação mecânica prolongada. Método: Trata-se de um estudo retrospectivo, aprovado pelo comitê de ética da Faculdade de Ciências Médicas (FCM), CAAE: 00778818.4.0000.5404, com análise de 166 pacientes admitidos em unidades de terapia intensiva (UTI) em 2017. Os pacientes foram divididos em grupos por idade (< 59 anos e ≥ 60 anos) e por tempo de ventilação mecânica (< 14 dias, ≥ 14 dias, e ≥ 21 dias). As curvas ROC (Receiver Operating Characteristic) foram utilizadas para avaliar a acurácia dos escores na predição de mortalidade. Resultados: Nos pacientes com idade inferior a 60 anos, os escores APACHE II e SAPS 3 apresentaram áreas sob a curva (AUC) de 0,692 e 0,773, respectivamente. Já nos pacientes com idade igual ou superior a 60 anos, houve redução da acurácia dos escores, com AUC de 0,605 para APACHE II e 0,549 para SAPS 3. Nos pacientes com VM superior a 21 dias, a acurácia dos escores foi ainda menor, com AUC inferior a 0,6 para ambos os escores. Discussão: Os resultados sugerem que a acurácia dos escores prognósticos diminui com o aumento da idade e com a duração da ventilação mecânica, particularmente em pacientes com VM prolongada (> 21 dias). A análise confirma que os escores APACHE II e SAPS 3 são mais precisos para pacientes mais jovens e com menor tempo de VM. Por outro lado, pacientes mais idosos ou com ventilação prolongada podem exigir ferramentas prognósticas mais específicas. Conclusão: Os escores APACHE II e SAPS 3 apresentaram boa acurácia preditiva em pacientes jovens e com menor tempo de ventilação mecânica, enquanto a acurácia foi reduzida em pacientes mais velhos e com ventilação prolongada. Esses achados reforçam a importância de adaptar estratégias prognósticas para grupos específicos de pacientes críticos crônicos.



Avaliação da Qualidade de Vida em Mulheres na Menopausa com Dispareunia

Candidato(a): Vitoria Rosa dos Santos Orientador(a): Luiz Claudio Martins
Mestrado em Gerontologia
Apresentação de Defesa Data: 17/12/2024, 14:00 hrs. Local: Anfiteatro do Departamento de Clínica Médica
Apresentação de Qualificação Data: 06/09/2023, 14:00 hrs. Local: Sala Azul da Pós-graduação/FCM
Banca(s) avaliadora(s)
Apresentação de Defesa
Titulares
Luiz Claudio Martins - Presidente
Ana Maria Moser- Pontifícia Universidade Católica do Paraná
Maria José D'Elboux
Suplentes
Andre Fattori
Maria Aparecida Barone Teixeira - São Leopoldo Mandic - SLMandic
Apresentação de Qualificação
Titulares
Luiz Claudio Martins - Presidente
Maria Jose D Elboux
Ana Maria Moser- Pontifícia Universidade Católica do Paraná
Suplentes
Cloves Antonio de Amissis Amorim - Pontifícia Universidade Católica do Paraná

Resumo


A sexualidade passa por uma transformação influenciada por fatores históricos, culturais, religiosos e éticos, sendo uma expressão afetiva do indivíduo. Com a chegada do climatério, a redução dos níveis de estrogênio e progesterona causa mudanças que impactam a vivência plena da sexualidade nas mulheres, incluindo a dispareunia. A dispareunia, que é a dor durante a relação sexual, é um sintoma comum na menopausa e pode comprometer significativamente a qualidade de vida das mulheres. A saúde sexual é essencial para a qualidade de vida, refletindo-se na satisfação nos relacionamentos íntimos. A qualidade de vida é um conceito multidimensional que abrange bem-estar físico, social, psicológico e espiritual. Com o envelhecimento da população e o aumento da expectativa de vida, é crucial realizar estudos focados em melhorar o bem-estar dos idosos. O climáterio, que em média começa aos 48 anos, significa que muitas mulheres viverão quase metade de suas vidas com sintomas persistentes, como a dispareunia, afetando sua saúde sexual. Portanto, estudos são necessários para identificar variáveis que promovam um envelhecimento satisfatório e feliz. Esta dissertação teve como objetivo avaliar a qualidade de vida e a função sexual de mulheres menopausadas com dispareunia. Para isso, foi realizado um estudo quantitativo, descritivo e transversal, utilizando um questionário online divulgado nas redes sociais dos pesquisadores (Facebook, Instagram, Google e LinkedIn). O questionário incluía um perfil sociodemográfico, a Escala de Dor (EVA), o World Health Organization Quality of Life-Bref (WHOQOL-BREF), o World Health Organization Quality of Life-Old (WHOQOL-OLD) e o Female Sexual Function Index (FSFI). Participaram da pesquisa 21 mulheres, na faixa etária entre 56 e e 72 anos de idade, que haviam tido a última menstruação há pelo menos 12 meses e mantido relações sexuais no último mês (30 dias). A maioria das participantes era casada, tinha ensino superior e era branca. Os resultados indicaram que a maioria (76,2 ) das participantes não tinham dispareunia, enquanto a minoria (23,8 ) relataram dor variando de moderada a muito intensa. Os resultados do FSFI variaram entre 16,3 e 32, significando que a resposta sexual desta amostra se encontra dentro da média, no que tange a lubrificação, desejo, excitação, orgasmo, satisfação e dor. No geral, as participantes demonstraram uma boa qualidade de vida, com altos escores (75 pontos ou mais) em autonomia, participação social e habilidades sensoriais. Os resultados confirmam pressupostos do envelhecimento ao longo do ciclo vital, destacando que fatores socioeconômicos influenciam a percepção e vivência do climatério. Salienta-se que essa amostra provavelmente, constitui-se de mulheres que conseguiram transpassar os estereótipos atrelados ao envelhecimento e ao climatério. Recomenda-se o uso de questionários mais curtos em futuras pesquisas para aumentar a participação e a coleta de dados presenciais para incluir mulheres com dificuldades tecnológicas, além de um estudo qualitativo para coletar as variáveis não normativas dessa população.



Candidato(a): Livia Conz Orientador(a): Luis Otavio Zanatta Sarian
Doutorado em Tocoginecologia
Apresentação de Qualificação Data: 25/11/2024, 09:00 hrs. Local: Sala de reuniões da DEC-CAISM
Banca avaliadora
Titulares
Luis Otavio Zanatta Sarian - Presidente
Cesar Cabello Dos Santos
Joao Renato Bennini Junior
Suplentes
Cassio Cardoso Filho

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO E FUNCIONAL DE CRIANÇAS COM PARALISIA CEREBRAL ATENDIDAS NO HOSPITAL DE CLÍNICAS DA UNICAMP

Candidato(a): Kemle Caroline Merhy Orientador(a): Claudia Vianna Maurer Morelli
Mestrado em Ciências Médicas Coorientador(a): Geruza Perlato Bella
Apresentação de Defesa Data: 25/11/2024, 13:30 hrs. Local: Anfiteatro da Pós-Graduação/FCM
Banca avaliadora
Titulares
Claudia Vianna Maurer Morelli - Presidente
Alexandre Fonseca Brandão
Rodrigo Goncalves Pagnano
Suplentes
Regina Célia Turolla de Souza
Carlos Eduardo Steiner

Resumo


A Encefalopatia Crônica não Progressiva ou comumente conhecida como Paralisia Cerebral (PC) compreende um conjunto de alterações no desenvolvimento motor e postural, secundário a uma lesão no cérebro em desenvolvimento. Diversos são os fatores de risco, envolvendo os períodos pré, peri, e o pós-natal. A PC promove diversidade no quadro clínico das crianças e, para sua classificação, considera-se o tipo e topografia das anormalidades motoras e os níveis funcionais. O objetivo deste trabalho foi verificar o perfil epidemiológico e funcional das crianças com PC, atendidas no Ambulatório de Fisioterapia de Reabilitação da Motricidade (AFRM), do Hospital de Clínicas da Unicamp. Os critérios de inclusão envolveram crianças de até 12 anos, atendidas no AFRM, com diagnóstico clínico de PC e assinatura voluntária do TCLE pelos responsáveis legais. Os critérios de exclusão compreenderam crianças sem diagnóstico, crianças com mais de 12 anos de idade, atraso no desenvolvimento transiente, diagnóstico de síndromes genéticas com disfunção motora, história de tumores e doenças neuromusculares primárias. Foi realizada uma entrevista com pais e/ou cuidadores, seguida da aplicação dos sistemas de classificações e das escalas funcionais: Sistema de Classificação da Função Motora Grossa (GMFCS), Inventário de Avaliação Pediátrica de Incapacidade (PEDI), Avaliação da Função Motora Grossa (GMFM-66), Core Sets da CIF-CJ-PC e GMFCS Questionário do Relato Familiar. Participaram deste estudo 37 crianças com PC, que apresentavam média de idade de 85,87 meses, predomínio do sexo masculino, cor da pele declarada branca, naturalidade de Campinas e procedência de outras cidades do país. As mães e os pais, durante a entrevista, apresentavam média de idade de 33 e 36 anos respectivamente, e ensino médio completo. Em relação aos cuidados e auxílios recebidos, nossos dados mostraram que 65 das crianças estavam sob os cuidados maternos e 68 recebiam algum tipo de auxílio social. Quanto aos cuidados pré-natais, 86 das mães realizaram o pré-natal, e 86 apresentaram tempo de gestação entre 27 e 41 semanas. No período pré-natal, em 76 dos casos, houve relato da ocorrência de fatores considerados de risco, sendo as infecções e o uso de medicamentos prescritos os mais prevalentes. As mães eram jovens, com média de idade no parto de 25 anos, sendo 97 dos partos realizados em hospitais e do tipo cesárea (55 ). No período perinatal, 60 das crianças apresentavam baixo peso ao nascimento e 73 tiveram intercorrências no período, sendo a anóxia a mais prevalente (50 ). Em nosso estudo, apenas 26 das crianças apresentaram fatores de risco no pós-natal, com predomínio ao AVC (10 ). O diagnóstico de PC foi em média aos 12 meses de idade e o tipo mais prevalente foi a PC espástica bilateral (63 ). As complicações ortopédicas foram presentes em 80 , sendo os encurtamentos musculares e as limitações articulares as mais prevalentes (68 ). Quanto aos cuidados profissionais e dispositivos auxiliares, encontramos que 92 das crianças receberam atendimentos multiprofissionais e 86 faziam uso de dispositivos auxiliares para marcha e órteses. Nos estudos da funcionalidade das crianças, 65 delas foram classificadas nos níveis IV e V do GMFCS, receberam qualificadores 3 ou 4 em todos os códigos do Core Set da CIF CJ PC e pontuações <30 no PEDI, evidenciando comprometimento motor grave. As correlações entre os sistemas de classificações e escalas GMFCS, PEDI, Core Set da CIF e GMFM-66, evidenciaram resultados semelhantes, bem como entre GMFCS e complicações ortopédicas. Os pais/cuidadores apresentavam percepção real da funcionalidade das crianças. Este estudo oferece uma visão detalhada do cenário epidemiológico e funcional das crianças com Paralisia Cerebral acompanhadas no AFRM, do Hospital de Clínicas da Unicamp. Nossos resultados destacam a diversidade dos fatores de risco pré, peri e pós-natais, e apontam para a necessidade de intervenções multiprofissionais e uso de dispositivos auxiliares para promover a funcionalidade e qualidade de vida dessas crianças.



Avaliação da sensibilidade à insulina em pacientes com hipopituitarismo antes e depois da reposição do hormônio de crescimento

Candidato(a): Saylin Fong Rosell Orientador(a): Heraldo Mendes Garmes
Mestrado em Clínica Médica
Apresentação de Defesa Data: 25/11/2024, 14:00 hrs. Local: Sala Laranja Pós Graduação
Banca avaliadora
Titulares
Heraldo Mendes Garmes - Presidente
Caroline Schnoll Yasuda- Universidade Estadual de Campinas
Valéria Bahdur Chueire- Pontifícia Universidade Católica de Campinas
Suplentes
Maria Cândida Ribeiro Parisi - Faculdade de Ciências Médicas / UNICAMP
Roberto Bernardo dos Santos - Faculdade de Medicina da Pontifícia Universidade Católica de Campinas

Resumo


Pacientes com Hipopituitarismo (HP) apresentam alterações favoráveis ​​na composição corporal (CC) após terapia de reposição de GH (TRGH), como aumento da massa magra (MM) e diminuição da massa gorda (MG). Embora alguns estudos não tenham demonstrado alterações da sensibilidade à insulina (SI) com TRGH, a maioria dos estudos que utilizaram o método de clamp euglicêmico hiperinsulinêmico (CEH) mostrou piora da SI com TRGH. Objetivos: Avaliar as características de SI e CC em pacientes com HP sem TRGH, antes e após 6 meses de TRGH. Pacientes e Métodos: 14 pacientes com HP entre 20 e 59 anos de idade, sem tumor residual ou tumor funcionante prévio e em reposição de levotiroxina, prednisona e estrogênio/progesterona ou testosterona foram acompanhados em um estudo de coorte prospectivo. Antes e após 6 meses de TRGH na dose de 0,33mg/dia, foram avaliados: Indice de Massa Corporal (IMC), IGF-1, níveis de glicemia de jejum, porcentagem de MG (POMG), porcentagem de MM (POMM), peso MG (PMG) e peso MM (PMM) por meio de bioimpedância elétrica e SI por CEH. A SI foi determinada pelos valores M (M). Para comparar as variáveis entre os tempos no grupo foi aplicado o teste de Wilcoxon para amostras relacionadas. O nível de significância adotado foi de 5 . Resultados: Após 6 meses de TRGH, os pacientes com HP apresentaram maiores valores de PMM (Mediana; 44,5 kg vs 48,55 kg, p = 0,0085), POMM (Mediana; 68,15 vs 70,10 p=0,0470) e também dos níveis de IGF-1 (mediana; 35,39 ng/ml vs 115,85 ng/ml, p=0,0001). Por outro lado, não houve diferenças significativas no PMG (Mediana; 18,70 Kg vs 17,85 kg, p=0,2747), POMG (Mediana; 31,86 vs 29,90 , p=0,0840), níveis de glicemia (Mediana; 77,50 mg/dl vs 81,10 mg/dl, p=0,3904) e do valor de M (Mediana: 5,27 mg/kg/min vs 4,80 mg/kg/min, p=0,9032). Conclusões: Após 6 meses de TRGH na dose de 0,33mg/dia, os pacientes com HP apresentaram aumentos significativos nos níveis de IGF-1 e na PMM e POMM sem alterar os níveis de SI e níveis de glicemia.



Candidato(a): Fábio Arthuso Orientador(a): Lucia Helena Reily
Doutorado em Saúde, Interdisciplinaridade e Reabilitação
Apresentação de Qualificação Data: 26/11/2024, 09:00 hrs. Local: Sala Amarela da Pós-graduação/FCM
Banca avaliadora
Titulares
Lucia Helena Reily - Presidente
Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp- Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp
Ana Maria Rodriguez Costas
Amanda Brait Zerbeto
Suplentes
Selma Machado Simao

FATORES PREDITIVOS PARA DECANULAÇÃO NO USO EXCLUSIVO DA ÓRTESE EM “T” DE MONTGOMERY NAS ESTENOSES TRAQUEAIS E LARINGOTRAQUEAIS BENIGNAS

Candidato(a): Luiz Von Lohrmann Cruz Arraes Orientador(a): Ricardo Kalaf Mussi
Mestrado em Ciências da Cirurgia
Apresentação de Defesa Data: 26/11/2024, 10:00 hrs. Local: Anfiteatro do Departamento de Clínica Médica - FCM/Unicamp.
Banca avaliadora
Titulares
Ricardo Kalaf Mussi - Presidente
Ivan Felizardo Contrera Toro
Benoit Jacques Bibas
Suplentes
Carlos Takahiro Chone
André Miotto - Universidade Federal de São Paulo

Resumo


Introdução: A estenose traqueal é uma doença cada vez mais incidente, tendo como auxílio no tratamento o uso de órteses traqueais. Um exemplo é a órtese de Montgomery (tubo T), que tem sido utilizada como alternativa tanto para tratamento temporário quanto definitivo, melhorando a qualidade de vida do paciente. Objetivos: avaliar as formas e indicações de utilização do tubo T de Montgomery, bem como a taxa de decanulação dos pacientes que fizeram uso da órtese. Método: foi realizado estudo de observacional retrospectivo com coleta de dados dos pacientes com estenose de traqueia seguidos no HC da Unicamp entre 1990 e 2020. Resultados: dos 500 pacientes com estenose de traqueia avaliados, foi visto que 96 destes (18,6 ) foram tratados em algum momento com tubo T de Montgomery, sendo 69 homens e 31 mulheres. A principal causa de estenose foi intubação orotraqueal prolongada (IOT), com 92 dos casos. Pacientes que utilizaram a órtese de modo exclusivo e evoluíram para decanulação correspondem a 36 . A taxa de complicação pelo uso do Montgomery foi de 4,1 . Conclusão: a utilização do tubo T de Montgomery é um importante coadjuvante no tratamento dos pacientes com estenose de traqueia, quando sua utilização sendo de modo exclusivo.