Qualificações e Defesas

Resultados obtidos

COEXISTÊNCIA DE DOENÇA CARDIOVASCULAR E FRAGILIDADE E SUA RELAÇÃO COM A CAPACIDADE FUNCIONAL DE ADULTOS BRASILEIROS COM 50 ANOS DE IDADE OU MAIS.

Candidato(a): Júlia Aparecida Souza Reis Orientador(a): Flávia Silva Arbex Borim
Mestrado em Gerontologia
Apresentação de Defesa Data: 15/04/2025, 14:00 hrs. Local: Auditorio NEPP
Apresentação de Qualificação Data: 13/05/2024, 14:00 hrs. Local: Anfiteatro da Pós-Graduação/FCM
Banca(s) avaliadora(s)
Apresentação de Defesa
Titulares
Flávia Silva Arbex Borim - Presidente
Daniella Pires Nunes
Karla Helena Coelho Vilaça e Silva
Suplentes
Ivan Aprahamian
Ruth Caldeira de Melo
Apresentação de Qualificação
Titulares
Flávia Silva Arbex Borim - Presidente
Faculdade de Ciências Médicas UNICAMP- Faculdade de Ciências Médicas UNICAMP
Daniela de Assumpção- Universidade Estadual de Campinas
Andre Fattori
Suplentes
Samila Sathler Tavares Batistoni - Lifelong Psicologia e Educacao para a Longevidade

Resumo


Introdução: A população mundial segue envelhecendo e esse processo ocorre de forma heterogênea. A fragilidade e as doenças cardiovasculares (DCV) ocupam altas prevalências nessa faixa etária e, muitas das vezes, coexistem. É importante analisar a associação das DCV com a fragilidade e sua relação com as limitações das atividades cotidianas. Objetivo: Analisar se a DCV associada a fragilidade aumenta a prevalência das limitações nas atividades instrumentais de vida diária (AIVDs), em pessoas maiores de 50 anos de idade. Método: Estudo transversal que utilizou os dados de 8.947 participantes da pesquisa Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros - ELSI Brasil 2015/2016, que avaliou a população com 50 anos de idade ou mais. A capacidade funcional foi a variável dependente e a mesma foi categorizada em ter dificuldade em pelo menos uma das AIVDs (preparar refeições, administrar dinheiro, utilizar transporte, fazer compras, utilizar o telefone, administrar medicamentos, realizar tarefas domésticas leves e realizar tarefas domésticas pesadas). As varáveis independentes foram as DCV e a fragilidade. Acidente vascular cerebral, angina, infarto agudo do miocárdio e a insuficiência cardíaca foram as DCV autorrelatadas, sendo categorizadas como não apresentar ou ter uma ou mais DCV. A fragilidade foi classificada pelo fenótipo de fragilidade, sendo caracterizado como não frágil ou pré-frágil/frágil. As variáveis de ajuste foram as variáveis sociodemográficas (idade, sexo, moradia e escolaridade) e os fatores de risco para as DCV (consumo atual de tabaco, qualidade da dieta, hipertensão arterial, hipercolesterolemia, diabetes mellitus, índice de massa corporal – IMC, e inatividade física). Para a análise da associação entre a presença concomitante de doença cardiovascular e fragilidade e a prevalência de limitação nas AIVDs foi utilizado modelo de regressão de Poisson. Resultados: 32,0 dos participantes relataram não ter DCV e fragilidade, 3,3 apresentaram somente DCV, 52,1 foram avaliados como pré-frágeis/frágeis e 12,6 apresentaram as duas condições. No modelo de regressão de Poisson, ajustado pelas covariáveis sociodemográficas e de comportamentos de saúde, a limitação nas AIVDs apresentou maior razão de prevalência com o grupo com DCV e com fragilidade (RP=4,29; IC95 :3,54-5,20), seguido do grupo sem DCV e com fragilidade (RP=2,57; IC95 : 2,21-2,98) e com DCV e sem fragilidade (RP=1,87; IC95 : 1,33-2,61). Dentre as AIVDs, dificuldade em vestir-se foi a atividade que apresentou maior prevalência nos indivíduos de todos os grupos, exceto no sem DCV e sem fragilidade. Conclusão: Tanto a DCV quanto a fragilidade limitam a capacidade funcional, porém ambas associadas aumentam a prevalência para as limitações nas AIVDs.



Candidato(a): Cínthia Madeira de Souza Orientador(a): Lucia Figueiredo Mourao
Doutorado em Gerontologia
Apresentação de Qualificação Data: 25/04/2025, 09:00 hrs. Local: FCM - pós graduação - sala amarela
Banca(s) avaliadora(s)
Apresentação de Qualificação
Titulares
Lucia Figueiredo Mourao - Presidente
Priscila Maria Stolses Bergamo Francisco
Elma Heitmann Mares Azevedo- Universidade Federal do Espírito Santo
Suplentes
Cristina Barbosa Lemos Furia - Universidade de Brasilia
Maria José D'Elboux


COGNIÇÃO, SARCOPENIA E FRAGILIDADE EM PESSOAS IDOSAS: EVIDÊNCIAS DO ESTUDO FIBRA

Candidato(a): Gabriela Cabett Cipolli Orientador(a): Monica Sanches Yassuda
Doutorado em Gerontologia
Apresentação de Defesa Data: 20/05/2025, 09:00 hrs. Local: Anfiteatro da Pós-Graduação/FCM
Apresentação de Qualificação Data: 18/06/2021, 10:00 hrs. Local: Integralmente à distância - https://meet.google.com/thu-gvuz-foe
Banca(s) avaliadora(s)
Apresentação de Defesa
Titulares
Monica Sanches Yassuda - Presidente
FCM-UNICAMP- FCM-UNICAMP
Tiago da Silva Alexandre- Universidade Federal de São Carlos
Claudia Regina Cavaglieri
Renato Gorga Bandeira De Mello- Universidade Federal do Rio Grande do Sul,
Fabiana de Souza Orlandi- Universidade Federal de São Carlos
Suplentes
Mara Patrícia Traina Chacon-Mikahil
Paulo José Fortes Villas Bôas - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho
Patrick Alexander Wachholz - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Medicina de Botucatu
Apresentação de Qualificação
Titulares
Monica Sanches Yassuda - Presidente
Universidade de São Paulo- Universidade de São Paulo
Paula Teixeira Fernandes
Sandra Maria Lima Ribeiro- Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo
Suplentes
Meire Cachioni - Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo

Resumo


Introdução: A sarcopenia, a fragilidade e o comprometimento cognitivo são síndromes geriátricas inter-relacionadas que merecem atenção, pois impactam negativamente a saúde e a funcionalidade da população idosa. Tanto a sarcopenia quanto a fragilidade podem estar associadas ao declínio cognitivo, sugerindo uma relação bidirecional entre essas condições. No entanto, pouco se sabe sobre as alterações microestruturais cerebrais associadas à fragilidade em pessoas idosas cognitivamente preservadas. Objetivo: Esta tese investigou essas relações por meio de três estudos complementares, incluindo um estudo longitudinal, uma revisão de escopo e um estudo transversal. Métodos: No Estudo 1, um estudo longitudinal, analisamos a associação entre comprometimento cognitivo e sarcopenia em 521 pessoas idosas do estudo Fragilidade em Idosos Brasileiros (FIBRA) ao longo de nove anos. Foram avaliadas medidas de sarcopenia, cognição, estado nutricional, sintomas depressivos, comorbidades e nível de atividade física ao longo do tempo. No Estudo 2, realizamos uma revisão de escopo da literatura com 17 estudos incluídos para sintetizar as evidências sobre a fragilidade e alterações funcionais e/ou estruturais em pessoas idosas cognitivamente preservadas. A busca foi realizada em nove bases de dados — PubMed, PubMed PMC, BVS/BIREME, EBSCOHOST, Scopus, Web of Science, Embase e PROQUEST, seguindo a metodologia do Joanna Briggs Institute. Por fim, no Estudo 3, um estudo transversal, investigamos os efeitos da fragilidade, velocidade da marcha e força de preensão manual na microestrutura da substância branca por meio do Imagem de Tensor de Difusão em 51 pessoas idosas cognitivamente preservadas. A fragilidade foi avaliada pelo fenótipo da fragilidade, além da análise de dados sociodemográficos, incluindo sexo, idade, escolaridade, status nutricional e a presença de hipertensão e diabetes. Resultados: O Estudo 1 indicou que ter 80 anos ou mais, estar abaixo ou acima do peso e apresentar comprometimento cognitivo na linha de base foram preditores de sarcopenia após nove anos. A associação foi avaliada por regressão logística ajustada para variáveis sociodemográficas e clínicas, com aplicação da técnica de Inverse Probability Weighting para correção de perdas amostrais. O Estudo 2 concluiu que indivíduos idosos frágeis, mas cognitivamente preservados apresentam alterações cerebrais, incluindo redução do volume de estruturas corticais e subcorticais, hiperintensidades da substância branca e acúmulo de β-amiloide. Essas mudanças, mais frequentes em indivíduos frágeis, podem ter origem neurodegenerativa, inflamatória ou cerebrovascular. No Estudo 3, observamos que a anisotropia fracionada (AF), a difusividade axial (AD) e a difusividade radial (RD) estavam principalmente relacionadas à idade, enquanto a fragilidade foi associada à AF e à velocidade da marcha em AD. Além disso, tanto a fragilidade quanto a velocidade da marcha foram associadas a alterações na integridade microestrutural da substância branca, especialmente no corpo caloso, com idade impactando diversas regiões cerebrais. Conclusão: Os achados desta tese reforçam a interconexão entre fragilidade, sarcopenia e cognição, demonstrando que essas condições estão associadas tanto a desfechos clínicos adversos quanto a alterações estruturais cerebrais. O impacto da fragilidade na microestrutura da substância branca, a relação bidirecional entre sarcopenia e cognição e as evidências da revisão de escopo destacam a necessidade de abordagens integradas em políticas de saúde e estratégias preventivas.



Candidato(a): Natália Bortoletto D'Abreu Orientador(a): Joana Froes Braganca Bastos
Mestrado em Ensino e Saúde
Apresentação de Qualificação Data: 23/04/2025, 14:00 hrs. Local: Sala Verde - Pós Graduação
Banca avaliadora
Titulares
Cassio Cardoso Filho - Presidente
Rubens Bedrikow
Roberta Vacari De Alcantara
Suplentes
Edison Bueno

TRABALHO EM SAÚDE NA APS: GESTÃO, SOFRIMENTO E SENTIDO

Candidato(a): Gabriel Mendes Corrêa da Silva Orientador(a): Ricardo Sparapan Pena
Mestrado Profissional em Saúde Coletiva: Políticas e Gestão em Saúde
Apresentação de Defesa Data: 24/04/2025, 09:00 hrs. Local: FCM - UNICAMP
Banca avaliadora
Titulares
Ricardo Sparapan Pena - Presidente
Universidade Federal Fluminense- Universidade Federal Fluminense
Silvio Yasui- UNESP - Universidade Estadual Paulista - Campus de Assis
Henrique Sater De Andrade
Suplentes
Cathana Freitas de Oliveira - Faculdade de Ciências Médicas - Universidade Estadual de Campinas
Juliana Maria Padovan Aleixo - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP

Resumo


A presente dissertação investiga a relação entre a organização do trabalho em saúde na Atenção Básica (AB) e as experiências de sofrimento dos trabalhadores, com foco em um município do interior do Rio de Janeiro. Escolheu-se a pesquisa qualitativa através de narrativas baseadas em dois momentos de coleta de dados - entrevistas semiestruturadas e grupos focais - para explorar as dinâmicas entre trabalhadores e as formas de operação da gestão, destacando como a racionalidade gerencial hegemônica impacta a saúde mental e a satisfação no trabalho. Para referencial metodológico propõe-se o uso do Método Paideia como ferramenta para análise de espaços coletivos e gestão compartilhada. Os resultados apontam que o sofrimento, intimamente ligado à alienação dos trabalhadores, decorre de práticas de gestão que priorizam metas e procedimentos em detrimento do diálogo e da singularização do cuidado. Apesar disto, identifica-se resistências nas práticas cotidianas dos trabalhadores, como o desejo por espaços de escuta e a valorização de interações entre sujeitos da rede. Conclui-se que a relação sofrimento gestão perpassa os processos de alienação do trabalho, de não reconhecimento pela gestão central das demandas dos trabalhadores, da distância entre diferentes categorias de trabalhadores e da busca por atender usuários de forma procedimento-centrada, enquanto as resistências à gestão apontam de forma paralela à proposta do Método da Roda de cogestão como um caminho para a mitigação do sofrimento, resgate do sentido do trabalho e humanização da Atenção Básica no SUS.



Candidato(a): Ana Cláudia Cândido de Oliveira Orientador(a): Ana Carolina Coan
Mestrado em Ciências Médicas
Apresentação de Qualificação Data: 24/04/2025, 09:00 hrs. Local: Anfiteatro da Pós Graduação FCM
Banca avaliadora
Titulares
Claudia Vianna Maurer Morelli - Presidente
Laura Silveira Moriyama
Rebecca Christina Kathleen Maunsell
Suplentes
Marcio Luiz Figueredo Balthazar
Danilo Dos Santos Silva

Candidato(a): Júlia Moraes Queiroz Orientador(a): Maria Francisca Colella Dos Santos
Mestrado em Saúde da Criança e do Adolescente
Apresentação de Qualificação Data: 24/04/2025, 09:30 hrs. Local: Sala 05 CIPED
Banca avaliadora
Titulares
Maria Francisca Colella Dos Santos - Presidente
Maria Madalena Canina Pinheiro- Universidade Federal de Santa Catarina
Maria Isabel Ramos Do Amaral
Suplentes
Paula Maria Martins Duarte

Expressão gênica endometrial e sangramento vaginal em usuárias de implante contraceptivo liberador de etonogestrel e de dispositivo intrauterino com levonorgestrel

Candidato(a): Flávia Rocha Torelli Orientador(a): Cassia Raquel Teatin Juliato
Doutorado em Tocoginecologia
Apresentação de Defesa Data: 24/04/2025, 13:30 hrs. Local: Anfiteatro Kazue Panetta (CAISM)
Banca avaliadora
Titulares
Cassia Raquel Teatin Juliato - Presidente
Eduardo Leme Alves da Motta
Cristina Laguna Benetti Pinto
Edmund Chada Baracat
Luiz Francisco Cintra Baccaro
Suplentes
Jose Maria Soares Junior
Isabel Cristina Esposito Sorpreso
Luiz Gustavo Oliveira Brito
Daniela Angerame Yela Gomes

Resumo


Introdução: O sangramento vaginal desfavorável é a principal razão de descontinuação em mulheres usuárias de dispositivo intrauterino com levonorgestrel (DIU-LNG) e implantes contraceptivos liberador de etonogestrel (implante-ENG). Objetivo: Associar o perfil de expressão gênica endometrial de mulheres usuárias de DIU-LNG com a presença de sangramento vaginal e implante-ENG com a presença de sangramento vaginal desfavorável. Métodos: Foram incluídas 200 mulheres entre 18 e 45 anos que escolherem como método contraceptivo DIU- 52 mg de LNG (Mirena®) ou implante-ENG (Implanon®) no ambulatório de Planejamento Familiar do Departamento de Tocoginecologia da Unicamp e que estavam sem uso de método hormonal há 3 meses. Estas mulheres foram submetidas a biópsia de endométrio imediatamente antes da inserção dos métodos e foram acompanhadas por 1 ano, com padrão de sangramento. Foram avaliadas a expressão de genes relacionados à inflamação, resposta imune, angiogênese e metaloproteinases (BCL6, BMP6, C3, CCL2, CCL3, CCL4, CCR1, CD40, CXCL1, CXCL9, CXCL10, CXCL12, IL15, IL17A, MMP2, MMP19, SYK, TIMP1, TIMP2, TNFRSF1) e associadas ao padrão de sangramento reportado pelas mulheres. Para analisar a presença de sangramento em uso do DIU- 52 mg de LNG e sangramento desfavorável em uso do implante-ENG, foram realizadas análises de regressão logística simples e múltipla, incluindo os genes analisados. Resultados: Das 100 mulheres que optaram pelo uso do DIU-LNG, 96 completaram 12 meses de acompanhamento. Mulheres com expressão de CXCL9 ≥ 1,5 apresentaram um risco 8,15 vezes de apresentar sangramento vaginal aos 3 meses de uso do DIU-LNG (OR 8,15, IC 95 2,24–29,61, P = 0,001). Aos 12 meses, mulheres com expressão de TIMP1 ≥ 0,943 tiveram 2,74 vezes mais chances de apresentar sangramento (OR 2,74, IC 95 1,08–6,95, P = 0,033). Das 100 mulheres que optaram pelo uso de implantes contraceptivos ENG, 96 e 92 completaram 3 e 12 meses de seguimento respectivamente. Mulheres com menor expressão de CXCL1 < 0,0675 tiveram um risco aumentado em 6,8 vezes de sangramento vaginal desfavorável aos 3 meses (OR 6,8, IC 95 2,21-20,79, p < 0,001), enquanto aquelas com maior expressão de BCL6 > 0,65 (OR 6,0, IC 95 1,53-23,64, p = 0,01) e BMP6 > 3,4 (OR 5,1, IC 95 1,61-15,83, p = 0,006) tiveram riscos aumentados em 6,0 e 5,1 vezes, respectivamente. No acompanhamento de 12 meses, mulheres com expressão de CXCL1 < 0,158 tiveram um risco aumentado em 5,37 vezes de sangramento vaginal desfavorável (OR 5,37, IC 95 1,63 - 17,73, p=0,006). Conclusão: Usuárias do DIU-LNG 52 mg com expressão relativa elevada de CXCL9 tiveram risco aumentado de sangramento vaginal aos 3 meses e as com expressão elevada de TIMP1 tiveram maior probabilidade de sangramento vaginal aos 12 meses. Além disso, usuárias de implantes contraceptivos ENG com expressão elevada de BCL6 e BMP6 apresentaram um risco maior de sangramento vaginal aos 3 meses. A redução na expressão de CXCL1 foi associada a um risco elevado de sangramento nos acompanhamentos de 3 e 12 meses.

Palavras-chaves: dispositivos intrauterinos hormonais, implantes contraceptivos liberadores de etonogestrel, sangramento vaginal, expressão gênica, endométrio.