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Candidato(a): Joaquim de Paula Barreto Fonseca Antunes |
Orientador(a): Andrei Carvalho Sposito | Doutorado em Fisiopatologia Médica |
| Apresentação de Qualificação |
Data: 12/12/2024, 09:00 hrs. |
Local: Sala Laranja - Prédio da Pós-grad da FCM |
Banca avaliadora
| Titulares Mario Jose Abdalla Saad - Presidente Otavio Rizzi Coelho Filho Pedro Gabriel Melo de Barros e Silva- Instituto Brasileiro de Pesquisa Clínica
| Suplentes Fabiola Taufic Monica Iglesias
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AS PRISÕES DO FEMININO: ENTRE O GOVERNO DE SI E DOS OUTROS
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Candidato(a): Ariane Goim Rios |
Orientador(a): Silvia Maria Santiago | Doutorado em Saúde Coletiva |
| Apresentação de Defesa |
Data: 12/12/2024, 09:00 hrs. |
Local: Laboratório de informática do Departamento |
Banca avaliadora
| Titulares Silvia Maria Santiago - Presidente Flávia Helena Miranda de Araújo Freire Emerson Elias Merhy- Universidade Federal do Rio de Janeiro Anna Christina Bentes Da Silva Silvio Donizetti De Oliveira Gallo
| Suplentes Maria da Graça Garcia Andrade - Universidade Estadual de Campinas Paulo Eduardo Neves Ferreira Velho Kathleen Tereza da Cruz - Universidade Federal do Rio de Janeiro
| Resumo
Esta tese objetivou compreender processos de subjetivação (relação de sujeito e assujeitado) de mulheres em liderança intramuros (encarceradas) e extramuros (líderes de diferentes segmentos da sociedade) e a dimensão do governo de si mesmas. Além disso, buscamos identificar práticas de cuidado de si; promover reflexão e aprendizado sobre os conceitos filosóficos apresentados e estimular uma narrativa de si parresiástica. Trata-se de uma pesquisa intervenção, com forte referência teórica da filosofia de Michel Foucault.
A produção dos dados ocorreu por meio de entrevistas semiestruturadas de forma online e também presencial. Participaram do estudo 19 mulheres em liderança no total, sendo 10 mulheres da penitenciária feminina de uma unidade do interior do Estado de São Paulo e 9 mulheres em liderança de diferentes segmentos. Das 17 perguntas existentes no roteiro de entrevista que estava dividido em três eixos (cuidado de si; verdade e governo de si), selecionamos 7 questões para realizar a análise de dados, contemplando questões de todos os eixos.
Para tanto, foi utilizada a perspectiva da análise de conteúdo, todavia, combinada com uma implicação discursiva, ou seja, ainda que não tenhamos adotado a análise do discurso como método de análise de dados, tanto na seleção das participantes (selecionar participantes icônicas), quanto na apreciação dos dados, esse “cuidado” foi seguido. Os resultados apontam para a criação de 7 categorias de análise, a saber: “Cuidado como um processo: do outro ao si”; “Os dois cardápios: Jumbo e Michelin”; “Subjetividades e direitos desrespeitados”; “A verdade sobre si: dos limites do autoconhecimento ao diferencial de acesso à psicoterapia”; “A gestão do governo de si: limites e expressões simbólicas”; “Prisões internas e linhas de fuga da alma” e “As expressões do poder”;
Podemos concluir que ficou evidente os diferentes acessos a que esses dois grupos de mulheres possuem; que cuidar de si mesmas é sempre um processo, não é direito líquido e certo, além da clara observância de que todas, independente de privilégios ou não, somos atingidas em algum nível pelas pressões, opressões, padrões e tantos outras cobranças sobre a performance feminina. Estamos todas presas. Neste estudo foi possível encontrar os assujeitamentos mais expressivos em razão do gênero, as “grades”. Mas também evidenciou que as chamadas “lideranças intramuros” (mulheres encarceradas) não são “cidadãs de segunda categoria”. O contexto em que a pesquisa foi realizada rompe esse paradigma e demonstrou que o potencial, o interesse a disponibilidade para esse trabalho interno existe e resiste. Estão ávidas por essa “oportunidade”, e, nesse sentido, há uma intersecção entre os lados dos muros: desejam cuidar melhor de si mesmas. As prisões do feminino nos falam sobre isso, mas também sobre as possibilidades de solturas do si (governo de si), breves oportunidades de consciência sobre si mesmas, que configuraram certa libertação e escape do assujeitamento.
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Comparação entre teste respiratório com ureia marcada com carbono-13, teste de urease e histologia para o diagnóstico do Helicobacter pylori em candidatos à cirurgia bariátrica
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Candidato(a): Livia Miranda Fernandes de Lima |
Orientador(a): Cristiane Kibune Nagasako Vieira Da Cruz | Mestrado em Clínica Médica |
Coorientador(a): Ciro Garcia Montes | Apresentação de Defesa |
Data: 12/12/2024, 09:00 hrs. |
Local: Anfiteatro do Gastrocentro/UNICAMP |
Banca avaliadora
| Titulares Cristiane Kibune Nagasako Vieira Da Cruz - Presidente Luiz Roberto Lopes José Gonzaga Teixeira de Camargo- PUC - Pontifícia Universidade Católica de Campinas
| Suplentes Débora Raquel Benedita Terrabuio Tiago Seva Pereira
| Resumo
RESUMO
Introdução: Helicobacter pylori (Hp) é uma bactéria Gram-negativa que infecta a mucosa gástrica humana. Apresenta prevalência altamente variável na população com obesidade. Embora haja diversos métodos para diagnóstico da infecção por Hp, as alterações fisiometabólicas características da obesidade podem interferir nos resultados dos testes. Na literatura há escassez de estudos que comparam a eficácia dos métodos invasivos e não invasivos para detecção dessa bactéria nesses indivíduos, particularmente o teste respiratório com ureia marcada com carbono-13 (13C-UBT), o teste rápido de urease (RUT) e a histologia.
Objetivos: Comparar a acurácia do 13C-UBT e do RUT com a histologia na detecção do Hp em candidatos à cirurgia bariátrica. Os objetivos secundários são determinar a prevalência da infecção por Hp nestes indivíduos e avaliar a correlação com sintomas gastrintestinais e achados endoscópicos.
Materiais e métodos: Estudo observacional transversal prospectivo realizado a partir da seleção de indivíduos candidatos à cirurgia bariátrica no Ambulatório de Cirurgia Bariátrica e Metabólica do Hospital de Clínicas e no Gastrocentro/UNICAMP entre 2019 e 2022. Foram comparados os testes 13C-UBT e RUT com a histologia (considerada padrão-ouro) para cálculo das variáveis de acurácia diagnóstica. A infecção pelo Hp foi definida como histologia positiva. Dados demográficos e antropométricos, sintomas gastroesofágicos e achados endoscópicos foram analisados.
Resultados: 92 indivíduos elegíveis para cirurgia bariátrica foram incluídos no estudo, sendo submetidos ao 13C-UBT e à endoscopia digestiva alta (EDA) com coleta de fragmentos gástricos para RUT e histologia. Do total de participantes, 83,7 eram do sexo feminino, com média de idade de 41 ± 10,8 anos, índice de massa corporal (IMC) médio de 41,8 ± 5,2 kg/m2. 72,8 foram positivos para Hp através do método histológico. 71,7 apresentavam uma ou mais condições crônicas, sendo hipertensão arterial sistêmica (HAS), a mais frequente (42,4 ). O 13C-UBT e o RUT tiveram desempenho semelhante, com sensibilidade de 65,7 e especificidade de 100 , resultando em uma acurácia de 82,8 . A maioria dos participantes (67,3 ) se apresentou assintomática. Dentre os sintomáticos (32,7 ), os sintomas gástricos foram os mais frequentes, sem significância estatística entre os grupos Hp negativo e Hp positivo (28 vs. 32,8 , p= 0,65). Em relação aos achados na EDA, 56,5 dos participantes apresentaram alterações, sendo as mais frequentes a gastrite erosiva (45,6 ) seguida da esofagite erosiva (18,4 ), sem diferenças significativas entre os grupos Hp negativo e Hp positivo (56 vs. 56,7 , p=0,95).
Conclusão: O RUT e o 13C-UBT apresentaram desempenho semelhante quando comparados à histologia, com boa acurácia diagnóstica (82,8 ), na detecção do Hp nos pacientes candidatos à cirurgia bariátrica. Alta prevalência de infecção por Hp (72,8 ) nos indivíduos com obesidade foi observada, não sendo encontrada correlação significativa com os sintomas e achados endoscópicos.
Palavras-chaves: Helicobacter pylori, diagnóstico; obesidade; cirurgia bariátrica; teste respiratório; urease; histologia.
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Candidato(a): Amanda Santos Cavalcante |
Orientador(a): Silvana Auxiliadora Bordin da Silva | Doutorado em Farmacologia |
| Apresentação de Qualificação |
Data: 12/12/2024, 09:00 hrs. |
Local: Videoconferência |
Banca avaliadora
| Titulares Renato Simoes Gaspar - Presidente Ivani Aparecida de Souza- Faculdade de Medicina de Jundiaí Maria Aparecida de Oliveira- UNIVERSIDADE DE SAO PAULO
| Suplentes José Andrés Yunes - Centro Infantil Dr. Domingos A. Boldrini Matheus Leite de Medeiros - Departamento de Medicina Translacional - Faculdade de Ciências Médicas Stephen Hyslop
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RELAÇÃO ENTRE A GRAVIDADE DO AVC ISQUÊMICO, MICROBIOTA INTESTINAL E MARCADORES INFLAMATÓRIOS
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Candidato(a): Claudio Roberto Scolari Pilon Filho |
Orientador(a): Mario Jose Abdalla Saad | Doutorado em Fisiopatologia Médica |
| Apresentação de Defesa |
Data: 12/12/2024, 13:30 hrs. |
Local: Sala verde do prédio da pós-graduação. |
Banca avaliadora
| Titulares Mario Jose Abdalla Saad - Presidente Luis Marcelo Aranha Camargo Li Li Min Hélio Penna Guimarães Sarah Monte Alegre
| Suplentes Bruno de Melo Carvalho - Universidade de Pernambuco Andrei Carvalho Sposito Alexandre Gabarra de Oliveira - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho
| Resumo
O acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico é uma das principais causas de morte e incapacidade no mundo, e suas complicações podem ser influenciadas por fatores sistêmicos, como inflamação e metabolismo. Estudos recentes têm sugerido que a microbiota intestinal pode desempenhar um papel relevante na modulação da resposta inflamatória e no prognóstico de pacientes com AVC. Este trabalho investigou a relação entre a composição da microbiota intestinal, perfis inflamatórios e metabólicos em 75 pacientes com AVC isquêmico, estudados entre fevereiro de 2018 e dezembro de 2022. Ao comparar indivíduos com AVC leve/moderado e grave, observou-se que os pacientes com AVC grave apresentaram maior resistência à insulina, alterações no perfil de interleucinas, e mudanças significativas na composição da microbiota, com destaque para o aumento de Proteobacteria e Porphyromonas. Esses achados sugerem que a microbiota intestinal e seus metabólitos influenciam diretamente a resposta inflamatória, potencialmente exacerbando a gravidade do AVC. Os resultados deste estudo abrem novas perspectivas terapêuticas, apontando para a possibilidade de intervenções que visem a modulação da microbiota como uma estratégia para melhorar o prognóstico do AVC isquêmico.
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