Qualificações e Defesas

Resultados obtidos

Candidato(a): Jéssica Dellalibera dos Santos Orientador(a): Meire Cachioni
Doutorado em Gerontologia
Apresentação de Qualificação Data: 28/11/2024, 09:00 hrs. Local: À distância. Link: https://meet.google.com/cve-pprf-mjd
Banca(s) avaliadora(s)
Apresentação de Qualificação
Titulares
Meire Cachioni - Presidente
Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo- Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo
Samila Sathler Tavares Batistoni- Lifelong Psicologia e Educacao para a Longevidade
Johannes Doll- Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Suplentes
Ruth Caldeira de Melo - Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo


Candidato(a): Vanessa Alonso Orientador(a): Meire Cachioni
Doutorado em Gerontologia
Apresentação de Qualificação Data: 28/11/2024, 14:00 hrs. Local: Integralmente a distância
Banca(s) avaliadora(s)
Apresentação de Qualificação
Titulares
Meire Cachioni - Presidente
Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo- Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo
Flávia Silva Arbex Borim- Faculdade de Ciências Médicas UNICAMP
Anita Liberalesso Neri
Suplentes
Lucia Figueiredo Mourao


Candidato(a): Giselle Layse Andrade Buarque Santos Orientador(a): Ruth Caldeira de Melo
Doutorado em Gerontologia
Apresentação de Qualificação Data: 03/12/2024, 09:00 hrs. Local: Integralmente à distância
Banca(s) avaliadora(s)
Apresentação de Qualificação
Titulares
Ruth Caldeira de Melo - Presidente
Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo- Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo
Francisco Luciano Pontes Junior- Universidade de São Paulo
Flávia Silva Arbex Borim- Faculdade de Ciências Médicas UNICAMP
Suplentes
Samila Sathler Tavares Batistoni - Lifelong Psicologia e Educacao para a Longevidade


A RELAÇÃO DOS FATORES SOCIODEMOGRÁFICOS, CLÍNICOS E DESFECHOS EM SAÚDE COM SARCOPENIA, OBESIDADE SARCOPÊNICA E OSTEOSSARCOPENIA EM PESSOAS IDOSAS: ABORDAGEM EM ANÁLISE DE REDES

Candidato(a): Maura Fernandes Franco Orientador(a): Arlete Maria Valente Coimbra
Doutorado em Gerontologia Coorientador(a): Ibsen Bellini Coimbra
Apresentação de Defesa Data: 11/12/2024, 13:30 hrs. Local: Anfiteatro
Apresentação de Qualificação Data: 28/05/2024, 13:30 hrs. Local: Sala Azul da Pós-graduação/FCM
Banca(s) avaliadora(s)
Apresentação de Defesa
Titulares
Arlete Maria Valente Coimbra - Presidente
Faculdade de Ciências Médicas - Universidade Estadual de Campinas- Faculdade de Ciências Médicas - Universidade Estadual de Campinas
Flávia Silva Arbex Borim- Faculdade de Ciências Médicas UNICAMP
Vera Lucia Szejnfeld- Universidade Federal de São Paulo
Zoraida Sachetto
Karla Helena Coelho Vilaça e Silva- Universidade Católica de Brasília
Suplentes
Alisson Aliel Vigano Pugliesi - FCM/Depto Clínica Médica
José Roberto Provenza
Juliana Martins Pinto - Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Apresentação de Qualificação
Titulares
Arlete Maria Valente Coimbra - Presidente
Faculdade de Ciências Médicas - Universidade Estadual de Campinas- Faculdade de Ciências Médicas - Universidade Estadual de Campinas
Zoraida Sachetto
Flávia Silva Arbex Borim- Faculdade de Ciências Médicas UNICAMP
Suplentes
Claudia Regina Cavaglieri

Resumo


Introdução: O envelhecimento populacional, especialmente nas regiões em desenvolvimento, é um fenômeno complexo que traz desafios sociais e de saúde, refletindo a coexistência de condições como sarcopenia, obesidade e osteoporose. Essas condições são multifatoriais e estão interligadas por mecanismos fisiopatológicos comuns, como a redistribuição da gordura corporal e a inflamação crônica. A análise de redes é uma técnica estatística gráfica que permite observar as relações entre essas variáveis, ajudando a entender como elas impactam a qualidade de vida dos idosos e a sobrecarga dos sistemas de saúde. Objetivos: 1) Comparar visualmente os modelos de redes de sarcopenia, obesidade sarcopênica e osteossarcopenia. 2) Estimar as razões de chances para os desfechos quedas, fraturas e incapacidade funcional nos modelos de redes. 3) Verificar a estabilidade dos modelos de redes de sarcopenia, obesidade sarcopênica e osteossarcopenia. 4) Verificar e comparar os valores de predição de todas as variáveis inseridas nos modelos de sarcopenia, obesidade sarcopênica e osteossarcopenia. Métodos: Esta tese compreendeu um estudo sobre prevalência e fatores associados a sarcopenia e outro sobre as relações de sarcopenia, obesidade sarcopênica e osteossarcopenia com fatores sociofemográficos, clínicos e desfechos em saúde, como quedas, fraturas e capacidade funcional. Os dois estudos transversais foram realizados com dados secundários de um estudo piloto (2013-2014), com uma população idosa brasileira residente na comunidade. A sarcopenia foi definida segundo o European Working Group on Sarcopenia in Older People (EWGSOP2). A composição corporal foi avaliada por meio da absorciometria de raios-X de dupla energia (DXA). A obesidade e a osteopenia/osteoporose foram classificadas de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Foram utilizados modelos de redes para verificar a correlação entre os múltiplos fatores simultaneamente e comparar visualmente as associações em cada modelo. Resultados: Os resultados foram apresentados em dois artigos científicos. O primeiro artigo demonstrou associações da sarcopenia com idade, raça, nível de escolaridade, renda familiar, massa óssea, sintomas depressivos, doenças cardiovasculares, diabetes, colesterol total e reumatismo. O segundo artigo demonstrou que as variáveis sexo, raça, incontinência urinária, sintomas depressivos e níveis de hemoglobina estiveram relacionados com sarcopenia, obesidade sarcopênica e osteossarcopenia. A sarcopenia foi prevista em mais de 60 no primeiro estudo e mais de 70 no segundo; a obesidade sarcopênica e a osteossarcopenia foram previstas em mais de 50 e 60 , respectivamente, e todos os desfechos de saúde foram previstos em mais de 70 . Conclusão: Há uma forte associação entre sarcopenia, obesidade sarcopênica e osteossarcopenia com fatores sociodemográficos e clínicos em pessoas idosas brasileiras. A análise de redes revelou as complexas inter-relações entre essas condições, destacando a necessidade de rastreamento precoce e intervenções direcionadas, especialmente para subgrupos vulneráveis e a importância de futuros estudos longitudinais para aprofundar a compreensão das interações e seus impactos na saúde da população idosa.



Correlação de índices preditivos de mortalidade hospitalar em pacientes críticos crônicos de um Hospital Universitário de Campinas.

Candidato(a): Paula Braga Orientador(a): Luciana Castilho de Figueiredo
Mestrado em Gerontologia
Apresentação de Defesa Data: 12/12/2024, 08:30 hrs. Local: Sala Verde da Pós-graduação/FCM
Apresentação de Qualificação Data: 27/04/2023, 08:30 hrs. Local: Anfiteatro da Pós-Graduação/FCM
Banca(s) avaliadora(s)
Apresentação de Defesa
Titulares
Luciana Castilho de Figueiredo - Presidente
Universidade Estadual de Campinas- Universidade Estadual de Campinas
Lígia dos Santos Roceto Ratti- Hospital das Clínicas da UNICAMP
Rodrigo Marques Tonella- Universidade Federal de Minas Geraiss
Suplentes
Ana Paula Devite Cardoso Gasparotto - Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas
Cristina Aparecida Veloso Guedes - Centro Universitário Hermínio Ometto - UNIARARAS
Apresentação de Qualificação
Titulares
Luciana Castilho de Figueiredo - Presidente
Universidade Estadual de Campinas- Universidade Estadual de Campinas
Lígia dos Santos Roceto Ratti- Hospital das Clínicas da UNICAMP
Ana Paula Devite Cardoso Gasparotto- Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas
Suplentes
Marileise Roberta Antoneli Fonseca - Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas

Resumo


Introdução: A ventilação mecânica (VM) prolongada é frequentemente associada a desfechos negativos, como aumento da mortalidade, complicações e falência orgânica. Escores prognósticos, como o APACHE II, SOFA e SAPS 3, são usados para predizer mortalidade em pacientes críticos, porém sua acurácia pode variar dependendo da faixa etária e da duração da ventilação mecânica. Objetivo: Este estudo teve como objetivo avaliar e comparar o poder preditivo dos escores APACHE II, SOFA e SAPS 3 para predizer a mortalidade intra-hospitalar em pacientes críticos crônicos internados em terapia intensiva com ventilação mecânica prolongada. Método: Trata-se de um estudo retrospectivo, aprovado pelo comitê de ética da Faculdade de Ciências Médicas (FCM), CAAE: 00778818.4.0000.5404, com análise de 166 pacientes admitidos em unidades de terapia intensiva (UTI) em 2017. Os pacientes foram divididos em grupos por idade (< 59 anos e ≥ 60 anos) e por tempo de ventilação mecânica (< 14 dias, ≥ 14 dias, e ≥ 21 dias). As curvas ROC (Receiver Operating Characteristic) foram utilizadas para avaliar a acurácia dos escores na predição de mortalidade. Resultados: Nos pacientes com idade inferior a 60 anos, os escores APACHE II e SAPS 3 apresentaram áreas sob a curva (AUC) de 0,692 e 0,773, respectivamente. Já nos pacientes com idade igual ou superior a 60 anos, houve redução da acurácia dos escores, com AUC de 0,605 para APACHE II e 0,549 para SAPS 3. Nos pacientes com VM superior a 21 dias, a acurácia dos escores foi ainda menor, com AUC inferior a 0,6 para ambos os escores. Discussão: Os resultados sugerem que a acurácia dos escores prognósticos diminui com o aumento da idade e com a duração da ventilação mecânica, particularmente em pacientes com VM prolongada (> 21 dias). A análise confirma que os escores APACHE II e SAPS 3 são mais precisos para pacientes mais jovens e com menor tempo de VM. Por outro lado, pacientes mais idosos ou com ventilação prolongada podem exigir ferramentas prognósticas mais específicas. Conclusão: Os escores APACHE II e SAPS 3 apresentaram boa acurácia preditiva em pacientes jovens e com menor tempo de ventilação mecânica, enquanto a acurácia foi reduzida em pacientes mais velhos e com ventilação prolongada. Esses achados reforçam a importância de adaptar estratégias prognósticas para grupos específicos de pacientes críticos crônicos.



Avaliação da Qualidade de Vida em Mulheres na Menopausa com Dispareunia

Candidato(a): Vitoria Rosa dos Santos Orientador(a): Luiz Claudio Martins
Mestrado em Gerontologia
Apresentação de Defesa Data: 17/12/2024, 14:00 hrs. Local: Anfiteatro do Departamento de Clínica Médica
Apresentação de Qualificação Data: 06/09/2023, 14:00 hrs. Local: Sala Azul da Pós-graduação/FCM
Banca(s) avaliadora(s)
Apresentação de Defesa
Titulares
Luiz Claudio Martins - Presidente
Ana Maria Moser- Pontifícia Universidade Católica do Paraná
Maria José D'Elboux
Suplentes
Maria Aparecida Barone Teixeira - São Leopoldo Mandic - SLMandic
Andre Fattori
Apresentação de Qualificação
Titulares
Luiz Claudio Martins - Presidente
Maria Jose D Elboux
Ana Maria Moser- Pontifícia Universidade Católica do Paraná
Suplentes
Cloves Antonio de Amissis Amorim - Pontifícia Universidade Católica do Paraná

Resumo


A sexualidade passa por uma transformação influenciada por fatores históricos, culturais, religiosos e éticos, sendo uma expressão afetiva do indivíduo. Com a chegada do climatério, a redução dos níveis de estrogênio e progesterona causa mudanças que impactam a vivência plena da sexualidade nas mulheres, incluindo a dispareunia. A dispareunia, que é a dor durante a relação sexual, é um sintoma comum na menopausa e pode comprometer significativamente a qualidade de vida das mulheres. A saúde sexual é essencial para a qualidade de vida, refletindo-se na satisfação nos relacionamentos íntimos. A qualidade de vida é um conceito multidimensional que abrange bem-estar físico, social, psicológico e espiritual. Com o envelhecimento da população e o aumento da expectativa de vida, é crucial realizar estudos focados em melhorar o bem-estar dos idosos. O climáterio, que em média começa aos 48 anos, significa que muitas mulheres viverão quase metade de suas vidas com sintomas persistentes, como a dispareunia, afetando sua saúde sexual. Portanto, estudos são necessários para identificar variáveis que promovam um envelhecimento satisfatório e feliz. Esta dissertação teve como objetivo avaliar a qualidade de vida e a função sexual de mulheres menopausadas com dispareunia. Para isso, foi realizado um estudo quantitativo, descritivo e transversal, utilizando um questionário online divulgado nas redes sociais dos pesquisadores (Facebook, Instagram, Google e LinkedIn). O questionário incluía um perfil sociodemográfico, a Escala de Dor (EVA), o World Health Organization Quality of Life-Bref (WHOQOL-BREF), o World Health Organization Quality of Life-Old (WHOQOL-OLD) e o Female Sexual Function Index (FSFI). Participaram da pesquisa 21 mulheres, na faixa etária entre 56 e e 72 anos de idade, que haviam tido a última menstruação há pelo menos 12 meses e mantido relações sexuais no último mês (30 dias). A maioria das participantes era casada, tinha ensino superior e era branca. Os resultados indicaram que a maioria (76,2 ) das participantes não tinham dispareunia, enquanto a minoria (23,8 ) relataram dor variando de moderada a muito intensa. Os resultados do FSFI variaram entre 16,3 e 32, significando que a resposta sexual desta amostra se encontra dentro da média, no que tange a lubrificação, desejo, excitação, orgasmo, satisfação e dor. No geral, as participantes demonstraram uma boa qualidade de vida, com altos escores (75 pontos ou mais) em autonomia, participação social e habilidades sensoriais. Os resultados confirmam pressupostos do envelhecimento ao longo do ciclo vital, destacando que fatores socioeconômicos influenciam a percepção e vivência do climatério. Salienta-se que essa amostra provavelmente, constitui-se de mulheres que conseguiram transpassar os estereótipos atrelados ao envelhecimento e ao climatério. Recomenda-se o uso de questionários mais curtos em futuras pesquisas para aumentar a participação e a coleta de dados presenciais para incluir mulheres com dificuldades tecnológicas, além de um estudo qualitativo para coletar as variáveis não normativas dessa população.



Candidato(a): Joaquim de Paula Barreto Fonseca Antunes Orientador(a): Andrei Carvalho Sposito
Doutorado em Fisiopatologia Médica
Apresentação de Qualificação Data: 12/12/2024, 09:00 hrs. Local: Sala Laranja - Prédio da Pós-grad da FCM
Banca avaliadora
Titulares
Mario Jose Abdalla Saad - Presidente
Otavio Rizzi Coelho Filho
Pedro Gabriel Melo de Barros e Silva- Instituto Brasileiro de Pesquisa Clínica
Suplentes
Fabiola Taufic Monica Iglesias

AS PRISÕES DO FEMININO: ENTRE O GOVERNO DE SI E DOS OUTROS

Candidato(a): Ariane Goim Rios Orientador(a): Silvia Maria Santiago
Doutorado em Saúde Coletiva
Apresentação de Defesa Data: 12/12/2024, 09:00 hrs. Local: Laboratório de informática do Departamento
Banca avaliadora
Titulares
Silvia Maria Santiago - Presidente
Flávia Helena Miranda de Araújo Freire
Emerson Elias Merhy- Universidade Federal do Rio de Janeiro
Anna Christina Bentes Da Silva
Silvio Donizetti De Oliveira Gallo
Suplentes
Maria da Graça Garcia Andrade - Universidade Estadual de Campinas
Paulo Eduardo Neves Ferreira Velho
Kathleen Tereza da Cruz - Universidade Federal do Rio de Janeiro

Resumo


Esta tese objetivou compreender processos de subjetivação (relação de sujeito e assujeitado) de mulheres em liderança intramuros (encarceradas) e extramuros (líderes de diferentes segmentos da sociedade) e a dimensão do governo de si mesmas. Além disso, buscamos identificar práticas de cuidado de si; promover reflexão e aprendizado sobre os conceitos filosóficos apresentados e estimular uma narrativa de si parresiástica. Trata-se de uma pesquisa intervenção, com forte referência teórica da filosofia de Michel Foucault.

A produção dos dados ocorreu por meio de entrevistas semiestruturadas de forma online e também presencial. Participaram do estudo 19 mulheres em liderança no total, sendo 10 mulheres da penitenciária feminina de uma unidade do interior do Estado de São Paulo e 9 mulheres em liderança de diferentes segmentos. Das 17 perguntas existentes no roteiro de entrevista que estava dividido em três eixos (cuidado de si; verdade e governo de si), selecionamos 7 questões para realizar a análise de dados, contemplando questões de todos os eixos.

Para tanto, foi utilizada a perspectiva da análise de conteúdo, todavia, combinada com uma implicação discursiva, ou seja, ainda que não tenhamos adotado a análise do discurso como método de análise de dados, tanto na seleção das participantes (selecionar participantes icônicas), quanto na apreciação dos dados, esse “cuidado” foi seguido. Os resultados apontam para a criação de 7 categorias de análise, a saber: “Cuidado como um processo: do outro ao si”; “Os dois cardápios: Jumbo e Michelin”; “Subjetividades e direitos desrespeitados”; “A verdade sobre si: dos limites do autoconhecimento ao diferencial de acesso à psicoterapia”; “A gestão do governo de si: limites e expressões simbólicas”; “Prisões internas e linhas de fuga da alma” e “As expressões do poder”;

Podemos concluir que ficou evidente os diferentes acessos a que esses dois grupos de mulheres possuem; que cuidar de si mesmas é sempre um processo, não é direito líquido e certo, além da clara observância de que todas, independente de privilégios ou não, somos atingidas em algum nível pelas pressões, opressões, padrões e tantos outras cobranças sobre a performance feminina. Estamos todas presas. Neste estudo foi possível encontrar os assujeitamentos mais expressivos em razão do gênero, as “grades”. Mas também evidenciou que as chamadas “lideranças intramuros” (mulheres encarceradas) não são “cidadãs de segunda categoria”. O contexto em que a pesquisa foi realizada rompe esse paradigma e demonstrou que o potencial, o interesse a disponibilidade para esse trabalho interno existe e resiste. Estão ávidas por essa “oportunidade”, e, nesse sentido, há uma intersecção entre os lados dos muros: desejam cuidar melhor de si mesmas. As prisões do feminino nos falam sobre isso, mas também sobre as possibilidades de solturas do si (governo de si), breves oportunidades de consciência sobre si mesmas, que configuraram certa libertação e escape do assujeitamento.



Comparação entre teste respiratório com ureia marcada com carbono-13, teste de urease e histologia para o diagnóstico do Helicobacter pylori em candidatos à cirurgia bariátrica

Candidato(a): Livia Miranda Fernandes de Lima Orientador(a): Cristiane Kibune Nagasako Vieira Da Cruz
Mestrado em Clínica Médica Coorientador(a): Ciro Garcia Montes
Apresentação de Defesa Data: 12/12/2024, 09:00 hrs. Local: Anfiteatro do Gastrocentro/UNICAMP
Banca avaliadora
Titulares
Cristiane Kibune Nagasako Vieira Da Cruz - Presidente
Luiz Roberto Lopes
José Gonzaga Teixeira de Camargo- PUC - Pontifícia Universidade Católica de Campinas
Suplentes
Débora Raquel Benedita Terrabuio
Tiago Seva Pereira

Resumo


RESUMO

Introdução: Helicobacter pylori (Hp) é uma bactéria Gram-negativa que infecta a mucosa gástrica humana. Apresenta prevalência altamente variável na população com obesidade. Embora haja diversos métodos para diagnóstico da infecção por Hp, as alterações fisiometabólicas características da obesidade podem interferir nos resultados dos testes. Na literatura há escassez de estudos que comparam a eficácia dos métodos invasivos e não invasivos para detecção dessa bactéria nesses indivíduos, particularmente o teste respiratório com ureia marcada com carbono-13 (13C-UBT), o teste rápido de urease (RUT) e a histologia.

Objetivos: Comparar a acurácia do 13C-UBT e do RUT com a histologia na detecção do Hp em candidatos à cirurgia bariátrica. Os objetivos secundários são determinar a prevalência da infecção por Hp nestes indivíduos e avaliar a correlação com sintomas gastrintestinais e achados endoscópicos.

Materiais e métodos: Estudo observacional transversal prospectivo realizado a partir da seleção de indivíduos candidatos à cirurgia bariátrica no Ambulatório de Cirurgia Bariátrica e Metabólica do Hospital de Clínicas e no Gastrocentro/UNICAMP entre 2019 e 2022. Foram comparados os testes 13C-UBT e RUT com a histologia (considerada padrão-ouro) para cálculo das variáveis de acurácia diagnóstica. A infecção pelo Hp foi definida como histologia positiva. Dados demográficos e antropométricos, sintomas gastroesofágicos e achados endoscópicos foram analisados.

Resultados: 92 indivíduos elegíveis para cirurgia bariátrica foram incluídos no estudo, sendo submetidos ao 13C-UBT e à endoscopia digestiva alta (EDA) com coleta de fragmentos gástricos para RUT e histologia. Do total de participantes, 83,7 eram do sexo feminino, com média de idade de 41 ± 10,8 anos, índice de massa corporal (IMC) médio de 41,8 ± 5,2 kg/m2. 72,8 foram positivos para Hp através do método histológico. 71,7 apresentavam uma ou mais condições crônicas, sendo hipertensão arterial sistêmica (HAS), a mais frequente (42,4 ). O 13C-UBT e o RUT tiveram desempenho semelhante, com sensibilidade de 65,7 e especificidade de 100 , resultando em uma acurácia de 82,8 . A maioria dos participantes (67,3 ) se apresentou assintomática. Dentre os sintomáticos (32,7 ), os sintomas gástricos foram os mais frequentes, sem significância estatística entre os grupos Hp negativo e Hp positivo (28 vs. 32,8 , p= 0,65). Em relação aos achados na EDA, 56,5 dos participantes apresentaram alterações, sendo as mais frequentes a gastrite erosiva (45,6 ) seguida da esofagite erosiva (18,4 ), sem diferenças significativas entre os grupos Hp negativo e Hp positivo (56 vs. 56,7 , p=0,95).

Conclusão: O RUT e o 13C-UBT apresentaram desempenho semelhante quando comparados à histologia, com boa acurácia diagnóstica (82,8 ), na detecção do Hp nos pacientes candidatos à cirurgia bariátrica. Alta prevalência de infecção por Hp (72,8 ) nos indivíduos com obesidade foi observada, não sendo encontrada correlação significativa com os sintomas e achados endoscópicos.

Palavras-chaves: Helicobacter pylori, diagnóstico; obesidade; cirurgia bariátrica; teste respiratório; urease; histologia.



Candidato(a): Amanda Santos Cavalcante Orientador(a): Silvana Auxiliadora Bordin da Silva
Doutorado em Farmacologia
Apresentação de Qualificação Data: 12/12/2024, 09:00 hrs. Local: Videoconferência
Banca avaliadora
Titulares
Renato Simoes Gaspar - Presidente
Ivani Aparecida de Souza- Faculdade de Medicina de Jundiaí
Maria Aparecida de Oliveira- UNIVERSIDADE DE SAO PAULO
Suplentes
José Andrés Yunes - Centro Infantil Dr. Domingos A. Boldrini
Matheus Leite de Medeiros - Departamento de Medicina Translacional - Faculdade de Ciências Médicas
Stephen Hyslop

RELAÇÃO ENTRE A GRAVIDADE DO AVC ISQUÊMICO, MICROBIOTA INTESTINAL E MARCADORES INFLAMATÓRIOS

Candidato(a): Claudio Roberto Scolari Pilon Filho Orientador(a): Mario Jose Abdalla Saad
Doutorado em Fisiopatologia Médica
Apresentação de Defesa Data: 12/12/2024, 13:30 hrs. Local: Sala verde do prédio da pós-graduação.
Banca avaliadora
Titulares
Mario Jose Abdalla Saad - Presidente
Luis Marcelo Aranha Camargo
Li Li Min
Hélio Penna Guimarães
Sarah Monte Alegre
Suplentes
Bruno de Melo Carvalho - Universidade de Pernambuco
Andrei Carvalho Sposito
Alexandre Gabarra de Oliveira - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho

Resumo


O acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico é uma das principais causas de morte e incapacidade no mundo, e suas complicações podem ser influenciadas por fatores sistêmicos, como inflamação e metabolismo. Estudos recentes têm sugerido que a microbiota intestinal pode desempenhar um papel relevante na modulação da resposta inflamatória e no prognóstico de pacientes com AVC. Este trabalho investigou a relação entre a composição da microbiota intestinal, perfis inflamatórios e metabólicos em 75 pacientes com AVC isquêmico, estudados entre fevereiro de 2018 e dezembro de 2022. Ao comparar indivíduos com AVC leve/moderado e grave, observou-se que os pacientes com AVC grave apresentaram maior resistência à insulina, alterações no perfil de interleucinas, e mudanças significativas na composição da microbiota, com destaque para o aumento de Proteobacteria e Porphyromonas. Esses achados sugerem que a microbiota intestinal e seus metabólitos influenciam diretamente a resposta inflamatória, potencialmente exacerbando a gravidade do AVC. Os resultados deste estudo abrem novas perspectivas terapêuticas, apontando para a possibilidade de intervenções que visem a modulação da microbiota como uma estratégia para melhorar o prognóstico do AVC isquêmico.