Qualificações e Defesas

Resultados obtidos

DIAGNÓSTICO TARDIO DE AUTISMO EM MULHERES: VIVÊNCIAS E REPERCUSSÕES EM SUAS VIDAS

Candidato(a): Marina Baruchi Mergl Orientador(a): Regina Yu Shon Chun
Mestrado em Saúde, Interdisciplinaridade e Reabilitação
Apresentação de Defesa Data: 31/03/2025, 09:00 hrs. Local: Anfiteatro da Pós-Graduação/FCM
Apresentação de Qualificação Data: 23/09/2024, 09:00 hrs. Local: Sala Azul da FCM
Banca(s) avaliadora(s)
Apresentação de Defesa
Titulares
Regina Yu Shon Chun - Presidente
Regina Zanella Penteado- Universidade Estadual Paulista - Campus de Rio Claro
Kelly Cristina Brandao Da Silva
Suplentes
Nadia Pereira da Silva Gonçalves de Azevedo - Universidade Católica de Pernambuco
Maria Fernanda Bagarollo
Apresentação de Qualificação
Titulares
Regina Yu Shon Chun - Presidente
Regina Zanella Penteado- Universidade Estadual Paulista - Campus de Rio Claro
Kelly Cristina Brandao Da Silva
Suplentes
Nadia Pereira da Silva Gonçalves de Azevedo - Universidade Católica de Pernambuco

Resumo


Introdução: O diagnóstico de autismo em mulheres ocorre mais tardiamente que em homens, geralmente na adolescência ou vida adulta. Este atraso deve-se à subdetecção do transtorno, pois as práticas avaliativas nem sempre identificam manifestações femininas. A falha no reconhecimento dos sintomas impacta negativamente a qualidade de vida, tornando essencial um diagnóstico oportuno e suporte adequado. Além dos desafios clínicos, o diagnóstico tardio evidencia dificuldades no suporte pós-diagnóstico. Embora traga benefícios como alívio emocional e autocompreensão, persistem barreiras como acesso limitado a serviços especializados e dificuldades em contextos sociais e profissionais. Objetivo: Analisar o processo diagnóstico tardio do autismo em mulheres e as repercussões em suas vidas. Método: Trata-se de um estudo clínico-qualitativo, aprovado pelo CEP (Comitê de Ética em Pesquisa) sob o parecer nº 5.258.410, com amostra constituída por dezessete mulheres autistas diagnosticadas ao final da adolescência ou vida adulta. Foram realizados três procedimentos: questionário contendo dados clínicos e sociodemográficos; questionário “Escala de Quociente do Espectro Autista (AQ-10)” e entrevista com perguntas norteadoras acerca do diagnóstico e sua repercussão na vida das participantes. Respeitando as variações sensoriais particulares de cada uma, foram oferecidas alternativas de coleta de dados para realização da entrevista (vídeo, áudio ou escrita). Os dados foram analisados por meio da análise de conteúdo, utilizando critérios de relevância e repetição, a partir de leituras flutuantes. Com base nas releituras, emergiram categorias temáticas que se destacaram nos relatos, refletindo aspectos centrais para o objetivo da pesquisa. Resultados: O questionário AQ-10 confirmou a concordância das participantes com o diagnóstico de autismo. A busca por avaliação formal ocorreu devido a casos na família, identificação com relatos de autistas adultos ou suspeitas de conhecidos. As principais barreiras diagnósticas incluíram comorbidades, escassez de especialistas para mulheres, estereótipos, falta de informação no século XX, influência do sexo feminino e mascaramento de comportamentos. Antes, sentiam-se diferentes, enfrentavam sobrecarga sensorial, vulnerabilidade social e dificuldades nas interações sem suporte adequado. Ao recebê-lo, relataram alívio e, em alguns casos, luto. O diagnóstico favoreceu o autoconhecimento, a autoestima e ajustes sensoriais e ambientais. Socialmente, impactou a comunicação, os relacionamentos e incentivou o ativismo sobre o autismo. No entanto, a falta de suporte no trabalho e na educação, além da invalidação, continuaram sendo barreiras. Conclusão: Este estudo destaca a importância de compreender as motivações e os desafios enfrentados no diagnóstico tardio do autismo em mulheres, um processo complexo marcado pela busca por respostas e pela dificuldade de reconhecimento de suas vivências dentro dos critérios convencionais. A falta de informação e a predominância de modelos diagnósticos baseados em perfis masculinos dificultam a identificação precoce, tornando essencial uma abordagem mais sensível às particularidades femininas. Apesar destes obstáculos, a confirmação diagnóstica possibilita autoconhecimento e reestruturação de estratégias para lidar com as demandas cotidianas, mas a ausência de adaptações nos contextos sociais, educacionais e profissionais ainda limita a plena inclusão dessas mulheres. Diante deste cenário, torna-se fundamental o fortalecimento de políticas públicas que reconheçam as especificidades do autismo feminino.



Candidato(a): Elisa Maschio Orientador(a): Irani Rodrigues Maldonade
Mestrado em Saúde, Interdisciplinaridade e Reabilitação
Apresentação de Qualificação Data: 16/04/2025, 14:00 hrs. Local: Sala Azul da Pós-graduação/FCM
Banca(s) avaliadora(s)
Apresentação de Qualificação
Titulares
Irani Rodrigues Maldonade - Presidente
Paulo Vinicius Ávila Nobrega- Universidade Estadual da Paraíba
Kelly Cristina Brandao Da Silva
Suplentes
Ivani Rodrigues Silva


ELABORAÇÃO E CONTRIBUIÇÕES DA ESCALA BIOPSICOSSOCIAL DE AVALIAÇÃO DA FUNCIONALIDADE INFANTIL.

Candidato(a): Josiane Batista Ferreira Orientador(a): Maria Cecilia Marconi Pinheiro Lima
Doutorado em Saúde, Interdisciplinaridade e Reabilitação
Apresentação de Defesa Data: 27/05/2025, 09:30 hrs. Local: Sala Amarela
Apresentação de Qualificação Data: 15/05/2024, 09:00 hrs. Local: Sala Azul da Pós-graduação/FCM
Banca(s) avaliadora(s)
Apresentação de Defesa
Titulares
Maria Cecilia Marconi Pinheiro Lima - Presidente
Beatriz Servilha Brocchi
Cássia Sígolo
Rita De Cassia Ietto Montilha
Marcelo Riberto
Suplentes
Jenifer Silva de Souza
Ivani Rodrigues Silva
Ana Cláudia Fernandes
Apresentação de Qualificação
Titulares
Maria Cecilia Marconi Pinheiro Lima - Presidente
Beatriz Servilha Brocchi- Pontifícia Universidade Católica de Campinas
Rita De Cassia Ietto Montilha
Suplentes
Jenifer Silva de Souza - Universidade Nove de Julho
Ana Cláudia Fernandes - Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp

Resumo


Introdução: A avaliação da funcionalidade infantil incluindo a perspectiva parental é pouco explorada em instrumentos clínicos alinhados à abordagem biopsicossocial e à Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF). Diante dessa lacuna, este estudo propõe o desenvolvimento e validação da Escala Biopsicossocial de Avaliação da Funcionalidade Infantil (EBAFI). Objetivos: Construir, validar e aplicar a escala em dois grupos: responsáveis por crianças com desenvolvimento típico e responsáveis por crianças com deficiência auditiva. Métodos: Trata-se de um estudo metodológico, descritivo e transversal com foco na aplicação e validação da Escala EBAFI para a avaliação da funcionalidade infantil. As perguntas da escala foram elaboradas com base na descrição da CIF para as categorias referentes a funções do corpo, atividades e participação e fatores ambientais. A escala foi aplicada aos responsáveis de forma verbal e individualizada para o levantamento de dados. O estudo envolveu 50 participantes, 32 responsáveis por crianças com deficiência auditiva (Grupo 1) e 18 responsáveis por crianças com desenvolvimento típico de audição e linguagem (Grupo 2). A coleta de dados foi realizada em instituições de saúde e centros de reabilitação auditiva, por meio da análise de prontuários e entrevista com os responsáveis. A análise estatística da consistência interna da escala foi avaliada pelo Coeficiente Alfa de Cronbach (α), e as comparações entre os grupos foram analisadas por meio dos testes qui-quadrado e exato de Fisher. Resultados: Foram observadas diferenças significativas entre os grupos nos domínios avaliados, demonstrando a utilidade da escala na análise de aspectos da funcionalidade não abordados em avaliações tradicionais. O grupo de crianças com deficiência auditiva apresentou maiores dificuldades nas funções sensoriais auditivas, atividades de comunicação e participação social. A análise dos fatores ambientais evidenciou barreiras como limitações no acesso a tecnologias e serviços de saúde. A escala desenvolvida apresentou alta confiabilidade e validade, confirmando o seu potencial como uma ferramenta eficaz para avaliar a funcionalidade infantil com aplicação clínica preventiva e terapêutica. Conclusão: O estudo reforça a importância do modelo biopsicossocial na prática clínica, promovendo intervenções personalizadas e eficazes. Os resultados demonstraram que a EBAFI é um instrumento relevante e consistente para a avaliação multidimensional da funcionalidade infantil, auxiliando no monitoramento de aspectos do desenvolvimento e no planejamento terapêutico. O uso da escala possibilita a adaptação de intervenções às necessidades específicas de cada criança, evidenciando as capacidades e limitações funcionais em contextos reais da vida. A EBAFI representa um avanço significativo na forma de avaliar o desenvolvimento infantil, contribuindo para um atendimento mais abrangente em cuidados de saúde e para o suporte efetivo direcionado às famílias.



Candidato(a): Vinicius de Menezes Jarry Orientador(a): Fabiano Reis
Mestrado em Ciências Médicas
Apresentação de Qualificação Data: 25/04/2025, 14:00 hrs. Local: Anf. da Pós-Graduação/FCM
Banca avaliadora
Titulares
Laura Silveira Moriyama - Presidente
Juliana Ávila Duarte- Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Zoraida Sachetto
Suplentes
Marcondes Cavalcante Franca Junior
Celia Regina Garlipp

Candidato(a): Ana Luisa Perini Leme Giordano Orientador(a): Angelica Zaninelli Schreiber
Doutorado em Ciências Médicas
Apresentação de Qualificação Data: 28/04/2025, 09:00 hrs. Local: Sala amarela - prédio da CPG da FCM
Banca avaliadora
Titulares
Susan Elisabeth Domingues Costa Jorge - Presidente
Taicia Pacheco Fill
Valeria Maia Merzel
Suplentes
Eder De Carvalho Pincinato
Paulo Eduardo Neves Ferreira Velho

CAPACIDADE FUNCIONAL DE IDOSOS: UM ESTUO DE BASE POPULACIONAL NO MUNICÍPIO DE CAMPINAS/SP

Candidato(a): Marylane Viana Veloso Orientador(a): Marilisa Berti de Azevedo Barros
Doutorado em Saúde Coletiva
Apresentação de Defesa Data: 28/04/2025, 13:30 hrs. Local: Sala Verde PPG Saúde Coletiva
Banca avaliadora
Titulares
Marilisa Berti de Azevedo Barros - Presidente
Shamyr Sulyvan de Castro- Universidade Federal do Ceará
Maria Filomena Ceolim- Faculdade de Enfermagem
Moisés Goldbaum- Universidade de São Paulo
Renata Cruz Soares De Azevedo
Suplentes
Edige Felipe de Sousa Santos - Faculdade de Saúde Pública da USP
Neuciani Ferreira da Silva Sousa
Margareth Guimaraes Lima

Resumo


Introdução: Com o crescente envelhecimento da população brasileira, surgem novas demandas sociais e de saúde, acentuadas pelos efeitos das desigualdades socioeconômicas. Além do declínio biológico próprio do envelhecimento, baixas condições socioeconômicas favorecem a ocorrência de doenças crônicas não-transmissíveis, transtornos mentais, problemas emocionais, incapacidade funcional e baixa qualidade de vida relacionada a saúde. Objetivo: Analisar a desigualdade social nas prevalências de dependência funcional nas atividades básicas e instrumentais da vida diária e de abandono das atividades avançadas e as associações dessas dependências funcionais com a qualidade de vida relacionada à saúde e com indicadores de saúde mental e bem-estar. Material e Métodos: Estudo transversal de base populacional com dados o Inquérito de Saúde (ISACamp 2014/15), na população residente em domicílios das áreas urbanas no município de Campinas/SP. Considerou-se um grupo de 1000 pessoas por segmento populacional entre adolescentes, adultos e idosos, obtido por estratificação por conglomerado realizada em duas etapas, com proporção de 0,50, IC=95 , e margem de erro de 4 a 5 pontos percentuais com delineamento de 2. Utilizou-se dados da população com 60 anos ou mais, resultando em 986 indivíduos, considerando taxa de não resposta de 20 . As variáveis dependentes foram: dependência funcional, indivíduos com necessidade de ajuda nas ABVD e AIVD; nunca ter realizado e ter deixado de realizar as AAVD e as escalas que constituem o SF-36. As variáveis independentes foram: condições demográficas, socioeconômicas, de saúde, o SRQ-20, problemas emocionais e sentimentos negativos. Utilizou-se o teste quiquadrado de Pearson, para determinar a associação entre as variáveis, com significância estatística p<0,05. As razões de prevalência foram estimadas pela regressão de Poisson (RP) ajustada por sexo e idade. E a regressão linear múltipla, na análise do impacto da dependência funcional sobre a QVRS, por meio do cálculo das médias, erro padrão, Beta coeficiente e p-valor. O ISACamp 2013/14 foi aprovado pelo CEP com o parecer nº CAAE: 20547513.2.0000.5404. Resultados: 1) Maiores desigualdades de renda foram observadas em idosos que abandonaram as AAVD (69,3 ), seguidas por aqueles com dependência nas AIVD (51,6 ); 2) Menores escores do SF-36 foram observados em idosos com deixaram de fazer as AAVD, e se acentuaram nos idosos com dependência parcial e total nas AIVD e nas ABVD. Maiores declínios na QVRS foram observados em idosos com dependência total em uma ou mais AABVD nos aspectos físicos (β= -69,77) e nos aspectos emocionais (β= -62,06). 3) Idosos com dependência nas ABVD apresentaram maiores prevalências de problemas emocionais com muita limitação (33,94 ), TMC (45,85 ), solidão (56,65 ), tristeza (55,49 ), infelicidade (46,68 ) e solidão (56,6 ); A prevalência de TMC e tristeza (44,1 ) também foi maior em idosos com dependência nas AIVD. A prevalência de sentimentos negativos foi maior nos idosos que deixaram de fazer as AAVD’s. Conclusão: Desigualdades de renda, redução da qualidade de vida, problemas emocionais e sentimentos negativos estão associados a dependência funcional para realizar as atividades de vida diária. Superar esses desafios representa um importante papel das políticas públicas de atenção a saúde de equidade social.



Candidato(a): Keiti Passoni de Souza Rocha Orientador(a): Antonio Luis Eiras Falcão
Mestrado em Ciências da Cirurgia Coorientador(a): Lígia dos Santos Roceto Ratti
Apresentação de Qualificação Data: 29/04/2025, 08:30 hrs. Local: Sala Amarela - Prédio da CPG/FCM
Banca avaliadora
Titulares
Antonio Luis Eiras Falcão - Presidente
Faculdade de Ciências Médicas / UNICAMP- Faculdade de Ciências Médicas / UNICAMP
Ana Paula Devite Cardoso Gasparotto- Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas
Rodrigo Marques Tonella- Universidade Federal de Minas Geraiss
Suplentes
Elcio Shiyoiti Hirano

Candidato(a): Stephanie Pabon Lozano Orientador(a): Maria Laura Costa Do Nascimento
Doutorado em Tocoginecologia
Apresentação de Qualificação Data: 29/04/2025, 09:00 hrs. Local: Virtual
Banca avaliadora
Titulares
Maria Laura Costa Do Nascimento - Presidente
Joao Renato Bennini Junior
Adriana Gomes Luz
Suplentes
Marcelo Luís Nomura - Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher - UNICAMP