Qualificações e Defesas

Resultados obtidos

Candidato(a): Fábio Arthuso Orientador(a): Lucia Helena Reily
Doutorado em Saúde, Interdisciplinaridade e Reabilitação
Apresentação de Qualificação Data: 26/11/2024, 09:00 hrs. Local: Sala Amarela da Pós-graduação/FCM
Banca(s) avaliadora(s)
Apresentação de Qualificação
Titulares
Lucia Helena Reily - Presidente
Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp- Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp
Amanda Brait Zerbeto
Ana Maria Rodriguez Costas
Suplentes
Selma Machado Simao


ADAPTAÇÃO PARENTAL À DEFICIÊNCIA DE MÃES DE CRIANÇAS COM PARALISIA CEREBRAL E MÃES DE CRIANÇAS COM SÍNDROME CONGÊNITA PELO ZIKA VÍRUS

Candidato(a): Ana Carolina Franzolin Araujo Rezende Orientador(a): Regina Yu Shon Chun
Doutorado em Saúde, Interdisciplinaridade e Reabilitação
Apresentação de Defesa Data: 03/12/2024, 08:30 hrs. Local: Anfiteatro do prédio do Pós (já reservei)
Apresentação de Qualificação Data: 08/11/2023, 09:30 hrs. Local: Anfiteatro da Pós-Graduação/FCM
Banca(s) avaliadora(s)
Apresentação de Defesa
Titulares
Regina Yu Shon Chun - Presidente
Ana Paula Ramos de Souza- Universidade Federal do Rio Grande do Sul,
Kelly Cristina Brandao Da Silva
Maria De Lurdes Zanolli
Vitor Daniel Ferreira Franco- Universidade de Évora
Suplentes
Amanda Brait Zerbeto
Rosana Carla do Nascimento Givigi - Universidade Federal de Sergipe, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde.
Maria Cecília Bonini Trenche - PUC SP FACULDADE DE FONOAUDIOLOGIA
Apresentação de Qualificação
Titulares
Regina Yu Shon Chun - Presidente
Vitor Daniel Ferreira Franco- Universidade de Évora
Maria Filomena De Gouveia Vilela
Ana Paula Ramos de Souza- Universidade Federal do Rio Grande do Sul,
Suplentes
Maria De Lurdes Zanolli

Resumo


Introdução: O nascimento e diagnóstico de um filho com uma deficiência requer adaptação a uma parentalidade com condições desafiadoras, que podem se agravar ao longo do tempo. Um número considerável de crianças com deficiência dependem de cuidados para suas atividades diárias, que variam de acordo com a deficiência da criança, mas causam grande impacto na dinâmica familiar, bem como na comunidade e na sociedade. Ainda não são conhecidos os fatores que levam certos familiares a se adaptarem a essa realidade mais facilmente do que outros. Tanto os cuidados com a saúde física e atenção integral à criança com deficiência, bem como o cuidado com o bem-estar psíquico dos familiares, requerem um olhar especial dos provedores de serviços de saúde. Objetivo geral: Conhecer os fatores associados à adaptação parental à deficiência de mães de crianças com deficiência. Objetivos específicos: Conhecer os fatores associados à adaptação parental à deficiência de mães de crianças com Paralisia Cerebral (PC) (Artigo 1); Conhecer os fatores associados à adaptação parental à deficiência de mães de crianças com Síndrome Congênita pelo Zika Vírus (SCZV) (Artigo 2); Conhecer os fatores associados à adaptação parental à deficiência de mães de crianças com PC e mães de crianças com SCZV (Artigo 3). Método: A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética da Universidade Estadual de Campinas sob parecer no 4.573.920 / CAAE no 39923120.2.0000.5404. Trata-se de estudo analítico-transversal. A coleta de dados foi realizada por meio da aplicação da Escala Parental de Adaptação à Deficiência (EPAD), além de uma questão aberta. Na análise estatística utilizou-se o Teste Mann-Whitney para comparação das questões e dimensões da EPAD. Resultados: A maioria das mães pontuou mais alto na subescala desenvolvimento da EPAD do que em não-adaptação. As seguintes dimensões apresentaram diferenças estatisticamente significantes: capacidades, idealização e depressão, evidenciando menor adaptação parental à deficiência das mães de crianças com SCZV nessas dimensões. Na dimensão culpa, os resultados mostram que mães do grupo PC tendem a culpabilizar terceiros como a equipe médica pela condição clínica de seus filhos, enquanto mães do grupo SCZV responsabilizam o poder público pela omissão no controle da epidemia de Zika Vírus e pela deficiência de seus filhos. Apoio social foi a dimensão com a menor média da subescala desenvolvimento e funcionalidade foi a dimensão com a maior média da subescala não-adaptação, em ambos os grupos. O sentimento de tristeza e de se sentir sozinha nos cuidados dos filhos foi mais frequente entre as mães do grupo SCZV. Uma participante, das 40 participantes, obteve pontuação mais alta na subescala não-adaptação do que na subescala desenvolvimento. Conclusão: A maior das mães demonstra níveis satisfatórios de adaptação parental à deficiência de seus filhos. As diferenças observadas nas dimensões capacidades, idealização e depressão evidenciam menor adaptação parental à deficiência entre mães de crianças com SCZV nessas dimensões. A falta de apoio social se mostrou presente em ambos os grupos, tanto nos resultados da EPAD, como nos relatos das mães, porém é mais evidente entre as mães de crianças com SCZV. Tais resultados reforçam a necessidade de um olhar mais aprofundado para os diversos atravessamentos sociais que mães de crianças com PC e SCZV sofrem, para além do diagnóstico de seus filhos.



Candidato(a): Pedro Henrique Silva Carvalho Orientador(a): Rita De Cassia Ietto Montilha
Doutorado em Saúde, Interdisciplinaridade e Reabilitação Coorientador(a): Maria Fernanda Bagarollo
Apresentação de Qualificação Data: 09/12/2024, 09:00 hrs. Local: Sala Amarela da Pós-graduação
Banca(s) avaliadora(s)
Apresentação de Qualificação
Titulares
Rita De Cassia Ietto Montilha - Presidente
Maria Elisabete Rodrigues F Gasparetto
Amanda Brait Zerbeto
Suplentes
Zelia Zilda Lourenco De C Bittencourt
Irani Rodrigues Maldonade


FUNCIONALIDADE E INCAPACIDADE EM ADULTOS AUTISTAS PELO WHODAS 2.O E AS REPERCUSSÕES NA VIDA EM SUA PRÓPRIA PERCEPÇÃO

Candidato(a): Fernanda Caroline Pinto da Silva Orientador(a): Regina Yu Shon Chun
Doutorado em Saúde, Interdisciplinaridade e Reabilitação
Apresentação de Defesa Data: 10/12/2024, 09:00 hrs. Local: Anfiteatro da Pós-Graduação/FCM
Apresentação de Qualificação Data: 17/06/2024, 09:00 hrs. Local: Anfiteatro da Pós-Graduação da FCM-UNICAMP
Banca(s) avaliadora(s)
Apresentação de Defesa
Titulares
Regina Yu Shon Chun - Presidente
Amanda Brait Zerbeto
Shamyr Sulyvan de Castro- Universidade Federal do Ceará
Ana Carolina Constantini
Elenir Fedosse- Universidade Federal de São Paulo
Suplentes
Regina Zanella Penteado - Universidade Estadual Paulista - Campus de Rio Claro
Maria Cristina Pedro Biz - Universidade Federal de São Paulo
Luiz Fernando Longuim Pegoraro - Universidade Estadual de Campinas
Apresentação de Qualificação
Titulares
Regina Yu Shon Chun - Presidente
Helenice Yemi Nakamura
Maria Cristina Pedro Biz- Universidade Federal de São Paulo
Luiz Fernando Longuim Pegoraro- Universidade Estadual de Campinas
Suplentes
Amanda Brait Zerbeto
Shamyr Sulyvan de Castro - Universidade Federal do Ceará

Resumo


Introdução: O Transtorno do Espectro Autista é uma condição do neurodesenvolvimento, com alterações sociocomunicativas e comportamentais, e prejuízos na funcionalidade ao longo da vida. Há vasta literatura sobre o autismo em crianças e adolescentes, mas a funcionalidade, incapacidade e suas repercussões na vida adulta, foco deste estudo, ainda carecem ser melhor investigadas. Objetivo Geral: Investigar os níveis de saúde e de deficiência de pessoas autistas adultas por meio do World Health Disability Assessment Schedule - WHODAS 2.0. Método: Pesquisa aprovada pelo CEP sob n.4.541.106. Estudo observacional descritivo transversal, com 60 pessoas adultas autistas, de 18 a 65 anos, níveis 1 e 2 de apoio. Os participantes responderam a um questionário semiestruturado, contendo dados clínicos-sociodemográficos e ao World Health Disability Assessment Schedule 2.0, versão autoadministrada, de 36 itens. Realizou-se estatística descritiva e análise de regressão linear dos dados quantitativos, tomando dados sociodemográficos e clínicos como variáveis independentes e escores da escala como variável dependente, e Análise de Conteúdo dos dados qualitativos, tomando-se a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde - CIF como base conceitual para as categorias e subcategorias. Resultados: Apresentados no modo alternativo de tese por 2 artigos. Amostra predominantemente feminina, com alto nível de escolaridade, com predomínio de diagnóstico tardio de autismo, após os 30 anos, e classificada como nível 1 de apoio. Houve discrepância entre níveis de apoio e o autorrelato de suporte familiar. As dificuldades de comunicação social foram as mais referidas (96,67 ), seguidas das sensoriais (90 ), cognitivas (81,67 ), seletividade alimentar (70 ), e comportamentais (45 ), assim como alta frequência de comorbidade (86,67 ), principalmente de ansiedade e depressão, e uso de medicação (80 ). Os escores gerais de funcionalidade indicam maior prejuízo nos domínios de relações interpessoais (66,9), atividades de vida (63,7), participação (56,4) e cognição (48,7), e menor impacto nos domínios de autocuidado (27,2) e mobilidade (33,1). Na análise qualitativa, as dificuldades do autismo impactaram os seis domínios de vida da CIF, com maior prejuízo em cognição, relações interpessoais, atividades de vida e participação, corroborando os resultados do WHODAS 2.0. Dificuldades sensoriais-alimentares e cognitivo-comportamentais tiveram ampla interferência, inclusive nos domínios de autocuidado e mobilidade. Houve prejuízo em atividades e participação nos contextos sociais, educacionais e de trabalho, com barreiras físicas - estímulos sensoriais, sociais - acesso a serviços de saúde e atitudinais - incompreensão e estigmas. Conclusão: Resultados quantitativos e qualitativos estão em consonância e evidenciam a importância da avaliação da funcionalidade baseada na abordagem biopsicossocial, que considera as deficiências como resultado da interação entre a pessoa autista e o ambiente, dá voz às pessoas adultas autistas, tornando-as ativas e coparticipativas no processo de compreensão da sua condição de saúde e de suas necessidades. A discrepância entre os níveis de apoio e de suporte familiar demonstram divergências entre a análise dos profissionais e a autopercepção dos participantes quanto ao nível de funcionalidade. O diagnóstico tardio e a falta de suporte acarretam impactos na vida e interfere no nível de funcionalidade das pessoas.



Candidato(a): Thalita Andrade Berlandi Orientador(a): Rita De Cassia Ietto Montilha
Mestrado em Saúde, Interdisciplinaridade e Reabilitação
Apresentação de Qualificação Data: 13/12/2024, 09:00 hrs. Local: Videoconferencia
Banca(s) avaliadora(s)
Apresentação de Qualificação
Titulares
Rita De Cassia Ietto Montilha - Presidente
Maria Jose D Elboux
Maria Elisabete Rodrigues F Gasparetto
Suplentes
Denis Barbosa Cacique


Candidato(a): Claudia de Souza Ozores Caldas Orientador(a): Irani Rodrigues Maldonade
Doutorado em Saúde, Interdisciplinaridade e Reabilitação
Apresentação de Qualificação Data: 16/12/2024, 14:00 hrs. Local: Sala 05 - LEGO/FCM
Banca(s) avaliadora(s)
Apresentação de Qualificação
Titulares
Irani Rodrigues Maldonade - Presidente
Carla Salles Chamouton- Faculdade de Ciências Médicas / UNICAMP
Mirian Hideko Nagae Espinosa
Suplentes
Ivani Rodrigues Silva


Candidato(a): Carolina Belisário Bizutti Fernandes Orientador(a): Kelly Cristina Brandao Da Silva
Doutorado em Saúde, Interdisciplinaridade e Reabilitação
Apresentação de Qualificação Data: 03/02/2025, 09:00 hrs. Local: Sala Amarela da Pós-graduação/FCM
Banca(s) avaliadora(s)
Apresentação de Qualificação
Titulares
Kelly Cristina Brandao Da Silva - Presidente
Amanda Dourado Souza Akahosi Fernandes- Universidade Federal de São Carlos
Nubia Garcia Vianna
Vladimir Andrei Rodrigues Arce- Universidade Federal da Bahia
Regina Yu Shon Chun
Suplentes
Maria Fernanda Bagarollo


Candidato(a): Kauê da Costa Alves Orientador(a): Kelly Cristina Brandao Da Silva
Mestrado em Saúde, Interdisciplinaridade e Reabilitação
Apresentação de Qualificação Data: 07/02/2025, 15:00 hrs. Local: Sala Amarela da Pós-graduação/FCM
Banca(s) avaliadora(s)
Apresentação de Qualificação
Titulares
Kelly Cristina Brandao Da Silva - Presidente
Mônica Maria Farid Rahme- Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais
Rinaldo Voltolini- Universidade de São Paulo - Faculdade de Educação
Suplentes
Maria Fernanda Bagarollo


IMPACTO DA FAIXA ETÁRIA NAS CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS E NA RESPOSTA AO TRATAMENTO DO CARCINOMA DIFERENCIADO DE TIREOIDE NA INFÂNCIA

Candidato(a): Juliana Chaves Garcia Orientador(a): Denise Engelbrecht Zantut Wittmann
Mestrado em Clínica Médica
Apresentação de Defesa Data: 12/12/2024, 08:30 hrs. Local: ANFITEATRO
Banca avaliadora
Titulares
Denise Engelbrecht Zantut Wittmann - Presidente
Heraldo Mendes Garmes
Rossana Corbo Ramalho de Mello- Universidade Federal do Rio de Janeiro
Suplentes
Daniel Alves Bulzico - Instituto Nacional do Câncer
Arnaldo Moura Neto - Universidade Estadual de Campinas

Resumo


Introdução: O carcinoma diferenciado de tireoide (CDT) é uma doença rara na infância e adolescência, representando 0.5 a 3 das neoplasias malignas nesta faixa etária. No entanto, apesar de ser uma condição rara, sua incidência vem aumentando significativamente nas últimas 2 décadas, sendo o câncer do sistema endócrino mais comum em crianças e adultos jovens, bem como a terceira neoplasia sólida mais frequente nesta faixa etária. As diferenças comportamentais existentes entre os CDT na infância e nos adultos chamam a atenção, sendo que o Carcinoma papilífero de
tireoide (CPT) tende a se apresentar na faixa etária pediátrica como uma doença avançada já ao diagnóstico, com maiores taxas de recorrência e de persistência da doença, além de maiores taxas de extensão extracapsular (50 versus 30 ), de envolvimento linfonodal regional (80 versus 50 ), de metástase à distância (30 versus 5 ) e de doença multifocal (65 versus 38 ) quando comparado a população adulta. A relação entre a idade do paciente e o comportamento do CDT não está claramente definida na literatura e o limite de idade é arbitrário entre os estudos, além disso, existe uma tendência em se utilizar dados obtidos em adultos para o manejo do CDT em crianças, ferindo as peculiaridades clínicas da doença nesta faixa etária. Este estudo teve como objetivo avaliar e comparar as características clínico-epidemiológicas e seu impacto na evolução do CDT na infância, em diferentes faixas etárias.
Métodos: Estudo longitudinal retrospectivo baseado em análise de prontuários médicos de pacientes acompanhados no Serviço de Neoplasias
Tireoidianas da Divisão de Endocrinologia do Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) entre os anos de 1990-2022. Foram selecionados 77 pacientes com diagnóstico de CDT até os 21 anos de idade e divididos em diferentes grupos etários: até 10 anos, de 11 a 18 anos e de 19 a 21 anos de idade. Nossa amostra foi composta por 9 pacientes diagnosticados antes dos 10 anos de idade, 39 pacientes diagnosticados entre 11 e 18 anos e 29 pacientes diagnosticados entre 19 e 21 anos. Os participantes foram submetidos à avaliação clínica periódica, avaliação de tireoglobulina sérica (Tg), de anticorpo antitireoglobulina (ACTG), de hormônio estimulador da tireoide (TSH), de tiroxina livre (T4L), além de avaliação
ultrassonográfica cervical anual. Dados clínico-epidemiológicos e o seu significado na evolução da doença foram analisados e comparados em relação
às diferentes faixas etárias apresentadas.

Resultados: Os pacientes com diagnóstico abaixo de 10 anos de idade se associaram a tumores com extensão extratireoidiana, metástases em linfonodos regionais, maiores valores de Tg estimulada na pesquisa de corpo inteiro (PCI) diagnóstica e sob supressão do TSH na última avaliação, além de metástases pulmonares detectadas na PCI diagnóstica e na PCI pós dose de radioiodo. A análise da distribuição dos achados
na PCI pós radioiodoterapia revelou que todos os grupos etários diferiram entre si (p=0.0029). O tempo de diagnóstico mostrou-se como fator associado a resposta excelente nos subgrupos até 18 anos e até 21 anos. No subgrupo até 18 anos não foram identificados fatores associados às respostas dinâmicas ao longo dos 1º, 3º e 5º anos de seguimento e a persistência/recorrência de doença. No subgrupo de pacientes até 21 anos, observou-se que apresentar resposta estrutural incompleta no 3º ano de seguimento aumentou em 5.5x a chance de ter resposta recorrente ou persistente e em
32.6x se esse achado for encontrado no 5º ano de seguimento.
Conclusão: Pacientes mais jovens apresentaram características tumorais de maior agressividade e foram submetidos a tratamento mais rigoroso, no entanto, a resposta ao tratamento e o estado de doença na última avaliação, livre ou recorrência/persistência, foram similares quando comparadas as faixas etárias de 11 a 18 anos e 19 a 21 anos. As respostas obtidas no 3º e no 5º ano após tratamento se evidenciaram como fatores associados à persistência/recorrência da doença na última avaliação na faixa etária até 21 anos, mas não nos pacientes com diagnóstico até 18
anos, diferença relevante ao se considerar o comportamento tumoral na definição da faixa etária pediátrica no câncer de tireoide.



Correlação de índices preditivos de mortalidade hospitalar em pacientes críticos crônicos de um Hospital Universitário de Campinas.

Candidato(a): Paula Braga Orientador(a): Luciana Castilho de Figueiredo
Mestrado em Gerontologia
Apresentação de Defesa Data: 12/12/2024, 08:30 hrs. Local: Sala Verde da Pós-graduação/FCM
Banca avaliadora
Titulares
Luciana Castilho de Figueiredo - Presidente
Universidade Estadual de Campinas- Universidade Estadual de Campinas
Lígia dos Santos Roceto Ratti- Hospital das Clínicas da UNICAMP
Rodrigo Marques Tonella- Universidade Federal de Minas Geraiss
Suplentes
Cristina Aparecida Veloso Guedes - Centro Universitário Hermínio Ometto - UNIARARAS
Ana Paula Devite Cardoso Gasparotto - Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas

Resumo


Introdução: A ventilação mecânica (VM) prolongada é frequentemente associada a desfechos negativos, como aumento da mortalidade, complicações e falência orgânica. Escores prognósticos, como o APACHE II, SOFA e SAPS 3, são usados para predizer mortalidade em pacientes críticos, porém sua acurácia pode variar dependendo da faixa etária e da duração da ventilação mecânica. Objetivo: Este estudo teve como objetivo avaliar e comparar o poder preditivo dos escores APACHE II, SOFA e SAPS 3 para predizer a mortalidade intra-hospitalar em pacientes críticos crônicos internados em terapia intensiva com ventilação mecânica prolongada. Método: Trata-se de um estudo retrospectivo, aprovado pelo comitê de ética da Faculdade de Ciências Médicas (FCM), CAAE: 00778818.4.0000.5404, com análise de 166 pacientes admitidos em unidades de terapia intensiva (UTI) em 2017. Os pacientes foram divididos em grupos por idade (< 59 anos e ≥ 60 anos) e por tempo de ventilação mecânica (< 14 dias, ≥ 14 dias, e ≥ 21 dias). As curvas ROC (Receiver Operating Characteristic) foram utilizadas para avaliar a acurácia dos escores na predição de mortalidade. Resultados: Nos pacientes com idade inferior a 60 anos, os escores APACHE II e SAPS 3 apresentaram áreas sob a curva (AUC) de 0,692 e 0,773, respectivamente. Já nos pacientes com idade igual ou superior a 60 anos, houve redução da acurácia dos escores, com AUC de 0,605 para APACHE II e 0,549 para SAPS 3. Nos pacientes com VM superior a 21 dias, a acurácia dos escores foi ainda menor, com AUC inferior a 0,6 para ambos os escores. Discussão: Os resultados sugerem que a acurácia dos escores prognósticos diminui com o aumento da idade e com a duração da ventilação mecânica, particularmente em pacientes com VM prolongada (> 21 dias). A análise confirma que os escores APACHE II e SAPS 3 são mais precisos para pacientes mais jovens e com menor tempo de VM. Por outro lado, pacientes mais idosos ou com ventilação prolongada podem exigir ferramentas prognósticas mais específicas. Conclusão: Os escores APACHE II e SAPS 3 apresentaram boa acurácia preditiva em pacientes jovens e com menor tempo de ventilação mecânica, enquanto a acurácia foi reduzida em pacientes mais velhos e com ventilação prolongada. Esses achados reforçam a importância de adaptar estratégias prognósticas para grupos específicos de pacientes críticos crônicos.



AVALIAÇÃO DA ULTRASSONOGRAFIA PULMONAR EM CRINAÇAS E ADOLESCENTES EM EXACERBAÇÃO DE ASMA.

Candidato(a): Lucypaula Andrade Pinheiro Fernandes Orientador(a): Jose Dirceu Ribeiro
Doutorado em Saúde da Criança e do Adolescente
Apresentação de Defesa Data: 12/12/2024, 08:30 hrs. Local: Integralmente Remoto
Banca avaliadora
Titulares
Jose Dirceu Ribeiro - Presidente
George Dantas de Azevedo- Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Mônica de Cássia Firmida- Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Eulalia Sakano
Aline Cristina Gonçalves- Faculdade de Ciências Médicas - Universidade Estadual de Campinas
Suplentes
Marcela Preto Zamperlini - Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da FMUSP
Carla Cristina Souza Gomez - Universidade Estadual de Campinas - FCM
Jussara Melo de Cerqueira Maia - Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Resumo


A ultrassonografia pulmonar é um método de diagnóstico por imagem que vem sendo usado nas últimas décadaas e pode ser utilizada na exacerbação de asma. Não há achados específicos de alterações encontradas na asma em exames de ultrassonografia pulmonar. Objetivo: Avaliar os achados encontrados na ultrassonografia pulmonar em pacientes asmáticos em exacerbação e controlados. Métodos: Foram conduzidos em duas etapas: 1) Revisão sistemática sobre as achados encontrados na ultrassonografia pulmonar em pacientes asmáticos em exacerbação. Foi realizada uma ampla busca eletrônica em bases de dados. A busca foi feita em março de 2021 e atualizada em abril de 2024, de acordo com os critérios do Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA). 2) Estudo transversal com crianças e adolescentes com asma, em exacerbação e controlada, de dois a quatorze anos de idade, foram submetidas a ultrassonografia pulmonar. Resultados: Na busca da revisão sistemática foram encontrados 184 títulos, dos quais foram selecionados 05 artigos para síntese qualitativa. No estudo transversal, 39 crianças e adolescentes com asma em exacerbação e 39 pacientes com asma controlada realizaram a ultrassonografia pulmonar. Conclusão: A revisão sistemática evidenciou que Linhas B, anormalidades pleurais e consolidação foram os achados da ultrassonografia pulmonar em crianças e adolescentes com exacerbação da asma. A proporção de achados positivos variou de 23,0 a 80,3 , com um tamanho de efeito resumido de 52,0 . No estudo transversal, foi observado que os achados da ultrassonografia pulmonar no grupo de asmaticos em exacerbação foram: Linhas B, anormalidades pleurais e consolidação; enquanto que no grupo com asma controlada os achados foram Linhas B. A frequencia dos achados positivos no grupo em exacerbação foi de 51,5 , enquanto que no grupo controle foi de 12,1 .



Candidato(a): Joaquim de Paula Barreto Fonseca Antunes Orientador(a): Andrei Carvalho Sposito
Doutorado em Fisiopatologia Médica
Apresentação de Qualificação Data: 12/12/2024, 09:00 hrs. Local: Sala Laranja - Prédio da Pós-grad da FCM
Banca avaliadora
Titulares
Mario Jose Abdalla Saad - Presidente
Pedro Gabriel Melo de Barros e Silva- Instituto Brasileiro de Pesquisa Clínica
Otavio Rizzi Coelho Filho
Suplentes
Fabiola Taufic Monica Iglesias

AS PRISÕES DO FEMININO: ENTRE O GOVERNO DE SI E DOS OUTROS

Candidato(a): Ariane Goim Rios Orientador(a): Silvia Maria Santiago
Doutorado em Saúde Coletiva
Apresentação de Defesa Data: 12/12/2024, 09:00 hrs. Local: Laboratório de informática do Departamento
Banca avaliadora
Titulares
Silvia Maria Santiago - Presidente
Anna Christina Bentes Da Silva
Silvio Donizetti De Oliveira Gallo
Flávia Helena Miranda de Araújo Freire
Emerson Elias Merhy- Universidade Federal do Rio de Janeiro
Suplentes
Paulo Eduardo Neves Ferreira Velho
Kathleen Tereza da Cruz - Universidade Federal do Rio de Janeiro
Maria da Graça Garcia Andrade - Universidade Estadual de Campinas

Resumo


Esta tese objetivou compreender processos de subjetivação (relação de sujeito e assujeitado) de mulheres em liderança intramuros (encarceradas) e extramuros (líderes de diferentes segmentos da sociedade) e a dimensão do governo de si mesmas. Além disso, buscamos identificar práticas de cuidado de si; promover reflexão e aprendizado sobre os conceitos filosóficos apresentados e estimular uma narrativa de si parresiástica. Trata-se de uma pesquisa intervenção, com forte referência teórica da filosofia de Michel Foucault.

A produção dos dados ocorreu por meio de entrevistas semiestruturadas de forma online e também presencial. Participaram do estudo 19 mulheres em liderança no total, sendo 10 mulheres da penitenciária feminina de uma unidade do interior do Estado de São Paulo e 9 mulheres em liderança de diferentes segmentos. Das 17 perguntas existentes no roteiro de entrevista que estava dividido em três eixos (cuidado de si; verdade e governo de si), selecionamos 7 questões para realizar a análise de dados, contemplando questões de todos os eixos.

Para tanto, foi utilizada a perspectiva da análise de conteúdo, todavia, combinada com uma implicação discursiva, ou seja, ainda que não tenhamos adotado a análise do discurso como método de análise de dados, tanto na seleção das participantes (selecionar participantes icônicas), quanto na apreciação dos dados, esse “cuidado” foi seguido. Os resultados apontam para a criação de 7 categorias de análise, a saber: “Cuidado como um processo: do outro ao si”; “Os dois cardápios: Jumbo e Michelin”; “Subjetividades e direitos desrespeitados”; “A verdade sobre si: dos limites do autoconhecimento ao diferencial de acesso à psicoterapia”; “A gestão do governo de si: limites e expressões simbólicas”; “Prisões internas e linhas de fuga da alma” e “As expressões do poder”;

Podemos concluir que ficou evidente os diferentes acessos a que esses dois grupos de mulheres possuem; que cuidar de si mesmas é sempre um processo, não é direito líquido e certo, além da clara observância de que todas, independente de privilégios ou não, somos atingidas em algum nível pelas pressões, opressões, padrões e tantos outras cobranças sobre a performance feminina. Estamos todas presas. Neste estudo foi possível encontrar os assujeitamentos mais expressivos em razão do gênero, as “grades”. Mas também evidenciou que as chamadas “lideranças intramuros” (mulheres encarceradas) não são “cidadãs de segunda categoria”. O contexto em que a pesquisa foi realizada rompe esse paradigma e demonstrou que o potencial, o interesse a disponibilidade para esse trabalho interno existe e resiste. Estão ávidas por essa “oportunidade”, e, nesse sentido, há uma intersecção entre os lados dos muros: desejam cuidar melhor de si mesmas. As prisões do feminino nos falam sobre isso, mas também sobre as possibilidades de solturas do si (governo de si), breves oportunidades de consciência sobre si mesmas, que configuraram certa libertação e escape do assujeitamento.