Qualificações e Defesas

Resultados obtidos

Candidato(a): Fábio Arthuso Orientador(a): Lucia Helena Reily
Doutorado em Saúde, Interdisciplinaridade e Reabilitação
Apresentação de Qualificação Data: 26/11/2024, 09:00 hrs. Local: Sala Amarela da Pós-graduação/FCM
Banca(s) avaliadora(s)
Apresentação de Qualificação
Titulares
Lucia Helena Reily - Presidente
Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp- Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp
Amanda Brait Zerbeto
Ana Maria Rodriguez Costas
Suplentes
Selma Machado Simao


ADAPTAÇÃO PARENTAL À DEFICIÊNCIA DE MÃES DE CRIANÇAS COM PARALISIA CEREBRAL E MÃES DE CRIANÇAS COM SÍNDROME CONGÊNITA PELO ZIKA VÍRUS

Candidato(a): Ana Carolina Franzolin Araujo Rezende Orientador(a): Regina Yu Shon Chun
Doutorado em Saúde, Interdisciplinaridade e Reabilitação
Apresentação de Defesa Data: 03/12/2024, 08:30 hrs. Local: Anfiteatro do prédio do Pós (já reservei)
Apresentação de Qualificação Data: 08/11/2023, 09:30 hrs. Local: Anfiteatro da Pós-Graduação/FCM
Banca(s) avaliadora(s)
Apresentação de Defesa
Titulares
Regina Yu Shon Chun - Presidente
Ana Paula Ramos de Souza- Universidade Federal do Rio Grande do Sul,
Kelly Cristina Brandao Da Silva
Maria De Lurdes Zanolli
Vitor Daniel Ferreira Franco- Universidade de Évora
Suplentes
Amanda Brait Zerbeto
Rosana Carla do Nascimento Givigi - Universidade Federal de Sergipe, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde.
Maria Cecília Bonini Trenche - PUC SP FACULDADE DE FONOAUDIOLOGIA
Apresentação de Qualificação
Titulares
Regina Yu Shon Chun - Presidente
Vitor Daniel Ferreira Franco- Universidade de Évora
Maria Filomena De Gouveia Vilela
Ana Paula Ramos de Souza- Universidade Federal do Rio Grande do Sul,
Suplentes
Maria De Lurdes Zanolli

Resumo


Introdução: O nascimento e diagnóstico de um filho com uma deficiência requer adaptação a uma parentalidade com condições desafiadoras, que podem se agravar ao longo do tempo. Um número considerável de crianças com deficiência dependem de cuidados para suas atividades diárias, que variam de acordo com a deficiência da criança, mas causam grande impacto na dinâmica familiar, bem como na comunidade e na sociedade. Ainda não são conhecidos os fatores que levam certos familiares a se adaptarem a essa realidade mais facilmente do que outros. Tanto os cuidados com a saúde física e atenção integral à criança com deficiência, bem como o cuidado com o bem-estar psíquico dos familiares, requerem um olhar especial dos provedores de serviços de saúde. Objetivo geral: Conhecer os fatores associados à adaptação parental à deficiência de mães de crianças com deficiência. Objetivos específicos: Conhecer os fatores associados à adaptação parental à deficiência de mães de crianças com Paralisia Cerebral (PC) (Artigo 1); Conhecer os fatores associados à adaptação parental à deficiência de mães de crianças com Síndrome Congênita pelo Zika Vírus (SCZV) (Artigo 2); Conhecer os fatores associados à adaptação parental à deficiência de mães de crianças com PC e mães de crianças com SCZV (Artigo 3). Método: A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética da Universidade Estadual de Campinas sob parecer no 4.573.920 / CAAE no 39923120.2.0000.5404. Trata-se de estudo analítico-transversal. A coleta de dados foi realizada por meio da aplicação da Escala Parental de Adaptação à Deficiência (EPAD), além de uma questão aberta. Na análise estatística utilizou-se o Teste Mann-Whitney para comparação das questões e dimensões da EPAD. Resultados: A maioria das mães pontuou mais alto na subescala desenvolvimento da EPAD do que em não-adaptação. As seguintes dimensões apresentaram diferenças estatisticamente significantes: capacidades, idealização e depressão, evidenciando menor adaptação parental à deficiência das mães de crianças com SCZV nessas dimensões. Na dimensão culpa, os resultados mostram que mães do grupo PC tendem a culpabilizar terceiros como a equipe médica pela condição clínica de seus filhos, enquanto mães do grupo SCZV responsabilizam o poder público pela omissão no controle da epidemia de Zika Vírus e pela deficiência de seus filhos. Apoio social foi a dimensão com a menor média da subescala desenvolvimento e funcionalidade foi a dimensão com a maior média da subescala não-adaptação, em ambos os grupos. O sentimento de tristeza e de se sentir sozinha nos cuidados dos filhos foi mais frequente entre as mães do grupo SCZV. Uma participante, das 40 participantes, obteve pontuação mais alta na subescala não-adaptação do que na subescala desenvolvimento. Conclusão: A maior das mães demonstra níveis satisfatórios de adaptação parental à deficiência de seus filhos. As diferenças observadas nas dimensões capacidades, idealização e depressão evidenciam menor adaptação parental à deficiência entre mães de crianças com SCZV nessas dimensões. A falta de apoio social se mostrou presente em ambos os grupos, tanto nos resultados da EPAD, como nos relatos das mães, porém é mais evidente entre as mães de crianças com SCZV. Tais resultados reforçam a necessidade de um olhar mais aprofundado para os diversos atravessamentos sociais que mães de crianças com PC e SCZV sofrem, para além do diagnóstico de seus filhos.



Candidato(a): Pedro Henrique Silva Carvalho Orientador(a): Rita De Cassia Ietto Montilha
Doutorado em Saúde, Interdisciplinaridade e Reabilitação Coorientador(a): Maria Fernanda Bagarollo
Apresentação de Qualificação Data: 09/12/2024, 09:00 hrs. Local: Sala Amarela da Pós-graduação
Banca(s) avaliadora(s)
Apresentação de Qualificação
Titulares
Rita De Cassia Ietto Montilha - Presidente
Maria Elisabete Rodrigues F Gasparetto
Amanda Brait Zerbeto
Suplentes
Zelia Zilda Lourenco De C Bittencourt
Irani Rodrigues Maldonade


FUNCIONALIDADE E INCAPACIDADE EM ADULTOS AUTISTAS PELO WHODAS 2.O E AS REPERCUSSÕES NA VIDA EM SUA PRÓPRIA PERCEPÇÃO

Candidato(a): Fernanda Caroline Pinto da Silva Orientador(a): Regina Yu Shon Chun
Doutorado em Saúde, Interdisciplinaridade e Reabilitação
Apresentação de Defesa Data: 10/12/2024, 09:00 hrs. Local: Anfiteatro da Pós-Graduação/FCM
Apresentação de Qualificação Data: 17/06/2024, 09:00 hrs. Local: Anfiteatro da Pós-Graduação da FCM-UNICAMP
Banca(s) avaliadora(s)
Apresentação de Defesa
Titulares
Regina Yu Shon Chun - Presidente
Amanda Brait Zerbeto
Shamyr Sulyvan de Castro- Universidade Federal do Ceará
Ana Carolina Constantini
Elenir Fedosse- Universidade Federal de São Paulo
Suplentes
Regina Zanella Penteado - Universidade Estadual Paulista - Campus de Rio Claro
Maria Cristina Pedro Biz - Universidade Federal de São Paulo
Luiz Fernando Longuim Pegoraro - Universidade Estadual de Campinas
Apresentação de Qualificação
Titulares
Regina Yu Shon Chun - Presidente
Helenice Yemi Nakamura
Maria Cristina Pedro Biz- Universidade Federal de São Paulo
Luiz Fernando Longuim Pegoraro- Universidade Estadual de Campinas
Suplentes
Amanda Brait Zerbeto
Shamyr Sulyvan de Castro - Universidade Federal do Ceará

Resumo


Introdução: O Transtorno do Espectro Autista é uma condição do neurodesenvolvimento, com alterações sociocomunicativas e comportamentais, e prejuízos na funcionalidade ao longo da vida. Há vasta literatura sobre o autismo em crianças e adolescentes, mas a funcionalidade, incapacidade e suas repercussões na vida adulta, foco deste estudo, ainda carecem ser melhor investigadas. Objetivo Geral: Investigar os níveis de saúde e de deficiência de pessoas autistas adultas por meio do World Health Disability Assessment Schedule - WHODAS 2.0. Método: Pesquisa aprovada pelo CEP sob n.4.541.106. Estudo observacional descritivo transversal, com 60 pessoas adultas autistas, de 18 a 65 anos, níveis 1 e 2 de apoio. Os participantes responderam a um questionário semiestruturado, contendo dados clínicos-sociodemográficos e ao World Health Disability Assessment Schedule 2.0, versão autoadministrada, de 36 itens. Realizou-se estatística descritiva e análise de regressão linear dos dados quantitativos, tomando dados sociodemográficos e clínicos como variáveis independentes e escores da escala como variável dependente, e Análise de Conteúdo dos dados qualitativos, tomando-se a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde - CIF como base conceitual para as categorias e subcategorias. Resultados: Apresentados no modo alternativo de tese por 2 artigos. Amostra predominantemente feminina, com alto nível de escolaridade, com predomínio de diagnóstico tardio de autismo, após os 30 anos, e classificada como nível 1 de apoio. Houve discrepância entre níveis de apoio e o autorrelato de suporte familiar. As dificuldades de comunicação social foram as mais referidas (96,67 ), seguidas das sensoriais (90 ), cognitivas (81,67 ), seletividade alimentar (70 ), e comportamentais (45 ), assim como alta frequência de comorbidade (86,67 ), principalmente de ansiedade e depressão, e uso de medicação (80 ). Os escores gerais de funcionalidade indicam maior prejuízo nos domínios de relações interpessoais (66,9), atividades de vida (63,7), participação (56,4) e cognição (48,7), e menor impacto nos domínios de autocuidado (27,2) e mobilidade (33,1). Na análise qualitativa, as dificuldades do autismo impactaram os seis domínios de vida da CIF, com maior prejuízo em cognição, relações interpessoais, atividades de vida e participação, corroborando os resultados do WHODAS 2.0. Dificuldades sensoriais-alimentares e cognitivo-comportamentais tiveram ampla interferência, inclusive nos domínios de autocuidado e mobilidade. Houve prejuízo em atividades e participação nos contextos sociais, educacionais e de trabalho, com barreiras físicas - estímulos sensoriais, sociais - acesso a serviços de saúde e atitudinais - incompreensão e estigmas. Conclusão: Resultados quantitativos e qualitativos estão em consonância e evidenciam a importância da avaliação da funcionalidade baseada na abordagem biopsicossocial, que considera as deficiências como resultado da interação entre a pessoa autista e o ambiente, dá voz às pessoas adultas autistas, tornando-as ativas e coparticipativas no processo de compreensão da sua condição de saúde e de suas necessidades. A discrepância entre os níveis de apoio e de suporte familiar demonstram divergências entre a análise dos profissionais e a autopercepção dos participantes quanto ao nível de funcionalidade. O diagnóstico tardio e a falta de suporte acarretam impactos na vida e interfere no nível de funcionalidade das pessoas.



Candidato(a): Thalita Andrade Berlandi Orientador(a): Rita De Cassia Ietto Montilha
Mestrado em Saúde, Interdisciplinaridade e Reabilitação
Apresentação de Qualificação Data: 13/12/2024, 09:00 hrs. Local: Videoconferencia
Banca(s) avaliadora(s)
Apresentação de Qualificação
Titulares
Rita De Cassia Ietto Montilha - Presidente
Maria Jose D Elboux
Maria Elisabete Rodrigues F Gasparetto
Suplentes
Denis Barbosa Cacique


Candidato(a): Claudia de Souza Ozores Caldas Orientador(a): Irani Rodrigues Maldonade
Doutorado em Saúde, Interdisciplinaridade e Reabilitação
Apresentação de Qualificação Data: 16/12/2024, 14:00 hrs. Local: Sala 05 - LEGO/FCM
Banca(s) avaliadora(s)
Apresentação de Qualificação
Titulares
Irani Rodrigues Maldonade - Presidente
Carla Salles Chamouton- Faculdade de Ciências Médicas / UNICAMP
Mirian Hideko Nagae Espinosa
Suplentes
Ivani Rodrigues Silva


Candidato(a): Carolina Belisário Bizutti Fernandes Orientador(a): Kelly Cristina Brandao Da Silva
Doutorado em Saúde, Interdisciplinaridade e Reabilitação
Apresentação de Qualificação Data: 03/02/2025, 09:00 hrs. Local: Sala Amarela da Pós-graduação/FCM
Banca(s) avaliadora(s)
Apresentação de Qualificação
Titulares
Kelly Cristina Brandao Da Silva - Presidente
Amanda Dourado Souza Akahosi Fernandes- Universidade Federal de São Carlos
Nubia Garcia Vianna
Vladimir Andrei Rodrigues Arce- Universidade Federal da Bahia
Regina Yu Shon Chun
Suplentes
Maria Fernanda Bagarollo


Candidato(a): Kauê da Costa Alves Orientador(a): Kelly Cristina Brandao Da Silva
Mestrado em Saúde, Interdisciplinaridade e Reabilitação
Apresentação de Qualificação Data: 07/02/2025, 15:00 hrs. Local: Sala Amarela da Pós-graduação/FCM
Banca(s) avaliadora(s)
Apresentação de Qualificação
Titulares
Kelly Cristina Brandao Da Silva - Presidente
Mônica Maria Farid Rahme- Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais
Rinaldo Voltolini- Universidade de São Paulo - Faculdade de Educação
Suplentes
Maria Fernanda Bagarollo


GOSTO OU DESGOSTO? (IN)SATISFAÇÃO CORPORAL DOS ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS DA UNICAMP: FATORES ASSOCIADOS E PERFIS DE RISCO

Candidato(a): Danielle Lilian Ribeiro Argolo Osorio Orientador(a): Amilton Dos Santos Junior
Mestrado em Ciências Médicas Coorientador(a): Paulo Dalgalarrondo
Apresentação de Defesa Data: 11/12/2024, 13:30 hrs. Local: Sala verde da Pós-Graduação/FCM
Banca avaliadora
Titulares
Amilton Dos Santos Junior - Presidente
Renata Cruz Soares De Azevedo
Celso Garcia Junior- São Leopoldo Mandic
Suplentes
Luiz Fernando Longuim Pegoraro - Universidade Estadual de Campinas
Giuliano Generoso - Centro de Pesquisa Clínica e Epidemiológica

Resumo


Avaliar a própria aparência física e dar uma nota para si mesmo aparentemente pode significar uma tarefa simples, porém neste ato, podem estar implícitos conceitos amplos e de um constructo mais complexo, que remete à definição de imagem corporal. A passagem entre ensino médio e faculdade e a vivência dessa fase de transição corporal e relacional pode influenciar nos comportamentos, na saúde e até nas vivências corporais, podendo gerar mudanças nas impressões sobre os corpos, bem como no seu grau de afeição ou insatisfação. Este estudo se propõe a verificar a associação do grau de satisfação da aparência física com dados sociodemográficos, de saúde física, mental, de identidade e qualidade de vida de estudantes de graduação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Para a coleta de dados, foi aplicado em 6.906 alunos de graduação de todos os períodos e campi da Unicamp, entre os anos de 2017 e 2018, um questionário amplo com a presença de diversas escalas validadas e testadas na população brasileira. A satisfação com a aparência física foi medida por meio de uma escala visual analógica numérica de 10 pontos, no qual zero significaria muito insatisfeito e 10 muito satisfeito. Foram utilizados testes de testes de Kruskall-Wallis para variáveis numéricas ou Qui-quadrado para variáveis categóricas e foram construídos modelos de regressão logística ordinal múltipla com critério de seleção de variáveis stepwise para encontrar o conjunto de fatores que melhor explicariam a satisfação com o corpo. Para todos os testes e modelos, o nível de significância estatística considerado nas análises foi de 5 . Dos 6.906 graduandos, 6.779 responderam à pergunta sobre satisfação com a aparência física. Destes, 3.172 (46,8 ) foram classificados como insatisfeitos, 2.899 (42,8 ) como neutros e apenas 708 (10,4 ) como satisfeitos. Pertencer ao gênero masculino e ter orientação heterossexual, ter uma condição socioeconômica mais alta, ter uma melhor qualidade de vida, ter menores pontuações nas escalas SRQ-20, IAT, não ter antecedente de transtorno mental, não usar psicotrópicos, não apresentar comportamentos auto lesivos e suicidas, não apresentar doença física, praticar atividade física, pertencer a um grupo étnico e ter orgulho deste pertencimento, ter menores níveis de discriminação, não ser uma minoria sexual e de gênero e estar confortável com a própria orientação sexual e identidade de gênero se associaram com satisfação com a aparência física. As associações descritas nos resultados apontam para a necessidade de estudos futuros nesta população que é jovem, está em fase de transição tanto corporal quanto relacional e que apresenta possivelmente repercussões mentais, físicas, de qualidade de vida para além da satisfação com a aparência física. Apesar disso, promover uma melhor relação com o próprio corpo pode ser uma estratégia potente de intervenção nesta população a despeito da presença da insatisfação corporal.



Comparação entre Neovascularização e Hipermetabolismo Celular no Mieloma Múltiplo Utilizando Imagens de PET/CT [68Ga]Ga-PSMA-11 e PET/CT [18F]FDG.

Candidato(a): Fernanda de Cássia Frasson Carvalho Orientador(a): Celso Dario Ramos
Doutorado em Clínica Médica
Apresentação de Defesa Data: 11/12/2024, 13:30 hrs. Local: Sala Azul
Banca avaliadora
Titulares
Celso Dario Ramos - Presidente
George Barberio Coura Filho- Instituto do Câncer do Estado de São Paulo - Octávio Frias de Oliveira
Daniel Massaro Onusic- Centro de Engenharia Biomédica - Unicamp
Cristina Eunice Okuyama Costa- Universidade Estadual de Campinas
Denise Engelbrecht Zantut Wittmann
Suplentes
Claudio Tinoco Mesquita - Universidade Federal Fluminense
Edna Marina de Souza - Centro de Engenharia Biomédica - Unicamp
Alessandra Winter Spagnol - Universidade Estadual de Campinas

Resumo


Objetivo: Mieloma múltiplo (MM) é um câncer hematológico que se caracteriza pela proliferação clonal de plasmócitos malignos no microambiente da medula óssea (MO). O PET/CT com ([18F]FDG) tem sido usado no manejo de pacientes com mieloma múltiplo no estadiamento, re-estadiamento e avaliação de resposta à terapia. No entanto, ocorrem resultados falso-negativos principalmente nos casos de infiltração difusa da medula óssea ou de lesões com baixa atividade metabólica glicolítica. O antígeno de membrana específico da próstata (subtipo 11) radiomarcado com gálio-68 ([68Ga]Ga-PSMA-11) tem se destacado um excelente marcador de neoangiogênese, acumulando-se em diversas neoplasias além do câncer de próstata. Como resultado, ocorreram relatos de casos de achado incidental de intensa captação de [68Ga]Ga-PSMA-11 em lesões por MM. Não há na literatura séries retrospectivas ou prospectivas que avaliem a capacidade do PET/CT com [68Ga]Ga-PSMA-11 para detectação de lesões ativas de MM. O objetivo deste trabalho foi comparar neovascularização e hipermetabolismo celular no mieloma múltiplo utilizando imagens de PET/CT [68Ga]Ga-PSMA-11 e PET/CT [18F]FDG.

Materiais e métodos: Vinte pacientes consecutivos com MM sintomático comprovado por biópsia foram submetidos a PET/CT de corpo inteiro com [18F] FDG e [68Ga]Ga-PSMA-11 com intervalo de tempo de 1 a 8 dias entre os procedimentos. Todas as lesões foram contadas e tiveram seu SUV máximo (SUVmax) medido. A correlação intraclasse (ICC) foi usada para avaliar a concordância entre os resultados de [18F]FDG e os e achados de PET/CT [68Ga] Ga-PSMA-11.

Resultados: O PET/CT com [18F]FDG identificou 84 das 266 lesões de MM em 17 pacientes, enquanto o PET/CT com [68Ga]Ga-PSMA-11 detectou 71 das lesões em 19 pacientes. Quarenta e três (16 ) lesões foram detectadas apenas com [68Ga]Ga-PSMA-11 e 76 (29 ) apenas com [18F]FDG. Ambos os traçadores identificaram 147 (55 ) lesões. Houve diferenças na distribuição intralesional dos dois radiofármacos (mismatch intralesional) em 25 dessas 147 lesões, encontradas em 8 pacientes diferentes. Lesões diferentes com captação apenas de [18F]FDG ou [68Ga] Ga-PSMA-11 no mesmo paciente foram encontradas em 4 pacientes. O valor padronizado de captação máximo (SUVmax) mais alto de [18F]FDG e de [68Ga]Ga-PSMA-11 teve uma mediana (mín-máx) de 6,5 (2,0–37,8) e 5,5 (1,7–51,3), respectivamente. As imagens de [18F]FDG e [ 68Ga] Ga-PSMA-11 identificaram respectivamente 18 e 19 lesões em tecidos moles. Os achados considerados falso-positivos com [18F]FDG (processos inflamatórios ou infecciosos) tiveram captação mínima ou nenhuma captação de [68Ga]Ga-PSMA-11. A análise comparativa dos dois radiofármacos mostrou consistência (ICC≥0,75) para número de lesões, número de lesões de tecidos moles e maior SUVmax em cada paciente.

Conclusão: Os exames PET/CT com [18F]FDG e com [68Ga]Ga-PSMA-11 isoladamente detectam a maior parte das lesões do MM. Quase metade das lesões captaram somente [18F]FDG (indicando elevada atividade glicolítica e baixa neoangiogênese) ou apenas [68Ga]Ga-PSMA-11 (indicando o oposto). Assim, os dois traçadores parecem ser complementares na detecção de lesões de MM. A intensa captação de [68Ga]Ga-PSMA-11 em alguns pacientes com MM sugere uma possível abordagem teranóstica em casos selecionados, que poderiam ter a opção de tratamento com [177Lu]PSMA ou [225Ac]PSMA.



A RELAÇÃO DOS FATORES SOCIODEMOGRÁFICOS, CLÍNICOS E DESFECHOS EM SAÚDE COM SARCOPENIA, OBESIDADE SARCOPÊNICA E OSTEOSSARCOPENIA EM PESSOAS IDOSAS: ABORDAGEM EM ANÁLISE DE REDES

Candidato(a): Maura Fernandes Franco Orientador(a): Arlete Maria Valente Coimbra
Doutorado em Gerontologia Coorientador(a): Ibsen Bellini Coimbra
Apresentação de Defesa Data: 11/12/2024, 13:30 hrs. Local: Anfiteatro
Banca avaliadora
Titulares
Arlete Maria Valente Coimbra - Presidente
Faculdade de Ciências Médicas - Universidade Estadual de Campinas- Faculdade de Ciências Médicas - Universidade Estadual de Campinas
Karla Helena Coelho Vilaça e Silva- Universidade Católica de Brasília
Flávia Silva Arbex Borim- Faculdade de Ciências Médicas UNICAMP
Vera Lucia Szejnfeld- Universidade Federal de São Paulo
Zoraida Sachetto
Suplentes
Juliana Martins Pinto - Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Alisson Aliel Vigano Pugliesi - FCM/Depto Clínica Médica
José Roberto Provenza

Resumo


Introdução: O envelhecimento populacional, especialmente nas regiões em desenvolvimento, é um fenômeno complexo que traz desafios sociais e de saúde, refletindo a coexistência de condições como sarcopenia, obesidade e osteoporose. Essas condições são multifatoriais e estão interligadas por mecanismos fisiopatológicos comuns, como a redistribuição da gordura corporal e a inflamação crônica. A análise de redes é uma técnica estatística gráfica que permite observar as relações entre essas variáveis, ajudando a entender como elas impactam a qualidade de vida dos idosos e a sobrecarga dos sistemas de saúde. Objetivos: 1) Comparar visualmente os modelos de redes de sarcopenia, obesidade sarcopênica e osteossarcopenia. 2) Estimar as razões de chances para os desfechos quedas, fraturas e incapacidade funcional nos modelos de redes. 3) Verificar a estabilidade dos modelos de redes de sarcopenia, obesidade sarcopênica e osteossarcopenia. 4) Verificar e comparar os valores de predição de todas as variáveis inseridas nos modelos de sarcopenia, obesidade sarcopênica e osteossarcopenia. Métodos: Esta tese compreendeu um estudo sobre prevalência e fatores associados a sarcopenia e outro sobre as relações de sarcopenia, obesidade sarcopênica e osteossarcopenia com fatores sociofemográficos, clínicos e desfechos em saúde, como quedas, fraturas e capacidade funcional. Os dois estudos transversais foram realizados com dados secundários de um estudo piloto (2013-2014), com uma população idosa brasileira residente na comunidade. A sarcopenia foi definida segundo o European Working Group on Sarcopenia in Older People (EWGSOP2). A composição corporal foi avaliada por meio da absorciometria de raios-X de dupla energia (DXA). A obesidade e a osteopenia/osteoporose foram classificadas de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Foram utilizados modelos de redes para verificar a correlação entre os múltiplos fatores simultaneamente e comparar visualmente as associações em cada modelo. Resultados: Os resultados foram apresentados em dois artigos científicos. O primeiro artigo demonstrou associações da sarcopenia com idade, raça, nível de escolaridade, renda familiar, massa óssea, sintomas depressivos, doenças cardiovasculares, diabetes, colesterol total e reumatismo. O segundo artigo demonstrou que as variáveis sexo, raça, incontinência urinária, sintomas depressivos e níveis de hemoglobina estiveram relacionados com sarcopenia, obesidade sarcopênica e osteossarcopenia. A sarcopenia foi prevista em mais de 60 no primeiro estudo e mais de 70 no segundo; a obesidade sarcopênica e a osteossarcopenia foram previstas em mais de 50 e 60 , respectivamente, e todos os desfechos de saúde foram previstos em mais de 70 . Conclusão: Há uma forte associação entre sarcopenia, obesidade sarcopênica e osteossarcopenia com fatores sociodemográficos e clínicos em pessoas idosas brasileiras. A análise de redes revelou as complexas inter-relações entre essas condições, destacando a necessidade de rastreamento precoce e intervenções direcionadas, especialmente para subgrupos vulneráveis e a importância de futuros estudos longitudinais para aprofundar a compreensão das interações e seus impactos na saúde da população idosa.



RELAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL MEDIDA NA PANTURRILHA COM A PRESSÃO ARTERIAL MEDIDA NO BRAÇO E A RIGIDEZ ARTERIAL: UM ESTUDO DE POPULAÇÃO GERAL

Candidato(a): Edmilson Rocha Marques Orientador(a): Wilson Nadruz Junior
Doutorado em Clínica Médica
Apresentação de Defesa Data: 11/12/2024, 14:00 hrs. Local: Sala Laranja
Banca avaliadora
Titulares
Wilson Nadruz Junior - Presidente
Bruno Augusto Goulart Campos
Annelise Machado Gomes de Paiva- CESMAC Centro Universitário
Audes Diógenes de Magalhães Feitosa- Universidade Federal de Pernambuco
Rodrigo Bezerra- Universidade de Pernambuco
Suplentes
Denise Engelbrecht Zantut Wittmann
Marcos Ferreira Minicucci
Leonardo Antonio Mamede Zornoff - UNESP BOTUCATU

Resumo


Objetivo: A medida da pressão arterial (PA) na perna é utilizada na impossibilidade de se proceder à medida de pressão arterial no braço (PAB). Além disso, a PA medida na panturrilha (PAP), pode ter uma maior associação com remodelamento cardiovascular do que a PAB especialmente quando feita em posição ortostática. Por outro lado, a relação entre PAP e marcadores de rigidez arterial é, até o momento, pouco conhecida. Neste estudo, investigamos a relação entre PAP e PAB e procuramos avaliar se a PAP seria superior na predição de rigidez arterial elevada [velocidade da onda de pulso (VOP)>10m/s].

Métodos: Foram avaliadas características clínicas e laboratoriais, medidas de PA e VOP em 1.397 indivíduos residentes em Baependi, Brasil, entre 2017-2019. As medidas de PAB e PAP foram igualmente avaliadas em posição supina, enquanto a PAB também foi medida em posição sentada e a PAP medida em pé. Utilizou-se para o estudo esfigmomanômetros oscilométricos A VOP carotídeo-femoral foi medida usando um mecanotransdutor não invasivo.

Resultados: A amostra foi composta por 62,7 de mulheres e tinha idade média de 48,1±15,4 anos e 8,4 de indivíduos com VOP>10m/s. Após análise de regressão linear, observou-se que valores de PAP supina de 164/81 mmHg e 166/78 mmHg e de PAP em pé de 217/137 mmHg e 221/137 mmHg, foram equivalentes aos valores de PAB de 140/90 mmHg em decúbito dorsal e em posição sentada, respectivamente. As diferenças entre PAB-PAP foram associadas com idade, taxa de filtração glomerular, índice de massa corporal, tabagismo, colesterol-LDL, diabetes e altura. Além disso, a análise de regressão logística revelou que a PAB sistólica medida em posição supina, mas não a medida da PAP, foi independentemente associada ao aumento da rigidez arterial.

Conclusão: Quando apenas as medidas de PAP em posições supina e ortostática estiverem disponíveis, os valores de »165/80mmHg e »220/135mmHg têm potencial para serem utilizados para o diagnóstico de hipertensão. Por outro lado, a PAP não foi superior à PAB na predição de aumento da rigidez arterial.

Descritores: Pressão arterial; hipertensão; velocidade de onda de pulso; panturrilha; braço.



Candidato(a): Laís Pereira Feres Orientador(a): Carmen Silvia Passos Lima
Mestrado Profissional em Oncologia
Apresentação de Qualificação Data: 11/12/2024, 16:00 hrs. Local: sala FCM a combinar
Banca avaliadora
Titulares
Carmen Silvia Passos Lima - Presidente
Suplentes
Juliana Carron - Faculdade de Ciências Médicas UNICAMP
Carlos Takahiro Chone
Ericka Francislaine Dias Costa - Faculdade de Ciências Médicas / UNICAMP