Qualificações e Defesas

Resultados obtidos

Candidato(a): Fábio Arthuso Orientador(a): Lucia Helena Reily
Doutorado em Saúde, Interdisciplinaridade e Reabilitação
Apresentação de Qualificação Data: 26/11/2024, 09:00 hrs. Local: Sala Amarela da Pós-graduação/FCM
Banca(s) avaliadora(s)
Apresentação de Qualificação
Titulares
Lucia Helena Reily - Presidente
Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp- Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp
Amanda Brait Zerbeto
Ana Maria Rodriguez Costas
Suplentes
Selma Machado Simao


ADAPTAÇÃO PARENTAL À DEFICIÊNCIA DE MÃES DE CRIANÇAS COM PARALISIA CEREBRAL E MÃES DE CRIANÇAS COM SÍNDROME CONGÊNITA PELO ZIKA VÍRUS

Candidato(a): Ana Carolina Franzolin Araujo Rezende Orientador(a): Regina Yu Shon Chun
Doutorado em Saúde, Interdisciplinaridade e Reabilitação
Apresentação de Defesa Data: 03/12/2024, 08:30 hrs. Local: Anfiteatro do prédio do Pós (já reservei)
Apresentação de Qualificação Data: 08/11/2023, 09:30 hrs. Local: Anfiteatro da Pós-Graduação/FCM
Banca(s) avaliadora(s)
Apresentação de Defesa
Titulares
Regina Yu Shon Chun - Presidente
Ana Paula Ramos de Souza- Universidade Federal do Rio Grande do Sul,
Kelly Cristina Brandao Da Silva
Maria De Lurdes Zanolli
Vitor Daniel Ferreira Franco- Universidade de Évora
Suplentes
Amanda Brait Zerbeto
Rosana Carla do Nascimento Givigi - Universidade Federal de Sergipe, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde.
Maria Cecília Bonini Trenche - PUC SP FACULDADE DE FONOAUDIOLOGIA
Apresentação de Qualificação
Titulares
Regina Yu Shon Chun - Presidente
Vitor Daniel Ferreira Franco- Universidade de Évora
Maria Filomena De Gouveia Vilela
Ana Paula Ramos de Souza- Universidade Federal do Rio Grande do Sul,
Suplentes
Maria De Lurdes Zanolli

Resumo


Introdução: O nascimento e diagnóstico de um filho com uma deficiência requer adaptação a uma parentalidade com condições desafiadoras, que podem se agravar ao longo do tempo. Um número considerável de crianças com deficiência dependem de cuidados para suas atividades diárias, que variam de acordo com a deficiência da criança, mas causam grande impacto na dinâmica familiar, bem como na comunidade e na sociedade. Ainda não são conhecidos os fatores que levam certos familiares a se adaptarem a essa realidade mais facilmente do que outros. Tanto os cuidados com a saúde física e atenção integral à criança com deficiência, bem como o cuidado com o bem-estar psíquico dos familiares, requerem um olhar especial dos provedores de serviços de saúde. Objetivo geral: Conhecer os fatores associados à adaptação parental à deficiência de mães de crianças com deficiência. Objetivos específicos: Conhecer os fatores associados à adaptação parental à deficiência de mães de crianças com Paralisia Cerebral (PC) (Artigo 1); Conhecer os fatores associados à adaptação parental à deficiência de mães de crianças com Síndrome Congênita pelo Zika Vírus (SCZV) (Artigo 2); Conhecer os fatores associados à adaptação parental à deficiência de mães de crianças com PC e mães de crianças com SCZV (Artigo 3). Método: A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética da Universidade Estadual de Campinas sob parecer no 4.573.920 / CAAE no 39923120.2.0000.5404. Trata-se de estudo analítico-transversal. A coleta de dados foi realizada por meio da aplicação da Escala Parental de Adaptação à Deficiência (EPAD), além de uma questão aberta. Na análise estatística utilizou-se o Teste Mann-Whitney para comparação das questões e dimensões da EPAD. Resultados: A maioria das mães pontuou mais alto na subescala desenvolvimento da EPAD do que em não-adaptação. As seguintes dimensões apresentaram diferenças estatisticamente significantes: capacidades, idealização e depressão, evidenciando menor adaptação parental à deficiência das mães de crianças com SCZV nessas dimensões. Na dimensão culpa, os resultados mostram que mães do grupo PC tendem a culpabilizar terceiros como a equipe médica pela condição clínica de seus filhos, enquanto mães do grupo SCZV responsabilizam o poder público pela omissão no controle da epidemia de Zika Vírus e pela deficiência de seus filhos. Apoio social foi a dimensão com a menor média da subescala desenvolvimento e funcionalidade foi a dimensão com a maior média da subescala não-adaptação, em ambos os grupos. O sentimento de tristeza e de se sentir sozinha nos cuidados dos filhos foi mais frequente entre as mães do grupo SCZV. Uma participante, das 40 participantes, obteve pontuação mais alta na subescala não-adaptação do que na subescala desenvolvimento. Conclusão: A maior das mães demonstra níveis satisfatórios de adaptação parental à deficiência de seus filhos. As diferenças observadas nas dimensões capacidades, idealização e depressão evidenciam menor adaptação parental à deficiência entre mães de crianças com SCZV nessas dimensões. A falta de apoio social se mostrou presente em ambos os grupos, tanto nos resultados da EPAD, como nos relatos das mães, porém é mais evidente entre as mães de crianças com SCZV. Tais resultados reforçam a necessidade de um olhar mais aprofundado para os diversos atravessamentos sociais que mães de crianças com PC e SCZV sofrem, para além do diagnóstico de seus filhos.



Candidato(a): Pedro Henrique Silva Carvalho Orientador(a): Rita De Cassia Ietto Montilha
Doutorado em Saúde, Interdisciplinaridade e Reabilitação Coorientador(a): Maria Fernanda Bagarollo
Apresentação de Qualificação Data: 09/12/2024, 09:00 hrs. Local: Sala Amarela da Pós-graduação
Banca(s) avaliadora(s)
Apresentação de Qualificação
Titulares
Rita De Cassia Ietto Montilha - Presidente
Maria Elisabete Rodrigues F Gasparetto
Amanda Brait Zerbeto
Suplentes
Zelia Zilda Lourenco De C Bittencourt
Irani Rodrigues Maldonade


FUNCIONALIDADE E INCAPACIDADE EM ADULTOS AUTISTAS PELO WHODAS 2.O E AS REPERCUSSÕES NA VIDA EM SUA PRÓPRIA PERCEPÇÃO

Candidato(a): Fernanda Caroline Pinto da Silva Orientador(a): Regina Yu Shon Chun
Doutorado em Saúde, Interdisciplinaridade e Reabilitação
Apresentação de Defesa Data: 10/12/2024, 09:00 hrs. Local: Anfiteatro da Pós-Graduação/FCM
Apresentação de Qualificação Data: 17/06/2024, 09:00 hrs. Local: Anfiteatro da Pós-Graduação da FCM-UNICAMP
Banca(s) avaliadora(s)
Apresentação de Defesa
Titulares
Regina Yu Shon Chun - Presidente
Amanda Brait Zerbeto
Shamyr Sulyvan de Castro- Universidade Federal do Ceará
Ana Carolina Constantini
Elenir Fedosse- Universidade Federal de São Paulo
Suplentes
Regina Zanella Penteado - Universidade Estadual Paulista - Campus de Rio Claro
Maria Cristina Pedro Biz - Universidade Federal de São Paulo
Luiz Fernando Longuim Pegoraro - Universidade Estadual de Campinas
Apresentação de Qualificação
Titulares
Regina Yu Shon Chun - Presidente
Helenice Yemi Nakamura
Maria Cristina Pedro Biz- Universidade Federal de São Paulo
Luiz Fernando Longuim Pegoraro- Universidade Estadual de Campinas
Suplentes
Amanda Brait Zerbeto
Shamyr Sulyvan de Castro - Universidade Federal do Ceará

Resumo


Introdução: O Transtorno do Espectro Autista é uma condição do neurodesenvolvimento, com alterações sociocomunicativas e comportamentais, e prejuízos na funcionalidade ao longo da vida. Há vasta literatura sobre o autismo em crianças e adolescentes, mas a funcionalidade, incapacidade e suas repercussões na vida adulta, foco deste estudo, ainda carecem ser melhor investigadas. Objetivo Geral: Investigar os níveis de saúde e de deficiência de pessoas autistas adultas por meio do World Health Disability Assessment Schedule - WHODAS 2.0. Método: Pesquisa aprovada pelo CEP sob n.4.541.106. Estudo observacional descritivo transversal, com 60 pessoas adultas autistas, de 18 a 65 anos, níveis 1 e 2 de apoio. Os participantes responderam a um questionário semiestruturado, contendo dados clínicos-sociodemográficos e ao World Health Disability Assessment Schedule 2.0, versão autoadministrada, de 36 itens. Realizou-se estatística descritiva e análise de regressão linear dos dados quantitativos, tomando dados sociodemográficos e clínicos como variáveis independentes e escores da escala como variável dependente, e Análise de Conteúdo dos dados qualitativos, tomando-se a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde - CIF como base conceitual para as categorias e subcategorias. Resultados: Apresentados no modo alternativo de tese por 2 artigos. Amostra predominantemente feminina, com alto nível de escolaridade, com predomínio de diagnóstico tardio de autismo, após os 30 anos, e classificada como nível 1 de apoio. Houve discrepância entre níveis de apoio e o autorrelato de suporte familiar. As dificuldades de comunicação social foram as mais referidas (96,67 ), seguidas das sensoriais (90 ), cognitivas (81,67 ), seletividade alimentar (70 ), e comportamentais (45 ), assim como alta frequência de comorbidade (86,67 ), principalmente de ansiedade e depressão, e uso de medicação (80 ). Os escores gerais de funcionalidade indicam maior prejuízo nos domínios de relações interpessoais (66,9), atividades de vida (63,7), participação (56,4) e cognição (48,7), e menor impacto nos domínios de autocuidado (27,2) e mobilidade (33,1). Na análise qualitativa, as dificuldades do autismo impactaram os seis domínios de vida da CIF, com maior prejuízo em cognição, relações interpessoais, atividades de vida e participação, corroborando os resultados do WHODAS 2.0. Dificuldades sensoriais-alimentares e cognitivo-comportamentais tiveram ampla interferência, inclusive nos domínios de autocuidado e mobilidade. Houve prejuízo em atividades e participação nos contextos sociais, educacionais e de trabalho, com barreiras físicas - estímulos sensoriais, sociais - acesso a serviços de saúde e atitudinais - incompreensão e estigmas. Conclusão: Resultados quantitativos e qualitativos estão em consonância e evidenciam a importância da avaliação da funcionalidade baseada na abordagem biopsicossocial, que considera as deficiências como resultado da interação entre a pessoa autista e o ambiente, dá voz às pessoas adultas autistas, tornando-as ativas e coparticipativas no processo de compreensão da sua condição de saúde e de suas necessidades. A discrepância entre os níveis de apoio e de suporte familiar demonstram divergências entre a análise dos profissionais e a autopercepção dos participantes quanto ao nível de funcionalidade. O diagnóstico tardio e a falta de suporte acarretam impactos na vida e interfere no nível de funcionalidade das pessoas.



Candidato(a): Thalita Andrade Berlandi Orientador(a): Rita De Cassia Ietto Montilha
Mestrado em Saúde, Interdisciplinaridade e Reabilitação
Apresentação de Qualificação Data: 13/12/2024, 09:00 hrs. Local: Videoconferencia
Banca(s) avaliadora(s)
Apresentação de Qualificação
Titulares
Rita De Cassia Ietto Montilha - Presidente
Maria Jose D Elboux
Maria Elisabete Rodrigues F Gasparetto
Suplentes
Denis Barbosa Cacique


Candidato(a): Claudia de Souza Ozores Caldas Orientador(a): Irani Rodrigues Maldonade
Doutorado em Saúde, Interdisciplinaridade e Reabilitação
Apresentação de Qualificação Data: 16/12/2024, 14:00 hrs. Local: Sala 05 - LEGO/FCM
Banca(s) avaliadora(s)
Apresentação de Qualificação
Titulares
Irani Rodrigues Maldonade - Presidente
Carla Salles Chamouton- Faculdade de Ciências Médicas / UNICAMP
Mirian Hideko Nagae Espinosa
Suplentes
Ivani Rodrigues Silva


Candidato(a): Carolina Belisário Bizutti Fernandes Orientador(a): Kelly Cristina Brandao Da Silva
Doutorado em Saúde, Interdisciplinaridade e Reabilitação
Apresentação de Qualificação Data: 03/02/2025, 09:00 hrs. Local: Sala Amarela da Pós-graduação/FCM
Banca(s) avaliadora(s)
Apresentação de Qualificação
Titulares
Kelly Cristina Brandao Da Silva - Presidente
Amanda Dourado Souza Akahosi Fernandes- Universidade Federal de São Carlos
Nubia Garcia Vianna
Vladimir Andrei Rodrigues Arce- Universidade Federal da Bahia
Regina Yu Shon Chun
Suplentes
Maria Fernanda Bagarollo


Candidato(a): Kauê da Costa Alves Orientador(a): Kelly Cristina Brandao Da Silva
Mestrado em Saúde, Interdisciplinaridade e Reabilitação
Apresentação de Qualificação Data: 07/02/2025, 15:00 hrs. Local: Sala Amarela da Pós-graduação/FCM
Banca(s) avaliadora(s)
Apresentação de Qualificação
Titulares
Kelly Cristina Brandao Da Silva - Presidente
Mônica Maria Farid Rahme- Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais
Rinaldo Voltolini- Universidade de São Paulo - Faculdade de Educação
Suplentes
Maria Fernanda Bagarollo


PESQUISA DO ANTICORPO ANTI-RECEPTOR DE FOSFOLIPASE A2 SÉRICO E DO RECEPTOR DE FOSFOLIPASE A2 GLOMERULAR E SUAS APLICAÇÕES CLÍNICAS NA NEFROPATIA MEMBRANOSA

Candidato(a): Giovana Mariani Orientador(a): Ricardo De Lima Zollner
Doutorado em Clínica Médica Coorientador(a): Maria Almerinda Vieira Fernandes R Alves
Apresentação de Defesa Data: 11/12/2024, 09:00 hrs. Local: Anfiteatro do Departamento de Clínica Médica
Banca avaliadora
Titulares
Ricardo De Lima Zollner - Presidente
Vera Maria Santoro Belangero
Márcio Dantas
Athanase Billis
Luis Yu
Suplentes
Soraia Rambalducci Marchi da Rocha
Jose Antonio Rocha Gontijo
Ricardo Augusto de Miranda Cadaval

Resumo


Introdução: A nefropatia membranosa (NM) é uma das principais causas de síndrome nefrótica no mundo, caracterizada pela formação de depósitos imunes na base dos podócitos e espessamento da membrana basal glomerular (MBG). Em sua forma primária (NMP), é considerada doença autoimune desde a descrição do receptor de fosfolipase A2 (PLA2R), antígeno podocitário presente em 70 dos casos e contra o qual é formada uma imunoglobulina G (IgG), predominantemente da subclasse IgG4. Nas formas secundárias, outros antígenos costumam estar presentes.

Objetivo Principal: Pesquisar a presença do antígeno PLA2R em tecido renal e o anticorpo anti-PLA2R em soro de pacientes com NM.

Objetivo Secundário: Avaliar expressão de PLA2R em tecido renal e presença do anticorpo anti-PLA2R no soro de pacientes acometidos e controles e correlacionar com dados clínicos como creatinina sérica, albumina sérica e proteinúria.

Materiais e Métodos: Retrospectivamente, foram avaliados dados clínicos e tecido renal para pesquisa do PLA2R por meio de imunohistoquímica (IH) em pacientes com NM, diagnosticados entre janeiro de 2006 e dezembro de 2020. Prospectivamente, foi realizada coleta de soro seriada trimestralmente durante 12 meses de subgrupo de pacientes em seguimento atual no serviço, entre janeiro de 2020 e dezembro de 2021, para pesquisa do anti-PLA2R circulante por meio da técnica de ELISA (Enzyme Linked ImmunoSorbent Assay). Grupo controle incluiu pacientes com NM secundária ao lúpus eritematoso sistêmico (LES), com outras glomerulopatias proteinúricas e pacientes hígidos. Neste subgrupo, foi pesquisada reatividade de IgG4 sérica contra antígenos podocitários utilizando linhagem de podócitos CIHP1 (Conditionally immortalized human podocytes-1) por meio de IH.

Resultados: Foi avaliada expressão do PLA2R por IH em tecido renal de 50 pacientes, presente em 80 dos casos com NMP. Não houve diferenças nos dados clínicos entre pacientes com PLA2R presente ou ausente. Não houve expressão do PLA2R em pacientes com NM secundária ou com outras glomerulopatias. Subgrupo de oito pacientes com NMP tiveram análise seriada do anti-PLA2R por ELISA, sendo que os títulos do anticorpo se correlacionaram negativamente com albumina sérica e positivamente com proteinúria, tanto na análise global (ambos com p < 0,0001), quanto na subanálise com indivíduos anti-PLA2R presente versus ausente (p < 0,0001 e p = 0,0003, respectivamente). Não houve diferença com relação à função renal. A pesquisa de IgG4 sérica contra antígenos podocitários teve resultados divergentes da pesquisa de IgG total pelo ELISA, com possivelmente reatividade contra outros antígenos, visto que não foi identificada expressão do PLA2R nos podócitos in vitro.

Discussão e conclusão: Neste estudo, foi corroborada a elevada sensibilidade e especificidade do PLA2R na NMP e a correlação dos títulos do anticorpo com dados clínicos, como albumina sérica e proteinúria. Não foi possível estabelecer associações entre anticorpo e tratamento nesse grupo, por se tratar de pacientes tratados. Entretanto, já está bem estabelecido que a pesquisa da expressão do antígeno PLA2R em tecido renal e a quantificação de anticorpo circulante anti-PLA2R são imprescindíveis no diagnóstico, avaliação prognóstica e condução terapêutica de pacientes com NM. A pesquisa de IgG4 sérica contra antígenos podocitários não foi uma técnica válida para pacientes com NMP.



ESFEROIDES DE CÉLULAS MESENQUIMAIS ESTROMAIS DE LÍQUIDO AMNIÓTICO HUMANO INCORPORADOS EM HIDROGEL TERMOSSENSÍVEL PARA USO EM MEDICINA REGENERATIVA DE LESÕES DE CARTILAGEM

Candidato(a): Carolina Coli Zuliani Orientador(a): Ibsen Bellini Coimbra
Doutorado em Clínica Médica Coorientador(a): Angela Maria Moraes
Apresentação de Defesa Data: 11/12/2024, 09:00 hrs. Local: Anfiteatro 2 - LEGO - FCM
Banca avaliadora
Titulares
Ibsen Bellini Coimbra - Presidente
Alessandro Rozim Zorzi- Universidade Estadual de Campinas
Márcia Uchoa de Rezende- Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
Rodrigo Goncalves Pagnano
Ricardo Fuller- Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo
Suplentes
Alisson Aliel Vigano Pugliesi - FCM/Depto Clínica Médica
Stela Márcia Mattiello - Universidade Federal de São Carlos
Gustavo Constantino de Campos - Universidade Estadual de Campinas
Rubens Bonfiglioli - PUCCAMP

Resumo


Lesões na cartilagem articular, causadas por traumas, esportes ou doenças crônicas como osteoartrite (OA), têm baixa capacidade de regeneração devido à falta de vascularização e baixa celularidade. Nenhum fármaco ou terapia se mostrou eficaz para tratamento definitivo, levando frequentemente à necessidade de cirurgias como artroplastia. Isso ressalta a importância de desenvolver novas terapias baseadas em medicina regenerativa, que combinam biomateriais e células estromais para a regeneração de lesões. Nesta pesquisa foram utilizadas células estromais mesenquimais provenientes de líquido amniótico (LA-CEM) de mulheres gestantes de segundo trimestre coletadas durante exame de amniocentese. A população de células CD117 positivas foi isolada, caracterizada, expandida em monocamada e diferenciada sob ação de TGF-beta3 em sistema de cultivo tridimensional (3D) formando esferoides. Para isso foi utilizado um micromolde de hidrogel não adesivo de agarose, formado a partir de um molde rígido de acrílico, projetado e fabricado por tecnologia de impressão 3D. Os esferoides obtidos foram incorporados em hidrogel termossensível com ponto de gelificação a 30,7°C, composto por metilcelulose e carboximetil quitosana. Os esferoides exibiram boa uniformidade, viabilidade celular e capacidade de produção de matriz extracelular, com a produção de colágeno tipo II e agrecano semelhante ao tecido da cartilagem. Quando submetidos à técnica de fusão sequencial, os esferoides foram capazes de produzir microrecidos cartilaginosos em 7 dias. Os resultados sugerem que essa abordagem pode ser promissora para engenharia de tecidos, aplicações em técnicas de medicina regenerativa, estudos de condrogênese e testes de drogas. Além disso, sendo uma tecnologia nacional, poderia ser mais viável financeiramente para incorporação pelo Sistema Único de Saúde (SUS).



Lesão Miocárdica Subclínica em Pacientes com Polineuropatia Amiloidótica Familiar Relacionada a Transtirretina sem Sinais Clínicos de Cardiopatia

Candidato(a): Camila Nicolela Geraldo Martins Leite Orientador(a): Otavio Rizzi Coelho Filho
Mestrado em Ciências Médicas
Apresentação de Defesa Data: 11/12/2024, 09:00 hrs. Local: Sala laranja da Pós-Graduação/FCM
Banca avaliadora
Titulares
Otavio Rizzi Coelho Filho - Presidente
Marcelo Souto Nacif- Universidade Federal Fluminense
Roberto Schreiber
Suplentes
André Schmidt - Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo
Jose Roberto Matos Souza

Resumo


Introdução: A polineuropatia amiloidótica familiar (PAF) é uma doença autossômica dominante causada por variantes patológicas do gene da transtirretina (TTR). Mais de 120 mutações foram descritas nesse gene com a mesma repercussão: a alteração na configuração espacial da proteína transtirretina (TTR) e sua agregação em fibrilas amiloides. O fenótipo clássico é uma polineuropatia sensitivo-motora progressiva que envolve disautonomia, particularmente, quando relacionada a mutação Val50Met. Recentemente, há especial empenho em descrever o impacto da deposição amilóide em outros órgãos além do tecido nervoso periférico, tais como coração e sistema nervoso central. Nesse cenário, métodos sensíveis, com finalidade de avaliação dos danos relacionados ao TTR devem ser urgentemente desenvolvidos com objetivo de, não apenas identificar a doença em um estágio incipiente, mas quantificar as anormalidades teciduais nesses pacientes.

Objetivo: Avaliar o acometimento cardíaco em pacientes com ATTR e fenótipo predominantemente neurológico, sem manifestação clínica de cardiopatia, e correlacionar os dados de alteração estrutural do coração obtidos pela ressonância magnética cardíaca (RMC) com dados evolutivos da neuropatia periférica obtidos por escores de avaliação de acometimento neuromuscular: FAP Staging e NIS LL.

Métodos: Pacientes com amiloidose por transtirretina forma variante (ATTRv) foram recrutados e submetidos a avaliação clínica, exames laboratoriais e de imagem. A morfologia/função ventricular e a fração do volume extracelular miocárdico (ECV) foram quantificadas pela RMC, o strain longitudinal global (GLS) pela ecocardiografia, a deposição de proteína amiloide no miocárdio foi avaliada pela cintilografia com pirofosfato. Todos os participantes foram submetidos a teste de esforço cardiopulmonar.

Resultados: Foram avaliados 41 pacientes com amiloidose por TTR e 42 controles saudáveis. Dos pacientes com amiloidose por TTR 64,3 apresentavam mutação Val30Met, 67 estavam no estágio 1 do FAP Stage.O GLS, por sua vez, mostrou-se reduzido no grupo com amiloidose (ATTR: -16 ± 3.2 vs Controle -20.2 ± 2.5, p<0.001). Tanto o T1 nativo (FAP: 1.303,924 ± 120,152 vs. controles: 1.212,78 ± 76,01ms, p<0,05) quanto o ECV (FAP: 0,36 ± 0,1 vs. controles: 0,26 ± 0,02, p<0,001) estavam significativamente elevados entre os pacientes com FAP. Houve uma relação fortemente positiva entre o ECV e a Massa do ventrículo esquerdo indexada (R = 0,88, p = 3,7e-09). Também houve uma correlação positiva (R = 0,47, p = 0,0081) entre o escore de injúria neuromuscular (NIS) e o ECV em pacientes com amiloidose por transtirretina

Conclusão: Em pacientes com ATTR com neuropatia, documentamos alterações estruturais do coração pelo ecocardiograma, RMC e Cintilografia com pirofosfato. O aumento da massa do VE nesses pacientes está associado à expansão ECV e o grau de acometimento neurológico (NIS) se associou com a expansão do ECV e como a capacidade funcional pelo TECP.



Radioiodoterapia em pacientes com carcinoma diferenciado de tireoide na vigência de evidências bioquímicas de metástases e sem localização estrutural de lesões iodocaptantes: benefício da abordagem individualizada

Candidato(a): Fernanda Fabrini Gomes Orientador(a): Denise Engelbrecht Zantut Wittmann
Mestrado em Clínica Médica
Apresentação de Defesa Data: 11/12/2024, 09:00 hrs. Local: Anfiteatro
Banca avaliadora
Titulares
Denise Engelbrecht Zantut Wittmann - Presidente
Allan de Oliveira Santos- Sociedade Brasileira de Biologia e Medicina Nuclear e Imagem Molecular
Rosália do Prado Padovani- Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo
Suplentes
Adriano Namo Cury - Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
Elizabeth Joao Pavin

Resumo


Introdução: O câncer de tireoide é a neoplasia maligna mais comum no sistema endócrino e na área de cirurgia de cabeça e pescoço, sendo o câncer diferenciado de tireoide (CDT) o tipo mais comum. A vigilância para recorrências e metástases do CDT inclui a pesquisa de corpo inteiro com radioiodo (PCI) e níveis séricos de tireoglobulina (TG). Estudos anteriores mostraram que a PCI diagnóstica negativa e TG sérica elevada ocorrem em 10 –27 dos pacientes com CDT após a terapia inicial, achado que frequentemente suscita a condição de carcinoma refratário à terapia com o radioiodo, sabidamente associado a pior prognóstico e com taxa de sobrevida de 10 anos de menos de 10 . A decisão acerca da realização de dose empírica de radioiodo nesses pacientes, bem como a dose a ser realizada, não é consenso na literatura. Objetivo: Avaliar a resposta à radioiodoterapia administrada a pacientes com carcinoma diferenciado de tireoide com evidência bioquímica de doença metastática sem lesão iodocaptante (TG sérica elevada e PCI diagnóstica negativa) no seguimento pós tireoidectomia. Métodos: Estudo retrospectivo, de pacientes em seguimento em serviço terciário no período de 1990 a 2018. Foram incluídos 196 pacientes com CDT, PCI diagnóstica negativa e TG ou AcTg séricos elevados, divididos em dois grupos: Grupo 1 - recebeu radioiodoterapia (RIT) empírica (n: 72); Grupo 2: não realizada a RIT (n: 124). Resultados: As dosagens de tireoglobulina (TG) foram maiores no grupo 1 (RIT empírica) do que no grupo 2 em todos os momentos do seguimento clínico. Quanto à PCI pós RIT empírica, em 57,74 dos casos houve captação, sendo um terço com evidência de metástase à distância e 23,94 com captação cervical em remanescente/recidiva de tecido tireoidiano ou linfonodal. O grupo que recebeu RIT se associou à redução parcial da TG sérica suprimida enquanto o grupo em que não foi realizada RIT se associou à estabilidade da TG no seguimento. Conclusão: Após radioiodoterapia administrada com evidência bioquímica de metástases mas sem a identificação de doença estrutural iodocaptnte, foram identificados focos metastáticos ávidos por iodo em 57 dos casos, com subsequente redução sérica de TG, indicando potencial benefício terapêutico. Apesar de características histopatológicas tumorais semelhantes, a evolução foi diferente entre os pacientes que receberam ou não a RIT, ressaltando a relevância da individualização desta indicação.



Candidato(a): Fernanda Rodrigues da Cunha Orientador(a): Jose Dirceu Ribeiro
Mestrado em Saúde da Criança e do Adolescente Coorientador(a): Eulalia Sakano
Apresentação de Qualificação Data: 11/12/2024, 10:00 hrs. Local: Sala 09 CIPED
Banca avaliadora
Titulares
Jose Dirceu Ribeiro - Presidente
Aline Cristina Gonçalves- Faculdade de Ciências Médicas - Universidade Estadual de Campinas
Maria de Fátima Corrêa Pimenta Servidoni- Universidade Estadual de Campinas
Suplentes
Elizete Aparecida Lomazi