Qualificações e Defesas

Resultados obtidos

Candidato(a): Fábio Arthuso Orientador(a): Lucia Helena Reily
Doutorado em Saúde, Interdisciplinaridade e Reabilitação
Apresentação de Qualificação Data: 26/11/2024, 09:00 hrs. Local: Sala Amarela da Pós-graduação/FCM
Banca(s) avaliadora(s)
Apresentação de Qualificação
Titulares
Lucia Helena Reily - Presidente
Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp- Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp
Ana Maria Rodriguez Costas
Amanda Brait Zerbeto
Suplentes
Selma Machado Simao


ADAPTAÇÃO PARENTAL À DEFICIÊNCIA DE MÃES DE CRIANÇAS COM PARALISIA CEREBRAL E MÃES DE CRIANÇAS COM SÍNDROME CONGÊNITA PELO ZIKA VÍRUS

Candidato(a): Ana Carolina Franzolin Araujo Rezende Orientador(a): Regina Yu Shon Chun
Doutorado em Saúde, Interdisciplinaridade e Reabilitação
Apresentação de Defesa Data: 03/12/2024, 08:30 hrs. Local: Anfiteatro do prédio do Pós (já reservei)
Apresentação de Qualificação Data: 08/11/2023, 09:30 hrs. Local: Anfiteatro da Pós-Graduação/FCM
Banca(s) avaliadora(s)
Apresentação de Defesa
Titulares
Regina Yu Shon Chun - Presidente
Vitor Daniel Ferreira Franco- Universidade de Évora
Ana Paula Ramos de Souza- Universidade Federal do Rio Grande do Sul,
Kelly Cristina Brandao Da Silva
Maria De Lurdes Zanolli
Suplentes
Maria Cecília Bonini Trenche - PUC SP FACULDADE DE FONOAUDIOLOGIA
Amanda Brait Zerbeto
Rosana Carla do Nascimento Givigi - Universidade Federal de Sergipe, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde.
Apresentação de Qualificação
Titulares
Regina Yu Shon Chun - Presidente
Ana Paula Ramos de Souza- Universidade Federal do Rio Grande do Sul,
Vitor Daniel Ferreira Franco- Universidade de Évora
Maria Filomena De Gouveia Vilela
Suplentes
Maria De Lurdes Zanolli

Resumo


Introdução: O nascimento e diagnóstico de um filho com uma deficiência requer adaptação a uma parentalidade com condições desafiadoras, que podem se agravar ao longo do tempo. Um número considerável de crianças com deficiência dependem de cuidados para suas atividades diárias, que variam de acordo com a deficiência da criança, mas causam grande impacto na dinâmica familiar, bem como na comunidade e na sociedade. Ainda não são conhecidos os fatores que levam certos familiares a se adaptarem a essa realidade mais facilmente do que outros. Tanto os cuidados com a saúde física e atenção integral à criança com deficiência, bem como o cuidado com o bem-estar psíquico dos familiares, requerem um olhar especial dos provedores de serviços de saúde. Objetivo geral: Conhecer os fatores associados à adaptação parental à deficiência de mães de crianças com deficiência. Objetivos específicos: Conhecer os fatores associados à adaptação parental à deficiência de mães de crianças com Paralisia Cerebral (PC) (Artigo 1); Conhecer os fatores associados à adaptação parental à deficiência de mães de crianças com Síndrome Congênita pelo Zika Vírus (SCZV) (Artigo 2); Conhecer os fatores associados à adaptação parental à deficiência de mães de crianças com PC e mães de crianças com SCZV (Artigo 3). Método: A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética da Universidade Estadual de Campinas sob parecer no 4.573.920 / CAAE no 39923120.2.0000.5404. Trata-se de estudo analítico-transversal. A coleta de dados foi realizada por meio da aplicação da Escala Parental de Adaptação à Deficiência (EPAD), além de uma questão aberta. Na análise estatística utilizou-se o Teste Mann-Whitney para comparação das questões e dimensões da EPAD. Resultados: A maioria das mães pontuou mais alto na subescala desenvolvimento da EPAD do que em não-adaptação. As seguintes dimensões apresentaram diferenças estatisticamente significantes: capacidades, idealização e depressão, evidenciando menor adaptação parental à deficiência das mães de crianças com SCZV nessas dimensões. Na dimensão culpa, os resultados mostram que mães do grupo PC tendem a culpabilizar terceiros como a equipe médica pela condição clínica de seus filhos, enquanto mães do grupo SCZV responsabilizam o poder público pela omissão no controle da epidemia de Zika Vírus e pela deficiência de seus filhos. Apoio social foi a dimensão com a menor média da subescala desenvolvimento e funcionalidade foi a dimensão com a maior média da subescala não-adaptação, em ambos os grupos. O sentimento de tristeza e de se sentir sozinha nos cuidados dos filhos foi mais frequente entre as mães do grupo SCZV. Uma participante, das 40 participantes, obteve pontuação mais alta na subescala não-adaptação do que na subescala desenvolvimento. Conclusão: A maior das mães demonstra níveis satisfatórios de adaptação parental à deficiência de seus filhos. As diferenças observadas nas dimensões capacidades, idealização e depressão evidenciam menor adaptação parental à deficiência entre mães de crianças com SCZV nessas dimensões. A falta de apoio social se mostrou presente em ambos os grupos, tanto nos resultados da EPAD, como nos relatos das mães, porém é mais evidente entre as mães de crianças com SCZV. Tais resultados reforçam a necessidade de um olhar mais aprofundado para os diversos atravessamentos sociais que mães de crianças com PC e SCZV sofrem, para além do diagnóstico de seus filhos.



Candidato(a): Pedro Henrique Silva Carvalho Orientador(a): Rita De Cassia Ietto Montilha
Doutorado em Saúde, Interdisciplinaridade e Reabilitação Coorientador(a): Maria Fernanda Bagarollo
Apresentação de Qualificação Data: 09/12/2024, 09:00 hrs. Local: Sala Amarela da Pós-graduação
Banca(s) avaliadora(s)
Apresentação de Qualificação
Titulares
Rita De Cassia Ietto Montilha - Presidente
Maria Elisabete Rodrigues F Gasparetto
Amanda Brait Zerbeto
Suplentes
Zelia Zilda Lourenco De C Bittencourt
Irani Rodrigues Maldonade


FUNCIONALIDADE E INCAPACIDADE EM ADULTOS AUTISTAS PELO WHODAS 2.O E AS REPERCUSSÕES NA VIDA EM SUA PRÓPRIA PERCEPÇÃO

Candidato(a): Fernanda Caroline Pinto da Silva Orientador(a): Regina Yu Shon Chun
Doutorado em Saúde, Interdisciplinaridade e Reabilitação
Apresentação de Defesa Data: 10/12/2024, 09:00 hrs. Local: Anfiteatro da Pós-Graduação/FCM
Apresentação de Qualificação Data: 17/06/2024, 09:00 hrs. Local: Anfiteatro da Pós-Graduação da FCM-UNICAMP
Banca(s) avaliadora(s)
Apresentação de Defesa
Titulares
Regina Yu Shon Chun - Presidente
Amanda Brait Zerbeto
Shamyr Sulyvan de Castro- Universidade Federal do Ceará
Helenice Yemi Nakamura
Elenir Fedosse- Universidade Federal de São Paulo
Suplentes
Maria Cristina Pedro Biz - Universidade Federal de São Paulo
Luiz Fernando Longuim Pegoraro - Universidade Estadual de Campinas
Regina Zanella Penteado - Universidade Estadual Paulista - Campus de Rio Claro
Apresentação de Qualificação
Titulares
Regina Yu Shon Chun - Presidente
Helenice Yemi Nakamura
Maria Cristina Pedro Biz- Universidade Federal de São Paulo
Luiz Fernando Longuim Pegoraro- Universidade Estadual de Campinas
Suplentes
Amanda Brait Zerbeto
Shamyr Sulyvan de Castro - Universidade Federal do Ceará

Resumo


Introdução: O Transtorno do Espectro Autista é uma condição do neurodesenvolvimento, com alterações sociocomunicativas e comportamentais, e prejuízos na funcionalidade ao longo da vida. Há vasta literatura sobre o autismo em crianças e adolescentes, mas a funcionalidade, incapacidade e suas repercussões na vida adulta, foco deste estudo, ainda carecem ser melhor investigadas. Objetivo Geral: Investigar os níveis de saúde e de deficiência de pessoas autistas adultas por meio do World Health Disability Assessment Schedule - WHODAS 2.0. Método: Pesquisa aprovada pelo CEP sob n.4.541.106. Estudo observacional descritivo transversal, com 60 pessoas adultas autistas, de 18 a 65 anos, níveis 1 e 2 de apoio. Os participantes responderam a um questionário semiestruturado, contendo dados clínicos-sociodemográficos e ao World Health Disability Assessment Schedule 2.0, versão autoadministrada, de 36 itens. Realizou-se estatística descritiva e análise de regressão linear dos dados quantitativos, tomando dados sociodemográficos e clínicos como variáveis independentes e escores da escala como variável dependente, e Análise de Conteúdo dos dados qualitativos, tomando-se a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde - CIF como base conceitual para as categorias e subcategorias. Resultados: Apresentados no modo alternativo de tese por 2 artigos. Amostra predominantemente feminina, com alto nível de escolaridade, com predomínio de diagnóstico tardio de autismo, após os 30 anos, e classificada como nível 1 de apoio. Houve discrepância entre níveis de apoio e o autorrelato de suporte familiar. As dificuldades de comunicação social foram as mais referidas (96,67 ), seguidas das sensoriais (90 ), cognitivas (81,67 ), seletividade alimentar (70 ), e comportamentais (45 ), assim como alta frequência de comorbidade (86,67 ), principalmente de ansiedade e depressão, e uso de medicação (80 ). Os escores gerais de funcionalidade indicam maior prejuízo nos domínios de relações interpessoais (66,9), atividades de vida (63,7), participação (56,4) e cognição (48,7), e menor impacto nos domínios de autocuidado (27,2) e mobilidade (33,1). Na análise qualitativa, as dificuldades do autismo impactaram os seis domínios de vida da CIF, com maior prejuízo em cognição, relações interpessoais, atividades de vida e participação, corroborando os resultados do WHODAS 2.0. Dificuldades sensoriais-alimentares e cognitivo-comportamentais tiveram ampla interferência, inclusive nos domínios de autocuidado e mobilidade. Houve prejuízo em atividades e participação nos contextos sociais, educacionais e de trabalho, com barreiras físicas - estímulos sensoriais, sociais - acesso a serviços de saúde e atitudinais - incompreensão e estigmas. Conclusão: Resultados quantitativos e qualitativos estão em consonância e evidenciam a importância da avaliação da funcionalidade baseada na abordagem biopsicossocial, que considera as deficiências como resultado da interação entre a pessoa autista e o ambiente, dá voz às pessoas adultas autistas, tornando-as ativas e coparticipativas no processo de compreensão da sua condição de saúde e de suas necessidades. A discrepância entre os níveis de apoio e de suporte familiar demonstram divergências entre a análise dos profissionais e a autopercepção dos participantes quanto ao nível de funcionalidade. O diagnóstico tardio e a falta de suporte acarretam impactos na vida e interfere no nível de funcionalidade das pessoas.



Candidato(a): Thalita Andrade Berlandi Orientador(a): Rita De Cassia Ietto Montilha
Mestrado em Saúde, Interdisciplinaridade e Reabilitação
Apresentação de Qualificação Data: 13/12/2024, 09:00 hrs. Local: Videoconferencia
Banca(s) avaliadora(s)
Apresentação de Qualificação
Titulares
Rita De Cassia Ietto Montilha - Presidente
Maria Jose D Elboux
Maria Elisabete Rodrigues F Gasparetto
Suplentes
Denis Barbosa Cacique


Candidato(a): Claudia de Souza Ozores Caldas Orientador(a): Irani Rodrigues Maldonade
Doutorado em Saúde, Interdisciplinaridade e Reabilitação
Apresentação de Qualificação Data: 16/12/2024, 14:00 hrs. Local: Salas Lego ou Pós Graduação
Banca(s) avaliadora(s)
Apresentação de Qualificação
Titulares
Irani Rodrigues Maldonade - Presidente
Carla Salles Chamouton- Faculdade de Ciências Médicas / UNICAMP
Mirian Hideko Nagae Espinosa
Suplentes
Ivani Rodrigues Silva


Candidato(a): Carolina Belisário Bizutti Fernandes Orientador(a): Kelly Cristina Brandao Da Silva
Doutorado em Saúde, Interdisciplinaridade e Reabilitação
Apresentação de Qualificação Data: 03/02/2025, 09:00 hrs. Local: Sala Amarela da Pós-graduação/FCM
Banca(s) avaliadora(s)
Apresentação de Qualificação
Titulares
Kelly Cristina Brandao Da Silva - Presidente
Nubia Garcia Vianna
Vladimir Andrei Rodrigues Arce- Universidade Federal da Bahia
Regina Yu Shon Chun
Amanda Dourado Souza Akahosi Fernandes- Universidade Federal de São Carlos
Suplentes
Maria Fernanda Bagarollo


Candidato(a): Kauê da Costa Alves Orientador(a): Kelly Cristina Brandao Da Silva
Mestrado em Saúde, Interdisciplinaridade e Reabilitação
Apresentação de Qualificação Data: 07/02/2025, 15:00 hrs. Local: Sala Amarela da Pós-graduação/FCM
Banca(s) avaliadora(s)
Apresentação de Qualificação
Titulares
Kelly Cristina Brandao Da Silva - Presidente
Rinaldo Voltolini- Universidade de São Paulo - Faculdade de Educação
Mônica Maria Farid Rahme- Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais
Suplentes
Maria Fernanda Bagarollo


INFLUÊNCIA DA TRANSIDROGENASE DE NAD(P)+ MITOCONDRIAL NA DISFUNÇÃO METABÓLICA E OBESIDADE INDUZIDAS POR DIETA RICA EM GORDURA EM CAMUNDONGOS

Candidato(a): Giovanna Leite dos Santos Orientador(a): Roger Frigerio Castilho
Mestrado em Fisiopatologia Médica
Apresentação de Defesa Data: 09/12/2024, 13:30 hrs. Local: Anfiteatro - Prédio Pós Graduação FCM UNICAMP
Banca avaliadora
Titulares
Roger Frigerio Castilho - Presidente
Maria Cristina Cintra Gomes Marcondes
Ana Catarina Rezende Leite- Universidade Federal de Alagoas
Suplentes
Tiago Rezende Figueira - USP - Escola de Educação Física e Esporte
Bruna Bombassaro - Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas

Resumo


A proteína transidrogenase de NAD(P)+ mitocondrial (NNT) tem sido implicada em alterações metabólicas observadas na obesidade. Camundongos com o fundo genético C57BL/6J possuem uma mutação espontânea no gene Nnt, apresentando ausência de expressão desta proteína. Esses camundongos são conhecidos por apresentar maior suscetibilidade a distúrbios metabólicos induzidos por dieta. A maioria dos estudos sobre NNT no contexto da obesidade induzida por dieta comparou camundongos C57BL/6J com outras linhagens de camundongos, onde diferenças no fundo genético podem atuar como fatores confundidores. Além disso, esses estudos predominantemente utilizaram uma dieta rica em gordura (HFD), composta por aproximadamente 60 das calorias provenientes de gordura, o que pode não reproduzir com exatidão as dietas ricas em gordura do mundo real para humanos. Neste estudo, nosso objetivo foi investigar a influência da NNT na disfunção metabólica e obesidade induzidas por dieta, utilizando camundongos congênicos para ausência de NNT e uma HFD com aproximadamente 45 das calorias provenientes de gordura. Nossos resultados indicam que os camundongos sem NNT são mais protegidos contra o ganho de peso induzido pela HFD, mas apresentam um desempenho pior no teste de tolerância à glicose, embora não no teste de tolerância à insulina. Notadamente, o tecido adiposo marrom interescapular dos camundongos Nnt+/+ alimentados com HFD apresentou uma maior massa e uma taxa de consumo de oxigênio ex vivo mais elevada, considerando-se todo este tecido. Além disso, a HFD aumentou a expressão dos marcadores inflamatórios Iba1, Il1b e Tlr4 e no hipotálamo dos camundongos Nnt-/-. Em conclusão, estes resultados mostram a importância da NNT no contexto da síndrome metabólica e obesidade induzidas por dieta, indicando sua contribuição para atenuar a inflamação hipotalâmica e sugerindo seu papel no aumento da massa do tecido adiposo marrom interescapular.



Ácidos alfa linolênico e esteárico modulam a expressão de genes relacionados a entrada viral e à resposta inflamatória de macrófagos derivados de THP-1 expostos ao vírus SARS-CoV-2

Candidato(a): Aline Rosa Maia Orientador(a): Joseane Morari Ricciardi de Aguiar
Doutorado em Farmacologia
Apresentação de Defesa Data: 09/12/2024, 14:00 hrs. Local: Sala Amarela da CPG/FCM
Banca avaliadora
Titulares
Joseane Morari Ricciardi de Aguiar - Presidente
Universidade Estadual de Campinas- Universidade Estadual de Campinas
Natália Ferreira Mendes- Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas
Maria Lucia Bonfleur- Universidade do Oeste do Paraná
Sandra Lucinei Balbo- Universidade Estadual do Oeste do Paraná
Marcio Alberto Torsoni
Suplentes
Jean Franciesco Vettorazzi - Universidade Federal da Integração Latino Americana
Vanessa Cristina Dias Bóbbo - Faculdades Integradas Einstein de Limeira
Fabiola Taufic Monica Iglesias
Dennys Esper Correa Cintra

Resumo


O coronavírus SARS-CoV-2 causa a COVID-19, pandemia respiratória decretada em 2020. Os ácidos graxos modulam as respostas à infecção pelo SARS-CoV-2 e seus níveis circulatórios são elevados em indivíduos com obesidade. Não está claro se os ácidos graxos não esterificados alfa linolênico, Ala, e esteárico, Est, podem modular a entrada do vírus e a resposta inflamatória de macrófagos e de células epiteliais pulmonares ao SARS-CoV-2, contribuindo com as alterações observadas em indivíduos obesos. O objetivo do presente estudo foi avaliar qual entre os dois tipos celulares concentra maior expressão de genes envolvidos com a entrada do vírus nas células e na resposta inflamatória quando expostas ao SARS-CoV-2. Ainda, como o vírus afeta a expressão destes genes em indivíduos obesos e se a expressão destes genes seria modulada de forma semelhante por Ala e Est. Para tal, foram analisados dois conjuntos de dados de sequenciamento de RNA de células únicas (scRNA-seq). O primeiro avaliou macrófagos e células epiteliais purificadas de tecido pulmonar de pacientes com COVID-19. Neste, observamos que, em comparação às células epiteliais, os macrófagos concentram maior expressão de TMPRSS2, IFITM3, AXL, genes relacionados à internalização viral, além das citocinas inflamatórias IL-1 β, TNFα e de IFNλ. Macrófagos derivados de THP-1 e células Beas-2B (epiteliais brônquicas) foram incubados com SARS-CoV-2 e então submetidos à quantificação da expressão de genes alvo por qPCR, confirmando os achados do scRNa-seq. Por isso focamos os seguintes experimentos apenas nos macrófagos. No segundo scRNA-seq o objetivo foi avaliar macrófagos pulmonares de indivíduos com COVID-19, com obesidade ou não. Os macrófagos dos indivíduos obesos apresentaram maior expressão de ACE2, TMPRSS2 E IFITM3 e menor expressão de IFNλ. Macrófagos derivados de THP-1, que foram expostos ao vírus ou à sua proteína spike recombinante na presença de Ala ou de Est foram submetidos a qPCR, em que vimos que a exposição ao vírus causou nos mesmos uma infecção não produtiva que induziu aumento da expressão gênica de TMPRSS2, AXL, IL-1β, IL-10 e de NLRP3, que indica a formação de inflamassomos. Ambas as incubações com Ala e com Est associados ao vírus potencializaram o aumento da expressão de IL-1β induzido pelo vírus e permitiram o aumento da expressão de IFITM3, da citocina TNFα e de SOD-2, enzima mitocondrial que converte ânion superóxido em peróxido de hidrogênio. Somente a co-incubação com Ala preveniu o aumento da expressão de TMPRSS2 e de NLRP3 promovidos pelo vírus. Somente a co-incubação com Est e vírus elevou a expressão de IFNβ e IFNλ. A incubação dos macrófagos derivados de THP-1 com a proteína spike recombinante, somente quando aliada à co-exposição ao Ala ou ao Est, promoveu aumento da expressão de ACE2, o receptor de SARS-CoV-2, e de IL-1β. Dessa forma, concluímos que os macrófagos, enquanto células imunes, são o principal ator da resposta inflamatória induzida pelo vírus SARS-CoV-2 nos pulmões dos pacientes com COVID-19 e que Ala e Est atuam de forma sinérgica com o vírus modulando as respostas de macrófagos ao SARS-CoV-2 de forma comparável a modulação promovida pela obesidade.



PROTOCOLO INSTITUCIONAL DE SEDAÇÃO E ANALGESIA PARA PROCEDIMENTOS ORTOPÉDICOS EM ADULTOS NA UNIDADE DE EMERGÊNCIA REFERENCIADA DO HOSPITAL DE CLÍNICAS DA UNICAMP

Candidato(a): Hugo Maia Rodrigues Orientador(a): Rodrigo Goncalves Pagnano
Mestrado Profissional em Ciência Aplicada à Qualificação Médica
Apresentação de Defesa Data: 09/12/2024, 14:00 hrs. Local: Sala Verde do Prédio da Pós-Graduação/FCM UNICAMP
Banca avaliadora
Titulares
Rodrigo Goncalves Pagnano - Presidente
Vanessa Henriques Carvalho
Juan Carlos Yugar Toledo
Suplentes
Guilherme Grisi Mouraria
Flávio Luís Garcia

Resumo


Introdução: O atendimento em unidade de emergência de pacientes com enfermidades ortopédicas requer, com frequência, a realização de procedimentos terapêuticos dolorosos e que geram ansiedade e desconforto ao paciente. O uso de técnicas de sedação e analgesia para procedimentos (SAP) no pronto-socorro está associada a redução de desconforto e apreensão, além de evitar memórias traumáticas e facilitar a execução dos procedimentos.

Objetivo: Propor um protocolo assistencial multidisciplinar uniformizado para sedação e analgesia de pacientes ortopédicos adultos submetidos a procedimentos na sala de emergência.

Método: Discussão em reuniões multidisciplinares mensais para a elaboração de um fluxograma de cuidados relacionado a sedação e analgesia em unidade de emergência. Foram realizados quatro encontros envolvendo equipe da diretoria médica, ortopedia, medicina de emergência, farmácia, enfermagem e núcleo de qualidade e segurança em saúde. O estudo foi desenvolvido em quatro etapas principais: definição do conteúdo do protocolo, estruturação e pesquisa, elaboração do protocolo clínico e validação do protocolo pelos profissionais.

Resultados: Elaboração do protocolo através de recomendações e fluxograma de cuidados baseado em levantamento bibliográfico.

Conclusão: A utilização do protocolo de sedação e analgesia em procedimentos ortopédicos deve orientar a equipe de emergência no direcionamento do paciente, na escolha da medicação, nos cuidados adequados e na avaliação dos critérios de alta.



FUNCIONALIDADE E INCAPACIDADE EM ADULTOS AUTISTAS PELO WHODAS 2.O E AS REPERCUSSÕES NA VIDA EM SUA PRÓPRIA PERCEPÇÃO

Candidato(a): Fernanda Caroline Pinto da Silva Orientador(a): Regina Yu Shon Chun
Doutorado em Saúde, Interdisciplinaridade e Reabilitação
Apresentação de Defesa Data: 10/12/2024, 09:00 hrs. Local: Anfiteatro da Pós-Graduação/FCM
Banca avaliadora
Titulares
Regina Yu Shon Chun - Presidente
Amanda Brait Zerbeto
Shamyr Sulyvan de Castro- Universidade Federal do Ceará
Helenice Yemi Nakamura
Elenir Fedosse- Universidade Federal de São Paulo
Suplentes
Maria Cristina Pedro Biz - Universidade Federal de São Paulo
Luiz Fernando Longuim Pegoraro - Universidade Estadual de Campinas
Regina Zanella Penteado - Universidade Estadual Paulista - Campus de Rio Claro

Resumo


Introdução: O Transtorno do Espectro Autista é uma condição do neurodesenvolvimento, com alterações sociocomunicativas e comportamentais, e prejuízos na funcionalidade ao longo da vida. Há vasta literatura sobre o autismo em crianças e adolescentes, mas a funcionalidade, incapacidade e suas repercussões na vida adulta, foco deste estudo, ainda carecem ser melhor investigadas. Objetivo Geral: Investigar os níveis de saúde e de deficiência de pessoas autistas adultas por meio do World Health Disability Assessment Schedule - WHODAS 2.0. Método: Pesquisa aprovada pelo CEP sob n.4.541.106. Estudo observacional descritivo transversal, com 60 pessoas adultas autistas, de 18 a 65 anos, níveis 1 e 2 de apoio. Os participantes responderam a um questionário semiestruturado, contendo dados clínicos-sociodemográficos e ao World Health Disability Assessment Schedule 2.0, versão autoadministrada, de 36 itens. Realizou-se estatística descritiva e análise de regressão linear dos dados quantitativos, tomando dados sociodemográficos e clínicos como variáveis independentes e escores da escala como variável dependente, e Análise de Conteúdo dos dados qualitativos, tomando-se a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde - CIF como base conceitual para as categorias e subcategorias. Resultados: Apresentados no modo alternativo de tese por 2 artigos. Amostra predominantemente feminina, com alto nível de escolaridade, com predomínio de diagnóstico tardio de autismo, após os 30 anos, e classificada como nível 1 de apoio. Houve discrepância entre níveis de apoio e o autorrelato de suporte familiar. As dificuldades de comunicação social foram as mais referidas (96,67 ), seguidas das sensoriais (90 ), cognitivas (81,67 ), seletividade alimentar (70 ), e comportamentais (45 ), assim como alta frequência de comorbidade (86,67 ), principalmente de ansiedade e depressão, e uso de medicação (80 ). Os escores gerais de funcionalidade indicam maior prejuízo nos domínios de relações interpessoais (66,9), atividades de vida (63,7), participação (56,4) e cognição (48,7), e menor impacto nos domínios de autocuidado (27,2) e mobilidade (33,1). Na análise qualitativa, as dificuldades do autismo impactaram os seis domínios de vida da CIF, com maior prejuízo em cognição, relações interpessoais, atividades de vida e participação, corroborando os resultados do WHODAS 2.0. Dificuldades sensoriais-alimentares e cognitivo-comportamentais tiveram ampla interferência, inclusive nos domínios de autocuidado e mobilidade. Houve prejuízo em atividades e participação nos contextos sociais, educacionais e de trabalho, com barreiras físicas - estímulos sensoriais, sociais - acesso a serviços de saúde e atitudinais - incompreensão e estigmas. Conclusão: Resultados quantitativos e qualitativos estão em consonância e evidenciam a importância da avaliação da funcionalidade baseada na abordagem biopsicossocial, que considera as deficiências como resultado da interação entre a pessoa autista e o ambiente, dá voz às pessoas adultas autistas, tornando-as ativas e coparticipativas no processo de compreensão da sua condição de saúde e de suas necessidades. A discrepância entre os níveis de apoio e de suporte familiar demonstram divergências entre a análise dos profissionais e a autopercepção dos participantes quanto ao nível de funcionalidade. O diagnóstico tardio e a falta de suporte acarretam impactos na vida e interfere no nível de funcionalidade das pessoas.



AVALIAÇÃO DO USO DOS DISPOSITIVOS INTRAUTERINOS SOBRE O RISCO DE RESULTADOS CITOPATOLÓGICOS ALTERADOS DO COLO DO ÚTERO

Candidato(a): Christine Miranda Corrêa Orientador(a): Luis Guillermo Bahamondes
Doutorado em Tocoginecologia Coorientador(a): Luiz Carlos Zeferino
Apresentação de Defesa Data: 10/12/2024, 09:00 hrs. Local: Anfiteatro Kazue Panetta (CAISM)
Banca avaliadora
Titulares
Luis Guillermo Bahamondes - Presidente
Hospital da Mulher Prof. Dr. José Aristodemo Pinotti - CAISM/UNICAMP- Hospital da Mulher Prof. Dr. José Aristodemo Pinotti - CAISM/UNICAMP
Jose Maria Soares Junior- Universidade de São Paulo
Julio Cesar Teixeira
Edmund Chada Baracat- Universidade de São Paulo
Ilza Maria Urbano Monteiro
Suplentes
Gustavo Arantes Rosa Maciel - Universidade de São Paulo
Luiz Francisco Cintra Baccaro
Isabel Cristina Esposito Sorpreso - Universidade de São Paulo

Resumo


Introdução: Alguns estudos sugeriram a influência dos dispositivos intrauterinos no risco das neoplasias epiteliais do colo do útero. Objetivo: Verificar a associação entre o uso de DIU e o risco para resultado de exame citopatológico alterado do colo do útero. Material e Métodos: Foram realizados uma revisão narrativa da literatura e um estudo de coorte retrospectiva na Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, Brasil. Os dados para estudo de coorte retrospectiva foram coletados de prontuários de 2.963 mulheres que realizaram pelo menos um exame citopatológico do colo do útero entre 1990 e 2017. As mulheres incluídas foram classificadas em dois grupos: usuárias de DIU (2.305) e usuárias de outros métodos contraceptivos (658). A variável dependente foi a classificação dos resultados citopatológicos com base no sistema de Bethesda. O tempo de uso de DIU foi uma das principais variáveis independentes e o acompanhamento terminou quando as participantes deixaram de usar o DIU ou na sua última consulta no ambulatório de planejamento familiar. Foi considerado para o estudo o resultado com maior alteração citopatológica de cada mulher e quando todos os seus resultados foram normais foi considerado o último registrado. Os fatores de risco associados ao exame citopatológico alterado do colo do útero foram investigados usando a análise de regressão de Poisson bivariada e múltipla e descrita a razão de risco estimada (RR) e o intervalo de confiança (IC) de 95 . O nível de significância foi p< 0,05. Resultados: A revisão narrativa da literatura de 16 artigos sobre a associação de lesões precursoras e câncer do colo do útero e uso de DIU apontou 8 artigos mostrando baixo risco associado ao uso de DIU. No estudo de coorte retrospectiva, as usuárias de DIU foram submetidas a um número significativamente maior de avaliações colpocitológicas (34,8 ) do que as não usuárias de DIU (16,4 ). Os resultados alterados foram mais comuns em mulheres que tiveram mais de uma avaliação colpocitológica (p<0,001) e naquelas com elevado número de anos desde a sua primeira relação sexual (p<0,001). O uso dos DIUs foi associado a baixo risco de resultado citopatológico alterado do colo do útero (risco de prevalência [RP] = 0,74; IC 95 : 0,62–0,89; p = 0,001) após ajustado pelo número de citologias realizadas por cada participante. Conclusão: As usuárias de DIU apresentaram baixo risco de resultado citopatológico alterado do colo do útero. Mulheres podem ser orientadas sobre este benefício não contraceptivo do uso do DIU quando os profissionais de saúde oferecerem orientação às atuais e futuras usuárias do DIU.