LaPSuS Convida
Argumento: “Em nossa concepção contemporânea os chamados] “transtornos mentais” funcionariam como entidades naturais, absolutamente autônomas em relação a historia do sujeito, a seus conflitos, à cultura, às relações de poder e às tradições simbólicas e culturais. Nesse sentido, o diagnóstico tem uma incidência moral maior e, de certa forma, profundamente tranquilizadora: o sujeito e a sociedade passam a ser vitimas passivas de um mal objetivo e exterior que lhes acomete, representado pelo transtorno mental. Ninguém estaria implicado na posição de sujeito do próprio sofrimento.
[...] Mas justamente a imensa proliferação atual de 'transtornos mentais' como a insônia, o alcoolismo, a drogadicção, a ansiedade, os transtornos alimentares, a falta de atenção e mesmo a depressão não deveria por si só interrogar de maneira radical tanto a sociedade atual, tanto quanto os sujeitos que dela participam?”
gravado em 8 de agosto de 2014.