FORMAÇÃO DE PRECEPTORES NA PERSPECTIVA DA AVALIAÇÃO MEDIADORA

AUTORES: Mariana Lisboa Costa, Rosana Alves,

PALAVRA-CHAVE: Avaliação, Residência em Saúde, Preceptoria

RESUMO

QUAL PROBLEMA FOI ABORDADO?
A Residência em Saúde integra o componente do programa estadual de qualificação da atenção primária à saúde (QUALIFICA-APS) do Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação em Saúde (ICEPi)/SESA/ES. Esta iniciada em março de 2020 objetiva promover a qualidade de ações em saúde para os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) capixaba por meio de uma formação especializada de profissionais. Como os Programas de Residência em Saúde encontram-se distribuídos em vários municípios, tornou-se um desafio realizar a formação pedagógica de preceptores, principalmente no que tange a avaliação do Residente. A dificuldade de considerar a avaliação como um processo contínuo, reflexivo e transformador é resultado de uma cultura de avaliação classificatória e punitiva. O entendimento do “erro” como um aspecto da cultura pode influenciar a prática avaliativa, mas ao considerá-lo de modo produtivo e em espaço protegido, passa a ser uma ferramenta para aprendizagem e na tomada de decisão. Como refletir sobre a avaliação do residente e a cultura do erro no cotidiano dos cenários de prática assistenciais?

O QUE FOI TENTADO?
A construção e o desenvolvimento de uma proposta de formação de preceptores de programas de residência em saúde utilizando a concepção de avaliação dialógica e mediadora possibilitou refletir sobre a avaliação no processo de ensino-aprendizagem nos próprios contextos de trabalho do programa de residência e conhecer os aspectos conceituais, atributos e medidas e estratégias da avaliação. Neste sentido, foram utilizadas diferentes estratégias educacionais e ferramentas tecnológicas como oficina de trabalho, viagem educacional e sala de aula invertida, em momentos síncronos online, por meio da plataforma zoom. Em pequenos grupos, os preceptores dos Programas de Residência Multiprofissional em Saúde da Família, Saúde Mental e Cuidados Paliativos discutiram suas potencialidades e desafios deste papel na avaliação de desempenho do residente.

QUE LIÇÕES FORAM APRENDIDAS?
A discussão de uma avaliação colaborativa de aprendizagem no exercício da preceptoria permeou abordar as suas próprias necessidades de aprendizagem, e consequentemente a reflexão da sua prática enquanto preceptor o por quê avaliar, os fatos e as marcas da avaliação relacionados aos desafios da formação profissional em serviço. A clareza do papel do preceptor que promove a educação pelo exemplo, a cultura de avaliação que visa a potencialização da integração ensino-serviço, justa e empática, bem como do feedback, ferramenta fundamental de acompanhamento e devolutiva do desenvolvido de capacidades do residente de forma a ser específico, objetivo e contextualizado.

REFERÊNCIAS: HOFFMANN, J. Avaliação Mediadora: uma prática em construção da pré-escola à universidade. Porto Alegre: Editora Mediação, 1993. 20ª Edição revista, 2003. LIMA, V.V et al. Nota técnica princípios para a avaliação educacional – São Paulo: Hospital Sírio-Libanês, 2016. SOUZA, R. G. S. Atributos fundamentais dos procedimentos de avaliação. In: TIBÉRIO, Iolanda F. L. C. et al. Avaliação prática de habilidades em Medicina. São Paulo: Editora Atheneu, 2012. p. 2-11.

ESTE TRABALHO FOI APROVADO PELO COMITÊ DE ÉTICA E PESQUISA (CEP)? Não se aplica


EIXO TEMÁTICO: EIXO 2 - Avaliação