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AUTORES: Rosana Alves, Ana Paula Brandão Bellucio, Lara Imbroisi Errera, Carolynne Rigoni Corrêa, Izabella Savergnini Deprá, Renata Vilela de Almeida Gomes,
PALAVRA-CHAVE: Ligas Acadêmicas de Medicina; Educação médica; Estudantes de medicina.
INTRODUÇÃO: As Ligas Acadêmicas de Medicina (LAM) são organizações discentes que, por meio do ensino, pesquisa e extensão, visam aprofundamento em temáticas médicas de interesse comum, sobretudo de uma especialidade médica. O estudo objetiva compreender, sob a perspectiva do estudante de medicina, o papel das LAM na formação médica no período pré e pós pandemia COVID-19. Haja vista as problemáticas acerca das ligas acadêmicas, em que se discute sobre uma especialização precoce ao mesmo tempo em que há estimulação para sua manutenção como um ambiente capaz de discutir temas não contemplados na matriz curricular, além de criar redes de troca de conhecimento.
MÉTODOS E MATERAIS: Trata-se da continuidade de estudo misto exploratório sobre a percepção de estudantes de medicina sobre as LAM, via formulário virtual, iniciado com estudantes de todo o Brasil, em 2018, com nova coleta de dados em 2023, no estado do Espírito Santo. A análise apresenta dados parciais e busca perceber diferenças pré e pós pandemia, nas perguntas fechadas, analisadas por frequência simples e abertas, com análise de conteúdo. Pesquisa aprovada em CEP.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: No cenário pré-pandemia, das 121 respostas discentes de 41 Escolas Médicas de todas as regiões do Brasil(EM-Br), apenas 9 (7%) eram do Espírito Santo e apenas 1% não tinha LAM. Nas respostas das EM-Br, 86,7% participaram de LAM e 97,7% acreditavam que as LAM auxiliam na formação médica. No momento pós-pandêmico, 70 estudantes de 05 EM do Espírito Santo(EM-ES) responderam, todas com LAM, 65,7% são ou já foram membros e 97,1% acreditam que as LAM auxiliam na formação médica. Nas duas coletas de dados, os estudantes avaliaram que as atividades de monitoria, iniciação científica e extensão, quando analisadas isoladamente, são mais importantes do que as atividades das LAM. Mas, as respostas de estudantes das EM-Br apontam LAM como mais importante que uma monitoria (43%), Iniciação Científica (17,4%) e extensão (16,5%), enquanto que das EM-ES: monitoria (24,3%), iniciação científica (14,3%) e extensão (25,7%). A única diferença encontrada dentre as variáveis demográficas dos respondentes foi EM pública: 50% na EM-Br e 27% na EM-ES. Sobre Conselhos de Ligas, 43,8% dos estudantes EM-Br e 83% dos estudantes EM-ES responderam que sua respectiva instituição apresentava um Conselho de Ligas, mas muitos estudantes de mesma EM apresentaram respostas muito diferentes, demonstrando que muitos não sabem como ocorre a regulamentação dessas organizações dentro de suas próprias escolas médicas.
REFERÊNCIAS: Goergen, DI & Hamamoto Filho, PT. As ligas acadêmicas e sua aproximação com sociedades de especialidades: um movimento de contrarreforma curricular? Revista Brasileira de Educação Médica, 45(2), e055, 2021. Daher, JEDC et al. Ligas Acadêmicas de Medicina: narrativa sobre currículo e regulamentação. Ensino em Perspectivas, Fortaleza, v. 3, n. 1, p. 1-19, 2022.
ESTE TRABALHO FOI APROVADO PELO COMITÊ DE ÉTICA E PESQUISA (CEP)? Sim
EIXO TEMÁTICO: EIXO 4 - Engajamento estudantil e desenvolvimento discente