USO DA SALA DE AULA INVERTIDA NA AVALIAÇÃO DE UM DOS ESTÁGIOS DE RESIDÊNCIA EM PEDIATRIA

AUTORES: Andrea de Melo Alexandre Fraga, Cassio Cardoso Filho, Joana Froés Bragança Bastos, Patrícia Moretti Rehder, Gabriela Murteira, Leonardo de Andrade Rodrigues Brito, Natalia Bortoletto D'Abreu, Ugo Caramori,

PALAVRA-CHAVE: avaliação, sala de aula invertida, residencia

RESUMO

QUAL PROBLEMA FOI ABORDADO?
Existem dificuldades de avaliação durante a Residência Médica e dúvidas se a melhor metodologia seria avaliação prática ou avaliação cognitiva. A metodologia de ensino sala de aula invertida, também conhecida como flipped classroom, pode contemplar essas duas vertentes. É uma abordagem pedagógica que propõe a inversão da lógica tradicional do ensino: em vez de o professor apresentar os conteúdos em sala de aula e os alunos realizarem as atividades em casa, os alunos acessam os conteúdos previamente e utilizam o tempo de aula para realizar atividades práticas e discutir o conteúdo com o professor e os colegas.

O QUE FOI TENTADO?
Foi criada uma atividade em que os residentes selecionavam casos de Urgência e Emergência de seu interesse e desenvolviam uma apresentação em PowerPoint. Após a apresentação, recebiam feedback sobre o atendimento do caso e a exposição do tema. Para auxiliar na elaboração da apresentação, os residentes eram orientados a assistir a vídeos, ler textos e participar de fóruns de discussão online por meio de recursos tecnológicos, como plataformas de ensino a distância, redes sociais e aplicativos educacionais. Dessa forma, eles chegavam ao encontro com um conhecimento prévio sobre o assunto, permitindo um aprendizado mais ativo e colaborativo.

QUE LIÇÕES FORAM APRENDIDAS?
Durante o encontro presencial, o professor pode propor atividades em grupo, debates, resolução de problemas e experimentos práticos, utilizando as informações que os residentes já adquiriram previamente. Além disso, o professor teve mais tempo para tirar dúvidas e dar feedbacks individuais, o que favoreceu a individualização do ensino e a adaptação às necessidades de cada residente. Outro ponto positivo foi a possibilidade de maior abrangência da avaliação, podendo incluir mesmo residentes que se encontravam ausentes , como em período de férias, utilizando EAD. Uma dificuldade observada diz respeito a seleção dos casos a serem apresentados pelos residentes. Muitas vezes dependendo da época do ano em que estava o estágio, início ou final do R1, eles não conseguiam identificar as peculiaridades clínicas relacionadas a Urgência e Emergência Pediátrica. Concluímos assim que a metodologia ativa baseada na sala de aula invertida pode ser aplicada em diferentes níveis de ensino e disciplinas. Ela é uma alternativa interessante para renovar a prática pedagógica, estimular a participação dos alunos e desenvolver habilidades como a autonomia, a criatividade e a colaboração.

REFERÊNCIAS: Chen, F., Lui, A.M., & Martinelli, S.M. (2017). A Systematic Review of the Effectiveness of Flipped Classrooms in Medical Education. Medical Education, 51(6), 585-597. Young, T.P., Bailey, C.J., Guptill, M., Thorp, A.W., & Thomas, T.L. (2014). The Flipped Classroom: A Modality for Mixed-Asynchronous and Synchronous Learning in a Residency Program. Western Journal of Emergency Medicine, 15(7), 938-944 Persky, A.M. & McLaughlin, J.E. (2017). The Flipped Classroom - From Theory to Practice in Health Professional Education. American Journal of Pharmaceutical Education, 81(6), 118. Ramnanan, C.J., & Pound, L.D. (2017). Advances in Medical Education and Practice: Student perceptions of the flipped classroom. Advances in Medical Education and Practice, 8, 63-73.

AGRADECIMENTOS: Agradecemos o grupo de Estudo e Pesquisa em Ensino AFETO pela parceria.

ESTE TRABALHO FOI APROVADO PELO COMITÊ DE ÉTICA E PESQUISA (CEP)? Não se aplica


EIXO TEMÁTICO: EIXO 2 - Avaliação