I SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO NA SAÚDE - 2023



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DAS VAIAS ÀS CONSTRUÇÕES COLETIVAS: ENGAJAMENTO ESTUDANTIL E DESENVOLVIMENTO DISCENTE EM UMA FACULDADE DE MEDICINA



AUTORES: TALYTA RESENDE DE OLIVEIRA,

PALAVRA-CHAVE: gestão educacional; engajamento estudantil; desenvolvimento discente; ensino em medicina




RESUMO

QUAL PROBLEMA FOI ABORDADO?
O presente trabalho tem como objetivo relatar a experiência de gestão acadêmica de uma faculdade de medicina localizada no interior de Minas Gerais. Nesse sentido, será analisado um período de 21 meses de trabalho, no qual ocorreu uma progressiva transformação do cenário inicial de insatisfação e manifestações grupais contrárias à gestão para um ambiente de construções coletivas, tendo o aluno como centro do processo de transformação. O engajamento, segundo Silva e Ribeiro (2020) está “voltado para diferentes aspectos de permanência e êxito na formação universitária, como: motivações para persistir nos estudos, tais como o prazer com o desafio intelectual vivenciado; o bom relacionamento com colegas e professores; a satisfação com a organização do curso e sua infraestrutura; a boa percepção sobre as perspectivas futuras de carreira”.

O QUE FOI TENTADO?
Para resolver o problema apontado, a gestão adotou uma estratégia alinhada com os autores acima, através do fortalecimento dos espaços de escuta formais e informais da instituição, da instalação da gestão de portas abertas, e do incremento dos espaços de participação do discente nos diversos setores da faculdade, buscando fomentar o engajamento estudantil. Exemplos positivos colhidos durante os 21 meses foram as reuniões mensais entre a direção e os alunos, a inserção do aluno no acolhimento ao calouro e na divulgação da instituição, o estreitamento da relação com o diretório acadêmico, o reforço da divulgação das melhorias institucionais em redes sociais e através de QRCodes espalhados no campus, e a criação de novos espaços de atuação nas políticas institucionais, como editais de seleção para apoio aos núcleos de inovação, pesquisa e internacionalização, além de uma maior divulgação dos alunos atuantes em órgãos colegiados.

QUE LIÇÕES FORAM APRENDIDAS?
Após os 21 meses de trabalho, houve uma significativa melhora no NPS (Net Promoter Score) da instituição, saindo de 0 pontos em 2022.1 para 70,6 pontos em 2022.2. Dentre as lições aprendidas, destacam-se a importância do diálogo constante com o aluno, a valorização do discente dentro e fora da sala de aula, o indispensável apoio psicopedagógico para que os alunos possuam amparo institucional em momentos de sofrimento e o compromisso firmado em escutar os meios formais e informais de participação, criando de maneira contínua e pública melhorias nos serviços de acordo com as demandas discentes. Em suma, a experiência de gestão acadêmica relatada neste trabalho demonstra a importância de uma gestão que valorize e incentive o engajamento estudantil e o desenvolvimento discente, buscando transformar a realidade da instituição em um processo contínuo e colaborativo.


REFERÊNCIAS: Silva, A. de S. S., & Ribeiro, M. L. (2020). Engajamento estudantil na educação superior. REVISTA ELETRÔNICA ESQUISEDUCA, 12(26), 50–63. Recuperado de https://periodicos.unisantos.br/pesquiseduca/article/view/904



ESTE TRABALHO FOI APROVADO PELO COMITÊ DE ÉTICA E PESQUISA (CEP)? Não se aplica


EIXO TEMÁTICO: EIXO 4 - Engajamento estudantil e desenvolvimento discente