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AUTORES: Fábio Hüsemann Menezes, Claudio Saddy Rodrigues Coy , Elcio Shiyoiti Hirano , Marcio Lopes Miranda, Maria de Lourdes Setsuko Ayrizono,
PALAVRA-CHAVE: Residência Cirurgia Geral
QUAL PROBLEMA FOI ABORDADO?
Nas instituições de ensino superior que possuem hospitais terciários com serviços de especialidades médicas, o ensino da Cirurgia Geral acaba sendo um retalho de estágios nestas especialidades. Neste cenário, surge um sentimento de abandono e falta de referência de apoio para o médico residente, dando a impressão de que o serviço não é organizado para o ensino das competências básicas. Como consequência, este fato contribui para uma alta taxa de desistência por parte dos médicos residentes.
O QUE FOI TENTADO?
A partir de 2015 iniciou-se um movimento de acolhimento para os médicos residentes ingressantes no programa de Cirurgia Geral do Departamento de Cirurgia. Foi designado um grupo de trabalho que tomou as seguintes iniciativas: 1) uma semana de recepção e introdução do médico residente aos ambientes de ensino e aprendizagem; 2) aulas teóricas com os principais temas que devem ser dominados pelo R1 no início do programa; 3) familiarização com o sistema de informática utilizado no serviço; 4) introdução às equipes multiprofissionais; 5) apresentação das rotinas dos estágios; 5) aprendizado e revisão com treinamento prático em bancada e animais das técnicas cirúrgicas básicas e 6) divisão dos residentes em três grupos de apoio que se rodiziam em bloco pelos estágios do primeiro ano.
QUE LIÇÕES FORAM APRENDIDAS?
O principal resultado desta iniciativa é a valorização da pessoa do residente de Cirurgia Geral como integrante do serviço universitário. Ocorre a percepção do médico iniciante da importância dos conceitos básicos, comuns a todas as especialidades, para a sua progressão dentro da carreira cirúrgica e progressão para uma especialização. O médico entra com maior segurança nos procedimentos de rotina. Promove maior integração entre os médicos do mesmo ano, com consequente melhoria na rede de apoio, tanto no cumprimento das tarefas da rotina hospitalar, como do ponto de vista emocional, aumentando a resiliência.
O trabalho em equipe na supervisão do programa traz a vantagem de aumentar a motivação dos seus membros individuais e contribuir com a divisão de tarefas, o que acaba funcionando como uma “disciplina” de Cirurgia Geral, perceptível para os médicos residentes como um programa estruturado especificamente para residência de Cirurgia Geral.
REFERÊNCIAS: Stamm B, Yu M, Lineback CM, Bega D. Six Steps to Achieve Meaning, Wellness, and Avoid Burnout in a Residency Program. J Med Educ Curr Develop 7:1-5, 2020. DOI:10.1177/2382120520978238 Foote DC, Evans J, Engler T, et al. How Program Directors Understand General Surgery Resident Wellness. J Surg Educ 79:e50-e60, 2022. Fonseca AL, Evans LV, Gusberg RJ. Open Surgical Simulation in Residency Training: A Review of Its Status and a Case for Its Incorporation. J Surg Educ 70:129-137, 2013.
AGRADECIMENTOS: Agradecemos a equipe de profissionais da Secretaria do Departamento de Cirurgia, do Núcleo de Medicina e Cirurgia Experimental, do Centro Cirúrgico do HC e aos docentes que ministraram aulas teóricas.
ESTE TRABALHO FOI APROVADO PELO COMITÊ DE ÉTICA E PESQUISA (CEP)? Não se aplica
EIXO TEMÁTICO: EIXO 5 - Currículo, gestão, inovação e permanência