Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp forma sua 50ª turma de Medicina em cerimônia histórica
A Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp realizou na sexta-feira (17) a colação de grau oficial da 50ª turma de Medicina. O evento aconteceu no Theatro de Paulínia e reuniu aproximadamente mil pessoas, entre alunos, familiares, autoridades da Universidade, chefes de Departamentos e professores homenageados. A solenidade foi presidida pela reitora da Unicamp em exercício, Teresa Dib Zambon Atvars.
“A Unicamp se orgulha de oferecer ao Brasil mais 102 novos médicos formados com excelência para ajudar a construir um país melhor. Encarem, agora, com responsabilidade e compromisso social, a profissão que vocês, seguramente, exercerão com a máxima competência”, disse Atvars, agradecendo todos os profissionais que possibilitaram a formação dos médicos recém-formados.
O diretor da FCM, Ivan Felizardo Contrera Toro, destacou em sua fala alguns fatos que marcaram a criação da faculdade de Medicina. A ideia inicial de uma faculdade pública de medicina começou na década de 1940, com o movimento da sociedade médica de Campinas, com apoio da igreja e da imprensa local. No início de 1963 foi realizado o primeiro vestibular, com 1.530 inscritos para as 50 vagas do curso.
“No mesmo ano, começaram as atividades da Faculdade de Medicina de Campinas nos porões da Maternidade de Campinas. O corpo de professores foi composto pelos melhores médicos e cientistas da cidade e da região. Em 1966, foi então criada a Universidade de Campinas, mais tarde denominada Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A Faculdade de Medicina foi, assim, incorporada à nova Universidade, e mudou seu nome para Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp”, disse Toro.
De acordo com Dom Airton José dos Santos, arcebispo da Região Metropolitana de Campinas (RMC), e que compôs a mesa de honra da solenidade de colação de grau, a igreja teve um papel importante na criação da faculdade de Medicina na figura do primeiro arcebispo de Campinas, Dom Paulo de Tarso Campos.
“Dom Paulo de Tarso cunhou a frase “não é Campinas que precisa de uma faculdade de Medicina, é a Medicina que precisa de uma faculdade em Campinas”. Essa frase percorreu o Brasil e pôs fim às discussões que perduraram durante muito tempo na sociedade campineira”, lembrou Dom Airton, parabenizando a todos os formandos e familiares.
Em todos esses anos, a Faculdade de Ciências Médicas formou perto de 5 mil médicos na graduação, mais de 5.300 médicos-residentes, 5.800 pós-graduandos em mestrado e doutorado, além de proporcionar especializações em diversas áreas da saúde, cursos de reciclagem e ensino continuado para muitos profissionais.
A faculdade está classificada em primeiro lugar nos rankings nacionais e administra, além do curso de graduação em Medicina, o curso de Fonoaudiologia. Também já albergou os cursos de graduação em Enfermagem e de Farmácia, que hoje são faculdades independentes.
“Campinas e região têm muito que comemorar essa ideia brilhante de seus antepassados. Estamos cumprindo nossa obrigação como entidade estadual, fazendo retornar à sociedade o que ela tem investido no ensino público. Nossas metas são aumentar a inclusão de alunos provenientes das camadas sociais menos favorecidas, aumentar o conteúdo humanístico e preparar o médico do amanhã”, disse ainda Ivan em seu discurso.
Para homenagear os antepassados que ajudaram na construção da faculdade, foram convidados representantes das 49 turmas de Medicina já formadas pela Unicamp. No palco do teatro, além dos médicos recém-formados, mais de meio século de tradição marcaram a cerimônia histórica. (Veja a lista dos representantes das 49 turmas de Medicina).
“Muitos dos médicos formados pela FCM permaneceram na instituição, tornaram-se professores e ajudaram a projetar a faculdade e a Unicamp. Eles fundaram uma cultura de segurança e solidariedade que foi passando de geração em geração e que se tornou própria de nossa faculdade”, revelou Roberto Teixeira Mendes, diretor-associado da FCM.
Ao serem chamados ao palco, os representantes de turma foram aplaudidos de pé. A emoção tomou conta do local quando a Batucogu – bateria composta por alunos do curso de Medicina – subiu ao palco e entoou as músicas e gritos de guerra conhecidos por todos que passaram pela MED Unicamp. Os tambores, surdos, caixas e tamborins arrebataram o público que dançou e ovacionou os homenageados. A colação oficial virou festa com direito a lágrimas, risos e abraços.
A mesa de abertura da solenidade de colação de grau oficial da 50ª Turma de Medicina foi composta ainda por Ricardo Mendes Pereira, paraninfo da turma e coordenador da Comissão de Residência Médica; Marcelo Schweller, patrono da turma; Paulo Eduardo Neves Ferreira Velho, coordenador do curso de graduação em Medicina; Gustavo Pereira Fraga, coordenador do internato médico; Antonio Gonçalves de Oliveira Filho, coordenador de Assistência do Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp; e Soely Aparecida Jorge Polidoro, coordenadora do Espaço de Apoio ao Ensino e Aprendizagem da Unicamp.
Veja álbum de fotos no Facebook da FCM.