Enviado por Edimilson Montalti em Qui, 13/02/2020 - 08:42 Jornal de BrasíliaA combinação de inteligência artificial e o estudo de moléculas ligadas ao processo de acúmulo de gordura no organismo levou pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) desenvolverem uma tecnologia capaz de identificar se uma pessoa tem predisposição para engordar e desenvolver doenças como diabete e hipertensão. Com mais de 95% de precisão, o método pode ser usado mesmo que o paciente não seja obeso e funciona como uma estratégia para que ele receba orientações para mudar o estilo de vida antes de apresentar o quadro. A nova técnica utiliza um software que foi treinado para identificar a presença de moléculas capazes de predizer se uma pessoa pode desenvolver o excesso de peso e doenças associadas. A tecnologia lê os resultados de análises de amostras de sangue feitas por um equipamento chamado espectrômetro de massas, que faz o mapeamento das moléculas. “Na minha tese de doutorado, decidimos fazer um estudo de biomarcadores de ganho de peso por metabolômica, que é o estudo das pequenas moléculas de um organismo, do produto final do metabolismo do nosso corpo. O grande diferencial desse trabalho é a utilização de técnicas da inteligência artificial para chegar ao biomarcador”, explica Flávia Luísa Dias Audibert, nutricionista e doutoranda da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp.