XII Semana de Fonoaudiologia aborda autismo e tratamento de pacientes com câncer e queimadura de garganta


Pró-reitor de Graduação da Unicamp anunciou também a inserção da disciplina de Libras nos cursos de Fonoaudiologia e Pedagogia

Começou nessa segunda-feira (15), no auditório da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, a XII Semana de Fonoaudiologia (Semafon), evento científico-acadêmico organizado por alunos do curso de Fonoaudiologia da FCM da Unicamp. Os temas dessa edição abordam autismo, a atuação do fonoaudiólogo no tratamento de pacientes com câncer de cabeça e pescoço e também queimaduras, envelhecimento e o uso da voz na dramaturgia, além de outras palestras no decorrer da semana e apresentação de trabalhos científicos com premiação. (Veja programação completa).

De acordo com a professora e fonoaudióloga Maria Francisca Colella dos Santos, idealizadora e coordenadora da XII Semafon, o evento foi planejado com um ano de antecedência e é uma data tradicional no curso. “Esse ano iremos doar alimentos não perecíveis para uma instituição da cidade de Campinas”, disse. A coordenadora do Centro de Estudos e Pesquisas em Reabilitação “Prof. Dr. Gabriel O. S. Porto” (Cepre), Angélica Bronzatto de Paiva e Silva, disse que no decorrer dos anos a Semafon tem demonstrado a sua importância na formação dos alunos ao permitir o contato com temas não apenas da fonoaudiologia, mas constatar a importância das ações interdisciplinares da saúde.

A chefe do Departamento de Desenvolvimento e Reabilitação Humana (DDRH)
Rita Ietto Montilha, reforçou que “muitos trabalhos e apresentações orais da XII Semafon são desenvolvidas no Cepre como fruto de iniciação científica e programas de mestrado”. A coordenadora do curso de graduação em Fonoaudiologia, Christiane Marques do Couto disse que é “uma alegria ver o empenho de discentes e docentes na organização do evento que amplia o conhecimento científico”. A presidente da XII Semafon, Bárbara Maria de Oliveira Frare, agradeceu a todos que ajudaram na organização do evento e disse que “mais uma vez esse sonho se transformou em realidade”.

O diretor associado da FCM, Roberto Teixeira Mendes, disse para os alunos aproveitarem a Semana de Fonoaudiologia, pois os temas são desafiantes e afetam muitas pessoas. “Precisamos aprender cada vez mais para trabalhar a saúde em favor da comunidade”, disse Teixeira. Nesse processo de “aprender para trabalhar a saúde em favor da comunidade”, o pró-reitor de Graduação da Unicamp, Luis Alberto Magna, disse em primeira-mão que a disciplina de Libras (linguagem de sinais) deve fazer parte do currículo pleno dos cursos de Fonoaudiologia e Pedagogia.

“Pretendemos fazer numa dimensão que ultrapasse as obrigações legais que permita que profissionais da área de Educação Física, Medicina, Farmácia, Bioquímica, Odontologia também possam se alfabetizar em libras para se comunicar plenamente com os pacientes sem a necessidade de intérpretes e estabelecer a empatia direta entre eles”, disse Magna, parabenizando todos pela XII Semafon.

Sobre a Semafon - A Semana de Fonoaudiologia foi criada no ano de 2003. O evento começou em pequenas proporções. O evento apresentou alto grau de satisfação tanto por parte dos participantes quanto por parte dos palestrantes. Nas edições seguintes, o evento ganhou a participação de profissionais de outras áreas e alunos de cursos de Fonoaudiologia de fora da Unicamp. Em 2010, a Semana de Fonoaudiologia Unicamp passou a ser conhecida pela sigla Semafon.