O aspecto multidisciplinar da Fonoaudiologia
A Fonoaudiologia é uma profissão da área da saúde que engloba a comunicação humana, que pesquisa, previne, avalia e trata as alterações de voz, fala linguagem, audição e aprendizagem. Para a UPA 2014, o curso de graduação em Fonoaudilogia preparou atividades em diversas áreas. Por ser coordenado pela FCM e Instituto de Estudos da Linguagem (IEL), a Fono da Unicamp contou com programação em ambas as unidades.
Na FCM, atividades com os alunos do Centro Acadêmico (CAXS), sobre Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), Motricidade Orofacial, Comunicação Alternativa e Tecnologia Assistiva. No IEL, a atuação fonoaudiológica em distúrbios da linguagem, com sessões de vídeos sobre linguagem e afasia, conduzindo à exposição do tema e discussões com o público presente.
“O fonoaudiólogo é um profissional capacitado para atender em todas as faixas etárias, de recém-nascido até o idoso, na parte de promoção, prevenção e reabilitação em saúde, seja da saúde auditiva, vocal, linguagem, audição. Essa á uma área ampla e jovem, e que pode fazer interações com muitas outras áreas”, disse a professora Helenice Nakamura. A abordagem multidisciplinar do curso de graduação em Fonoaudiologia foi outro ponto destacado pela docente. “Nossos estudantes são formados por fonoaudiólogas, mas também por linguistas, fisioterapeutas ocupacionais, pedagogos, psicólogos, educadores de arte”.
Faculdade de Enfermagem
A Faculdade de Enfermagem (FEnf) da Unicamp também preparou uma programação especial para o público visitante da UPA, com palestras e atividades práticas sobre o curso, prevenção de acidentes na infância, primeiros socorros em adulto, higienização das mãos e drogas. De acordo com diretora associada da FEnf, Maria Isabel Pedreira de Freitas, a UPA é a oportunidade ideal para que os adolescentes saibam que é perfeitamente possível fazer parte da comunidade universitária. “A Unicamp é atingível, basta querer. O Programa de Formação Interdisciplinar Superior (Profis) é um exemplo disso. Os estudantes que entram pelo programa para ter uma ideia geral da universidade, têm um desempenho excelente e são despertados como um todo, como pessoas e cidadãos”, comentou Maria Isabel.
Despertar para a profissão. Esse é o momento vivenciado por muitos dos estudantes que visitam a Unicamp durante a UPA. No caso de Maria Isabel, a vocação para a carreira na enfermagem emergiu após um período familiar bastante delicado, quando seu pai sofreu um acidente de carro. “Ele ficou 71 dias no hospital e eu acompanhei o seu martírio até o falecimento. Estar ao lado dele foi muito forte pra mim. Mais do que depressa eu soube e escolhi a enfermagem”.
Com a elaboração de políticas públicas recentes na área da saúde pública, o papel da enfermagem tende a ser ainda mais preponderante para a sociedade. “A formação do enfermeiro é mais ampla, humanista e holística. O enfermeiro enxerga o paciente, mas enxerga também o contexto, porque ele precisa dar conta que o tratamento todo funcione”. Diante das novas demandas que se apresentarão aos profissionais da área, a palavra de ordem é ousadia. “Os enfermeiros precisam fazer a diferença, onde quer que estejam atuando”, pontua.
Enfermeiros na linha de frente. Maria Isabel explica que os enfermeiros são os profissionais que acompanham toda a trajetória dos pacientes, seja nos prontos-socorros, seja no dia a dia do tratamento. “São eles que estão lá 24 horas”. A expectativa da diretora associada da FEnf com a redução da jornada de trabalho desses profissionais de 40 para 30 horas semanais são positivas. “Trabalhar em menor espaço de tempo, porém, em maior intensidade e dedicação, será a melhor coisa que poderá acontecer ao paciente”, disse.