O trabalho “Expressão de anticorpos anti-gangliosídeos em modelo experimental de administração exógena em linhagem de camundongos NOD e BALB/c”, do biólogo Luís Guilherme Stivanin Silva, mestrando do programa de pós-graduação em Clínica Médica da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, sob orientação do professor Ricardo de Lima Zollner, ganhou o primeiro lugar na categoria apresentação oral do XXIII Congresso Mineiro de Neurologia, ocorrido de 22 a 24 de setembro na cidade de Poços de Caldas, Minas Gerais.
O trabalho compõe uma das linhas de pesquisa desenvolvidas no Laboratório de Imunologia & Alergia Experimental da FCM e faz parte da dissertação de mestrado de Silva.
O objetivo do estudo foi analisar os efeitos do tratamento crônico com administração exógena de gangliosídeo GM1 e mistura de quatro gangliosídeos (GM1, GD1a; GD1b e GT1b), agora extraídos de cérebro de porcos, sobre o processo inflamatório nas ilhotas pancreáticas de camundongos NOD (linhagem de camundongos geneticamente predispostos ao diabetes autoimune) e analisar o desenvolvimento de neuropatia periférica e presença de anticorpos anti-GM1 e mistura de gangliosídeos presentes no soro camundongos das linhagens NOD e BALB/c.
“Gangliosídeos são moléculas presentes em todas as células do corpo com participação em várias atividades biológicas. Os resultados mostram que o tratamento com gangliosídeos, apesar de aumentar os níveis de anticorpos antigangliosideos, não promove neuropatia periférica e coincide com a diminuição da expressão do diabetes autoimune neste modelo experimental”, explica Silva.
Texto e fotos: Edimilson Montalti - ARP-FCM/UNICAMP