A Comissão de Residência Médica (Coreme) da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp divulgou na manhã dessa quinta-feira (29) o número de candidatos inscritos para as 296 vagas de residência médica oferecidas no processo seletivo de 2016. No total, foram 2.948 candidatos inscritos, um número 54,5% maior que em 2015. No acesso direto, as cinco primeiras áreas mais concorridas são: neurocirurgia, cirurgia geral, dermatologia, neurologia e oftalmologia. (Veja relação candidato/vaga).
De acordo com o coordenador da Coreme, Ricardo Mendes Pereira, alguns fatores podem ter influenciado no crescimento expressivo de candidatos, dentre eles, a qualidade do exame de residência e da área da saúde da Unicamp, a qualidade de vida em Campinas, a proximidade do aeroporto para locomoção de candidatos de outros Estados, a divulgação feita nas redes sociais e no boca-a-boca de quem foi ou é médico residente na Unicamp.
“A dermatologia sempre foi uma das primeiras escolhas pelo fato da estética estar na moda. Já a neurocirurgia foi uma surpresa, pois o aumento no número de inscritos foi de 96%. A cirurgia geral teve uma forte concorrência esse ano, pois todo mundo quer ser cirurgião. Nas especialidades clínicas e nas especialidades pediátricas, também houve um aumento de inscritos. Apenas 6% das vagas disponíveis na residência médica da FCM não são preenchidas”, revelou Ricardo.
Os médicos-residentes aprovados no processo seletivo juntam-se aos demais médicos-residentes e formam um grupo de aproximadamente 550 profissionais que atuam no Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp, Hospital Estadual de Sumaré (HES), Hospital da Mulher Prof. Dr. José Aristodemo Pinotti, nos Ambulatórios de Especialidades Médicas (AMEs), Centro Infantil Boldrini e Unidades Básicas de Saúde conveniadas à Unicamp.
O valor de cada bolsa de estudo é de R$ 2.976,00 para até 60 horas de trabalho semanal. Do total de bolsas, 90% são pagas pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo e 10% pelo Ministério da Saúde, por meio do programa Pró-Residência. A Universidade cobre 15% do valor total das bolsas e completa o salário com mais R$ 392,00 como auxílio-moradia.
“Manter e melhorar a qualidade de ensino, aumentar o número de bolsas e de residentes é a nossa meta para os próximos anos. Queremos formar médicos que voltem para suas cidades e Estados de origem e possam replicar os conhecimentos adquiridos aqui, de forma a melhorar a qualidade da saúde do Brasil”, revelou Ricardo.
Processo seletivo
O processo seletivo da Residência Médica da FCM é feito em três fases. A primeira é eliminatória, composta por uma prova com 80 questões múltipla escolha e 20 dissertativas. A segunda fase é uma prova de habilidades. Cerca de 300 pessoas entre atores, avaliadores e professores participam da organização. A prova ocorre nos ambulatórios do Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp. São disponibilizadas cinco estações em áreas de clínica médica, ginecologia, saúde coletiva, pediatria e cirurgia em que um ator desempenha o papel de paciente. O candidato deve entrevistá-lo, fazer o exame e dar a conduta médica. Um avaliador anota o desempenho esperado do candidato para a situação criada, baseada em casos clínicos. A terceira fase é constituída de avaliação do currículo e entrevista do candidato. (Veja data e locais das provas da primeira fase).
Residência multiprofissional e uniprofissional
A FCM também oferece 36 vagas na Residência Multiprofissional e Uniprofissional nas áreas de saúde, saúde mental e física médica. Elas são destinadas a enfermeiros, fonoaudiólogos, nutricionistas, psicólogos e terapeutas ocupacionais e outros. O processo seletivo envolve prova, análise de currículo e entrevista dos candidatos. Esse ano, o número de inscritos foi de 372 candidatos. (Veja a relação candidato/vaga e data e local da prova).
A característica principal dessas novas modalidades de residência é o ensino em serviço no Sistema Único de Saúde (SUS), com carga horária de 60 horas semanais e duração mínima de dois anos. O valor da bolsa de estudo é o mesmo da residência médica. Os residentes recebem auxílio moradia e alimentação, quando atuam fora do Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp, Hospital de Mulher (Caism) e Hospital Estadual de Sumaré (HES).