Os trabalhos “Resultados do tratamento cirúrgico em pacientes portadores de estenose cáustica” e “Síndrome de Bouveret: Descrição de uma apresentação atípica e revisão de literatura”, dos pesquisadores do Gastrocentro e da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, receberam menções honrosas durante a XIII Semana Brasileira do Aparelho Digestivo (SBAD), realizada no final de novembro na cidade do Rio de Janeiro.
A primeira pesquisa foi conduzida pelo médico cirurgião Nelson Adami Andreollo, professor do Departamento de Cirurgia da Unicamp e coordenador geral do Gastrocentro da Unicamp e pelo médico Luiz Roberto Lopes, diretor do Hospital Estadual Sumaré (HES), juntamente com os pesquisadores Sérgio Ratto Colombo, João de Souza Coelho Neto, Valdir Tercioti Junior, Maria Luiza Pio Ferreira Colombo e Henrique Cesta. O estudo consistiu em analisar casos de estenose cáustica de esôfago (estreitamento devido à ingestão acidental ou não de soda cáustica) com o objetivo de avaliar a melhoria de vida do paciente antes e depois da cirurgia de reconstrução.
De acordo com os pesquisadores, o estudo identificou que a maioria das ingestões de agentes corrosivos foi intencional, como tentativa de suicídio, com incidência maior no sexo masculino e as substâncias mais ingeridas foram as alcalinas (soda cáustica). O tratamento conservador da estenose do esôfago com as dilatações é a primeira opção antes de indicar o tratamento cirúrgico. Os resultados evidenciaram pela avaliação pré e pós-operatória que o procedimento cirúrgico melhora de maneira significativa a ingestão alimentar do paciente com estenose cáustica de esôfago.
O segundo trabalho foi conduzido pelos pesquisadores Yuri Longatto Boteon, Gustavo Lima do Valle Astur, Amanda Pinter Carvalheiro da Silva, Ricardo Roseto Machado, Murillo Pimentel Utrini, Everton Cazzo, Martinho Antonio Gestic e Elinton Adami Chaim da FCM da Unicamp. Os pesquisadores apresentaram um estudo sobre um caso raro de obstrução no aparelho digestivo provocado pela formação de pedra na vesícula, conhecida por Síndrome de Bouveret.
Os pesquisadores mostraram que uma simples cirurgia no intestino é indicada como forma mais segura de tratamento sem acarretar o aumento da taxa de doença biliar recorrente. O tratamento é adotado nos serviços oferecidos na Unicamp.
Texto: Matheus Martinelli