Medicina, Enfermagem, Fonoaudiologia e Farmácia. Os quatro cursos que constituem a Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp - o curso de Farmácia é compartilhado com o Instituto de Química (IQ), Instituto de Biologia (IB) e Centro Pluridisciplinar de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas (CPQBA) de Pesquisa e o curso de Fonoaudiologia com o Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) – atraem um público enorme de alunos durante a Unicamp de Portas Abertas (UPA).
Distribuídos pelas salas de aulas de medicina na Legolândia, anfiteatros 1, 2 e 3, auditório e prédios da enfermagem e fonoaudiologia, o fluxo de interessados em fazer um dos quatro cursos é grande. As filas dos corredores desciam escalas, mas nem por isso desanimava os jovens futuros universitários.
MEDICINA
Três deles vieram de São Paulo. Marina Macedo Cachoeira, do colégio Agostiniano São José, acha a profissão médica muito bonita. “Desde pequena quero ser médica. Sempre foi meu sonho ajudar as pessoas”, disse Marina. O amigo Rafael Segundo Ferreira das Neves também disse que desde criança que queria ser médico. “Vou prestar Unicamp e outras faculdades de medicina. Meu sonho é ser médico”, disse Rafael.
A história da estudante Bárbara Hansen de Nova Odessa é parecida, desde criança ela escolheu a medicina como profissão e já sabe até em qual área vai se especializar. “Depois de acompanhar o meu pai, que passou por uma cirurgia aqui na Unicamp, eu escolhi a cardiologia”, afirma Bárbara. Para ela, a Faculdade de Medicina da Unicamp é a primeira opção.
O terceiranista do curso de medicina, Felipe Franco, veio a UPA em 2007, quando cursava o primeiro ano do ensino médio e considera a experiência determinante para a sua escolha. “Eu pude saber como a Universidade funciona e as oportunidades que ela dá aos alunos”, conta o estudante.
ENFERMAGEM
Nelly Nella Ebambe nasceu no Congo e desde 2009 é aluno do curso de Enfermagem. Ela chegou ao Brasil em 2008 por meio de um convênio para a graduação e passou um ano aprendendo o Português. Ela achava que Enfermagem era baseada em técnica, mas viu que a profissão é mais ampla. Próxima de terminar o curso, assim que se formar ela retorna ao país natal para trabalhar em Organizações Não Governamentais (ONG) e algumas internacionais. O trabalho faz parte da conclusão do convênio que a trouxe para o Brasil, particularmente à FCM da Unicamp.
“Depois, vou retornar para fazer pós-graduação e iniciar o curso de Enfermagem em meu país. Talvez, assim, não precissemos mandar mais alunos para cá”, explicou Nelly.
Nelly é uma das monitoras que simulam procedimentos básicos de enfermagem para os alunos que visitam a Faculdade de Enfermagem. Ainda do lado de fora do prédio da recém-oficializada Faculdade de Enfermagem – até o mês de agosto era denominada de Departamento de Enfermagem vinculado à FCM – Mariana dos Santos, da escola Manuel Dias de Almeida, da cidade de Santinho, SP, aguardava com as amigas.
Recepcionista do Posto de Saúde da cidade, ela não tinha dúvidas quanto a escolha da profissão. Certa em cursar enfermagem, queria ver ao vivo a rotina de atendimento e cuidado com pacientes. “Se depender de mim, começo a estudar na Unicamp ano que vem, mas tenho que terminar o ensino médio”, disse Mariana, entusiasmada.
FONOAUDIOLOGIA
Um grupo de 45 alunos da escola Celina de Rezende Vilela, da cidade de Cordislândia, MG, viajou quatro horas e meia para chegar a Unicamp. Divididos em dois grupos, um deles foi o primeiro a chegar na FCM. Eles foram conhecer o curso de Fonoaudiologia, onde tiveram demonstração sobre Libras, audiologia, tecnologia assistiva para deficiente visual, comunicação alternativa, motricidade orofacial e voz.
De acordo com o professor de matemática Ricardo Penha que acompanhava o grupo, a UPA é um fator motivacional para os alunos conhecerem que existe um mundo afora da cidade de pouco mais de três mil e quinhentos habitantes do Sul de Minas Gerais. “Eles precisam conhecer e ver que existe uma universidade gratuita que oferece cursos além do ensino médio”, disse Penha.
FARMÁCIA
Formado por quinze alunos, um grupo de Mogi-Guaçu se organizou e veio por conta própria à UPA. Entre eles, o estudante do primeiro ano do ensino médio, Guilherme Manara, já escolheu a farmácia como profissão. “Apesar da concorrência e do vestibular difícil, eu quero muito fazer Unicamp”, conta ele.
Uma das monitoras da Farmácia, Ana Luiza Oliveira, aponta a remuneração e o trabalho na indústria como os principais interesses de quem visitou o espaço. “Embora eu não tenha participado da UPA antes de ingressar na Unicamp, eu acho que é importante para quem quer conhecer o campus e também para quem não sabe qual curso escolher”, disse.
ÁLBUM DE FOTOS
Texto e fotos: Edimilson Montalti e Jéssica Kruckenfellner