A partir da próxima segunda-feira (2), 300 novos médicos-residentes da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, de diferentes especialidades, passam a atuar no Hospital de Clínicas (HC), Hospital de Mulher “Prof. Dr. José Aristodemo Pinotti (Caism), o Hospital Estadual de Sumaré (HES) e Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Campinas e região. A cerimônia de acolhimento aconteceu na manhã dessa quinta-feira (26), na FCM, e teve como tema central de reflexão, a formação ética dos profissionais médicos.
O evento de recepção foi organizado pela Comissão de Residência Médica (Coreme) da FCM e contou com as palestras “Relacionamento Interpessoal”, “Morte encefálica e captação de órgãos”, “Bioética Clínica e cuidados necessários com publicações nas redes sociais” e “Segurança do Paciente: responsabilidade de todos”, dos professores Plínio Trabasso, Luiz Antônio da Costa Sardinha, Flávio César de Sá e Flora Marta Giglio Bueno.
“Continuem com a ânsia de aprender, ouçam seus pacientes, sejam éticos, vivam o hospital”, disse o coordenador da Comissão de Residência Médica da FCM, Ricardo Mendes Pereira, em mensagem de boas-vindas aos ingressantes. “A obrigação da escola pública é formar bons profissionais. Da nossa parte, vamos nos empenhar ao máximo e eu peço a vocês que façam o mesmo, aproveitando a oportunidade que está sendo dada a uma fatia da população que são vocês”, completou o diretor da FCM, Ivan Felizardo Contrera Toro.
O diretor da FCM também ressaltou em sua fala a preocupação da faculdade em proporcionar um ambiente ético e saudável de convivência, e pediu a colaboração de toda a comunidade nesse sentido. “Precisamos mudar algumas práticas da atualidade reconhecidas como normais, quando não são. Não queremos, em nossa faculdade, atitudes consideradas agressivas. Queremos que todos não só aproveitem muito bem o curso, como também saiam daqui mais humanos e completos. Isso vale para todos, docentes, alunos, residentes e funcionários”, afirmou.
O diretor associado da FCM, Roberto Teixeira Mendes, falou da importância dos médicos-residentes para os serviços de saúde. “Qualquer serviço em que vocês irão trabalhar dependerá de vocês. Residência é aprendizado e trabalho”, disse. Teixeira também chamou a atenção dos pós-graduandos para que eles busquem maior mobilização política. “Não há vida em sociedade sem política. Vocês têm uma Associação de Médicos Residentes instalada aqui na faculdade e que serve para discutir questões próprias da vida profissional e do ensino”, enfatizou.
O infectologista Plínio Trabasso, diretor clínico do HC da Unicamp, disse aos novos residentes que Diretoria Clínica e o Comitê de Ética Médica do Hospital estão à disposição para o esclarecimento das dúvidas que eventualmente podem surgir quanto à atuação profissional. “Embora alunos de pós-graduação, diante dos pacientes e de instituições como o Conselho Regional de Medicina, vocês são profissionais com responsabilidade ética, como qualquer outro médico e profissional já formado”, disse.