Começou na manhã desta quarta-feira (15), no auditório da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, o “III Encontro sobre Patologização da Educação e Judialização da Vida”. O encontro é organizado pelo Conselho Regional de Psicologia, Departamento de Pediatria da FCM, Fórum sobre Medicalização da Educação e da Sociedade (Núcleo Campinas) e Serviço de Atenção às Dificuldades de Aprendizagem (Sada). Em torno de 450 pessoas se inscreveram evento, dentre elas psicólogos, médicos, sociólogos e alunos.
“Tentam resolver a educação de jovens e crianças com medicalização. Temos que ampliar a luta antimanicomial contra a internação compulsória. Há, atualmente, uma articulação entre os processos de medicalização e de judicialização da vida”, disse a pediatra Maria Aparecida Affonso Moysés durante a abertura do encontro.
Maria Piedade Melo, do Conselho Regional de Psicologia de Campinas, disse que essa é uma luta valiosa no qual a sociedade deve estar envolvida nas discussões e decisões, mesmo que leve-se tempo para um consenso. “A subjetividade humana transformou-se em processos de polícia ou de pílula”, afirmou.
A pró-reitora de Desenvolvimento Universitário da Unicamp, Teresa Atvars, disse que a Universidade deve participar das grandes discussões brasileiras, e eventos como este respondem aos anseios da sociedade. “A combinação de formar e pensar deve ser retomada com urgência dentro do meio universitário, pois propiciam ações diferenciadas no fazer”, disse.
Participaram também a abertura Rosangela Vilar, da Sada; Gabriel Hessel, chefe do Departamento de Pediatria e Pedro Tourinho, vereador de Campinas.
Texto e fotos: Edimilson Montalti - ARP-FCM/Unicamp