Lançada 2ª edição de livro com técnicas aplicadas às disfunções do assoalho pélvico

Na manhã dessa quarta-feira (26), o urologista Paulo Cesar Rodrigues Palma, professor da disciplina de urologia do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, lançou a segunda edição do livro Urofisioterapia: aplicações clínicas das técnicas fisioterapêuticas nas disfunções miccionais e do assoalho pélvico, publicado em 2009.

A partir da conduta apoiada pela Associação Brasileira do Assoalho Pélvico (ABAP) e terminologia utilizada pela Sociedade Internacional de Continência (ICS), a obra tornou-se parâmetro para ginecologistas, urologistas, geriatras, fisioterapeutas, enfermeiros e demais profissionais que atuam no cuidado de pacientes com disfunções do assoalho pélvico, tais quais, Incontinência Urinária e Síndrome da Bexiga Hiperativa.

Segundo a publicação, as disfunções do assoalho pélvico são situações acometem boa parte da população. Nas mulheres, sobretudo, a incidência é mais recorrente e atinge pelo menos 23% do público feminino após a menopausa. No entanto, está enganado quem acredita que a perda de urina na terceira idade é um processo natural do envelhecimento. “Nós temos tratamento para esse tipo de situação de perda urinária, independente da faixa etária”, disse o pesquisador.

Dentre as disfunções mais frequentes entre as mulheres está a chamada incontinência urinária aos esforços, muito relacionada à gestação e em decorrência do parto por via natural. “Nessa situação existe uma frouxidão dos elementos de suporte da uretra que favorece a perda de urina mediante aos esforços causados, por uma tosse ou espirro, por exemplo”, explicou.

O prolapso genital, vulgarmente conhecido pelo termo “bexiga caída” é outra disfunção do assoalho pélvico muito comum entre as mulheres e que decorre da perda de sustentação de órgãos como bexiga, uretra, útero, intestino e reto. “Tivemos grandes avanços nessa área, tanto do tratamento dos sintomas associados, como também das técnicas cirúrgicas minimamente invasivas”, lembrou.

Mesmo diante dos avanços, Palma explica que até a publicação do livro, a área ainda não contava com uma obra que contemplasse os principais avanços no tratamento não invasivo das disfunções do assoalho pélvico. “Temos técnicas de fisioterapia, de biofeedback, de eletroestimulação do nervo tibial posterior, dentre outras”, explicou. Urofisioterapia: aplicações clínicas das técnicas fisioterapêuticas nas disfunções miccionais e do assoalho pélvico foi escrito com a colaboração de especialistas do Brasil e do exterior e tem como editores, além de Paulo César Rodrigues Palma, Bary Berghmans, Maura Regina Selene, Cássio Luiz Zanettini Ricceto e Simone Botelho Pereira.