O sociólogo Jonathan Gabe, da Universidade de Londres, foi o palestrante internacional convidado do II Seminário Internacional de Sociologia da Saúde, ocorrido nesta quarta-feira (8) no Salão Nobre da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp. Gabe participou de duas mesas-redondas: a do período da manhã, sobre história e perspectivas das ciências sociais aplicadas à saúde e a da tarde, sobre socioantropologia, política e cuidado das condições crônicas no campo da saúde.
“A doença crônica marca uma grande gama de distúrbios como epilepsia, artrite, doenças do coração e asma. Um dos pontos importantes da doença crônica é que ela tem uma dimensão temporal, mas ela é difícil de diagnosticar, como a esclerose múltipla. Há variações nos sintomas de um dia para o outro e ela vai aumentando”, disse Gabe.
Segundo Gabe, os sociólogos se interessaram por essa área porque nos países desenvolvidos e em desenvolvimento a população está envelhecendo e isto representa uma transição demográfica. Isso influi na taxa de natalidade e morte em todas as faixas de idade e no aumento da expectativa de vida. “Como as pessoas vivem mais, elas estão propensas a ter uma doença relacionada ao envelhecimento, como demência, artrite reumática, derrame, e doenças cardíacas”, explicou.
No final do seminário, o professor Nelson Filice de Barros, do Departamento de Saúde Coletiva e coordenador do evento, lançou o livro “Cuidados da doença crônica na atenção primária de Saúde”. O livro é uma publicação da editora Hucitec. O encerramento do seminário teve cortejo musical conduzido por Maria Cristina Bueno e apresentação do coral Açucena, regido por Ana Salvagni.
O evento contou com o apoio do Departamento de Saúde Coletiva da FCM da Unicamp, Centro Acadêmico Adolfo Lutz e Laboratório de Práticas Alternativas, Complementares e Integrativas em Saúde (Lapacis).
Texto: Edimilson Montalti - ARP-FCM/Unicamp