Acontece na manhã dessa sexta-feira (4), a cerimônia de posse do novo diretor da Faculdade de Ciências Médicas (FCM), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Ivan Felizardo Contrera Toro venceu a consulta realizada com docentes, alunos e funcionários com 50,3% dos votos. Ele assumirá a gestão da faculdade até julho de 2018, ao lado de seu diretor associado, Roberto Teixeira Mendes, professor do Departamento de Pediatria. O evento será realizado no Auditório 5 da FCM, às 10 horas. Veja convite.
Diversas autoridades da área da saúde e da administração pública são esperadas para cerimônia de posse conduzida pelo reitor da Unicamp, José Tadeu Jorge. Também estarão presentes os atuais, diretor e diretora associada da FCM, Mario José Abdala Saad e Rosa Inês Costa Pereira, que encerram a gestão relativa ao quadriênio 2010-2014.
Saiba mais
Diretor
Ivan Felizardo Contrera Toro possui graduação em Medicina pela Universidade Estadual de Campinas (1981), mestrado em Cirurgia pela Unicamp (1991) e doutorado em Cirurgia pela Unicamp (2000). Atualmente, é professor doutor concursado da Unicamp. Foi superintendente do Hospital de Clínicas da Unicamp (2002), coordenador da disciplina de Cirurgia Torácica (2000-2010 e 2013-2014), coordenador de administração do Hospital Estadual de Sumaré (2013-2014) e coordenador associado do Departamento de Cirurgia da FCM (2010-2014). Ao longo de sua carreira, recebeu homenagem de 10 turmas, patrono de três e paraninfo de uma.
Diretor associado
Roberto Teixeira Mendes fez graduação em Medicina (1979), Residência Médica em Pediatria (1982), formação em Saúde Pública (1983) e doutorado em Saúde da Criança e do Adolescente na FCM da Unicamp (1996). Foi vice-presidente e presidente da Adunicamp (1985-1987), Pró-Reitor de Extensão da Unicamp (1999 a 2001), coordenador da Comissão de Extensão Universitária e Assuntos Comunitários da FCM (2006 a 2009), coordenador do Cecom (2009-2013) e chefe do Departamento de Pediatria da FCM (2013-2014).
Sobre a Faculdade de Ciências Médicas
A Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp tornou-se uma instituição de referência, não apenas no Brasil, como também no exterior. Seu corpo docente é constituído por 291 professores e em seus cursos de graduação de medicina fonoaudiologia e farmácia estudam, aproximadamente, 1,1 mil alunos. Em 2013, o curso de Medicina atingiu o patamar de 145,4 candidatos por vaga, tornando-se o curso mais concorrido no Vestibular da Unicamp e a Medicina mais procurada do Brasil. O curso de graduação em Enfermagem, que a partir de 2012 tornou-se Faculdade de Enfermagem e em 2014 o Conselho Universitário (Consu) da Unicamp aprovou a criação da Faculdade de Ciências Farmacêuticas. Ainda em 2014, a Congregação da FCM aprovou a criação do curso de Fisioterapia e propôs a criação do curso de Serviço Social, ainda em deliberação.
Atualmente, quinze departamentos compõem a faculdade: Anatomia Patológica, Anestesiologia, Cirurgia, Clínica Médica, Farmacologia, Genética Médica, Saúde Coletiva, Neurologia, Oftalmologia e Otorrinolaringologia, Ortopedia e Traumatologia, Patologia Clínica, Pediatria, Psicologia Médica e Psiquiatria, Radiologia, e Tocoginecologia. Em fase de aprovação, está o Departamento de Desenvolvimento Humano e Reabilitação.
Nos 11 Programas de Pós-Graduação da FCM estudam aproximadamente 1,2 mil em aprimoramento, mestrado, mestrado profissional, doutorado e pós-doutorado. Os programas em Fisiopatologia Médica e Tocoginecologia receberam nota máxima (conceito 7). Por sua vez, também foram bem avaliados os cursos em Ciências da Cirurgia, Ciências Médicas, Clínica Médica, Farmacologia, Gerontologia, Saúde Coletiva e Saúde da Criança e do Adolescente (conceito 5). Em 2013, foram produzidos mais de mil artigos aprovados para publicação em periódicos nacionais e internacionais, fruto de um crescimento progressivo, observado no período 2010-2014. No mesmo período, aumentou também o número de teses defendidas, de 291 em 2010, para 358 em 2012.
Na Residência Médica, a FCM disponibiliza 79 programas credenciados pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC), além de programas complementares em 28 áreas, com cerca de 550 médicos-residentes. A busca pela Residência Médica registrou aumento de 32,4% no Processo Seletivo de 2014, em comparação ao ano anterior, indo de 1.469 para 1.945 candidatos. Há dois anos, a Faculdade criou a Residência Multiprofissional. No processo seletivo de 2013 participaram 120 candidatos. A modalidade deu um salto de 250% no número de inscritos durante o Processo Seletivo de 2014, registrando 478 concorrentes.
Atualmente, há na FCM 172 linhas de pesquisa e 871 projetos com financiamento em andamento, distribuídos nos 101 laboratórios espalhados pelo complexo da área da saúde da Unicamp. Destacam-se nesse sentido, projetos iniciados em 2012 com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e que totalizaram mais de 16 milhões em investimentos. Preocupada com a formação de novos pesquisadores, a FCM redobrou esforços para a oferta de auxílios e bolsas de pesquisa. Dados da Fapesp totalizam, em 2013, 2.785 auxílios e bolsas destinadas à faculdade. Os grandes projetos temáticos foram as grandes conquistas recentes da FCM no campo da pesquisa. Ao todo, 8 Projetos Temáticos, 2 Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids), 2 Programas de Pesquisa para o Sistema Único de Saúde (PPSUS) e 2 Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT), dão corpo ao conhecimento científico liderado pela FCM. Projetos de cooperação internacional para o desenvolvimento de pesquisas relacionadas a doenças infecciosas e saúde da mulher somaram mais 4 milhões em investimento.
As atividades assistenciais conduzidas pela FCM são outros aspectos a destacar. Elas estão diretamente ligadas aos serviços de saúde oferecidos pela Unicamp a uma população de quase 6 milhões de habitantes. Integram esse complexo o Hospital de Clínicas (HC), o Hospital da Mulher “Prof. Dr. José Aristodemo Pinotti” (Caism), o Hospital Estadual de Sumaré (HES), o Hemocentro, o Gastrocentro, Centros de Saúde e seis Ambulatórios Médicos de Especialidades (AME) localizados em diversos municípios paulistas. Por duas vezes, em 2010 e 2012, a faculdade foi convidada a indicar concorrentes ao prêmio Nobel de Medicina. De seus bancos escolares saíram nomes para cargos públicos municipais, estaduais e federais na área da Saúde.