O Grupo Interdisciplinar de Assistência e Estudos em Transtornos Alimentares (GETA) do Departamento de Psicologia Médica e Psiquiatria da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) está recebendo novos pacientes para tratamento de anorexia nervosa e bulimia. O tratamento é feito no Hospital de Clínicas da Unicamp desde 2005. Pacientes a partir de 13 anos, com diagnóstico de anorexia nervosa ou bulimia podem agendar uma consulta de triagem no GETA pela Central Reguladora de Vagas. Maiores informações podem ser obtidas pelos telefones (19) 3521-8277 com a assistente social Rosana Sartori ou (19) 3521-7514, no ambulatório de psiquiatria.
Os transtornos alimentares são distúrbios psiquiátricos graves que acometem principalmente meninas adolescentes e mulheres jovens. No GETA, os dois transtornos tratados são a anorexia nervosa e a bulimia. “A anorexia é o transtorno mental com maior mortalidade. Quanto mais cedo o tratamento é iniciado, maiores são as chances de bons resultados”, conta o psiquiatra Celso Garcia Júnior, coordenador do grupo.
A anorexia é um distúrbio caracterizado pela perda de peso intensa e intencional, com recusa em manter o peso dentro da faixa mínima de normalidade motivada por uma distorção grosseira da autoavaliação da imagem do corpo. “Embora desnutridas, as pacientes acham-se gordas quando se olham no espelho”, conta a psiquiatra Ana Luisa Traballi, médica do GETA.
Na bulimia, os principais sintomas são episódios de compulsão alimentar, com a ingestão descontrolada de uma quantidade de alimento absolutamente exagerada seguidos de culpa, medo de engordar e consequente utilização de práticas que tentam evitar o ganho de peso, como a autoindução de vômitos e uso de laxantes e diuréticos.
Dietas extremamente restritivas, atividades físicas extenuantes, ingestão de laxantes, autoindução de vômitos e outras práticas inadequadas para perda de peso levam a um estado clinico potencialmente grave, com taxas de mortalidade ao longo da vida que se aproximam a 20 % dos casos.
O tratamento dos transtornos alimentares deve ser multiprofissional e inclui acompanhamento nutricional, psicológico, psiquiátrico e, no caso das crianças e adolescentes, terapia familiar.