Gastão Wagner de Sousa Campos, professor do Departamento de Medicina Preventiva e Social da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp recebe, no dia 24 de novembro, às 19 horas, em Brasília, a medalha da Ordem do Mérito Médico na classe comendador pelos relevantes serviços prestados à saúde pública brasileira. A entrega da medalha será feita pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão, durante a abertura da 10ª Mostra Nacional de Experiências Bem Sucedidas em Epidemiologia, Prevenção e Controle de Doenças (EXPOEPI) na Sala Brasil, Piso Superior, do Centro de Convenções e Eventos Brasil 21, localizado no SHS, Quadra 6, Lt. 1, Conjunto A, em Brasília, DF.
A Ordem do Mérito Médico foi criada em 1950, pelo presidente Eurico Gaspar Dutra e modificada por decretos posteriores. Ela se destina “a médicos nacionais e estrangeiros que houverem prestado serviços notáveis ao país ou que se hajam distinguido no exercício da profissão ou no magistério de medicina ou sejam, autores de obras relevantes para os estudos médicos”. É concedida nos graus de cavaleiro, comendador, grande oficial e grã-cruz.
A comenda surgiu na Idade Média como um benefício dado a membros do clero ou a militares que demonstravam valentia em batalhas. Hoje, ela é uma condecoração concedida a pessoas que se destacam em suas áreas de atuação, desde artistas, políticos e empresários até esportistas. O título sobrevive no cerimonial de governos e instituições privadas, que seguem uma hierarquia de acordo com a importância do homenageado. O menor grau é cavaleiro, seguido de oficial, comendador, grande oficial, grão-cruz e, quando existe, grão-colar.
"Geralmente, a comenda era algo valioso, como o título de propriedade de uma terra. Com o passar dos séculos, seu valor tornou-se simbólico, representado por diplomas ou medalhas", afirma o heraldista Waldemar Baroni, especialista em títulos e emblemas da nobreza do Conselho Estadual de Honrarias e Mérito de São Paulo (CEHM).
Em 2009, Gastão recebeu a medalha de mérito Oswaldo Cruz. A medalha de mérito Oswaldo Cruz foi criada em 1970 no Governo Médici. A medalha se destina a galardoar pessoas nacionais e estrangeiras que, no campo das atividades científicas, educacionais, culturais e administrativas relacionadas com a higiene
Gastão já ficou surpreso ano passado ao receber a medalha de mérito Oswaldo Cruz pelo trabalho como sanitarista e não esperava receber o da ordem médica. Ele não esconde a satisfação por receber a medalha de comendador pelo reconhecimento de seu trabalho em relação à assistência, à organização do Sistema Único de Saúde, à saúde da família e outros trabalhos desempenhados. “Essa medalha tem o sentido da contribuição à medicina a partir da saúde coletiva e dá um brilho ao currículo”, comentou Gastão, que divide a premiação, este ano, com Adib Jatene, Ivo Pitanguy, Mário Testa e Luiz Roberto Barradas Barata, em homenagem póstuma, entre outros condecorados.
Gastão Wagner de Sousa Campos possui graduação em medicina pela Universidade de Brasília (1975), especialização em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo (1977); especialização em Planejamento do Seto pela Universidade de São Paulo (1978); mestrado em medicina preventiva pela Universidade de São Paulo (1986); doutorado em saúde coletiva pela Universidade Estadual de Campinas (1991) e residência médica pelo Hospital das Forças Armadas em Brasília/DF (1977). Atualmente, é professor titular da Universidade Estadual de Campinas, membro de corpo editorial da “Trabalho, Educação e Saúde” e membro de corpo editorial da “Revista Ciência & Saúde Coletiva”. Tem experiência na área de Saúde Coletiva, com ênfase em Saúde Pública. Atua, principalmente, nos seguintes temas: antitaylor, democracia em instituições e gestão de instituições.
Texto: Edimilson Montalti
Foto: Acervo pessoal