O acidente vascular cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame, é a segunda causa de morte no mundo e a primeira no Brasil, à frente de doenças como infarto e câncer, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Os AVCs podem ser classificados como isquêmicos, quando há o entupimento de vasos sanguíneos, ou hemorrágicos, quando acontece o seu rompimento. Dos pacientes acometidos por AVC no Brasil, três grupos merecem especial atenção: os jovens, as mulheres tabagistas com enxaqueca que fazem uso de pílula anticoncepcional e as pessoas acometidas pelo acidente vascular transitório, que causa a interrupção voluntária do vaso e que, em minutos, se regenera.
O alerta foi dado pelo neurologista da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp Li Li Min durante a abertura do IV Simpósio AVC – Campinas, ocorrido na tarde desta sexta-feira (28) no Salão Nobre da FCM. A incidência de AVC nestes pacientes é menos comum, porém vem crescendo nos últimos anos. Por isso, o foco principal do simpósio é capacitar os profissionais da área da saúde para o atendimento na fase aguda, na prevenção e na reabilitação dos pacientes. “Precisamos aborda o AVC por diferentes frentes e em todos os aspectos. O fato de cuidar bem do paciente vai fazer que ele tenha uma melhor recuperação e chances de ficar sem seqüelas e ter uma rápida readaptação social”, disse.
Até amanhã serão discutidos no simpósio os métodos de diagnóstico, as novas tecnologias, a medicina tradicional chinesa e seus benefícios para a recuperação dos pacientes, a relação entre alteração do ritmo cardíaco e AVC e as vantagens econômicas e os benefícios da implantação de unidades cerebrovasculares na rede hospitalar.
A programação completa do evento está disponível em www.lepedic.com.br/eventos/simposioavc2010/