A Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES) do Ministério da Saúde e representantes do PRÓ-Saúde e PET-Saúde da região Sudeste se reúnem até amanhã na Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp para discutirem as políticas interministeriais no processo de formação e qualificação dos profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS). Sigisfredo Luis Brenelli, diretor do Departamento de Gestão do Trabalho e da Educação na SGTES e docente da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, abriu o evento nesta segunda-feira (22) no anfiteatro 1 da faculdade dizendo que o PRÓ-Saúde tem 185 trabalhos publicados em outras línguas e é um modelo de ensino e serviço para outros países.
“Fomos convidados para implantar o PRÓ-Saúde na enfermagem do Paraguai. Este seminário é importante para acertar os rumos e ampliar os passos do PRÓ-Saúde 3. O PET-Saúde deve ganhar mecanismos. Temos que evoluir às medidas das necessidades do Brasil”, ressaltou Brenelli.
Carlos Eli Ribeiro, Secretário Municipal de Saúde de Santa Barbara D’Oeste e representante do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS) disse que, na sua visão de gestor, falta equidade na formação profissional pelo raciocínio do privado versus público. “Quanto mais a gente qualifica, mas a gente perde. Na prática, não há equidade. Formamos o profissional e o transferimos para o concorrente. Esse é um ponto para reflexão”, disse Ribeiro.
O Pró-Saúde foi lançado em 2005, por meio de Portaria Interministerial entre os Ministérios da Saúde e da Educação. Um de seus objetivos é diminuir o distanciamento entre as universidades e a prestação real dos serviços de saúde, incentivando mudanças na formação de médicos, enfermeiros e dentistas, de acordo com as necessidades da população brasileira.
O PET-Saúde disponibilza bolsas para tutores, preceptores (profissionais dos serviços) e estudantes de graduação da área da saúde. O PET-Saúde tem como fio condutor a integração ensino-serviço-comunidade, e é uma parceria entre a Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde – SGTES, Secretaria de Atenção à Saúde – SAS e Secretaria de Vigilância em Saúde - SVS, do Ministério da Saúde, a Secretaria de Educação Superior – SESu, do Ministério da Educação, e a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAD/GSI/PR).
Participaram da mesa de abertura a acadêmica Juliana Louse da Silva, da Faculdade de Medicina de Marília; Alóide Ladeia Guimarães, da Secretaria Municipal de Saúde; Wilson Nadruz Junior, coordenador de Ensino de Graduação do Curso de Medicina da FCM da Unicamp; José Luis Tatagiba Lamas, professor do Departamento de Enfermagem da FCM e representante dos Coordenadores do Pró-Saúde e PET/Saúde e José Spin Neto, diretor da Faculdade de Medicina da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas).
Texto e fotos - Edimilson Montalti - ARP-FCM/UNICAMP