Um grupo de alunos do primeiro ano dos cursos de Medicina e Fonoaudiologia da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp estiveram na semana passada no Hemocentro da Unicamp doando sangue e se inscrevendo no cadastro de doador de medula óssea. A ação faz parte do módulo “Ações de Saúde Pública”, conduzido por Edison Bueno, professor do Departamento de Saúde Coletiva da FCM, no Centro de Saúde do Jardim Eulina.
“Solidariedade é o sentimento que estudamos do decorrer do primeiro ano da formação do aluno, que se baseia na tríade sentir, pensar e agir. A essência de nosso trabalho é a defesa da vida. A doação de sangue é uma ação de saúde ao alcance de qualquer cidadão e os alunos quiseram dar o exemplo de que isso é possível”, explicou Bueno.
Homerito Rodrigues nunca havia doado sangue. Por causa de uma faringite, não pode doar sangue no dia combinado com o resto do grupo. “Pretendo nesta ou a próxima semana doar sangue”, disse. Apesar de não ter feito efetivamente a doação, ele aconselha fortemente os outros estudantes, não só da Medicina, mas da Unicamp inteira, a fazer a doação de sangue no Hemocentro pois, segundo Homerito, além de ser uma atitude solidária para com as pessoas que necessitam de transfusão de sangue, não custa nada e parte do sangue doado é utilizado para pesquisa, o que pode ajudar ainda mais pessoas.
“Aconselho também se a registrarem como doadores de medula óssea - esse registro eu pude fazer, mesmo com a faringite -, visto que a probabilidade de um paciente achar uma medula compatível com a sua aumenta quanto maior for o número de doadores disponíveis”, reforçou o aluno do primeiro ano do curso de Medicina da FCM da Unicamp.
De acordo com o médico Vagner de Castro, coordenador do bando de sangue do Hemocentro, toda e qualquer iniciativa bem direcionada que incentive a doação de sangue é sempre bem-vinda, particularmente quando envolve futuros profissionais de saúde, que podem atuar como multiplicadores da doação de sangue e medula óssea.
“Em última instância, são os médicos que vão indicar a utilização dos componentes do sangue. E para termos esses componentes disponíveis, precisamos das doações. Estamos com os estoques bem razoáveis, mas o fim de ano se aproxima, época que nos preocupa pelos feriados prolongados”, lembrou Vagner.
“Dessa campanha, tiro uma importante lição de solidariedade e empatia. O ato em si é muito belo e me chateou muito não poder ter feito a doação de sangue mas, em contrapartida, alegrou-me muito ver a ação de quem pôde doar. Talvez essa ação conscientize e mobilize mais pessoas a doarem sangue e salvar várias vidas”, disse Homerito.
Amanhã, 25 de novembro, Dia do Doador de Sangue, haverá apresentação de música na entrada do Hemocentro e uma decoração festiva para homenagear os doadores. Para informações sobre doação de sangue, acesse o site do Hemocentro da Unicamp.