Começou nessa segunda-feira (14) no auditório da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp o primeiro Congresso Cepid Brainn (Brazilian Institute of Neuroscien and Neurotechnology) que reúne pesquisadores nacionais e internacionais. Durante dois dias serão realizadas conferências e minisimpósios em áreas como reabilitação motora por realidade virtual, consciência artificial, biologia molecular aplica à neurociência, microfabricação de sondas neurais, entre outras. As atividades iniciaram-se na sexta-feira (14) no Museu Exploratório de Ciências e com o I Encontro sobre Neurociências na Educação Inclusiva 360º, ocorrido também no auditório da FCM.
“O cérebro é a ultima fronteira. Nós ainda não o entendemos em sua totalidade. Existem doenças bem relacionadas com ele, como a epilepsia e acidente vascular cerebral (AVC). Os conhecimentos da neurociência podem ajudar na promoção da saúde e da educação”, disse Li Li Min, neurologista da FCM e coordenador da área de difusão do conhecimento do Cepid Brainn.
Durante o simpósio, 46 trabalhos de pesquisa serão apresentados nas áreas de neurociência, neurotecnologia e neuroeducação e difusão. De acordo com o físico da Unicamp Roberto José Maria Covolan, o simpósio é um estímulo para os pesquisadores saírem de seus laboratórios e entrarem em contato com outras áreas para encontrar soluções.
“A combinação de neurociência com neurotecnologia é uma coisa que em poucos lugares do Brasil e do mundo existe, principalmente focado em problemas médicos. Na Unicamp, temos grupos fortes nessas áreas”, disse Roberto José Maria Covolan, coordenador da área de transferência de tecnologia do Cepid Brainn e professor do Instituto de Física da Unicamp.
Ley Sander, pesquisador do Instituto de Neurologia da Universidade College de Londres (UCL), disse que a pesquisa no mundo é colaborativa e que a iniciativa da Unicamp e da Fapesp é muito boa. “Ninguém faz pesquisa sozinho. Esse primeiro encontro será o embrião de muitas coisas que irão surgir ao longo dos anos”, disse Ley que faz parte do comitê consultivo internacional do Cepid Brainn.
De acordo com Fernando Cendes, neurologista da FCM da Unicamp e coordenador do Cepid Brainn, o projeto tem a duração de 10 a 11 anos e mesmo num curto espaço de tempo – menos de um ano de criação – essa primeira fase já é um sucesso. “Concentramos em dois dias uma visão geral do que estamos fazendo. Isso é fundamental para prestar contas à sociedade dos recursos que recebemos e atrair novos pesquisadores interessados em entrar no grupo e fortalecer as interações dentro e fora do Brasil”, disse.
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