Capes convida quatro professores da Unicamp para coordenação de áreas

Os professores Álvaro Penteado Crosta, do Instituto de Geociências (IG); José Antonio Rocha Gontijo, da Faculdade de Ciências Médicas (FCM); Luiz Carlos Dias, do Instituto de Química (IQ) e Nancy Lopes Garcia, do Instituto de Matemática, Estatística e Ciências da Computação (IMECC) são os novos coordenadores de área da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) para o triênio 2011-2013. Os nomes foram homologados a partir de listas tríplices aprovadas nas 53ª e 54ª reuniões do Conselho Superior da Capes e publicadas no Diário Oficial de abril e junho deste ano.


Crosta assume a área de Geociências, Dias assume a coordenação da área de Química, Gontijo a área de Medicina 1 e Nancy a área de Matemática, Probabilidade e Estatística 1. É a primeira vez que a Unicamp possui quatro coordenadores de área no mesmo triênio.


A escolha do
s coordenadores de área não tem um caráter de representação institucional das Instituições de Ensino Superior aos quais estão vinculados e são escolhidos entre os integrantes das listas tríplices elaboradas pelo Conselho Superior. Estas listas são definidas a partir da relação de nomes advindos da ampla consulta feita aos cursos ou programas de pós-graduação e às associações e sociedades científicas e de pós-graduação.


Os coordenadores de área da Capes têm como atribuições colaborar para o debate e o desenvolvimento da política nacional de pesquisa, da pós-graduação e da gestão acadêmico-científico em sua área; subsidiar as Diretorias da Capes na seleção de consultores científicos qualificados; coordenar a atuação das comissões e grupos regulares de consultores correspondentes a seu campo de competência; zelar pela qualidade dos pareceres e proposições apresentados por consultores ou comissões sob sua coordenação; apresentar à Diretoria de Avaliação os documentos requeridos para a fundamentação e organização dos processos de avaliação; articular com os demais Coordenadores de Áreas e com os representantes de sua grande área visando à integração e coerência de suas ações e informar ao Conselho Técnico-Científico da Educação Superior (CTC-ES) sobre questões relativas a processos, propostas ou solicitações vinculadas ao seu campo de competência.


“Não existe pós-graduação senso estrito sem pesquisadores bem formados realizando pesquisa de qualidade. A Unicamp é um terreno fértil para isto. Sua história está ligada a geração de conhecimento novo através da pesquisa nas suas diferentes áreas de atuação. Estas indicações são um reconhecimento à existência de uma pós-graduação consolidada e madura na Unicamp”, disse Gontijo.

 

Avaliação Capes

A Capes é um órgão de formação de recursos humanos de alto nível, principalmente para o ensino superior, embora nos últimos anos tenha também implantado programas que formam e qualificam professores da educação básica. Este órgão credencia e avalia os cursos e programas de pós-graduação regularmente oferecidos por Instituições de Ensino Superior (IES) em todo o Brasil. Os cursos e programas recebem notas, compatíveis com sua qualificação e estas variam de 1 a 7. A nota mínima para que um mestrado seja implantado é 3. Para o doutorado, 4. As notas 6 e 7 são reservadas exclusivamente, para os programas com doutorado, classificados como nota 5 numa primeira etapa de avaliação, e que atendam necessária e obrigatoriamente duas condições: apresentem desempenho equivalente a centros internacionais de excelência na área e que tenham um nível de desempenho altamente diferenciado em relação aos demais programas da área.

As informações utilizadas para avaliação dos cursos e programas de pós-graduação abrangem aspectos relativos à situação e ao desempenho destes em vários aspectos. Os elementos de avaliação definidos pelas diferentes áreas do conhecimento incluem: a proposta do programa; as linhas e projetos de pesquisa vinculados à proposta do programa; infraestrutura de ensino e pesquisa; corpo docente; caracterização do corpo discente; identificação do papel do programa ou curso na formação de recursos humanos qualificados; intercâmbios acadêmico-científicos nacionais e internacionais; qualificações de teses e dissertações defendidas; produção intelectual ou artística e patentes de docentes e egressos; nível de captação de recursos; e inserção social do programa avaliada através da valorização da participação e/ou envolvimento de docentes e alunos em políticas nacionais de saúde, educação, ciência e tecnologia.


A avaliação trienal dos programas de pós-graduação é sustentada por uma base de dados alimentada pelo sistema de coleta anual de informações junto às instituições de ensino superior, o Coleta Capes. Também são considerados o teor de pareceres referentes ao processo de acompanhamento e visitas realizadas a programas, e emitidos pelas respectivas comissões de área, bem como os relatórios de visitas realizadas por consultores para a verificação in loco da atuação dos programas.

 

Medicina 

Os cursos e programas em medicina da Capes estão inseridos em três grandes Comitês: 1, 2 e 3. Exceto no Comitê de Medicina 3 onde encontram-se cursos e programas vinculados às áreas cirúrgicas, os Comitês 1 e 2 não apresentam peculiaridades que os diferenciem. Na medicina 1 estão, na sua maioria, programas em especialidade clínica tais como, clínica médica, ciências médicas, cardiologia, nefrologia, pneumologia, endocrinologia dentre outras, enquanto na Medicina 2 sediam programas vinculados à atividade laboratorial bem como outras especialidades médicas tais como anatomia patológica, reumatologia, hematologia, medicina tropical e, saúde da criança e adolescente.

“Há uma diferença tênue entre as áreas que compõem os programas da medicina 1 e 2. Na área de medicina 1, a FCM tem um dos melhores cursos de pós-graduação em medicina no Brasil, Fisiopatologia Médica. Tem prevalecido na área de medicina 1 assim como na Unicamp, programas em Clinica Médica e Ciências Médicas, o que parece ser uma tendência adequada, programas multidisciplinares que agregam docentes de diversos campos do conhecimento e que contribuem para uma formação dos alunos em interfases comuns utilizando de aspectos metodológicos diversos”, explicou Gontijo.

 

Texto: Edimilson Montalti- ARP-FCM/UNICAMP

Foto: ASCOM-UNICAMP