Alunos do primeiro ano do curso de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp apresentaram na tarde de terça-feira (28), no anfiteatro da faculdade, 110 trabalhos de iniciação científica. A apresentação, em formato de minicongresso, faz parte da disciplina Introdução à Prática de Ciência (IPC). Os trabalhos foram submetidos online, impressos em formato de pôster e apresentados oralmente pelos alunos. Uma comissão composta por professores e alunos de pós-graduação avaliaram os trabalhos. Os 11 melhores trabalhos foram anunciados no final do minicongresso pela professora Laura Sterian Ward, coordenadora da disciplina.
“Este módulo é importante para o aluno entender, desde o início da graduação, de onde vêm as evidências e informações que usamos em medicina, seja qual for a especialidade na profissão. Ela se baseia na prática de ciência, na busca de evidência compreensão, análise, interpretação. É a partir disso, que todas as nossas ações, tanto diagnósticas como terapêuticas, são construídas”, disse Laura.
Celso Monteiro Genari entrou na graduação já pensando num projeto de iniciação científica com forte apelo midiático: o uso de tecnologia assistiva envolvendo cérebro e computador. Antes mesmo de apresentar o trabalho no IPC, sob a orientação do neurologista Li Li Min, o aluno submeteu dois artigo para um congresso internacional de robótica que ocorrerá no Rio de Janeiro, em fevereiro do próximo ano. Celso aguarda a aprovação dos trabalhos.
“Eu fui atrás do professor Li pedir uma oportunidade para desenvolver o projeto na área. Achei que daria para desenvolver e fui em frente”, disse Celso.
De acordo com Li Li Min, coordenador associado do curso de graduação em Medicina, o IPC é um dos grandes orgulhos da reforma curricular da FCM e um diferencial da faculdade em comparação a outras instituições. O objetivo do módulo é trazer o senso crítico para a profissão. Li ressaltou que no próximo ano, o módulo IPC terá uma nova configuração, melhor do que a atual.
“Buscamos sempre a melhora continuada do curso. A diversidade de pôsteres apresentados é maior do que a imaginação pode abarcar. Isto faz com que a FCM seja singular”, disse Li Min.
A diretora associada da FCM, Rosa Inês Costa Pereira, disse que o estudo de medicina não termina no final do sexto ano e nem após a residência médica ou pós-graduação. Ele é contínuo e o melhor modelo para atualizam é o método científico.
“A Unicamp escolheu o caminho certo para a formação profissional de seus alunos. Aproveitem a participação dos professores que tem uma vida voltada à pesquisa e que, neste momento, dedicam horas para passar para vocês a experiência deles. Isto encurtará o caminho de vocês”, disse Rosa Inês.
Os resumos dos trabalhos vencedores do IPC serão publicados nas edições de janeiro e fevereiro de 2013 do Boletim da FCM.
Texto: Edimilson Montalti - ARP/FCM-Unicamp
Fotos: Mario Moreira - CADCC/FCM-Unicamp