Pesquisa aponta avanços no controle da hipertensão e diabetes em idosos de Campinas

Um estudo realizado na Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp comparou as prevalências das práticas de controle de hipertensão e diabetes dos idosos de Campinas nos últimos 13 anos. A pesquisa – a partir de uma amostra de 2.931 dos indivíduos acima de 60 anos – mostrou importantes progressos relacionados aos comportamentos de saúde e ao uso de medicamentos por este segmento da população.

A dissertação de mestrado, defendida pela farmacêutica Vivian Castro Lemos, foi realizada no âmbito do Departamento de Saúde Coletiva da FCM, sob a orientação da pesquisadora Margareth Guimarães Lima. Os dados foram extraídos do Inquérito de Saúde de Base Populacional (ISACamp) realizado pelo Centro Colaborador em Análise de Situação de Saúde (CCAS) da FCM.

De acordo com Vivian, de 2002 a 2015, houve aumento do uso de medicação contínua (10%) nos idosos hipertensos, incremento da dieta com restrição de sal (85%) e prática redobrada de atividades físicas. “A população idosa com diabetes apresentou dados ainda melhores, com o acréscimo de 27% no uso contínuo de medicação oral ou insulina, incremento da dieta de perda de peso de oito vezes e aumento da prática de atividade física em cinco vezes”, destaca a pesquisadora.

Segundo a orientadora da pesquisa, as práticas relacionadas aos comportamentos de saúde e ao uso contínuo de medicamentos para os idosos, que convivem vários anos com estas doenças crônicas, são preponderantes para o bom controle por amenizarem os riscos de complicações severas e de internações.

“Através das informações fornecidas pelo ISACamp, conseguimos estimar as práticas de controle da hipertensão e diabetes, no período estudado, e concluímos que as políticas voltadas para a promoção e prevenção de saúde e assistência farmacêutica podem ter interferido positivamente neste cenário”, explica Margareth.