No Conade, pós-graduanda da FCM discute invisibilidade da pessoa surda no SUS
Refletir e buscar caminhos para a elaboração de políticas públicas. Foi com essa tônica que a fonoaudióloga e aluna de doutorado do programa de pós-graduação em Saúde Coletiva da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, Núbia Garcia Vianna, participou da 107ª Reunião do Conselho Nacional de Direitos da Pessoa com Deficiência (Conade), em novembro passado.
A participação de Núbia no encontro ordinário do Conade aconteceu após ela ter participado várias reuniões do Conselho, no decorrer de 2016, como ouvinte. Após observar que as pautas desses encontros estabeleciam relação com o tema de pesquisa desenvolvida no doutorado, Núbia vislumbrou a oportunidade de discutir o seu trabalho de forma mais ampla com o principal órgão de controle social para avaliação e monitoramento das políticas voltadas às pessoas com deficiência.
“Ter esta iniciativa como pesquisadora e buscar um espaço para dividir meu trabalho com o Conselho é algo coerente com a pesquisa de intervenção que realizo. Isso não só dá visibilidade ao trabalho, como também convoca diversos atores sociais a refletir e a buscar caminhos que levem a mudanças em termos de políticas públicas”, afirmou.
A pesquisa intitulada “Práticas de saber-poder sobre a surdez na política pública de saúde brasileira” está em fase de análise, mas de acordo com a estudante da FCM, já é possível destacar entre os pontos mais relevantes, a invisibilidade da pessoa surda e da língua de sinais no âmbito do SUS. “Isso foi constatado por meio do levantamento e análise de todos os documentos Ministério da Saúde, desde 1988”, adiantou.