Memória Unicamp: Os pioneiros da genética brasileira na Semana Nacional de Arquivos
Os pioneiros da genética brasileira nos acervos da Unicamp foi tema da mesa redonda intitulada “Os arquivos de Bernardo Beiguelman e Newton Freire-Maia”, realizada na última sexta-feira (7), pelo Centro de Memória e Arquivo (CMA) da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, em parceria com o Centro de Lógica, Epistemologia e História da Unicamp.
A atividade integrou a programação da universidade para a 3ª Semana Nacional de Arquivos, uma iniciativa do Conselho Internacional de Arquivos (ICA) organizada, no Brasil, pelo Arquivo Nacional e Fundação Casa de Rui Barbosa. Ao todo, 200 instituições brasileiras promoveram mais de 500 eventos em todo o país.
“Vivemos um momento muito difícil na história do Brasil em que precisamos falar sobre a importância de se valorizar a história como base fundamental para o futuro [...] Particularmente no caso da genética, o passado representado por muitos aqui, hoje, é a base da biologia molecular atual”, disse o professor do Departamento de Clínica Médica e diretor da FCM na gestão 2002-2006, José Antonio Rocha Gontijo.
Representando o diretor da FCM no evento, o professor do Departamento de Genética Médica e diretor da FCM na gestão 1990-1994, Luis Alberto Magna, destacou a convivência com os professores Newton Freire-Maia, Bernardo Beiguelman e João Lúcio de Azevedo e o aspecto inovador da Unicamp no campo da genética médica, desde os anos iniciais da universidade.
“O Departamento de Genética Médica, fundado pelo professor Bernardo Beiguelman foi o primeiro do tipo, no Brasil, implantado em uma faculdade de medicina. Algo extremamente inovador, já em 1963. Compartilhávamos o mesmo espaço no Instituto de Biologia, no fundo do corredor do Departamento de Genética e Evolução, quando a FCM ainda não contava com instalação definitiva”.
Na ocasião, representando o diretor do Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência, a historiadora Eliane Morelli Abrahão que atua em atividades de preservação da história da ciência desde 1988, falou sobre a relação de parceria entre o CMA e o CLE. “É uma satisfação muito grande poder observar o diálogo entre esses dois arquivos da universidade, na guarda e preservação dos acervos desses dois importantes cientistas, Newton Freire-Maia e Bernardo Beinguelman”.
A historiadora do CLE também falou sobre o papel da Unicamp no cuidado com as atividades de pesquisa arquivística e preservação da história. “Na atual conjuntura, precisamos manter isso e divulgar para a população o quanto esses estudos são importantes para a qualidade de vida e preservação da memória”, disse Eliane.
O evento contou com a participação dos geneticistas e historiadores João Lúcio de Azevedo, Eleidi Alice Chautard Freire Maria e Ivan Luiz Martin Franco do Amaral.
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