Boletim da FCM aborda transtornos mentais e saúde pública
A afirmação do relatório da Organização Mundial de Saúde de que sem saúde mental não há saúde, mantém-se atual como nunca. Os transtornos neuropsiquiátricos são responsáveis por cerca de 14% do custo que as doenças produzem globalmente, especialmente em virtude da incapacidade crônica que transtornos como depressão, transtornos de uso de substâncias psicoativas e álcool, esquizofrenia e demências ocasionam. Todo ano, cerca de 800 mil pessoas cometem suicídio, mais da metade com idade entre 15 a 44 anos, sendo os transtornos psiquiátricos um importante fator de risco.
“Já são clássicos os estudos associando depressão e ansiedade e doenças coronarianas, obesidade, uso de tabaco e diabetes. Além disso, muitas condições médicas aumentam o risco para o desenvolvimento de transtornos mentais, adiando o diagnóstico e dificultando a adesão ao tratamento. Estudos tem demonstrado que cerca de 1/3 dos sintomas somáticos permanecem não explicados após avaliação médica, existindo uma associação importante entre eles e transtornos mentais”, explica a médica e professora do Departamento de Psicologia Médica e Psiquiatria, Eloisa Helena Rubello Valler Celeri, no editorial da edição do Boletim da FCM.
Ainda de acordo com Eloisa, a conscientização sobre as questões de saúde mental e a relação entre transtornos psiquiátricos e saúde necessitam ser consideradas pelas políticas públicas. “As escolas médicas têm um papel central na formação de profissionais capacitados a reconhecer os transtornos psiquiátricos mais prevalentes, realizar intervenções baseadas em evidências, assim como saber se comunicar e interagir com pacientes com transtornos mentais graves que apresentam comorbidades clínicas ou cirúrgicas”, reforça.
A versão impressa do Boletim da FCM está disponível na Biblioteca da FCM, Centro de Memória, Comissões de Graduação, Pós-Graduação, Resisdências Médica e Multiprofissional e Assessoria de Relações Públicas e Imprensa.
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