Alerta CIATox: Proibido pela Anvisa, melzinho do amor traz sérios riscos à saúde e pode até levar à morte
Substâncias ofertadas no comércio ambulante e em sites especializados em sex shop, popularmente conhecidas por “melzinho do amor” e que prometem ser uma solução natural e milagrosa à disfunção erétil, tiveram a comercialização proibida pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), em maio deste ano.
Ao contrário do informado em muitas embalagens, alerta de saúde recentemente emitido pelo Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox) da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp denuncia a presença de pelo menos dois fármacos de origem sintética utilizados para tratamento da disfunção erétil.
Veja o alerta, aqui.
“As embalagens dos produtos descreviam na composição do produto apenas componentes naturais como café, extrato de caviar, ginseng, maca, gengibre, canela, mel da Malásia e Tongkat Ali (Eurycoma longifolia), mas análises laboratoriais mostraram a presença de substâncias encontradas em medicamentos somente vendidos com prescrição médica”, disse o coordenador do CIATox, José Luiz da Costa.
Segundo explicou o pesquisador, o uso dos princípios ativos presentes no “melzinho do amor” depende de avaliação médica prévia, principalmente por pessoas com doenças crônicas, como cardiopatas e hipertensos, uma vez que a utilização do produto sem necessidade pode desencadear efeitos indesejados graves ou irreversíveis.
“Ereção prolongada e dolorosa oferece risco de necrose do pênis. O uso dessas substâncias com álcool ou outros fármacos pode intensificar os efeitos colaterais como tontura, hipotensão arterial e dores de cabeça. Pacientes cardiopatas podem sofrer hipotensão grave e até morrer”, acrescentou também o farmacêutico do CIATox, Rafael Lanaro.